Os colegas blogueiros Robert Lobato e Martin Varão anunciaram hoje (4) que o vereador Roberto Rocha Júnior (PSB) ficou ressentido de o secretário de Governo da Prefeitura de São Luís, Lula Fylho, haver feito um reconhecimento público ao vereador Pedro Lucas Fernandes (PTB) pela proposta de redução do ICMS do diesel que culminou com um corte no reajuste das passagens de ônibus da capital.
Para o socialista, a tuitada de Lula Fylho (veja aqui) teria sido uma forma de mandar recado a ele e aos demais vereadores que teceram duras críticas ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) após o aumento das tarifas.
Um forma enviesada de dizer que o Executivo Municipal não gostou nada da postura dos aliados e que esperava deles algo mais parecido com o que fez o petebista.
Pois bem.
É fato que o secretário de Governo poderia ter-se afastado do debate, justamente para não aumentar a cizânia com parlamentares que, apesar das críticas, são da base aliada.
Poderia ter sido mais político.
Mas ele escolheu outro caminho e preferiu elogiar quem formulou uma proposta prática, que efetivamente ajudou a resolveu o problema.
Dito isto, cabe a pergunta: será que Roberto Rocha Júnior tem direito de reclamar de alguma coisa no caso?
Antes da sua resposta leia o que disse o parlamentar em inflamado discurso, no meio da semana.
“Oferecer um transporte público de qualidade à população, deve ser prioridade absoluta de qualquer governo, mas, infelizmente, o prefeito preferiu continuar empurrando o problema para debaixo do tapete, e com essa omissão, a parcela mais pobre da população é que está sendo prejudicada” (leia mais).
Que fique claro: este blog apoia a postura de Rocha Júnior no caso. Ele atuou a favor da população. Mas se partiu com tão ácidas críticas para cima do prefeito – seu aliado, repise-se -, o vereador não pode agora exigir que seja ele o destinatário do reconhecimento e da deferência do governo municipal após o desfecho do assunto.
Deve é buscar outras formas de mostrar para a população que a sua luta foi importante para a redução do reajuste.