Ricardo Murad relata que seria alvo de prisão em operação da PF

ricardoO ex-secretário de Estado da Saúde Rovado Murad relatou há pouco, em nota pública, ter tomado conhecimento, por fontes do Palácio dos Leões, de uma operação da Polícia Federal com o objetivo de prendê-lo e, ainda, prender dirigentes de empresas que prestaram serviços para a SES na sua gestão.

No comunicado, ele diz que está à disposição das autoridades para esclarecimentos, que não se intimida com operação da PF e que sabe do entusiasmo do governador Flávio Dino (PCdoB) diante da iminente operação.

Veja abaixo a íntegra da nota.

OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL EM ANDAMENTO

TOMEI CONHECIMENTO, HOJE, POR FONTES MUITÍSSIMAS BEM INFORMADAS DO PALÁCIO DOS LEÕES, DE UMA OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL, NA IMINÊNCIA DE SER DEFLAGRADA COM ENTUSIASMO E CONHECIMENTO PRÉVIO DO GOVERNADOR FLÁVIO DINO E DE SEU IRMÃO NICOLAU DINO, SUB-PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA, CUJO OBJETO SERIA BUSCA E APREENSÃO EM RESIDÊNCIAS E EMPRESAS (LITUCERA E LAVATECH, DENTRE DIVERSAS OUTRAS), ALÉM DA PRISÃO DE 14 PESSOAS, DENTRE AS QUAIS DESTACO: DIRIGENTES DO ICN, BEM VIVER, E A MINHA, QUE ENCARAM COMO TROFEU.

SOBRE ESSAS E TANTAS OUTRAS AMEAÇAS QUE DIARIAMENTE ME CHEGAM AO CONHECIMENTO, INFORMO QUE REPUTO, ASSIM COMO TODOS OS DE BOM SENSO, SEREM DESNECESSÁRIAS MEDIDAS ESPETACULARES E MIDIÁTICAS QUE SERVEM APENAS PARA CONSTRANGER, UMA VEZ QUE EU – E PELO QUE SEI, TODOS QUE COMIGO TRABALHARAM DIRETAMENTE – SEMPRE ME COLOQUEI À DISPOSIÇÃO DAS AUTORIDADES – POLICIAIS, MINISTERIAIS E JUDICIAIS – PARA PRESTAR ESCLARECIMENTOS, INFORMAÇÕES E APRESENTAR DOCUMENTOS QUE DIGAM RESPEITO À MINHA GESTÃO NA SES.

ALIÁS, DELA SÓ TENHO A ME ORGULHAR, PORQUE, TODOS SABEM, IMPLANTAMOS O MAIOR E MELHOR PROJETO DE SAÚDE PÚBLICA QUE O MARANHÃO JÁ EXPERIMENTOU E QUE, INFELIZMENTE, VEM SENDO FORTEMENTE DESMONTADO PELO GOVERNO DE PLANTÃO. ESSE INCOMPETENTE GOVERNO, ENVERGONHADO POR NÃO TER O QUE APRESENTAR DE DESCULPA AO NOSSO POVO PELA PÉSSIMA GESTÃO EM DIVERSAS ÁREAS, SOBRETUDO A DA SAÚDE, TUDO FAZ PARA ME ATACAR E CONSTRANGER.

BASTA VER OS DIVERSOS E MAL ACABADOS PROCEDIMENTOS E PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E JUDICIAIS QUE DIARIAMENTE AJUÍZAM CONTRA MIM. O DESEJO DE PERSEGUIÇÃO É TÃO GRANDE QUE NÃO SE CONSTRANGEM EM REPETIR AÇÕES, COM O MESMÍSSIMO OBJETO, NA JUSTIÇA FEDERAL E ESTADUAL, APOSTANDO NA CONCESSÃO DE LIMINARES COM PEDIDOS EXTRAVAGANTES E VEXATÓRIOS. FOI O QUE OCORREU, RECENTEMENTE, EM RELAÇÃO A OBRAS EXECUTADAS NO ÂMBITO DO CONHECIDO E VENCEDOR PROGRAMA “SAÚDE É VIDA”.

