Após um ano de pressão, Flávio Dino admite que Roberto Rocha será seu candidato a senador

(Foto: Agência Klamt)

(Foto: Agência Klamt)

O presidente da Embratur, Flávio Dino(PCdoB), admitiu pela primeira vez, em entrevista a O Globo, publicada hoje (3), que o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), será candidato a senador na sua chapa em 2014.

Sem citar o nome do correligionário, o comunista garantiu que essa é uma forma de dar “espaço para Eduardo Campos” no palanque da oposição Maranhense.

“Claro que tem espaço para Eduardo Campos. O PSB vai estar na nossa coligação, vai ter o candidato a senador na nossa chapa”, declarou, ignorando as conversas dos socialistas com a deputada estadual Eliziane Gama, pré-candidata do PPS ao Governo do Estado.

Dino fez ainda uma ameaça velada ao PT, caso se confirme o apoio do partido da presidente Dilma ao secretário Luis Fernando (Infraestrutura), pré-candidato do PMDB.

“O que o PCdoB tem colocado é que queremos o apoio do PT. Se não tivermos, é claro que isso tem consequências. Estamos esperando a reciprocidade do PT”, disse.

Veja aqui a íntegra da entrevista.

PDT

Depois de comunicar apoio ao candidato ao Senado do PSB, resta agora ao comunista posicionar-se publicamente sobre o PDT.

Integrantes da base de apoio que elegeu o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), os pedetistas receberem à época da eleição a garantia de que indicariam o candidato a vice-governador na chapa de Dino em 2014. Mas o PCdoB, atualmente, negocia a vaga com o PSDB, de João Castelo.

E o PDT aguarda o desfecho da questão para definir seu rumo.

Luis Fernando estará elegível em março de 2014

Luis Fernando, Max Barros e Edison Lobão no dia da filiação do primeiro ao PMDB

Luis Fernando, Max Barros e Edison Lobão no dia da filiação do primeiro ao PMDB

O assunto não muda desde a renúncia de Washington Oliveira para assumir vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão: afinal, o secretário de Estado de Infraestrutura, Luis Fernando Silva, pode ou não ser candidato na eventualidade de uma eleição indireta para governador?

A resposta é sim. Desde que a escolha ocorra a partir de março do ano que vem.

Ocorre o seguinte: Luis Fernando filiou-se ao PMDB em março deste ano. Para ser mais preciso, no dia 22 daquele mês.

Sendo assim, se a eleição pela Assembleia Legislativa ocorrer a partir do dia 22 de março de 2014, não há qualquer óbice a uma candidatura do peemedebista.

Como não há notícia de que a governadora Roseana Sarney (PMDB) deseje deixar o cargo antes do prazo legal que lhe permita decidir se será ou não candidata a senadora, o seu auxiliar – se assim também desejar – estará apto a disputar uma eleição indireta.

Edivaldo Júnior cobra do PCdoB apoio a indicação de vice do PDT

edivaldoAliados do presidente da Embraur, Flávio Dino (PCdoB), passaram o fim de semana inteiro comemorando uma declaração do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), dando conta de que se mantém inalterada a relação entre os dois partidos no comando da gestão da capital.

A reação de euforia dos comunistas deu-se principalmente, porque o vereador Edmilson Jansen (PTC) rompeu o silêncio e falou abertamente até mesmo em rompimento político entre as duas agremiações (leia mais).

Edivaldo Júnior, no entanto, tratou de colocar panos quente no assunto. Mas não perdeu a oportunidade de cobrar do PCdoB, mais uma vez, o cumprimento de acordos firmados ainda em 2012 (veja quais foram).

“Teremos uma grande batalha e vamos avançar com o PCdoB do nosso amigo Flávio Dino como candidato ao governo do Maranhão, e também com o PSB e Roberto Rocha, como candidato ao Senado. Além disso, temos o PDT que deverá indicar o companheiro a formar chapa com o PCdoB”, declarou.

Os comunistas então, fizeram festa por conta da primeira parte do discurso, em que o petecista garante que marchará com Dino.

E não disseram mais nada sobre a indicação do PDT para a chapa majoritária, porque o que eles querem mesmo é um candidato a vice-governador do PSDB, de João Castelo (veja).

