O deputado estadual Marco Aurélio (PCdoB), vice-líder do governo na Assembleia Legislativa, fez ontem (9) uma grave revelação sobre ações do governador Flávio Dino (PCdoB).

Ao anunciar asfaltamento de ruas na cidade de Imperatriz, ele declarou que o Estado fez um empréstimo de R$ 100 milhões para tocar obras no Maranhão – mas nenhum projeto de empréstimo passou pelo Legislativo.

Aurélio dizia que “as máquinas já estão na rua” na cidade de Imperatriz. “O programa ‘Mais Asfalto’ lançado por Flávio Dino, lá em Imperatriz, já está em plena recuperação, 17,5 km de asfalto. E eu convido quem diz que não tem palavra para ir lá confirmar, tem palavra e está fazendo; Avenida JK, o Parque Alvorada, as obras já estão acontecendo”, afirmou.

Mas ele foi questionado pelo deputado Adriano Sarney (PV). “O senhor acabou de dizer que Dino recebeu o estado com um rombo. Como ele está fazendo obras em seu primeiro mês?”, perguntou.

E Marco Aurélio, então, fez a inconfidência.

“Basta verificar o empréstimo de mais de R$ 100 milhões que o governador teve que fazer, comprometendo justamente a condição orçamentária do estado. Os rombos estão aí. E o governo não anda melhor justamente pelo modelo, pelo que ficou de herança”, comentou.

Ao blog, o líder do Governo, Rogério Cafeteira (PSC), garantiu que não procede a informação do vice-líder.

Resta saber de onde ele tirou essa história.

O deputado Marco Aurélio (PCdoB) foi um dos destaques na primeira semana de trabalhos na Assembleia Legislativa.

Em todos os momentos em que o governador Flávio Dino (PCdoB), ou alguém de sua equipe, foi alvo de críticas em plenário, o comunista aliou-se ao líder do governo, Rogério Cafeteira (PSC), na defesa do Executivo.

A postura do parlamentar gerou especulações sobre a possibilidade de ele estar de olho no posto de Cafeteira.

Nada disso.

O comunista pode até vir a tornar-se líder do governo na Casa, mas só daqui a dois anos, após nova eleição para a Mesa Diretora.

Até lá, garantem governistas ouvidos pelo blog, Dino quer mesmo é Rogério Cafeteira exatamente onde está. E Marco Aurélio fazendo exatamente o que faz agora.

O ex-deputado estadual Rubens Pereira está de volta à Assembleia Legislativa do Maranhão.

Não como parlamentar, obviamente, mas como diretor da Casa.

Pereira foi nomeado pelo presidente Humberto Coutinho (PDT) como diretor institucional (?) Poder Legislativo.

O ato está publicado na edição de hoje (5) do Diário Oficial (veja acima).

O ex-deputado, pai do deputado federal Rubens Júnior (PCdoB), já foi prefeito de Matões e ganhou notoriedade ao presidir a CPI do Crime Organizado, no início dos anos 2000.

Mas há quem diga que ele não poderia assumir o posto na AL, por haver sido condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e estar inelegível, enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

Projeto de lei aprovado pela própria Assembleia e sancionado pela ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) impede a nomeação de fichas sujas em cargos comissionados tanto do Executivo, quanto do Legislativo.

O deputado estadual Adriano Sarney (PV) rebateu hoje (3) as declarações dos deputados Bira do Pindaré (PSB) e Othelino Neto (PCdoB) de uso, por parte da ex-governadora Roseana Sarney e do ex-senador José Sarney, ambos do PMDB, da Refinaria Premium I como palanque político para a promoção de “estelionato eleitoral”.

“Nosso dever e obrigação como deputados não é fazer intrigas eleitorais e sim lutar pelo desenvolvimento do nosso Estado. Não posso ficar calado, ao ver citados o ex-senador José Sarney e a ex-governadora Roseana Sarney, ambos que estão aposentados da vida política e não estão aqui para se defender. Eu sei do trabalho deles em prol da Refinaria e destaco que só há democracia com o parlamento livre!”, destacou Adriano.

Oposição

Adriano Sarney também se posicionou como oposição ao Governo do Estado. “Sempre me posicionei dentro do bloco, na imprensa e dentro da Assembleia como oposição ao governo e nunca como oposição ao presidente da Casa, que teve sua eleição como consenso. A oposição existe e deve ser respeitada como tal!”, citou o parlamentar.

“Não creio que a composição de outros blocos vá comprometer a existência da oposição aliada dentro da Assembleia. Cada deputado aqui é um líder. A oposição vai estar unida com quem for fazer oposição. Alguns nomes já estão definidos como oposição, outros ainda virão, talvez não agora, porque ainda tem muitos parlamentares que aguardam o desenrolar das definições. Acredito que até 2016, muita gente vai se posicionar como governo ou oposição”, destacou Adriano.