Os fiscais agropecuários do Maranhão devem deliberar, no final deste mês, por uma greve da categoria que pode ter reflexos na Expoema, a maior exposição agropecuária do estado.
Reunidos no último sábado (16), diretores e delegados do Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária do Estado do Maranhão (SINFA-MA) avaliaram resposta do Governo do Estado à pauta de reivindicações da entidade.
Segundo a direção do sindicato, a contraproposta do Executivo foi encaminhada sem assinatura.
“Tenho em mãos um expediente sem assinatura, que lista ‘pautas contempladas integralmente’ e ‘pautas não contempladas’, difícil de ser admitido como resposta oficial aos nossos pedidos, pela falta de clareza nas respostas e ausência de assinatura”, disse o presidente do Sinfa, Saraiva Júnior.
O documento enumera como resolvidos definitivamente os temas concurso público, insalubridade (pagamento de processos tramitando há sete anos), auxílio-alimentação, remuneração de responsável técnico de UVL (Unidade Veterinária Local), reestruturação de barreiras e concessão de horas extras. E que adia para o próximo ano a discussão sobre isonomia ao Grupo TAF e 100% de gratificação por condição especial de trabalho (não pleiteada nestes termos).
Mas ignora, de acordo com o sindicato, reivindicações como a revogação do art. nº 33 da Lei 4.942, que institui o Plano de Carreiras, Cargos e Remuneração do Grupo Ocupacional Atividades de Fiscalização Agropecuária – AFA, e que permitirá a concessão da Gratificação por Condição Especial de Trabalho; e não comprova a existência de propostas encaminhadas ao Parlamento Estadual nos temas que exigem autorização legislativa.
Durante a reunião de sábado, a categoria decidiu que aguardará posição definitiva do Governo até o dia 30 de agosto, quando uma Assembleia Geral decidirá os rumos a serem tomados pelo movimento.
“Estamos cansados das indefinições das autoridades desde 2013. E olha que reduzimos em 60% a pauta para facilitar o diálogo. Mas nem assim recebemos a atenção devida”, lamentou Saraiva Júnior, que não descarta a paralisação. “Estamos cansados”, finalizou.