Delegado diz que secretário de Segurança mandou investigar desembargadores no Maranhão

O ex-superintendente da Seic, delegado Thiago Bardal, afirmou no dia 12 deste mês, em depoimento prestado ao juiz titular da 2ª Vara Criminal de São Luís, José Ribamar D’Oliveira Costa Júnior, que o secretário de Estado da Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela, estava firme no próposito de investigar e prender pelo menos quatro desembargadores do Maranhão.

A informação foi publicada com exclusividade pelo blog do Neto Ferreira.

Os alvos de Portela, segundo a publicação, seriam os desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão Fróz Sobrinho, Tryrone José, Guerreiro Júnior e Nelma Sarney.

“Jefferson Portela me chama em seu gabinete e diz: enquanto eu for secretário vai sair desembargador algemado daqui. Tem que investigar Fróz, Tryrone, Guerreiro e Nelma”, afirmou Bardal.

Investigação

De fato, pelo menos um dos supostos alvos citados por Bardal chegou a ser investigado.

O desembargador Tyrone José foi acionado no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por meio de reclamação formulada justamente pela Seic (saiba mais).

A ação correu depois de a Polícia Civil prender o agiota Josival Cavalcanti, o Pacovan, no bojo da Operação Jenga (reveja), em maio de 2017. Além da prisão, a Polícia Civil conseguiu, na Justiça de 1º grau, o lacre de oito postos de combustível do acusado, depois desbloqueados pelo desembargador (relembre).

Contrabando

O depoimento de Bardal foi tomado no processo em que ele é acusado, juntamente com mais 12 pessoas, de intergar uma máfia de contrabando desbaratada no início do ano passado (reveja).

3 pensou em “Delegado diz que secretário de Segurança mandou investigar desembargadores no Maranhão

  1. Não foi Froz que mandou soltar uns traficantes de forma mais do que suspeita? Isso é o que saiu na mídia, imagina o que acontece nos bastidores do judiciário maranhenses. Nelma sarney? Sem cometários. Judiciário muito pior do que o executivo e legislativo. Não tem prazo para sair e nem enfrentam eleições e haja venda de sentenças.

  2. […]querendo se impor e amedrontar até os desembargadores do TJ que não lhe bajulam. Tá certo que naquela Corte ninguém faz filantropia. Ali até pra se pedir informações e ver um processo todo mundo pensa […]

  3. Pelo menos isso talvez iniba essas decisões estapafúrdias e muito estranhas do Tribunal de Justiça. O TJ só cheira patacoadas.

Os comentários estão fechados.