O vereador Ivaldo Rodrigues, membro da Executiva Estadual do PDT, reagiu hoje (22) às declarações do presidente da legenda, Julião Amin, segundo as quais o partido seguirá com o pré-candidato do PCdoB ao governo, Flávio Dino, mesmo que aos pedetistas não seja garantido o direito de indicar o candidato a vice-governador, como acertado desde 2012.
Segundo Ivaldo Rodrigues, Amin falou apenas por ele mesmo e “se precipitou” quando disse que o PDT aceita “naturalmente” o pleito do PSDB pela vaga de vice – o indicado é o deputado federal tucano Carlos Brandão – e que não sairá da coalizão oposicinista caso o PSDB tome a vaga que seria de um pedetista.
“Esse é um pensamento de Julião Amin. Ele não falou em nome do partido. Em nenhum momento ele reuniu o partido. Ele não reuniu comigo, não reuniu com ninguém do partido. Ao meu ver ele se precipitou em falar em nome do partido sem reunir o partido para dizer isso. Por mim não é dessa forma. Eu não penso assim. Eu não penso que se vai de graça para qualquer campanha”, declarou o vereador.
Ao contrário do presidente da sigla, Ivaldo diz que a garantia da vaga de vice ao PDT é “situação sine qua non” para que a legenda mantenha o apoio a Dino.
“Me parece mais importante a militância do PDT do que o tempo de televisão do PSDB. Nós estamos travando uma discussão que me parece inadequada para este momento, até porque existem conversas firmadas entre o partido do Flávio Dino e o meu partido, a nível nacional, inclusive através do presidente Carlos Lupi, de que a vice é do PDT. Não sei porque essa discussão. Ao meu ver a vice é do PDT e acabou a história. E me parece que é uma situação inclusive sine qua non: ou se fica com o PDT sendo vice, porque eu não entendo outra discussão, porque a minha discussão é esta. Eu não vejo nenhum outro tipo de posição do partido”, completou.
O PDT recebeu de Flávio Dino, ainda em 2012, a promessa de que seria o partido a indicar seu candidato a vice em 2014. À época, essa foi a condição para que a sigle abdicasse da indicação de um candidato a vice na chapa do hoje prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), como forma de garantir a entrada do PSB na chapa.
Segundo Carlos Lupi, foi para equacionar essa “guerrinha” com os socialistas, que os pedetistas abriram mão da Vice-Prefeitura, em torca de uma vaga na chapa majoritária na eleição deste ano.
“Eu não aceito coligação para a campanha majoritária se o PDT não tiver o vice-governador. Tem que ter, do PDT, o vice-governador”, disse, sob aplausos da militância. Estou falando antes, anunciando aquilo que eu falo em particular, porque da outra vez nós tivemos que ceder. Tava uma guerrinha aqui, que não dava para a gente articular o que a gente queria”, afirmou Lupi, em maio de 2013 (reveja).
Mais recentemente, durante a entrega do título de cidadão maranhense ao empresário Márcio Honaiser – indicado do PDT para compor a chapa dinista -, o dirigente reafirmou o posicionamento. “Repito aquilo que eu já falei: o que foi combinado não é caro. O combinado é que a vice é do PDT e eu não vou abrir mão disso, porque não vale a pena a gente não cumprir compromissos assumidos”, reiterou.
Mas pelo visto…
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