Laboratório de combate à lavagem de dinheiro “inaugurado” por Dino funciona desde 2014 no MA

Convênio com o MJ foi assinado em abril de 2014

Convênio com o MJ foi assinado em abril de 2014

Anunciado como obra do governo Flávio Dino (PCdoB), o Laboratório Tecnológico contra a Lavagem de Dinheiro já funcionava no Maranhão desde o mês de agosto do ano passado, na gestão Roseana Sarney (PMDB), é que garantem fontes da segurança pública ao blog.

Dino descerrou a placa de “inauguração” de um novo prédio – também construído no governo passado -, e anunciou o laboratório como novidade de sua gestão na área de Segurança Pública. Mas não é.

O próprio site da Polícia Civil, [veja aqui], mostra que o investimento total foi feito pela gestão passada. O laboratório foi criado e instalado por Roseana Sarney graças a um acordo de cooperação assinado entre o Governo do Maranhão e o Ministério da Justiça (MJ) no mês de abril de 2014.

Flávio Dino "inaugurou" laboratório que já funcionava

Flávio Dino “inaugurou” laboratório que já funcionava

A cerimônia foi realizada na sede do Ministério, na Esplanada, em Brasília e contou, naquela ocasião, com as presença de José Eduardo Cardozo, então ministro; Paulo Abrão, então secretário Nacional de Justiça; Laercio Costa, secretário adjunto de Inteligência e Assuntos Estratégicos; Maria Cristina Resende Meneses, delegada-geral da Polícia Civil e Augusto Barros, superintendente Estadual de Investigações Criminais.

O laboratório, depois de montado, começou a funcionar efetivamente no mês de agosto e não somente agora, como tentaram passar a ideia o secretário Jefferson Portela e Flávio Dino.

Essa, portanto, é mais uma obra, mais um investimento da gestão passada, apropriada por Dino.

Abaixo, os links do site da Polícia Civil sobre o tema.

Jefferson Portela “advinha” número de latrocínios no Maranhão até fim do ano

ssp

O site da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) foi reformulado. O que chamou atenção na “repaginação” da página oficial da secretaria é que existem dados sobre latrocínios no Maranhão até dezembro deste ano.

Os dados futurísticos chamaram a atenção de internautas nas redes sociais que decidiram fazer denúncias dos números fictícios.

Um desses foi o professor da UFMA Wagner Cabral, que classifica como maquiagem os dados divulgados pela SSP e faz críticas as dificuldades de acessar a estatística sobre a violência no Maranhão.

“E a SSP “mudou a metodologia” apenas para manter a maquiagem e dificultar o acesso aos dados. Parabéns”, disse o professor.

Desde o início da gestão de Jefferson Portela a frente da SSP que os dados sobre a violência no Maranhão vem gerando polêmica.

Todos os meses quando o governo distribui informações sobre a redução de números de homicídios, há sempre outros dados que mostram que os números da secretaria não estão de acordo com o que o próprio site da SSP mostrava.

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Sousa Neto cobra resultados na Segurança Pública

sousaO tema segurança (ou a falta dela) tem sido a pauta principal na Assembleia Legislativa. Enquanto a bancada governista tenta a todo custo maquiar a real situação, os deputados oposicionistas mostram que a realidade é muito grave e a população tem sofrido as consequências da falta de planejamento e má gestão da pasta do atual governo. Após recesso por conta do feriado de Corpus Christi e todas as ocorrências dos últimos dias, provável que seja o tema principal da sessão desta tarde.

O deputado estadual Sousa Neto (PTN) tem se mostrado bem atuante nessa área, provavelmente por ser o único deputado da oposição a fazer parte tanto da Comissão quanto da Frente Parlamentar de Segurança, sempre tem levantado importantes discussões na Casa e demonstrado sua opinião com força e embasamento. Só na última semana tratou sobre questões como o homicídio em Vitoria do Mearim e denunciou o temor quanto a volta da pistolagem no estado, após atentado contra o presidente da Câmara de Dom Pedro, Farys Miguel, relembrou também o caso de Vavá da Faisa, presidente da Camara de Vereadores de Santa Luzia e que foi executado na porta de casa, meses atrás.

Ainda na questão da segurança, Sousa Neto repudiou as declarações do secretário Jeferson Portela contra ele, a quem denominou de “ex-secretário”, visto que não estava a altura do cargo que tem exercido.

As discussões sobre as reais convocações de policias militares e a solicitação de que investigadores e escrivães da Policia Civil que estão formados, sejam chamados imediatamente, assim como os delegados, foram temas também de um dos discursos do deputado em primeiro mandato. Assim como também foi o primeiro a denunciar que policiais lotados no interior do Maranhão estão vindo fazer o policiamento em São Luís sem receber diárias e sem conhecer a realidade da capital.  “Esses policiais estão desguarnecendo a segurança dos municípios, que já está precária, para vir fazer o policiamento na capital e sem nenhum treinamento para isso”, disse na época.

Sousa Neto tem sido o deputado que mais tem levado dados para o plenário, a maioria deles, inclusive confrontam os divulgados erroneamente pelo governo com a tentativa de passar para a população uma falsa sensação de segurança e é dele a expressão que mais tem definido a gestão de Flávio Dino “governo virtual”.

Depois dos desdobramentos, inclusive com repercussão a nível nacional do caso de Vitória do Mearim e também dos números de prisões e de homicídios divulgados pelo governo, essa semana com certeza promete ser de grandes debates e o deputado com certeza se manifestará a repeito.

Uma revelação preocupante de Cabo Campos

caboO deputado Cabo Campos (PP) fez uma revelação preocupante na última quinta-feira, na Assembleia Legislativa, e que reforça a tese levantada pela oposição da necessidade de presença da Força Nacional nas ruas de São Luís.

Campos criticava a condução dada pelo Governo no caso de Vitória do Mearim, que resultou na morte do mecânico Irialdo Batalha. Ele isentou os dois policiais militares de culpa e afirmou que a prisão de ambos se tratava apenas de “marketing político”.

Mas a declaração mais preocupante ocorreu em seguida, e passou despercebido por muitos no Legislativo Estadual.

“Quero lhes dizer que os meus companheiros já estão começando a desanimar nas ruas. É necessário que o caso do sargento Miguel e do soldado Gomes seja apurado com mais imparcialidade”, completou.

Ao revelar que a tropa da Polícia Militar “está desanimando nas ruas”, Cabo Campos apenas atesta, na verdade, que há insatisfação dos policiais em relação ao atual governo.

Insatisfação, por exemplo, com as novas regras de escala de trabalho impostas nos batalhões para aqueles policiais que faltarem ao serviço, mesmo mediante a apresentação de atestado médico. Insatisfação pela fragilidade do comando da Secretaria de Segurança Pública.

Insatisfação com o reajuste de seus vencimentos. Insatisfação com a transferência de policiais do interior do estado para suprir o déficit de demanda na capital, e isso sem sequer ter direito ao recebimento de diárias. Insatisfação com a falta de estrutura dada ao policial militar.

Cabo Campos deu o recado. Cabe agora ao governador interpretá-lo…