TJ determina que resultado de concurso de cartórios pode ser divulgado

Após um adiamento de aproximadamente duas semanas (veja), a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão decidiu em sessão na terça-feira (19) negar provimento a recurso dos candidatos Haroldo Cavalcanti Neto e Kamilly Borsoi Barros Froz e determinar o fim da suspensão da divulgação do resultado final do concurso para cartórios do Maranhão.

O resultado estava impedido de ser divulgado desde o ano passado, quando os dois concorrentes deram entrada em recurso pedindo a revisão de notas.

No julgamento desta semana, a relatora do caso, desembargadora Nelma Sarney, votou pelo aumento da nota dos candidatos, conforme parecer do Ministério Público. Já os desembargadores Marcelo Carvalho (revisor) e Vicente Lopes votaram pelo improvimento.

Tecnicamente, o resultado pode ser divulgado a qualquer momento. Mas sabe-se lá…

Entenda o caso

Os candidatos Haroldo Cavalcanti Neto e Kamilly Borsoi Barros Froz deram entrada em recursos na Justiça solicitando a manutenção da suspensão do concurso para cartórios do Tribunal de Justiça do Maranhão até o julgamento de uma apelação cível protocolada pelos dois candidatos. O pedido foi concedido liminarmente pela desembargadora Nelma Sarney ainda no ano passado.

O que ocorre é o seguinte: a juíza Luíza Madeiro Nepomucena, titular da 1ª Vara da Fazenda Pública, julgou improcedente, no final do mês de julho, ação por meio da qual os candidatos pleiteavam a revisão das suas provas discursivas  no Concurso Público para Ingresso na Atividade Notarial e Registral do Estado do Maranhão.

Alegando falta de isonomia na correção das provas e inclusão de matéria não prevista em edital, os dois pediram à Justiça a concessão de tutela antecipada para acrescentar dois pontos à prova discursiva de Haroldo Cavalcanti e quatro pontos à de Kamilly Froz, com a alteração dos respectivos boletins de desempenho individual.

“No mérito, pugnaram pelo exame e avaliação das questões supostamente eivadas de ilegalidade e de falta de isonomia, bem como pela proibição da divulgação da lista de classificação do certame sem a retificação das notas dos autores”, diz a magistrada em seu relato, para, após longa citação jurisprudencial, decidir pela improcedência da ação.

“Tal desiderato não merece prosperar na medida em que o valor firmado para cada item da correção é de rigorosa competência da banca examinadora do torneio, não cabendo ao Poder Judiciário ingerir nesse mister. Além mais, pelo simples compulsar do espelho de prova dos autores, […], é possível perceber […] que as notas por eles recebidas no certame realmente fazem jus às respostas por si fornecidas às quesitações, não havendo se cogitar, também por essa razão, do direito ao aferimento dos pontos perseguidos na inicial. Do exposto, e considerando o que mais dos autos consta, JULGO IMPROCEDENTE o pedido dos autores, […], bem como em razão de não vislumbrar qualquer ilegalidade ou quebra de isonomia nos atos praticados pela comissão do Concurso Público para Ingresso na Atividade Notarial e Registral do Estado do Maranhão, Edital n 001/2011, ou pela banca examinadora da instituição realizadora do certame (IESES)”, despachou.

A decisão foi prolatada dia 25 de julho, e publicada dia 15 de agosto de 2012. O concurso deveria, então, voltar a transcorrer normalmente. Mas a interposição da medida cautelar e a liminar da desembargadora barraram o processo de seleção novamente.

TJMA: desembargador acusa juízes de vender sentenças

Desembargador Antonio BaymaO desembargador do Tribunal de Justiça Bayma Araújo resolveu ontem (20) “jogar m… no ventilador”, como se diz no popular.

Em sessão na qual se votava a necessidade de abrir, ou não, processo investigativo contra o juiz Fernando Mendonça, Bayminha, como é também conhecido, defendeu o colega magistrado e acusou juízes de vender sentenças. E mais: insinuou que a Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) faz “vistas grossas”.

“Senhor presidente, ao invés de estarmos aqui causando constrangimento a um juiz sério, nós deveríamos era estar apurando denúncias contra juízes que não julgam processos e os que vendem sentenças ao que se faz vista grossa”, denunciou.