MAS NADA DISSO ME INTIMIDA E NEM ME DEMOVE A CRITICAR DURAMENTE OS MALFEITOS DA ATUAL GESTÃO!

DIGO E REPITO: A COMEMORADA E ANUNCIADA (DE FORMA ANTECIPADA PELO GOVERNADOR FLÁVIO DINO!!!) OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL NÃO MODIFICA, DE MODO ALGUM, MINHA CODUTA OU MEU COMPORTAMENTO, PORQUE TENHO CONVICÇÃO DA LISURA DE MEU AGIR À FRENTE DA SES E A CRENÇA NO PODER JUDICIÁRIO INDEPENDENTE, ONDE PODEREI COMPROVAR QUE NÃO PRATIQUEI MALFEITOS. A PROPÓSITO, ESTOU – COMO SEMPRE ESTIVE – À DISPOSIÇÃO DA JUSTIÇA PARA PRESTAR TODO E QUALQUER ESCLARECIMENTO QUE SEJA NECESSÁRIO. PONHO, DE IGUAL MODO, TODOS OS MEUS SIGILOS À DISPOSIÇÃO DAS AUTORIDADES IMPARCIAIS PARA VERIFICAÇÕES QUE ENTENDEREM SUFICIENTES À COMPROVAÇÃO DE MINHA CORREÇÃO À FRENTE DA SES. MEUS ENDEREÇOS – EM SÃO LUIS E EM COROATÁ – IGUALMENTE ESTÃO ABERTOS SEM NECESSIDADE DE BUSCA.

SOBRE O PONTO, PEÇO A LEITURA DO DOCUMENTO QUE SEGUE ABAIXO, ENCAMINHADO POR MIM À JUSTIÇA FEDERAL DO MARANHÃO E DO TOCANTINS.

FAÇO ISSO EM DEFESA DA MINHA HONRA, DA MINHA IMAGEM DE HOMEM PÚBLICO, QUE TEM O DEVER DE PRESTAR CONTAS DE SEUS ATOS ENQUANTO GESTOR, E PELO COMPROMISSO QUE TENHO COM MINHA VALOROSA EQUIPE, DE GENTE HONRADA E ABNEGADA NA CONSTRUÇÃO DO MAIOR PROGRAMA DE SAÚDE PÚBLICA DESENVOLVIDO NO BRASIL NOS ÚLTIMOS TEMPOS.

Colinas: PF abre inquérito contra Valmira Miranda por fraude na construção de creches

Do Blog do Badeco

vamiraA Polícia Federal instaurou inquérito policial (veja abaixo) para apurar a responsabilidade criminal da ex-prefeita Valmira Miranda (foto ao lado) por fraude na aplicação dos recursos destinados à construção de três creches/escolas nos bairros Piquete, Chapadinha e Liberdade.

A PF quer saber por que as obras estão paradas e longe de serem concluídas, já que pelo menos R$ 1.700.000,00, de um total de R$ 2.302.155,75 repassados pelo FNDE/MEC, já foram pagos às construtoras responsáveis e aquilo que seriam três creches para atenderem crianças carentes do município não passam de esqueletos.

crecheTudo começou mais ou menos assim: no final de 2014 o FNDE oficiou a prefeitura colinense requerendo informações acerca do reinício das obras, porque havia parado, bem como da apresentação um Plano de Ação para conclusão das mesmas.

Em resposta, a prefeitura colinense informou que ao tomar posse no cargo de em 1º de janeiro de  2013, o prefeito Antonio Carlos não encontrou nenhum dado ou documento sobre as três creches, razão pela qual baixou o Decreto nº 5/2013 criando uma comissão para análise de todos os contratos administrativos e suspendendo todos os pagamentos e contratos, em especial os relativos aos convênios celebrados com o FNDE/MEC.

Continue lendo aqui.

Lava-Jato: Roseana ofereceu dados telefônicos à Polícia Federal

depoimentoO Bom Dia Brasil de hoje (8) informou em reportagem sobre a Operação Lava-Jato que  “a Polícia Federal quer ainda acesso a dados telefônicos de [Edison] Lobão e Roseana [Sarney]”.

