O historiador e militante dos direitos humanos Wagner Cabral virou uma espécie de vidente, ontem (30), ao comentar a execução de um homem em Vitória do Mearim (reveja).
Pela manhã, ele comentava a condução do caso promovida pelo Governo do Estado e criticava o fato de que a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) emitira uma nota “informando” que o assassinato ocorrera “sem a presença dos policiais militares”.
Segundo ele, após a confirmação de que os PMs estavam, sim, por perto na hora do crime e que ainda ajudaram a levar o corpo e o assassino embora, o governo deveria pedir desculpas públicas no segundo comunicado oficial.
Cabral, no entanto, avaliou, ainda pela manhã, que os comunistas não fariam isso porque este é “um governo que ‘não comete erros'”.
“Estamos diante de um governo que ‘não comete erros’ e portanto não precisa sequer se desculpar por uma nota oficial eivada de inverdades”, escreveu professor, no Twitter.
Foi batata!, como se diz no popular.
No início da noite, o secretário de Estado de Assuntos Políticos e Federativos, Márcio Jerry (PCdoB), usou exatamente o argumento previsto por Cabral.
“Não houve erro. As informações naquele momento eram aquelas. Outros fatos, outra nota com novas informações”, disse.
Querendo jogar na Mega Sena, já pode, Wagner.
Reação
As críticas do historiador – e do advogado Antonio Pedrosa (PSol), que revelou em entrevista à TV Mirante o interesse de órgãos internacionais de direitos humanos pelo caso – tiraram até o governador Flávio Dino (PCdoB) do sério.
“Algo une o coronelismo e supostos ‘esquerdistas’: eles odeiam a Policia. Ja nós valorizamos os bons e combatemos os maus, nos termos da lei”, declarou.