Gráfico da própria SSP desmente dados sobre redução da taxa de homicídios

sspO professor Wagner Cabral, provou ontem (6), por meio de sua conta no Twitter, que o Governo do Estado mentiu ao anunciar a primeira queda na taxa de homicídios na Região metropolitana em quatro anos, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

governoSegundo nota oficial, “é a primeira vez em quatro anos que o Governo do Maranhão reverte a onda de criminalidade, que vinha em curva crescente em comparativo com os anos anteriores”.

Mentira!

Dados da própria Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) apresentados por Cabral apontam que só em 2014 houve cinco reduções como a de janeiro de 2015.

Neste ano, houve 84 homicídios – o número de “mortes violentas” é maior, 107 -, contra 87 de janeiro de 2014.

Mas esse tipo de queda da taxa de homicídios também foi registrada nos meses de abril, junho, setembro, outubro e dezembro do ano passado.

Em dezembro de 2014 foram 77 homicídios, 10 dez a menos que em 2013; em outubro, 68, contra 84 do ano anterior; em setembro, novamente 68 – haviam sido 75 em 2013.

No mês de junho de 2014 foram registrados 59 homicídios, e 60 no mesmo mês de 2013; já em abril, foram 69 (2014) contra 76 (2013).

Em 2013 ainda houve uma redução em relação a 2012 – no mês de fevereiro.

Apesar das reduções, as taxas de homicídios seguem absurdas na região metropolitana – sempre com médias de mais de uma por dia.

Mesmo assim, o governo Flávio Dino (PCdoB) acha que pode comemorar. E, ainda por cima, maquiando números.

Até quando?

Márcio Jerry diz que irmão conquistou “cargo modesto” na Sinfra

silasO secretário de Estado de Articulação Política e Assuntos Federativos, Márcio Jerry (PCdoB), defendeu ontem (6), em conversa por telefone com o titular do blog, a nomeação do irmão, Silas Barroso, como assessor especial na Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), comandada por Clayton Noleto, também do PCdoB (reveja).

Ao blog, ele garantiu que a nomeação é legal e que o irmão se credenciou politicamente para o posto após atuar “voluntariamente” na campanha eleitoral do governador Flávio Dino (PCdoB).

“Tenho oito irmãos, um deles nomeado para um cargo modesto na Sinfra, galgado por credenciamento político, depois de um trabalho voluntário em várias frentes de campanha. Não há nepotismo algum. O Silas foi nomeado em uma pasta em que não é subordinado a mim”, disse.

Classificando de “debate falso” a divulgação das nomeações de parentes de secretários no Executivo, ele esclareceu, ainda, que não houve ocultação de parte do nome do irmão – o ato publicado no Diário Oficial não traz o sobrenome Barroso – , e atribuiu o fato a uma “incorreção” comum em publicações oficiais.

“Nomes incompletos ocorrem, basta ver as várias correções nos diários. Seria no mínimo burrice suprimir sobrenome com interesse de mascarar nomeação, até porque nela nada há de ilegal”, destacou.

O blog tambném entrou em contato com o secretário Clayton Noleto e com sua assessoria de imprensa, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Na semana passada, o titular da Sinfra declarou haver nomeado para o setor de apoio institucional da pasta Felipe Brito Uchôa – genro do agropecuarista José Wilson “Dedé” Macedo, doador de campanha de Flávio Dino -, após análise de currículo (relembre).

Márcio Jerry emplaca o irmão como assessor especial na Sinfra

silasUm dos irmãos dos secretário de Estado de Articulação Política e Assuntos Federativos, Márcio Jerry (PCdoB), já foi oficialmente agraciado com um cargo no segundo escalão do Governo do Estado.

A revelação foi feita hoje (6) pelo jornalista Marco d’Eça, em seu blog (veja).

Silas André Saraiva Gomes Barroso foi nomeado assessor especial III na Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), comandada por Clayton Noleto, do mesmo PCdoB de Jerry.

Curiosamente, a publicação da nomeação no Diário Oficial do Estado veio sem o “Barroso” do nome de Silas (veja abaixo).

silas

Equívoco que certamente será reparado mais adiante.

Direitos Humanos criticam “licença para matar” concedida a PMs do MA

A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) criticou hoje (5), em nota de repúdio, o que classificou de “licença para matar” emitida pelo governo Flávio Dino (PCdoB) ao editar medida Provisória que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) a representar judicialmente membros das polícias Civil e Militar e dos Corpo de Bombeiros.

No comunicado, a SMDH faz uma relação entre o início da validade da MP e as 21 mortes causadas pela ação de policiais militares e civis, ou agentes penitenciários.

“O caráter eminentemente midiático da medida acabou por fazer a festa de páginas policiais de jornais, onde ‘a polícia tem sempre razão’ e ‘bandido bom é bandido morto'”, diz o texto.

Por meio de suas contas nas redes sociais, o secretário de Estado de Articulação Política, Márcio Jerry (PCdoB), negou que haja “licença para matar”.

“Não há ‘licença para matar’, óbvio; há o amparo a servidores públicos em situações específicas na garantia da política de segurança”, escreveu.

