Médicos anestesistas que prestam serviço no Hospital Municipal Djalma Marques, o Socorrão I, podem paralisar as atividades a partir de amanhã (7) por falta de pagamento.
Eles estão há três meses sem receber salários e a última conversa com o novo diretor da unidade, Francisco William Oliveira, não foi das mais animadoras.
Aliás, não é só a falta de pagamento que pode motivar o protesto. A truculência do diretor também incomoda os médicos.
No feriado de carnaval, um caso envolvendo William Oliveira e uma anestesista foi parar na polícia.
O diretor queria obrigar a médica a desocupar o repouso da anestesia. Ameaçou até chamar a polícia para “arrancá-la” de lá. O que não precisou ser feito. Funcionários do hospital mesmo se encarregaram de desmontar tudo.
No plantão seguinte, uma outra anestesista dormiu em um colchonete, no chão.
Além de ocorrência na polícia, os médicos formalizaram, ainda, uma denúncia no Ministério Público relatando tudo.
Desesperado ante a possibilidade de paralisação por parte do grupo que atende o Socorrão I, William Oliveira tem ligado a vários anestesistas da cidade para que eles atendam no hospital caso o serviço seja mesmo suspenso pela atual equipe. Mas o código de ética médica impede que colegas assumam serviços deixados por outros quando ainda há pendências financeiras.
Abre o olho, Helena Duailibe!