O desembargador José Evandro de Souza determinou, na tarde desta terça-feira (24), a aplicação de mais R$ 50 mil de multa pelo descumprimento da decisão liminar que determina a circulação de 80% da frota de ônibus durante a greve dos rodoviários, informa a assessoria de comunicação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

O desembargador mandou oficiar à Caixa Econômica e ao Banco do Brasil para que procedesse o bloqueio de valores do sindicato.

Os processos já foram encaminhados à presidente do TRT, desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva. A Polícia Federal também foi oficiada para que investigue crime de desobediência.

Decisão

A decisão de desembargadora Marcia Andrea deve ser dada ainda na noite desta terça-feira. Ela passou a tarde apreciando o dissídio coletivo protocolado pelo Ministério Público do Trabalho ainda pela manhã.

Ainda de acordo com a assessoria de comunicação do Tribunal, o dissídio trata exclusivamente das questões envolvendo o reajuste salarial, ticket e plano de saúde.

07h44 – O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (STTRMA) garantiu, na noite de ontem (23), que cumpriria determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e colocaria 80% da frota nas ruas nesta terça-feira (24).

Mas não é o que acontece.

Até agora, a greve dos rodoviários continua com praticamente 100% de adesão. A diferença, é que, segundo apurou o blog, a culpa, hoje, é dos empresários, que não deixa os ônibus saírem das garagnes.

Fiscais da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) também estão nas portas das garagens de todas as empresas justamente para checar de quem é a responsabilidade pelo não cumprimento da decisão.

Bloqueio

A presidente do TRT, desembargadora Marcia Andrea Farias da Silva, decidiu manter o bloqueio do valor de R$ 50 mil diários em conta bancária do Sindicato.

Ainda nesta terça, o Ministério Público do Trabalho (MPT) dará entrada em dissídio coletivo de natureza econômica. O pedido deve ser analisado pela presidente da Corte pela manhã, que decidirá pelo fim da greve e determinará o percentual de reajuste a ser pago pelo SET aos grevistas.

Agora, convenhamos: determinar que 80% dos ônibus rodem durante uma greve é condenar a categoria a não fazer greve nenhuma, ou não? Com apenas 20% dos ônibus parados, quem ganharia seriam os empresários, que gastariam menos para levar praticamente a mesma quantidade de passageiros.

Sobre o assunto, leia postagem no blog do Marco D’Eça.