Convocação que expôs crise PTC/PCdoB volta à pauta hoje

edmilsonVolta à pauta da Câmara Municipal de São Juísm (hoje), o requerimento da vereadora Rose Sales (PCdoB) que pede a convocação do secretário municipal de Saúde, César Felix Diniz.

O pedido está para ser votado há uma semana, mas a liderança do governo no legislativo municipal está retardando a apreciação da matéria.

Já pediram vistas do requerimento os vereadores Beto Castro (PRTB) e Edmilson Jansen (PTC) – este último que deu, semana passada, as declarações que confirmaram o estremecimento das relações entre comunistas e petecistas.

“Eu sou da base do prefeito, mas não vou apoiar o [candidato a] governador do PCdoB. Eles estão atrapalhando a prefeitura”, disse.

O vereador elencou, por exemplo, o insucesso no estabelecimento de parcerias com o Governo do Estado como o maior prejuízo da postura beligerante adotada pelo PCdoB em relação aos adversários políticos. Para ele, o partido aliado está voltado para a campanha do presidente da Embratur, Flávio Dino, ao Governo do Estado.

“O PCdoB está levando o prefeito para o buraco. Eles impedem a consolidação das parcerias institucionais e ainda querem dominar todas as áreas da administração”, disse o vereador petecista.

rose_salesPara ele, o caminho a ser tomado é o do rompimento. “Se dependesse somente de mim, o PTC não estaria mais com o PCdoB. Faria igual a mim: romperia com Flávio Dino e seu PCdoB”, afirmou Edmilson Jansen.

Edmilson Jansen afirmou, também, já haver comunicado a direção do seu partido de que não votará em Flávio Dino, nem fará campanha para ele, caso se confirme sua candidatura em 2014. Segundo ele, o voto está garantido a “qualquer candidato menos Flávio Dino”, referindo-se ao secretário de Estado de Infraestrutura, Luis Fernando (PMDB), à deputada estadual Eliziane Gama (PPS) e até mesmo ao vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB).

Pelo visto a semana começa quente no Palácio Pedro Neiva de Santana…

Presidente do PT diz que ala defende aliança com PMDB, mas nega acordo

Anúncio sobre decisão pela aliança havia sido feito ontem (30) pelo presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO).

FOTO: JF DIORIO/AE

FOTO: JF DIORIO/AE

Da Foha.com

O presidente do PT, Rui Falcão, negou ontem que seu partido tenha decidido manter o apoio à família Sarney em vez de chancelar a candidatura do comunista Flávio Dino ao governo do Maranhão.

A declaração foi dada horas após o presidente do PMDB, Valdir Raupp, anunciar que o PT decidiu manter sua aliança com os Sarney no Estado.

Ambos participaram de uma reunião na Granja do Torto com Dilma Rousseff e Lula.

“Tem uma ala do PT que apoia a ideia de continuar com o Sarney, mas há também um pedido do Flávio Dino que nós o apoiemos. Não houve nenhum acordo”, afirmou Falcão.

Raupp havia dito que endossar os peemedebistas fora o único entendimento da reunião –da qual o senador José Sarney (PMDB-AP) também participou.

O apoio a Dino é um dos poucos apelos feito pelo PC do B ao PT na corrida eleitoral de 2014. O nome do PMDB ao governo ainda será lançado por Sarney, atual governadora do Estado.

Em reunião com Lula e Dilma, PT decide apoiar Luis Fernando

Da Folha de S. Paulo

dilmaNa rodada de negociações com o PMDB para turbinar palanques estaduais para a reeleição da presidente Dilma Rousseff, o PT indicou que deve abandonar a candidatura do comunista Flavio Dino ao governo do Maranhão e manter o apoio à família Sarney.

A decisão foi anunciada pelo presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO). Segundo o dirigente, esse foi o único entendimento da reunião deste sábado comandada por Dilma ao lado do ex-presidente Lula. O encontro ocorreu na Granja do Torto, residência de campo da Presidência.

“Avançou bastante. Teremos de sentar outras vezes, mas nesse caso do Maranhão a questão já foi resolvida. A ala que apoia o candidato da governadora Roseana, do PMDB, ganhou a convenção… A ala do PT. Logo deverá apoiar o candidato a governador da governadora Roseana Sarney, do PMDB”, afirmou.

No Maranhão, uma ala do PT queria apoiar o comunista Flávio Dino, candidato à sucessão de Roseana. Esse é um dos poucos pedidos de apoio feito pelo PC do B ao PT na corrida eleitoral de 2014.

