Caso Décio poderá ter novidades.

Do blog de Luis Cardoso

O surgimento do nome de um forte e bastante conhecido empresário do Maranhão no assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá deve estourar nos próximos dias, podendo mudar significativamente o rumos da investigação do caso.

O nome do empresário vem sendo trabalhado sigilosamente pela polícia que já encontrou linhas que possam leva-lo a ser. um dos participantes do consórcio que mandou matar o jornalista.

Dono de uma das grandes fortunas em nosso estado, ele teria também atuação no ramo da construção civil. A suspeita que recaem sobre o empresário começaram a ser exploradas nas últimas semanas, mas o trabalho da polícia vem sendo mantido no mais absoluto sigilo. Continue lendo aqui.

Caso Décio: 1ª Vara do Tribunal do Júri tem novo juiz (de novo)

marcio_brandaoO juiz Márcio Brandão (à esq.), que comandou todas as oitivas do Caso Décio, não será mais o responsável pelo pronunciamento, ou não, dos acusados pelo crime.

A 1ª Vara do Tribunal do Júri, onde o assassinato do jornalista está sendo processado para julgamento, passou semana passada ao comando da juíza Maria Izabel Padilha.

Essa é a terceira mudança na Vara. Em junho do ano passado, uma semana após a prisão dos acusados pela morte do jornalista, a então titular, Alice de Souza Rocha, pediu, e o TJ autorizou, a remoção dela para a 5ª Vara Cível de São Luís.

À época, chegou-se a noticiar que a juíza teria sofrido pressão. Ela mesmo negou em nota.

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Ariane Mendes saiu em abril

Ariane Mendes (à dir.), por sua vez, foi removida em abril para a 13ª Vara Cível. Ela também protagonizou um fato curioso nesse caso, como revelou este blog em janeiro.

No final do ano passado ela marcou as oitivas das testemunhas do caso para os dias 28, 29, 30 e 31 de janeiro. Mas justamente nesse período, não se sabe por que, marcou também suas férias.

No fim das contas, a primeira rodada de oitivas – suspensas por um habeas corpus concedido ao advogado Ronaldo Ribeiro – acabou sendo conduzida pelo juiz Marcio Castro Brandão, que . Que agora não decidirá se os réus vão a júri ou não. A atribuição ficará a cargo de Maria Izabel Padilha.

Caso Décio: em vídeos, “Balão” conta detalhes de crimes

O site do Jornal Pequeno publicou no fim de semana dois vídeos nos quais Shirliano Graciano de Oliveira, o “Balão”, dá detalhes do assassinato do jornalista Décio Sá – e também do crime de Teresina, cuja vítima foi o agiota Fábio Brasil.

“Balão” está foragido, com prisão preventiva decretada. Ele foi indiciado pela polícia e denunciado pelo Ministério Público à Justiça, junto com outras 11 pessoas, pelos dois assassinatos,

Veja acima os dois vídeos.

Caso Décio: advogados de Jhonatan defendem segurança de Gláucio em outro caso

laercioOs advogados Pedro Jarbas e José Berilo Filho, que representam o pistoleiro Jhonatan de Souza Silva, assassino confesso do jornalista Décio Sá, defendem também um segurança de Gláucio Alencar, identificado como Laércio Tavares Matos, num caso em que ele é acusado de ameaçar um gerente da GAP Factoring, empresa do agiota.

Laércio chegou a ser preso em flagrante no dia 4 de setembro do ano passado pela suposta ameaça. No dia seguinte, ao prestar depoimento na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), já estava acompanhado dos dois defensores (veja no documento acima).

O caso guarda relação com um empréstimo de R$ 40 mil de Gláucio a um certo Gustavo Jardim. Mas o curioso, na verdade, é o fato de que os advogados do pistoleiro que assassinou Décio Sá – que estão entre os mais bem conceituados da capital e, também por isso, entre os mais caros – são os mesmos atuaram nessa causa.

Esta não é a única coincidência envolvendo os dois advogados e Gláucio Alencar. No início de maio, este blog revelou que Pedro Jarbas e José Berilo fizeram mais de vinte visitas ao homem acusado de contratar a morte do jornalistas. Ele aguarda julgamento no complexo de segurança máxima localizado no Comando Geral da PM, conhecido como “Manelão” (reveja).

Caso Décio: advogado de Gláucio reconheceu “brilhante trabalho” da polícia

ofícioOs advogados Jonilton Santos Lemos Júnior e Jorge Ferreira de Almeida, primeiros defensores de Gláucio Alencar no caso em que ele responde pelo assassinato do jornalista Décio Sá, desistiram em agosto do ano passado de representá-lo.

No comunicado entregue à comissão que presidia o inquérito policial sobre o homicídio (veja cópia acima), um dado curioso: ao anunciar a saída do caso, os então advogados de Gláucio agradecem o tratamento dispensado por toda a equipe e elogiam o que chamam de “brilhante trabalho” da polícia maranhense.

