Espera-se para esta segunda-feira (6) um posicionamento oficial da Assembléia Legislativa no caso do envolvimento do deputado estadual Carlos Filho (PV) na denúncia de que a empregada doméstica Marly Silva Rodrigues teria sido nomeada como “laranja” em seu gabinete.
O processo, em que o parlamentar é citado como “fraudador” pelo juiz Gervásio Protásio dos Santos, corre na 6ª Vara Cível e foi aberto depois que a “laranja” teve seu nome incluído no SERASA por contratar empréstimos no Banco do Brasil e não pagar as dívidas.
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Carlos Filho é suspeito de nomear doméstica como “laranja”
Marly afirma desconhecer que havia sido nomeada. A hipótese levantada pelo magistrado em sua decisão (baixe a íntegra aqui) é a de que Carlos Filho, com a ajuda do assessor Tales Silva Cruz Filho – falecido em acidente de moto ainda em 2009 -, tenham feito os empréstimos de posse de procurações e dos cartões do banco da empregada.
Os dois também são suspeitos de ter sacado restituições de imposto de renda.
Além da Justiça Estadual, por envolver possível crime à Receita Federal o caso também foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF). O Ministério Público Estadual (MPE) e a própria Assembléia Legislativa também receberam cópias do processo.
Vale lembrar que por muito menos, no fim do ano passado, a Mesa Diretora da AL encaminhou à Corregedoria denúncia sobre pagamento de propina para aprovação da Lei-Antibabaçu.
Naquele caso, apenas este e mais uns dois ou três blogs declinaram o nome do deputado Stênio Rezende (PMDB) como sendo o acusado nos bastidores.
No caso de Carlos Filho, é a própria Justiça quem o chama de “fraudador”. O que fará a AL?