Um esquema de arapongagem revelado no Mato Grosso resultou, em 2017, na prisão de vários auxiliares do governador Pedro Taques (PSDB): foram detidos o ex-comandante geral da PM, o Coronel Zaqueu Barbosa, do cabo Gerson Corrêa e do coronel Evandro Lesco.
O ex-chefe da Casa Civil do governo de Mato Grosso, César Zamar Taques, primo do governador, também chegou a ser preso preventivamente sob suspeita de envolvimento nas interceptações telefônicas ilegais que teriam gravado políticos, advogados, médicos, servidores e até um desembargador.
No caso mato-grossense, as investigações chegaram à Procuradoria Geral da República (PGR) e, posteriormente, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), quando se começou a apurar denúncias do ex-secretário de Segurança do estado, Mauro Zaque, que acusou a PM mato-grossense de instaurar um estado de vigilância irrestrita no estado. Segundo ele, o esquema foi apelidado de “barriga de aluguel”: a polícia fazia pedidos de autorização à Justiça para interceptar traficantes e, na lista dos investigados, incluía ilegalmente o telefone de pessoas que não tinham relação com os crimes.
Paralelo
A denúncia no Mato Grosso assemelha-se ao que foi revelado no Maranhão nas últimas semanas.
Segundo os delegados Tiago Bardal e Ney Anderson Gaspar, o atual secretário de Segurança do Maranhão, Jefferson Portela, estaria determinando grampos ilegais contra desembargadores e políticos do Maranhão (saiba mais). Ele nega.
Os deputados Edilázio Júnior (PSD) e Aluisio Mendes (Podemos), e o senador Roberto Rocha (PSDB) já entraram no caso maranhense e pediram providências de diferentes órgãos de fiscalização.
Edilázio, por exemplo, quer uma auditoria no sistema “Guardião”, utilizado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) em interceptações autorizadas pela Justiça (reveja), mas que, segundo a denúncia dos delegados, estaria sendo usado indevidamente para “grampear” adversários.
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Ao pedir auditoria em ‘grampos’, Edilázio lembra espionagem de 2018
Gilberto Leda me diz uma coisa, no Caso maranhense se os HDs dos computadores da SSP/MA foram destruídos ou substituídos por outros novos? E se tocarem fogo nos computadores? Adeus sistema “Guardião” de escutas telefónicas. Aí não tem inteligência do mundo pra confirmar a espionagem da SSP do Governo Dino. Será!!!! Essa gente é capaz de tudo, e aí ficará a palavra dos delegados contra a do secretário!!!!
mas aí haverá um forte indício de que não se queria auditoria. e, então, caberia perguntar-se: pq?