Leia abaixo a íntegra da nota da SMDH.

Publicada no Diário Oficial do Estado do Maranhão de 2 de janeiro de 2015, a Medida Provisória nº. 185, assinada pelo governador Flávio Dino, o secretário-chefe da Casa Civil Marcelo Tavares e o secretário de Estado de Segurança Pública Jefferson Portela, caiu como uma espécie de “licença para matar” aos agentes do sistema de segurança do Maranhão.

Terminado o primeiro mês de 2015, as notícias dão conta de 21 mortos por agentes do Estado, sendo 20 por policiais civis e militares e um por agente penitenciário – esta, a primeira morte no Complexo Penitenciário de Pedrinhas após a posse de Flávio Dino.

Em janeiro foram mortos Jocean Soares Dantas (dia 5), João Miguel Melo (8), Jeimison Fernando Ribeiro Ramos (8), Valclean Agostinho Alves (8), Robson Anderson Matos do Vale (8), Manoel Messias Monteiro Freire (8), Lourival Santos Souza (12), Charlison Sá Lélis (12), Ítalo Felipe Silva de Oliveira (19), Gilvan Santos (21), Diego Gomes da Silva (26), Raí Barbosa Lira (27), Aguinaldo dos Santos Júnior (28), Alessandro Ribeiro dos Santos (28), Laessio Albuquerque Lima (28) e Rodrigo da Silva Dias (28), além de cinco não identificados. Um aspecto que merece destaque, a subnotificação segue como prática: alguns destes óbitos não aparecem no relatório mensal da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

A medida provisória nº. 185 “autoriza a representação judicial de membros das Polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros Militar pela Procuradoria Geral do Estado”. Seu artigo 1º especifica os casos em que a representação ocorrerá: “quando, em decorrência do cumprimento de dever constitucional, legal ou regulamentar, responderem a inquérito policial ou a processo judicial, bem como promover ação penal privada ou representar perante o Ministério Público, quando vítimas de crime, quanto a atos praticados no exercício de suas atribuições constitucionais, legais ou regulamentares, no interesse público, podendo, ainda, quanto aos mesmos atos, impetrar habeas corpus e mandado de segurança em defesa dos agentes públicos de que trata este artigo”. Ou seja: permite a atuação da PGE na defesa de policiais e bombeiros envolvidos em casos de resistência seguida de morte e suspeita de execução sumária.

O caráter eminentemente midiático da medida acabou por fazer a festa de páginas policiais de jornais, onde “a polícia tem sempre razão” e “bandido bom é bandido morto”, um desserviço à sociedade que, por sua vez, influenciada por este tipo de noticiário, acaba por aplaudir a “mão de ferro” do novo governo para com a criminalidade. Não são poucas as manchetes que afirmam que “suspeitos” são mortos, numa lógica infeliz de “atira primeiro, pergunta depois” – depois dos disparos das autoridades policiais, o disparo do “quarto poder”, sentenciando a dignidade de quem não a tem em vida nem na morte.

Peticionárias da denúncia do Estado brasileiro à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA) diante da tragédia instaurada no sistema prisional maranhense a partir de outubro de 2013, Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), Conectas Direitos Humanos/SP e Justiça Global/RJ, repudiam veementemente a adoção de medidas que, com a suposta intenção de reduzir índices de violência e criminalidade, acabam contribuindo para o aumento destes mesmos índices.

Andrea Murad cobra explicações sobre supressão de dados do site da SSP

andreaA deputada estadual Andrea Murad (PMDB) cobrou ontem (3) explicações do Governo do Estado sobre a retirada do link “Estatísticas” da página inicial do site da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).

O caso foi revelado por este blog (reveja). A supressão do link ocorreu no mesmo dia em que O Estado revelou aumento da taxa de homicídios dolosos no mês de janeiro de 2015 na Região Metropolitana de São Luís.

Andrea Murad disse entender que a prática é uma forma de tentar “maquiar a realidade” em relação aos números de homicídios que se elevaram em janeiro e cobrou explicações sobre a ocultação dos dados.

“Não só o parlamento, mas é importante que toda a sociedade e organizações tenham conhecimento para cobrarmos do governo ações enérgicas”, argumentou.

Flávio Dino tenta conversa “sem registros” com o PSTU

pstDepois de garantir que praticamente não terá oposição na Assembleia Legislativa, o governador Flávio Dino (PCdoB) segue buscando entendimentos com sindicatos e partidos para minar ao máximo as críticas ao seu governo.

Na tarde de ontem (2), durante participação na abertura dos trabalhos no Legislativo estadual, o comunista tentou, assim como quem não quer nada, agendar uma reunião com lideranças do PSTU no Palácio dos Leões.

Dino aproveitou a presença de Luiz Noleto, servidor efetivo da Casa e dirigente do partido, para convidá-lo – e ao eterno candidato Marcos Silva – para um encontro na sede do govenro.

Noleto “pulou lá fora” e disse que as coisas não são bem assim.