O senador José Sarney (PMDB-AP) participou da reunião, mas não deu entrevistas. O nome do PMDB ainda será lançado por Roseana. A decisão deve gerar tensão no PT do Maranhão e provocar reações no PC do B.

Socialistas não recebem bem possibilidade de apoio do PSB a Eliziane

rochaO vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha, e o deputado estadual Marcelo Tavares, ambos do PSB maranhense, não mostram muita simpatia pela possibilidade de a candidatura da deputada estadual Eliziane Gama (PPS) receber o apoio oficial dos socialistas em 2014. Ambos, porém, garantem achar legítimo o desejo da parlamentar de disputar a eleição de 2014.

Pré-candidato ao Senado, Rocha disse ontem (260, em entrevista à Rádio Capital, reconhecer que Gama transformou-se numa liderança mais forte após a eleição de 2012 – candidata a prefeita de São Luís, ela terminou o pleito em terceiro lugar, à frente do vice-governador Washington Oliveira (PT), candidato do Governo do Estado.

Ele demonstra, no entanto, preocupação com os reflexos da candidatura dela na disputa pelo Senado. “Ela [Eliziane Gama] tem todo o direito de pleitear [a candidatura]. Mas eu sou o principal interessado em juntar todo mundo em torno de uma única candidatura, porque para governador ainda tem dois turnos, você tem a perspectiva de, num segundo turno, fazer um novo enfrentamento. Para senador não tem. E é exatamente por essa razão que esse campo político nosso não tem senador, porque toda vez a estratégia é lançar dois, três candidatos ao governo”, avaliou.

marcelo_tavaresO deputado Marcelo Tavares foi mais enfático. Ele rechaçou a possibilidade de apoiar a popular-socialista, mesmo que a aliança PPS/PSB seja decidida nacionalmente.

“Eu não [embarco no projeto Eliziane]. Eu considero a candidatura dela legítima e boa para as oposições, mas o PSB no Maranhão já tem postura definida”, ressaltou, citando sua intenção pessoal de apoiar o presidente da Embratur, Flávio Dino

Vereador do PTC expõe crise do partido com o PCdoB em São Luís

edmilsonO vereador Edmilson Jansen (PTC) expôs de forma cabal, ontem (25), a crise envolvendo o PTC – partido do prefeito Edivaldo Holanda Júnior – e o PCdoB, do seu patrono da eleição do prefeito, Flávio Dino.

A revelação foi feita quando parlamentar discutia com a colega de parlamentao Rose Sales (PCdoB) o motivo pelo qual ela tenta convocar o secretário de Saúde do Município, César Félix, para explicar o caos da saúde da capital na Câmara.

Inconformado com a pressão exercida pela comunista, Jansen disparou: “Eu sou da base do prefeito, mas não vou apoiar o [candidato a] governador do PCdoB. Eles estão atrapalhando a prefeitura”, declarou.

O desabafo público trouxe à tona um assunto que só era tratado, até esta semana, nos bastidores.

Há um claro incômodo de setores da Prefeitura Municipal – sobretudo daqueles mais ligado ao pai do prefeito, o ex-deputado Edivaldo Holanda – com a forma como tem-se desenrolado a relação PTC-PCdoB em São Luís.

Acreditam os membros desses setores que Edivaldo Júnior tem pago uma conta muito alta pelo apoio de 2012 e não tem recebido muita ajuda em troca, administrativamente.

O discurso de que “eles estão atrapalhando a prefeitura”, é praticamente o mesmo de Holanda, o pai, aos aliados. Na visão dele, o filho “apanha” mais devido à proximidade dos comunistas da sua gestão. De outro lado, ele não enxerga empenho do PCdoB para compensar o desgaste através de ações.

Um dos exemplos usados por Holandão é a comunicação da Prefeitura. Mas isso é assunto para outro post

Roberto Freire pedirá a Campos apoio do PSB a Eliziane Gama

elizianeA coluna Painel, da Folha de S. Paulo, revelou hoje (26) que o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, pedirá diretamente ao presidente do PSB, governador Eduardo Campos (Pernambuco), apoio da legenda à candidatura da deputada estadual Eliziane Gama ao Governo do Maranhão.

Um encontro entre os dois, revela a jornalista Vera Magahães, que assina a coluna, acontecerá no fim de semana, em Recife, quando Freire proporá apoio do PPS à candidatura de Campos à Presidência de República e aproveitará para discutir acordos nos estados.