Cleones Cunha, o corregedor, reagiu, é claro. Disse não ter conhecimento de nenhuma denúncia parecida com a do colega e pediu que ele declinasse os nomes.

“Quero pedir ao desembargador Bayma que me dê nomes, me apresente uma lista de juízes que vendem sentença, para que possamos apurar. O que chega ao conhecimento da Corregedoria é apurado. Só posso mandar apurar uma denúncia concreta”, retrucou.

Mas Bayminha foi ainda mais longe. Citou um caso em que um juiz teria pedido dinheiro a uma parte envolvida em processo prometendo, com ele, pagar inclusive pelo voto de um desembargador.

“Nós aqui sabemos dessas denúncias. Chegou ao meu conhecimento até que um juiz pediu dinheiro a uma parte dizendo que era para pagar desembargador. Isso deveria ser apurado, para nós sabermos se isso tem alguma verdade”, completou.

No fim das contas, o Pleno votou por não se investigar Fernando Mendonça.

Sem papas na língua

O desembargador Bayma Araújo já é conhecido por não ter papas na língua quando o assunto são as discussões mais polêmicas. Em 2009, ele e o desembargador Jorge Rachid trocaram insultos no plenário, quando se julgava o juiz Fernando Barbosa, de Barreirinhas, acusado de grilagem de terras.

Bayma disse que os desvios de conduta de Fernando eram conhecidos de todos. Rachid, que é tio do magistrado então sob julgamento, o defendeu, chamando o decano do TJ de mentiroso. O áudio das sessões foi gravado e vazou à época.

Veja abaixo a transcrição do diálogo:

Rachid – Você é um mentiroso, você é meu inimigo pessoal, deveria se dar por suspeito.

Bayma – Você, excelência, é sócio dele. É sócio dele, é sócio dele. Tem terrenos em Barreirinhas.

Neste momento e sessão é interrompida, mas os microfones seguem abertos.

Bayma – Você vive de esquema. Moleque. Tu passaste neste tribunal e fazes uma rapinagem aqui.

Rachid – Você é mentiroso.

Bayma – Mentiroso és tu cachorro, safado.

No mesmo dia, Bayma Araújo ainda tentou explicar a confusão. “Eu fui provocado, chamado de mentiroso, agressivo. Então, eu também o agredi no mesmo tom”, disse.

DEMOROU! TJMA afasta juiz Thales Ribeiro para investigar desvio de conduta

O Tribunal de Justiça do Maranhão decidiu, em sessão nesta quarta-feira (20), pelo afastamento preventivo do juiz Thales Ribeiro de Andrade, titular da comarca de Dom Pedro (MA), até a conclusão do julgamento de reclamação na qual o magistrado é acusado de ter cometido irregularidades em processos contra a Prefeitura de São José dos Basílios.

A Reclamação contra o magistrado foi formulada à Corregedoria Geral da Justiça pela desembargadora Nelma Sarney, relatora de mandado de segurança que deu origem à investigação, em razão de possíveis irregularidades ocorridas no curso de vinte ações de cobrança propostas por terceiros contra a Prefeitura Municipal de São José dos Basílios.

A magistrada entendeu que os atos atacados seriam ilegais, por faltar ao juiz representado competência para conhecer e decidir sobre as ações, diante do fato de não ser titular da comarca de Presidente Dutra, da qual o município de São José dos Basílios é termo judiciário.

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Ainda segundo a reclamante, as decisões proferidas pelo juiz foram contrárias ao que dispõe a Constituição Federal sobre a necessidade de expedição de precatório para pagamentos devidos pela Fazenda Pública. Além disso, teriam engessado o Poder Executivo Municipal, por retirar totalmente sua principal fonte de custeio – o Fundo de Participação.

Voto

Relator da Reclamação e responsável pela fiscalização do procedimento funcional dos juízes, o corregedor Cleones Cunha constatou a ocorrência de possíveis irregularidades e entendeu que há indícios suficientes de conduta irregular, votando pelo afastamento cautelar do juiz, a fim de permitir a apuração regular da suposta infração disciplinar.

O afastamento preliminar do juiz Thales Andrade foi aprovado pelos desembargadores presentes, com exceção da desembargadora Nelma Sarney, reclamante, que não votou no julgamento. Os demais desembargadores seguiram o voto do relator Cleones Cunha, pelo afastamento cautelar do acusado.