“Um encontro sem registros, Noleto. Sem imprensa, sem fotógrafos”, insistiu Dino.

Mas o ultra-esquerdista não arredou pé.

Pelo visto, com o PSTU não será tão fácil quanto foi na Assembleia.

SSP retira estatísticas de site após aumento de índice de criminalidade

Link com estatísticas não funciona desde ontem

Link com estatísticas não funciona desde ontem

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) do Maranhão retirou do ar, ontem (2), a sessão “Estatísticas” da página principal do órgão na internet.

O fato foi registrado no mesmo dia em que O Estado revelou aumento da taxa de homicídios dolosos no mês de janeiro de 2015 na Região Metropolitana de São Luís – na comparação com dezembro de 2014 -, e também no dia em que a SSP convocou coletiva para contestar os dados, que são deles mesmos.

unnamedSegundo a reportagem, foram registrados em janeiro deste ano 84 homicídios dolosos na Região Metropolitana, contra 78 em dezembro de 2014 – aumento de 7,6%.

Quando computadas também outras mortes violentas, janeiro de 2015 teve mais registros não apenas do que dezembro do ano passado, mas também do que janeiro de 2014: 110 mortes violentas violentas, contra 87.

Foi após a divulgação desses dados que a SSP resolveu suprimir as estatísticas do site, convocou coletiva e vaticinou: a taxa de criminalidade diminuiu – releases sobre o assunto estão aí em vários blogs para quem quiser ver.

Dados oficiais foram impressos pela reportagem de O Estado

Dados impressos pela reportagem de O Estado

Para “dobrar” os dados e contestar a reportagem, a SSP contabilizou apenas homicídios e divulgou dados de todo o estado – o jornal só havia feito levantamento da Região Metropolitana.

Para completar, privou o cidadão de acesso à informação – não se sabe por que, já que, segundo a versão deles, as taxas de criminalidade diminuíram.

Mas isso não é problema, porque os dados – que deveriam ser públicos – estão impressos e serão disponibilizados.

Irmão de Marcos Caldas garante vaga no governo Flávio Dino

augusto_caldasDentre os ex-roseanistas que pularam do barco do candidato Edinho Lobão (PMDB), o ex-deputado Marcos Caldas (PRP)  é um dos que não podem mais reclamar de falta de espaços no governo Flávio Dino (PCdoB).

No dia 26 de janeiro, o irmão do parlamentar, Augusto Caldas (PTC), foi contemplado com um cargo na Casa Civil.

Segundo o Diário Oficial do Estado, o irmão de Marcos Caldas será assessor especial da Casa Civil, comandada pelo também ex-deputado Marcelo Tavares (PSB).

Inmeq

Reportagem do Estadão publicada ontem (31) aponta que Flavia Alexsandra Noleto Miranda Carvalho,  esposa do presidente do Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (nmeq), Geraldo Cunha Carvalho Júnior, ficou com a gerência jurídica da Empresa Maranhense Portuária (Emap).

Neto Evangelista é exonerado da Sedes

netoO deputado estadual Neto Evangelista (PSDB) foi exonerado esta semana da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar (Sedes).

Aos mais apressados, explica-se que o ato, no entanto, é mera formalidade.

Eleito para o segundo mandato parlamentar, o tucano precisava deixar o cargo no Executivo para tomar posse na Assembleia, no próximo domingo (1º).

A exoneração é datada do dia 28 de janeiro.

Após a posse e eleição da nova Mesa Diretora da Casa, Evangelista licencia-se do mandato no Legislativo, e volta à Sedes.

Dutra revela “incômodo” por nomeação de parentes de aliados no governo Dino

dutraO deputado federal Domingos Dutra (SDD), futuro secretário de Estado da Representação Institucional em Brasília, admitiu, em entrevista à Folha, que se não vê problemas jurídicos na nomeação de parentes de aliados para o governo Flávio Dino (PCdoB) – no que o impresso paulista chamou de “Grande Família” (leia aqui) – sente “incômodo” com a prática atualmente adotada pelo comunistas.

Dutra lembrou que o expediente ora utilizado era o mesmo justamente combatido por eles, quando na oposição ao grupo Sarney.

“Do ponto de vista jurídico, é evidente que não caracteriza nepotismo. Sob o ponto de vista político, não deixa de ser um certo incômodo, porque afinal de contas a gente vinha se debatendo com o grupo Sarney”, afirma o futuro secretário de Representação Institucional no DF, Domingos Dutra.

Como já revelado aqui, já foram nomeadas no governos as esposas do diretor do Detran e do futuro secretário de Minas e Energia, o filho de um dos maiores financiadores da campanha de Flávio Dino e até uma indiciada pela morte de estudantes.

__________________Leia mais

Indiciada por morte de estudantes ganha cargo no governo Flávio Dino

Dino diz que não sabia de indiciamento de adjunta, e garante apuração

Esposa de Zé Reinaldo é nomeada para a Corregedoria-Geral do Estado

Dedé Macedo emplaca o genro em alto cargo na Sinfra

Sinfra: nomeação de genro de Dedé Macedo ocorreu após análise de currículo