A Polícia Federal confirmou nesta sexta-feira (27) o indiciamento de Gláucio Alencar e do pai dele, José de Alencar Miranda, por prática de agiotagem e desvio de recursos públicos no Maranhão. Eles comandavam um esquema que envolvia 32 prefeituras do Estado, confirmado depois que os federais analisaram documentação encaminhada pela Polícia Civil do Maranhão e decidiram desencadear a “Operação Cheque em Branco”.
Sete ex-prefeitos também foram indiciados e responderão a processo pelo mesmo motivo. A PF não divulgou os nomes, mas o titular do blog segue apurando e deve divulgar a lista com os nomes ainda hoje.
O delegado Alexandre Lucena, superintendente interino da PF, informou em coletiva que a intervenção de Gláucio ocorreu principalmente em sete prefeituras, o que levou aos indiciamentos de ex-prefeitos de Arari, Cajapió, Paulo Ramos, Pedro do Rosário, Serrano do Maranhão, Turilândia e Vitória do Mearim.
“Foi denominada assim, a ação policial, justamente porque as pessoas que formavam esta rede de agiotagem ficavam, de fato, com talonários de cheques em branco, porém, assinados e entregues pelos próprios gestores, que geralmente acumulavam dívidas com a organização criminosa por financiamento de campanhas eleitorais. ”, afirmou o superintendente.
PF destaca trabalho da Polícia Civil
Durante a coletiva, os membros da PF destacaram a qualidade do material coletado pela Polícia Civil no curso da “Operação Detonando” – que desbaratou a quadrilha que irá a júri popular pelo assassinato do jornbalista Décio Sá.
“Após seis meses de investigação, analisando a documentação apreendida pela polícia judiciária do Estado, nos deparamos com a evidência de que, de fato, essa quadrilha tirava dinheiro e com os cheques em branco se apossava de verbas públicas, enriquecia de forma desenfreada e contribuída para que o estado se mantivesse entre aqueles com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”, completou.