Mulher leva tiro em tentativa de assalto no Bradesco da Holandeses

bradescoUm  mulher levou um tiro, na tarde de hoje (21), ao reagir a uma tentativa de assalto na agência do Bradesco da Avenida dos Holandeses.

Ela sacou uma alta soma em dinheiro sem perceber que estava sendo observada. Quando deixava a agência, foi abordada por um homem, que tentou tomar-lhe a bolsa.

A vítima não entregou o dinheiro e acabou levando duas coronhadas e um tiro na nádega.

O bandido fugiu em uma moto, pilotada por um comparsa, que o aguardava na porta do banco.

CASO BRADESCO! TJ concede habeas corpus a ex-gerente

bradescoO desembargador José Bernardo Rodrigues, membro da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão, concedeu hoje (18) habeas corpus a Raimunda Célia de Abreu, ex-gerente do Bradesco que teve a prisão decretada há duas semanas após ser acusada pela polícia de estelionato e apropriação indébita.

A ex-funcionária do banco é apontada como líder de uma organização criminosa criada em conjunto com vereadores de São Luís para saquear recursos da Câmara Municipal.

Para o magistrado, Raimunda Célia atende aos pré-requisitos para a concessão da medida liminar. “Considerando que a paciente é primária, tem residência fixa e profissão definida; que não houve a prática de violência ou grave ameaça, o índice da gravidade do delito apurado e grande parte das provas já terem sido colhidas, tais medidas se mostram, a meu sentir, suficientes para impedir eventual reiteração de conduta e garantir a instrução criminal”, opinou.

Na decisão, contudo, ele estabelece condições para a revogação da prisão preventiva da acusada. “Defiro o pleito liminar, servindo o presente como Salvo Conduto em favor da paciente RAIMUNDA CÉLIA MORAES DA SILVA ABREU, […] sob pena de revogação do benefício, em caso de descumprimento [da] proibição da paciente  ausentar-se de seu domicílio; [da exigência de] comparecimento a todos os atos necessários à investigação e ao andamento de eventual processo proveniente de ação penal proposta”, despachou.

A decisão pode favorecer a apresentação da indiciada à polícia. Uma delação premiada vem sendo negociada desde a decretação da prisão.

CASO BRADESCO: para delegado, vereadores integravam quadrilha

camaraO delegado Augusto Barros, da Superintendência de Investigações Criminais (Seic), que comanda os trabalhas de apuração sobre a existência de um esquema de agiotagem envolvendo vereadores de São Luís e Raimunda Célia de Abreu, ex-gerente do Bradesco, afirmou a O Globo, que o grupo formado para saquear recursos da Câmara Municipal tratava-se mesmo de uma quadrilha.

Segundo ele, organização criminosa foi descoberta no decorrer das investigações sobre o assassinato do jornalista Décio Sá – executado em abirl de 2012 a mando de uma quadrilha de agiotas.

“Foi a partir da investigação da morte do jornalista que evoluímos e chegamos a essa quadrilha que atua na Câmara de São Luís”, afirmou Barros.

Segundo ele, “o esquema tem um potencial bombástico”.

Se alguém ainda tinha dúvidas sobre o caso…

CASO BRADESCO: vereadores são suspeitos de agiotagem, diz O Globo

De O Globo

camaraUma investigação conduzida pela Polícia Civil do Maranhão apura o que pode ser um dos maiores esquemas de agiotagem no estado. O delegado responsável pelo inquérito, Augusto Barros, estima que as irregularidades na concessão de empréstimos podem ter movimentado cerca de R$ 30 milhões e envolvem pelo menos 14 vereadores da Câmara Municipal de São Luís. O número de políticos envolvidos, porém, pode subir e abranger até deputados estaduais.

O esquema estaria na ativa há anos. Segundo as investigações, funcionaria da seguinte forma: vereadores pediam empréstimos consignados a uma funcionária do Bradesco, banco que tem a conta oficial da Câmara Municipal. Para tanto, apresentavam nomes de funcionários do Legislativo. O dinheiro seria repassado para esses laranjas, mas eles não precisavam pagar. Os próprios vereadores se encarregavam de fazer os repasses para quitar os empréstimos.