Ex-diretora da Petrobras, Paulo Roberto Costa afirma ter destinado R$ 2 milhões à campanha da ex-governadora, em 2010, por meio de Lobão. E diz que o doleiro Alberto Youssef teria entregue o dinheiro, embora o próprio doleiro negue.

Ocorre que, especificamente no caso de Roseana, se quiser mesmo acesso aos dados telefônicos da peemedebista, a PF sequer precisa oficiar ao Supremo Tribunal Federal (STF).

No dia 19 de maio, ao prestar depoimento aos federais, em Brasília, a ex-governadora ofereceu acesso irrestrito aos seus extratos telefônicos referentes ao período das investigações.

Declarou Roseana Sarney “que autoriza o acesso aos extratos telefônicos dos terminais em seu nome, no período de 2009 a 2011, ou por ela utilizado enquanto governadora”.

Durante o depoimento, ela forneceu o número do telefone usado nesse período…

PF prende quadrilha que distribuía cédulas falsas de R$ 100 no MA

PFA Polícia Federal prendeu desarticulou hoje (2) uma quadrilha especializada na produção e distribuição de cédulas falsas de R$100.

Por meio da Operação Offset, foram presas nove pessoas e cumpridos 12 mandados de busca e apreensão.

Segundo a PF, a quadrilha atuava no Maranhão e em mais seis estados (TO, PA, GO, PE, DF, PI).

“Moeda falsa possuía padrão elevado de semelhança, em razão da simulação dos elementos de segurança, facilitando a circulação”, explicou a PF.

TRE indica Hildo Rocha como testemunha em investigação da PF sobre corrupção

hildoPor essa nem o mais ferrenho opositor do deputado federal Hildo Rocha (PMDB) esperava.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão e o Ministério Público Eleitoral (MPE) decidiram ontem (12) indicar o deputado federal Hildo Rocha (PMDB) como testemunha na investigação a ser aberta pela Polícia Federal para investigar denúncia do próprio peemedebista de existência de esquema de pagamento de propina na Corte.

O prefeito de Ribamar Fiquene, Edilomar de Miranda (PCdoB), também foi arrolado.

Segundo Rocha, o comunista foi procurado por emissário do da Justiça Eleitoral maranhense exigindo dinheiro para influenciar no resultado de julgamento de processo que pedia sua cassação.

Em ofício encaminhado à PF pedindo a abertura de inquérito, o TRE explica que Hildo Rocha expôs ter conhecimento sobre as circunstâncias do fato relatado que, em tese, configura conduta definida como crime.

Por isso, justifica a Corte, como Hildo e o prefeito são os únicos conhecedores tanto da identidade do agente da conduta como dos detalhes e do contexto em que se deu a abordagem, ambos foram indicados para testemunhar.

Hildo Rocha recua após TRE pedir à PF que investigue denúncia de corrupção

hildoO deputado federal Hildo Rocha (PMDB) recuou ontem (9) – dias depois de o TRE do Maranhão pedir à Polícia Federal que investigue denúncias de corrupção na Corte (reveja) – e emitiu nota oficial dizendo não ter certeza de que o “emissário” que cobrou propina do prefeito de Ribamar Fiquene, Edilomar de Miranda (PCdoB), para que ele não fosse cassado realmente falava em nome de membro da Justiça Eleitoral maranhense.

No comunicado, Rocha diz que mantém a denúncia de que o comunista foi procurado “por algumas pessoas, que se afirmam ligados a membros do TRE”, mas que não tem conhecimento de que essa informação seja verdadeira.

“Mantenho o que sustentei, no dia 03/03/2015, no plenário da câmara dos deputados em Brasília (DF), no sentido de afirmar que algumas pessoas, que se afirmam ligados a membros do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, teriam tentado chantagear, sem sucesso, meu correligionário, o prefeito de Ribamar Fiquene, Edilomar Miranda, antes da inclusão do seu processo na pauta do referido tribunal. Afirmo que não tenho conhecimento se tais pessoas, de fato, falam ou atuam com aval da autoridade a que mencionam”, diz a nota do deputado, na qual ele também afirma condenar “insinuações posteriores” sobre o caso veiculadas pela imprensa.