(As informações são do TJMA)

TJ recebe denúncia contra prefeita de Anapurus

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) recebeu nesta terça-feira (19) denúncia por crime de responsabilidade contra a prefeita de Anapurus, Cleomaltina Moreira Monteles, que descumpriu ordem judicial sem dar o motivo da recusa.

Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MP), a prefeita não atendeu decisão da 3ª Câmara Cível do TJMA, que determinou o cumprimento provisório da sentença proferida em Mandado de Segurança para reintegração de servidores.

Por diversas vezes o oficial de justiça tentou intimar a prefeita quanto ao teor da sentença proferida, conseguindo efetivar a citação apenas por hora certa no dia 13 de maio de 2010.

Mesmo intimada via publicação, Cleomaltina Moreira não cumpriu a ordem judicial, sendo feita sua intimação pessoal. Em março de 2011 houve mais um descumprimento e diante do descaso da Administração Pública Municipal, o presidente do TJMA encaminhou o caso à Procuradoria Geral de Justiça.

Voto

De acordo com o relator do processo, desembargador Raimundo Melo, há provas nos autos que a gestora foi devidamente citada para que desse cumprimento a decisão de reintegração dos funcionários por ela exonerados, inexistindo qualquer manifestação  sobre a impossibilidade de tal cumprimento.

Melo acrescenta ainda que nesta fase inicial existem provas da materialidade e indícios suficientes da autoria, sendo imperioso o recebimento da denúncia formulada pelo MP, com conseqüente instauração da competente ação penal para apuração da suposta prática do delito previsto no artigo 339 do Código Penal.

Ex-funcionários “comemoram” 20 anos de processo trabalhista contra Castelo

Uma manifestação hoje (18), em frente à sede do Tribunal Regional do Trabalho no Maranhão (TRT-MA) marcará 20 anos (isso mesmo, 20 anos!) de um processo trabalhista movido por Gerardo Iragerson Carneiro Lima contra o ex-prefeito João Castelo.

Outros ex-funcionários da Gráfica e Editora Jornal de Hoje Ltda. também participarão do ato, marcado para começar às 10h.

Segundo Gerardo Carneiro, haverá o corte simbólico de um bolo “para ‘parabenizar’ e ‘comemorar a celeridade’ da Justiça, que em duas décadas não conseguiu solucionar o processo e também deixou de proteger a parte mais frágil, beneficiando com esta demora a parte poderosa, que é o senhor João Castelo”.

É quase certo que a manifestação deve angariar adeptos de outras vertentes…

Froz Sobrinho é eleito para o TRE

O desembargador Froz Sobrinho, do Tribunal de Justiça do Maranhão, foi eleito hoje para compor o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ele substituirá a atual presidente da Corte Anildes Cruz, cujo mandato encerra-se no dia 25 de fevereiro.

Froz disputaria a vaga contra o desembargador Lourival Serejo, que decidiu abdicar da candidatura antes da eleição. Candidato único ele só não contou com os votos de três desembargadores presentes: um votou nulo e outros dois, em branco.

Ao assumir  a vaga no TRE, o magistrado deve ser logo alçado à condição de corregedor eleitoral, cargo hoje ocupado pelo também desembargador José Bernardo Rodrigues, que, por sua vez, deve ser eleito presidente.

STJ rejeita recurso da PGE contra 11,98% para servidores do TJMA

O ministro Benedito Gonçalves (foto), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou  nesta segunda0 (4) provimento a agravo em recurso especial interposto pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) do Maranhão contra a decisão proferida pela desembargadora Raimunda Bezerra no Processo reconhecendo o direito dos servidores do Tribunal de Justiça do Maranhão de receber integralmente a diferença salarial referente aos 11,98% da URV.

O julgamento da ação atendeu a pedido de prioridade para a tramitação formulado no ínicio deste ano pelo Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Maranhão (Sindjus-MA).

“Essa foi uma grande vitória para todos os servidores do TJMA e também para o Sindjus-MA. Mas a Procuradoria Geral do Estado do Maranhão ainda pode recorrer dessa decisão, com o claro intuito protelatório da execução de um direito universal de todos servidores do Poder Judiciário do Estado do Maranhão. Nosso sindicato, através do seu departamento jurídico, continuará atuando de maneira incansável e firme na defesa dos interesses da categoria e para que a implantação dos 11,98% se estenda a todos sem exceção, no mais breve prazo possível”, declarou o presidente do sindicato, Aníbal Lins, segundo nota da assessoria.

