Marcelo Tavares defende saída de Helena Duailibe do PSB

Marcelo Tavares acusa Helena Duailibe de traição

O deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Tavares (PSB), reiterou nesta segunda-feira (22) que pretende, juntamente com o ex-governador José Reinaldo (PSB), tomar da vice-prefeita de São Luís, Helena Duailibe (PSB), o comando do partido na capital.

Ela foi a última presidente, mas o mandato caducou há pouco mais de um mês. Nas próximas semanas, uma comissão provisória deve ser nomeada para comandar o processo de sucessão.

Segundo Tavares, “a alma de Helena está com o grupo Sarney e, sendo assim, é bom que o corpo também acompanhe”. Na opinião dele, não há mais sentido para a presença da ex-secretária de Saúde do governo do tio no partido. O socialista acusou a correligionária de traição.

“O José Reinaldo sempre deu apoio a ela [Helena Duailibe] e ela sempre nos traiu. Foi assim quando nos alinhamos com José Antônio Almeida [na votação para o comando da Executiva Estadual]: ela disse que votaria conosco e acabou votando com o [deputado federal] Ribamar Alves”, afirmou.

Infidelidade

Para Marcelo Tavares, o melhor caminho para a vice-prefeita seria deixar o partido. Ele defende, inclusive, que o comando da sigla não peça de volta o mandato de vice-prefeita por infidelidade partidária.

“Isso é uma opinião minha, que eu ainda não debati com o comando do partido, mas defendo sim que ela saia e que não se peça o mandato dela por infidelidade partidária”, completou.

José Reinaldo quer tomar PSB local de Helena Duailibe

Helena Duailibe está ameaçada no PSB

A vice-prefeita de São Luís, Helena Duailibe, pode estar com os dias contados no comando do PSB local. O mandato dela à frente da Executiva Municipal já caducou e o braço reinaldista da legenda está sonhando com a possibilidade de tomar o poder.

Para isso, já convocou uma reunião onde deve ser discutida a nova eleição. “E o nosso grupo tem ampla maioria”, garante o presidente da Assembléia Legislativa Marcelo Tavares, para quem, numa disputa voto a voto, o seu grupo sairia vencedor.

A pedra no sapato dos aliados do ex-governador José Reinaldo é o deputado federal Ribamar Alves, ligadíssimo a Helena. Mas até mesmo com ele já existem conversas. Há a possibilidade de cooptação.

Conversas

Apesar das intenções dos reinaldistas, Marcelo Tavares afirma que a vice-prefeita já foi convidada a discutir o assunto. “A gente já convidou ela para conversar”, disse. Resta saber se ela vai aceitar.

Campanha de Flávio não foi “pobre”, como defendem aliados

Marcelo Tavares argumetna que campanha de Dino foi "do tostão"

É apenas meia-verdade o que diz deputado estadual Marcelo Tavares (PSB) quando defende que o deputado federal Flávio Dino (PC do B) pode-se considerar um vencedor nas eleições deste ano porque “conseguiu 30% dos votos fazendo campanha com pouquíssimo dinheiro”.

“Foi uma eleição do tostão contra o milhão”, disse o presidente da Assembléia Legislativa, em conversa com jornalistas na manhã desta quinta-feira (11).

O discurso não condiz com a realidade. É bem verdade que Dino não teve lá das campanhas mais caras, mas dizer que a campanha foi a do “tostão” também não é fato.
Observando-se as doações de campanha do comunista, vê-se que, no total, ele arrecadou quase R$ 3 milhões – em números exatos: R$ 2.825.671,00. Só de uma única empresa, a Alcana Destilaria de Álcool de Nanuque, ele recebeu R$ 500 mil.

Concordo que Flávio saiu fortalecido do processo. Mas não cola essa história de que a campanha foi pobre. Pobre não anda de helicóptero.

Deputados reclamam pagamento de verbas indenizatórias; Marcelo Tavares nega crise

Pressionado, presidente Marcelo Tavares explica situação a depuatdos

Dois dias viajando e o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Marcelo Tavares (PSB), encontrou na volta uma crise instalada na Casa. Parlamentares reclamam o não pagamento de valores referentes à verba indenizatória de gabinete. Falou-se até em conspiração contra a Presidência.

Na sessão desta terça-feira (9), o deputado Chico Leitoa (PDT) subiu à tribuna para tratar publicamente do assunto e externou o que muitos deputados comentam apenas nos bastidores.

“Eu fico, no mínimo, curioso – não sei se é porque os outros deputados são mais ricos do que eu, ou são ricos e eu não sou –, porque quem desenvolve uma atividade tem que receber o seu recurso e esse problema é esquisito e eu não tô vendo reclamação”, disparou.

Já antes de a sessão começar, circulou a informação de que os demais componentes da Mesa Diretora fariam uma reunião para tratar do assunto. Marcelo não participaria desse encontro. Seria uma forma de pressioná-lo a resolver o problema. Alguns mais radicais admitiam a possibilidade de forçar a renúncia do presidente.

Para tentar amenizar a pressão, alguns aliados do presidente chegaram a disseminar o boato de que o não pagamento das verbas era culpa do Governo do Estado, que não teria repassado recursos devidos ao Legislativo. Pura retórica.

“Não há crise”

O próprio Marcelo Tavares tratou de dirimir as dúvidas sobre o assunto. Segundo ele, não há responsabilidade do Estado no caso. O deputado também negou que haja crise.

“Não há crise nenhuma. A bem da verdade, não há, sequer, atraso no pagamento das verbas indenizatórias, que podem levar até três meses para serem reembolsadas”, afirmou.

Tavares admitiu que realmente tem encontrado problemas para honrar os compromissos com os deputados, mas garantiu que não é por falta de repasses do estado.

“Na verdade, nós tivemos que arcar com ônus do Plano de Cargos e Salários, e isso gerou um custo adicional. Além disso, o grande número de suplentes que assumiram mandatos nos últimos dois anos também onerou a Casa”, disse.

Ele adiantou que já manteve contatos com o Governo e que, se necessário, solicitará suplementação orçamentário. “Mas isso apenas em último caso. Talvez não seja nem necessário”, concluiu.

Sobre o suposto complô contra a sua administração, Marcelo Tavares se disse tranqüilo. “Podem fazer reunião à minha revelia à vontade. Só que eu não vou renunciar”.