Mais do que um esclarecimento, no entanto, a nota é, na verdade, uma reviravolta no caso.

Senão vejamos.

Hildo Rocha garantiu na Câmara dos Deputados que Edilomar de Miranda só foi cassado porque não aceitou a chantagem.

“O prefeito Edilomar Miranda foi cassado pelo TRE por não ter aceitado a chantagem de alguns que se dizem ligados a membros do Tribunal Regional Eleitoral”, declarou, categoricamente (veja aqui o que disse o deputado).

Se o deputado não tinha certeza de que os tais emissários falavam em nome do TRE, não podia afirmar que o prefeito foi cassado porque não deu dinheiro a eles – já que talvez eles apenas estivessem usando indevidamente o nome de membros do órgão, mas efetivo poder de influenciar nos votos.

Deveria, portanto, ao menos dar à Corte o benefício da dúvida.

Mas, não. Garantiu que a cassação foi uma retaliação ao fato de o prefeito não haver cedido à “chantagem”. Logo, tinha certeza de que os emissários falavam, sim, em nome da Justiça Eleitoral.

Tinha tanta certeza que reforçou tudo em contato com este e com vários outros jornalistas maranhenses. E chegou até a cogitar a possibilidade mesmo de abrir uma CPI para investigar casos parecidos no restante do país (releia).

Mas, agora, depois que a PF foi chamada a entrar no caso, Rocha recua.

Por que será?

Veja abaixo a íntegra da nota do deputado federal.

NOTA OFICIAL DO DEPUTADO HILDO ROCHA

Em relação à série de matérias divulgadas pela imprensa local, dando conta de denúncia, em desfavor do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, esclareço, em resposta ao referido tribunal e ao povo do meu estado, o seguinte:

  1. Mantenho o que sustentei, no dia 03/03/2015, no plenário da câmara dos deputados em Brasília (DF), no sentido de afirmar que algumas pessoas, que se afirmam ligados a membros do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, teriam tentado chantagear, sem sucesso, meu correligionário, o prefeito de Ribamar Fiquene, Edilomar Miranda, antes da inclusão do seu processo na pauta do referido tribunal; 
  1. Afirmo que não tenho conhecimento se tais pessoas, de fato, falam ou atuam com aval da autoridade a que mencionam. 
  1. Repilo, de forma categórica, insinuações posteriores, feitas por alguns jornais de que teria afirmado haver venda de sentenças ou de decisões pelos membros do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão. 
  1. Reafirmo, a propósito, meu respeito ao poder judiciário brasileiro e, especialmente, ao maranhense.

Era o que tinha a esclarecer, esperando ter colocado um ponto final na questão.

PF investigará denúncia de Hildo Rocha contra o TRE

PFO Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão e o Ministério Público Eleitoral decidiram na tarde desta quinta-feira, 5 de março, requisitar à Polícia Federal que instaure inquérito para apurar denúncia do deputado federal Hildo Rocha feita na tribuna da Câmara na última terça-feira (3).

De acordo com o parlamentar, Edilomar Nery de Miranda só tivera seu diploma de prefeito da cidade de Ribamar Fiquene cassado porque não aceitou pagar propina a emissários de membros da Justiça Eleitoral maranhense.

Os membros da Corte e o procurador regional eleitoral foram uníssonos em afirmar que a denúncia merece apuração rigorosa por parte da Polícia Federal porque tal fato denigre a imagem da instituição responsável por garantir o exercício da cidadania.

“É nosso dever agir com cautela e racionalidade em casos como este para evitar embates desnecessários”, observou Guerreiro Júnior, presidente, que determinou ainda encaminhamento à PF de degravação de entrevista concedida pelo parlamentar em rádio da capital do estado e cópia de notícias publicadas em jornais impressos e blogs.