Divergências no TJ mantêm suspensão do concurso para cartórios

Três votos divergentes na 2ª Camara Cível do Tribunal de Justiça mantiveram, semana passada, a suspensão da divulgação do resultado do concurso para cartórios do Maranhão.

Ao apreciar recursos dos candidatos Haroldo Cavalcanti Neto e Kamilly Borsoi Barros Froz, os desembargadores Nelma Sarney, Marcelo Carvalho e Vicente Lopes deram, cada um, um voto diferente.

Relatora do processo, Nelma votou pelo provimento da apelação para aumentar a nota dos dois candidatos – foi ela quem já concedeu liminar a ambos, para garantir a suspensão da divulgação enquanto o mérito da questão não for discutido pela Corte (reveja).

Marcelo Carvalho, atuando como revisor, votou pela improcedência dos recursos e consequente devolução do caso ao 1º grau, determinando uma períca técnica formada por tabeliãs e registradores para averiguar as provas dos dois candidatos.

Já Vicente Lopes foi pelo total improvimento da apelação. Sendo assim, o caso segue em julgamento, e deve ser decidido amanhã (5), em nova sessão da Câmara.

Entenda o caso

Os candidatos Haroldo Cavalcanti Neto e Kamilly Borsoi Barros Froz deram entrada em recursos na Justiça solicitando a manutenção da suspensão do concurso para cartórios do Tribunal de Justiça do Maranhão até o julgamento de uma apelação cível protocolada pelos dois candidatos. O pedido foi concedido liminarmente pela desembargadora Nelma Sarney ainda no ano passado.

O que ocorre é o seguinte: a juíza Luíza Madeiro Nepomucena, titular da 1ª Vara da Fazenda Pública, julgou improcedente, no final do mês de julho, ação por meio da qual os candidatos pleiteavam a revisão das suas provas discursivas  no Concurso Público para Ingresso na Atividade Notarial e Registral do Estado do Maranhão.

Alegando falta de isonomia na correção das provas e inclusão de matéria não prevista em edital, os dois pediram à Justiça a concessão de tutela antecipada para acrescentar dois pontos à prova discursiva de Haroldo Cavalcanti e quatro pontos à de Kamilly Froz, com a alteração dos respectivos boletins de desempenho individual.

“No mérito, pugnaram pelo exame e avaliação das questões supostamente eivadas de ilegalidade e de falta de isonomia, bem como pela proibição da divulgação da lista de classificação do certame sem a retificação das notas dos autores”, diz a magistrada em seu relato, para, após longa citação jurisprudencial, decidir pela improcedência da ação.

“Tal desiderato não merece prosperar na medida em que o valor firmado para cada item da correção é de rigorosa competência da banca examinadora do torneio, não cabendo ao Poder Judiciário ingerir nesse mister. Além mais, pelo simples compulsar do espelho de prova dos autores, […], é possível perceber […] que as notas por eles recebidas no certame realmente fazem jus às respostas por si fornecidas às quesitações, não havendo se cogitar, também por essa razão, do direito ao aferimento dos pontos perseguidos na inicial. Do exposto, e considerando o que mais dos autos consta, JULGO IMPROCEDENTE o pedido dos autores, […], bem como em razão de não vislumbrar qualquer ilegalidade ou quebra de isonomia nos atos praticados pela comissão do Concurso Público para Ingresso na Atividade Notarial e Registral do Estado do Maranhão, Edital n 001/2011, ou pela banca examinadora da instituição realizadora do certame (IESES)”, despachou.

A decisão foi prolatada dia 25 de julho, e publicada dia 15 de agosto de 2012. O concurso deveria, então, voltar a transcorrer normalmente. Mas a interposição da medida cautelar e a liminar da desembargadora barraram o processo de seleção novamente.

Que só deve prosseguir após a solução do caso pela 2ª Camara Cível do Tribunal de Justiça.

Leia denúncia da PGJ contra Raimundo Cutrim e Alberto Franco por formação de quadrilha

Procuradora Regina Rocha

O blog traz agora, como prometido ontem (29), cópia integral da denúncia feita pela procuradora-geral de Justiça do Maranhão, Regina Rocha, contra o deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD), o secretário de Estado de Assuntos Estratégicos, Alberto Franco (PMDB) e outras seis pessoas por formação de quadrilha, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.