“Em pauta, a aliança do PSB com Geraldo Alckmin (PSDB), defendida por Freire, a união das oposições no Rio e o apoio socialista a Eliziane Gama (PPS) no Maranhão, onde a sigla tende a ir com Flávio Dino (PCdoB)”, diz a nota.

painel

Sinais

Em postagem realizada ontem (25) mostraram-se aqui os sinais de aproximação entre o PSB e o PPS em torno da candidatura de Eliziane Gama (reveja).

Se ganhar o aval do presidente nacional para apoiar a popular-socialista, o PSB pode garantir a candidatura de Eliziane, que está bem posicionada nas pesquisas, mas não pensa em repetir em 2014 a aventura de entrar na disputa só com o tempo e TV do próprio PPS, como fez em 2012 na disputa pela Prefeitura de São Luís.

“Não tem legitimidade”, diz dirigente nacional sobre 2º turno do PED no MA

O secretário nacional de Organização e coordenador nacional do Processo de Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT), Florisvaldo Souza, disse ontem (25) não reconhecer o 2º turno do processo eleitoral levado a efeito no Maranhão no domingo (24) pelo secretário de organização e coordenador do PED em nível local, Ivaldo Coqueiro. “Não ocorreu eleição do PT no Maranhão no último fim de semana”, sentenciou.

Segundo Souza, desde a semana passada a comissão eleitoral maranhense estava ciente de que o resultado da eleição será decidido apenas após análise do resultado do 1º turno, que será feita pela Câmara de Recursos do Diretório Nacional ou pela Comissão Executiva Nacional.

O dirigente disse desconhecer qualquer processo de votação no Maranhão e garantiu que o comando nacional não emitiu qualquer cédula que viabilizasse a eleição. Para ele, o processo ocorreu “fora dos padrões como o PT se organiza”.

“Eles [membros da comissão eleitoral local] estão cientes disso. Se fizeram eleição, foi por conta deles, com cédulas de votação emitidas por eles próprios. Eu não tenho nem conhecimento de eleição nenhuma”, declarou.

Ainda de acordo com o dirigente nacional, o baixo comparecimento às urnas de filiados aptos a votar – dados da comissão eleitoral mostram que o 2º turno ocorreu em 60 municípios – também tira a legitimidade do processo.

“No 1º turno, a eleição ocorreu em 160 municípios. Se no 2º você me diz que ocorreu apenas em 60, esse processo não tem legitimidade nenhuma. Fizeram [o 2º turno], mas não tem legitimidade nenhuma”, reafirmou.

Adiamento

O 1º turno do PED no Maranhão terminou com o atual presidente estadual do PT, Raimundo Monteiro, declarando-se vencedor um dia depois da votação, que ocorreu em 10 de novembro. A comissão eleitoral, no entanto, proclamou resultado diferente, chancelando a necessidade de realização de um 2º turno entre o próprio Monteiro e Henrique Souza.

A nova votação estava marcada para ocorrer no domingo, dia 24, mas foi oficialmente suspensa pela Secretaria Nacional de Organização (SORG) na sexta-feira, dia 22. O comunicado formal foi emitido por Florisvaldo Souza diretamente a Ivaldo Coqueiro, explicando que o atraso na apuração do 1º turno levara a direção nacional a tomar para si a proclamação do resultado – não se descartou, no documento, a possibilidade de realização de 2º turno, em nova data.

“Isto [atraso na proclamação do resultado] desorganizou o calendário para a realização do segundo turno no estado. Diante disso, entendemos que a realização do segundo turno no próximo dia 24 de novembro [domingo] está prejudicada em função da forma como a Executiva Estadual conduziu o processo. Frente aos impasses existentes, a Câmara de Recursos do Diretório Nacional ou a Comissão Executiva Nacional avaliará o processo e definir como será concluído o PED no Maranhão”, disse Florisvaldo no documento.

Ivaldo Coqueiro afirmou que decidiu realizar a segunda etapa da eleição à revelia da orientação nacional porque o regimento do PED não estabelece outra data para tal. “O resultado proclamado pela comissão eleitoral aponta a necessidade de 2º turno e não há no regimento do PED qualquer possibilidade de que esse turno seja realizado em data diferente daquela em que ele foi efetivamente feito”, completou.