Anajatuba: TJ nega liminar e mantém ação penal contra Hélder Aragão

helderO desembargador Jamil de Miranda Gedeon, do Tribunal de Justiça (TJ) do Maranhão negou, pedido de liminar em habeas corpus e manteve a tramitação de ação penal contra o prefeito de Anajatuba, Hélder Aragão (PMDB).

O peemedebista foi denunciado pelo Ministério Público após o desencadeamento da Operação Geist (reveja aqui e aqui).  De acordo com o promotor de justiça Marco Aurélio Rodrigues, coordenador do Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), os valores de contratos com suspeita de irregularidades na Prefeitura somam mais de R$ 30 milhões.

Alegando ilegalidade da ação do MP – que contou com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU), da Polícia Civil e da Polícia Federal -, a defesa do prefeito tentava trancar a ação penal, sustentando que as investigações do GECOC teriam ferido a Constituição Federal e a Estadual, e que os trabalhos deveriam ter sido supervisionados pelo TJ, em virtude do suposto envolvimento de um prefeito.

O mérito do habeas corpus agora será analisado pelo Pleno do TJ.

Chapadinha: vereador preso pela PF tentou incriminar o próprio pai

Eduardo Sá 1O vereador de Chapadinha Eduardo Sá, que teve prisão decretada na Operação Ferro e Fogo da Polícia Federal (PF), tentou despistar a PF.

Citado em processo judicial em tramitação na Justiça Federal no Maranhão, ele tentou se livrar das garras da PF transferindo para o nome de seu pai, José Osmundo Rodrigues, como consta no documento acima, uma fazenda de sua propriedade.

A ação ocorreu logo após a empresa Viena ter conseguido na Justiça o bloqueio do sistema DOF da Autorização de Desmatamento (Autex) – que é emitido pela Sema -, da fazenda Mata Grande, possivelmente utilizada para a realização de atos ilícitos.

Nos autos da ação, consta a fazenda é declarada falsamente como potencial de crédito de madeira, bem maior que a realidade local, possivelmente com o intuito de promover a venda fictícia de créditos de madeira, conforme relato de autoridade policial.

Foi justamente o que motivou o pedido judicial de bloqueio da Autex da fazenda, e ao mesmo tempo, a tentativa de Eduardo Sá de despistar a PF, ao transferir o bem para o nome de seu pai, que em depoimento à Polícia Federal, negou ser proprietário do imóvel.

O blog entrou em contato com Eduardo Sá, e aguarda o seu posicionamento.Eduardo Sá 2

Operação Geist: escutas revelam rede de intrigas e de chantagem

PFUma verdadeira rede de intrigas e de chantagem foi desnudada pela investigação do  Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público (MP) do Maranhão, no bojo da Operação Geist, que aponta desvios de aproximadamente R$ 30 milhões da Prefeitura de Anajatuba, onde, suspeita-se, foi montada uma verdadeira organização criminosa.

A denúncia que levou ao início da investigação foi feita pelo vice-prefeito da cidade, Sydnei Pereira (PSL). Por conta disso, o prefeito Hélder Aragão (PMDB) diz que o caso trata-se de perseguição política.

Não foi o que o MP descobriu, no entanto, depois de, com a autorização da Justiça, interceptar ligações telefônicas entre os investigados.

Em vária ocasiões, Natascha Alves Lesch, um dos “alvos” da investigação, aparece ameaçando o ex-marido, Fabiano Bezerra – apontado como principal operador do esquema.

Ela cobrava de Bezerra dinheiro para ficar calada, uma vez que o ex-companheiro usava o nome dela e suas contas bancárias para movimentar dinheiro oriundo dos contratos com a prefeitura.

Além disso, Lesch mostrava-se ressentida pelo fato de Fabiano Bezerra haver-se separado dela e iniciado um relacionamento com outro “alvo” da Operação Geist.

Em meio a discussões sobre a crise amorosa, Fabiano Bezerra e Natascha Lesch acabaram fornecendo ao MP dados cruciais para a apuração cujo ápice foi vivenciado na manhã de ontem (3), em São Luís, Raposa e Itapecuru.