Baixe aqui o documento.

Segundo a PGJ, as investigações comprovaram o envolvimento de todos os acusados. “Os quais, de forma consciente e ajustada, praticaram os crimes adiante expostos, envolvendo a compra e venda de terras da área registrada sob o nº 3060, como será demonstrado”, relata Regina Rocha.

No total, a denúncia feita ao Tribunal de Justiça tem vinte páginas, e foi embasada nas 62 do relatório de inquérito policial que apurou crimes de grilagem na Ilha de São Luís. O relator do processo na Justiça será o desembargador José Luiz Almeida.

Raimundo Cutrim e Alberto Franco foram indiciados depois que a Polícia Civil começou a apurar os crimes de grilagem de terras na Ilha de São Luís. As investigações começaram a partir do assassinato do empresário Marggion Lanyere Ferreira Andrade, no final de 2011.

Além dos dois, estão denunciados Sebastião Cardoso, Alcides Nunes, Pedro Chagas Silva, Vitório Pereira, Cinézio de Jesus, Eliene Neves e Mário Jorge Campos. Como o deputado Cutrim possui a prerrogativa de foro privilegiado, todos serão julgados pelo TJ.

O empresário Altevir Mendoça também foi investigado, mas sequer chegou a ser indiciado. “Sua conduta é atípica tendo em vista ser o único dos beneficiários da fraude que comprovadamente desconhecia os vícios do título”, diz a comissão de delegados sobre ele.

O TJ deve decidir, agora, se recebe, ou não a denúncia.

EXCLUSIVO! Veja relatório do inquérito que embasou denúncia contra Raimundo Cutrim

O blog divulga logo abaixo a íntegra do relatório de inquérito policial que serviu de base para a denúncia feita pela Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) ao Tribunal de Justiça contra o deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD) – como informado no sábado (26) – , em virtude do seu indiciamento por crimes de formação de quadrilha, uso de documento falso e falsidade ideológica.

Os possíveis crimes têm relação com o uso de procurações públicas com vícios de outorga e que culminaram com a lavratura de escrituras públicas de compra e venda que foram utilizadas como títulos para aberturas de matrículas de imóveis, localizados notadamente em Paço do Lumiar e São José de Ribamar, atribuindo a titularidade destes aos beneficiários da fraude.

Na denúncia figura, também, o secretário de Estado de Assuntos Estratégicos, Alberto Franco (PMDB). Ambos negam qualquer crime.

“Observou-se, desde o início das investigações, que surgiram como partícipes dos fatos crimes apurados os nomes de RAIMUNDO SOARES CUTRIM e CARLOS ALBERTO FRANCO DE ALMEIDA, Deputado Estadual e Secretário de Estado, respectivamente, funções estas que estão elencadas entre aquelas com prerrogativa de foro para serem processados e julgados perante o Tribunal de Justiça do Maranhão, conforme prevê o Art. 81, II da Constituição do Estado do Maranhão”, diz o documento.

A denúncia da PGJ acatou a íntegra do relatório de inquérito policial instaurado ainda no ano passado. O documento foi encaminhado ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Antônio Guerreiro Júnior, e já distribuído ao desembargador José Luiz Almeida, segundo informa fonte do blog no TJ.

Raimundo Cutrim e Alberto Franco foram indiciados depois que a Polícia Civil começou a apurar os crimes de grilagem de terras na Ilha de São Luís. As investigações começaram a partir do assassinato do empresário Marggion Lanyere Ferreira Andrade, no final de 2011.

Além dos dois, estão denunciados Sebastião Cardoso, Alcides Nunes, Pedro Chagas Silva, Vitório Pereira, Cinézio de Jesus, Eliene Neves e Mário Jorge Campos. Como o deputado Cutrim possui a prerrogativa de foro privilegiado, todos serão julgado pelo TJ.

O empresário Altevir Mendoça também foi investigado, mas sequer chegou a ser indiciado. “Sua conduta é atípica tendo em vista ser o único dos beneficiários da fraude que comprovadamente desconhecia os vícios do título”, diz a comissão de delegados sobre ele.

O titular do blog trabalha para conseguir, ainda nesta terça-feira (29), cópia integral da denúncia da PGJ ao TJ.

Por enquanto, baixe aqui a íntegra do relatório de inquérito.