Deputados aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) na enquadram-se no conceito de “tigrão” e “tchutchuca” recentemente cunhado pelo deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR).
Na Assembleia Legislativa do Maranhão, são “tigrões” quando o assunto é fiscalizar obras em rodovias federais, via Dnit. Mas viram “tchutchucas” quando o alvo é a Sinfra, com suas rodovias estaduais mal asfaltadas.
Exemplo claro dessa postura ocorreu nesta semana.
Depois de tentar convocar o superintendente do Dnit, Gerardo Fernandes, descobriram que não têm competência para tal e aprovaram um convite, na semana passasa.
Solícito, Fernandes topou ir à AL falar das obras federais.
Mas, nesta semana, depois de os dinistas vetarem requerimento do deputado César Pires (PV) convidando também o titular da Sinfra, Clayton Noleto (PCdoB), o chefe do Dnit no Maranhão recuou.
Disse que só pode ir prestar esclarecimentos aos parlamentares se o pedido deles for direcionado à direção nacional do Dnit, e esta aprovar.
Autor do convite a Gerardo Fernandes, o deputado Vinícius Louro (PR) rugiu como um tigre após saber disso.
“Por meio da Comissão foi colocado um questionamento no convite do superintendente do Dnit aqui no estado do Maranhão. Ele agora pediu que a gente da Assembleia Legislativa enviasse esse convite para Brasília, e que Brasília ia determinar se viria ou não a esta Casa. Eu sinceramente fico pasmo com essa questão, porque eu quero saber se ele trabalha lá em Brasília ou é aqui no estado do Maranhão. Se aqui no estado do Maranhão tem ou não tem um órgão Dnit. E se ele está aqui no estado e é superintendente desse órgão que trabalha para as rodovias federais no estado do Maranhão, nós não temos que mandar nada para Brasília”, disparou.
Nem parece a “tchuchuca” que só tem elogios às rodovias estaduais, mesmo diante dos mais variados relatos de precariedade Maranhão adentro.
“O momento é chuvoso, o momento é delicado. Mesmo no momento de crise, de chuva, o Governo do Estado do Maranhão está trabalhando, diferente do Governo federal”, disse o mesmo Vinícius Louro, no início da semana, para convencer aliados a não convocar Clayton Noleto.
Caso de polícia
Por falar na Sinfra, ainda sobre o caso de polícia revelado aqui ontem (30), chamou atenção a nota oficial emitida pelo órgão a respeito da denúncia de empresa que participou da para sinalização de rodovia estadual.
Uma das denúncias da Sinalisa Segurança Viária é a de que a Construservice – empresa do já conhecido Eduardo DP e vencedora do certame – “não possui qualquer histórico na área de serviço de sinalização viária”.
Para confirmar isso, a Sinalisa protocolou um recurso administrativo na comissão de licitação da Sinfra, solicitando tão somente diligências documentais, com o objetivo de se averiguar o acervo técnico apresentado pela vencedora do certame.
O objetivo era confirmar se a vencedora efetivamente possuía capacidade para executar o serviço.
O pedido, contudo, fora desconsiderado pela presidente da Comissão Setorial de Licitação (CSL) da Sinfra, Rosane de Carvalho Ramos, o que levou o caso a ser denunciado à polícia judiciária.
Na nota oficial emita ao blog também não há qualquer menção a esse pedido.
As decisões dessa comissão de licitações são muito suspeitas. Ferem vários princípios, principalmente da economicidade. Já foram várias decisões tomadas resultando em muitos prejuízos ao interesse público. As propostas mais vantajosas para a Administração são desclassificadas e declaradas vencedoras as empresa com valores superiores. Isso já se tornou um padrão na Sinfra. Isso sem falar na análise técnica de engenharia eivada de incompetência. Já passou da hora de Ministério Público e Tribunal de Contas se manifestarem.
É escandaloso o que vem acontecendo nas licitações da SINFRA, principalmente as que a TERRAMATA participa! […]! Isso acontece em todas as licitações que essa empresa participa. Se acham donos da SINFRA.
O Ricardo Terramata anda batendo no peito dizendo que se ele for inabilitado das Conservas Rodoviárias […]. Absurdo.
Parece que estão todos com o rabo preso com ele, da CPL a fiscais das obras passandos pelo próprios secretários, sera!!!!
No Maranhão para cada governo do estado e do município de São Luís, têm-se empresários privilegiados e donos dos contratos, por quê?
O Superintendente do DNIT/MA não “recuou”. Foi advertido das normas do DNIT. Quem respond3 pelo DNIT é o Diretor-Geral. Cabe a ele, é somente a ele, autorizar a ida do Superintendente à ALEPI.
Se processado o pedido à Direção-Geral, certamente o Superintendente vai à ALEPI.
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Lembro ao deputado Louro que as chuvas que caem sobre as MÁs são as mesmas que caem sobre as BRs. É bom ele procurar uma outra desculpa para não querer que o seu cupincha vá à ALEPI.