“Agradecemos o tratamento cordial que nos foi dispensado por toda a equipe […] bem como parabenizamos a todos pelo brilhante trabalho desenvolvido”, escreveram.

Se até os ex-defensores do acusado reconhecem a competência da comissão que investigou o crime…

Homem que mataria Gláucio Alencar tem relação com “Caso Décio”, revelou Elker Farias

timUma mensagem de texto encaminhada por Elker Farias Veloso a comparsas de uma quadrilha especializada em assaltos, e interceptada pela Polícia Federal, é mais um dos indícios apontados pela polícia de que os acusados pela morte do jornalista Décio Sá têm, todos, participação direta no crime e ligações entre si, apesar de terem dito em depoimentos que não se conheciam uns aos outros.

Na mensagem, encaminhada um dia após a prisão dos denunciados, Elker, que estava em Teresina, avisa aos companheiros que vai para Minas Gerais no dia seguinte – ele acabou preso assim que desceu do avião. E revela: sabe quem operacionalizou a morte do jornalista maranhese.

“C lembra aquele doido que chegou no audi branco quando nos tava no setor lah na ilha ele mostro um doce pra nos e talz pois ele rodo com meio mundo de trem nosso aki … E o seguinte ele o cara que matou o jornalista lah saca ….. que tah saindo direto na tv ai. (sic)”, escreveu o acusado, em mensagem a Milchen Soares Silva, suspeito de haver assaltado, junto com Elker, uma agência dos Correios em São Luís, no dia 25 de maio de 2012.

“Aquele doido que chegou no audi branco” é o homem conhecido como “Balão”, o mesmo que teria sido contrado por Fábio Brasil para matar Gláucio Alencar e que teria desistido após a intervenção de Ricardinho “Carioca” – uma das testemunhas dos dois casos, assassinado no dia 3 de janeiro, no Turu (relembre). Foi “Carioca” quem patrocinou um encontro entre o agiota e o seu possível matador no restaurante “O Berro” (reveja). Teria sido também ele quem convencera “Balão” a desistir do serviço.

Segundo a polícia, “Balão” – único dos acusados que ainda está foragido – foi o responsável por arregimentar o que eles chamam de “operacionais” dos dois assassinatos. Ainda de acordo com a investigação, uma reunião num sítio dele em São Luís aconteceu dias antes das duas mortes.

Apesar dos indícios, Gláucio Alencar segue negando qualquer tipo de envolvimento nos dois assassinatos, o de Fábio Brasil, em Teresina, e o de Décio Sá, em São Luís.

Cutrim deve “partir pra cima” de novo

cutrimDez entre dez observadores da cena política acreditam que o deputado Raimundo Cutrim (PSD) deve voltar à carga contra o secretário de Estado de Segurança, Aluísio Mendes.

Apontado por Jhonatan de Souza como um dos mandantes do assassinato de Décio Sá nos seus primeiros depoimentos, o parlamentar foi praticamente inocentado hoje (5) em novo depoimento do assassino, agora à Justiça.

Disse que não conhece o deputado – o pistoleiro nunca havia dito o contrário, é verdade – e que, de fato, sempre ouviu Júnior Bolinha citando o nome de Cutrim.

A informação, acreditam as fontes do blog, deve ser usada em novo pronunciamento do peessedista na Assembleia Legislativa, que usará isso como salvo-conduto.

Resta saber até que ponto os desmentidos de um assassino confesso poderão ser usados pelos demais acusados como “provas” de que não têm qualquer envolvimento com o crime.

Caso Décio: Jhonatan não sabe mais quem mandou matar jornalista

O assassino confesso do jornalista Décio Sá, Jhonatan de Souza Silva, disse hoje (5) em depoimento na 1ª Vara do Tribunal de Júri não saber quem mandou matar o jornalista Décio Sá.

Perante o juiz Márcio Brandão, o pistoleiro declarou, dentre outras coisas, que aceitou colaborar com a polícia dizendo o que os delegados queriam por medo de morrer; e que o crime não contou com a participação nem de Gláucio Alencar, nem de seu pai, José Alencar Miranda.

Disse mais o assassino: que sequer conhece pai e filho, mesmo Gláucio – junto com Júnior Bolinha e Fábio “Buchecha” – tendo feito uma visita a ele na quitinete em que ficou hospedado, no Parque dos Nobres, antes do crime, fato este revelado por mais de uma testemunha do caso (reveja).

E, para fechar bem o depoimento, Jhonatan ainda fez as vezes de arrependido: “Não tenho mais coragem de matar. Nunca matei tanta gente como andam dizendo. Tenho medo é de morrer. Voltei para São Luís por conta do tráfico de drogas, tinha a intenção também de matar o Júnior Bolinha, mas hoje não tenho mais”.