No entanto, como a taxa de juros cobrada nos consignados é muito baixa, cerca de 2%, os vereadores aproveitavam o dinheiro barato para emprestar para terceiros, cobrando taxas muito maiores, de aproximadamente 7%. A diferença era o lucro do grupo.

Entre os suspeitos de integrar a quadrilha estão Isaías Pereirinha (PSL), que preside a Câmara Municipal de São Luís pela quinta vez, e seu vice, Astro de Ogum (PMN), amigo do senador José Sarney (PMDB-AP). Em artigo publicado recentemente no jornal da família, Sarney, um reconhecido supersticioso, agradeceu ao poder espiritual do vereador.

No início da semana passada, o juiz titular da 7ª Vara Criminal de São Luís, Fernando Luiz Mendes Cruz, decretou a prisão da ex-gerente do Bradesco Raimunda Célia Moraes da Silva Abreu, que está foragida. Raimunda seria a principal operadora do esquema, segundo a Polícia Civil.

A ex-gerente é considerada peça-chave para esclarecer a participação de cada um dos investigados. O advogado dela, José Cavalcante de Alencar Júnior, entrou com um habeas corpus para tentar livrá-la da prisão, mas, até sexta-feira, a Justiça não havia decidido sobre o pedido. O GLOBO entrou em contato com o escritório do advogado, mas a secretária informou que ele estava doente e não poderia atender.

— O esquema tem um potencial bombástico — disse o delegado Augusto Barros, que disse ao GLOBO que, apesar de os indícios apontarem para a participação de 14 vereadores, a investigação se estende sobre todos os 31 parlamentares da Câmara Municipal.

Há dois meses, Barros pediu a quebra de sigilo bancário de 13 pessoas, mas a Justiça do Maranhão ainda não se manifestou sobre o requerimento. Ele espera ter acesso aos dados bancários para fazer cruzamentos e identificar quem mais participaria do esquema.

O delegado afirmou que a agiotagem no Maranhão é um dos principais crimes, que gera até mortes. O jornalista Décio Sá, que mantinha um blog no qual atacava políticos e empresários, teria sido assassinado a mando de agiotas, em 2012. Em abril deste ano, a polícia prendeu quem acredita ser o mandante do assassinato: Gláucio Alencar, apontado como um dos maiores agiotas do estado.

— Foi a partir da investigação da morte do jornalista que evoluímos e chegamos a essa quadrilha que atua na Câmara de São Luís — afirmou o delegado Barros.

O GLOBO telefonou quatro vezes para a Câmara Municipal de São Luís para falar com o presidente e o vice da Casa, mas não foi atendido em nenhuma dessas ocasiões. O Bradesco informou apenas: “A senhora Raimunda não faz mais parte do quadro de funcionários do banco. O Bradesco esclarece que está acompanhando o assunto e não deve se pronunciar enquanto as denúncias não tiverem sido esclarecidas pelos órgãos competentes, por envolver questões que envolvem sigilo bancário”.

CASO BRADESCO! Advogado de ex-gerente negocia apresentação da cliente

bradescoO advogado José de Alencar Júnior, que representa a ex-gerente do Bradesco Raimundo Célia de Abreu, negocia com a polícia, desde o início da semana, a apresentação espontânea da cliente.

O objetivo é pedir garantias dos investigadores de que a prisão dela – decretada pelo  Fernando Cruz, da 7ª Vara Criminal da capital (reveja) – será revogada.

Em troca, a ex-funcionária do banco relataria todo o esquema e entregaria todos os envolvidos, vereadores, inclusive.

Enquanto não se apresenta, nem é presa, Raimunda Célia, entre todos os envolvidos, é a que vai se colocando na posição mais difícil.

Para os investigadores do caso de agiotagem envolvendo recursos da Câmara Municipal de São Luís ela era a líder de uma organização criminosa criada para saquear recursos públicos. As investigações apontam que ela estava no centro da fraude que pode ter culminado com o desvio de aproximadamente R$ 30 milhões. A ex-funcionária estava em posição de liderança no grupo.

CASO BRADESCO! Os cheques da Câmara Municipal de São Luís

cheque-especialA estratégia dos vereadores investigados por suspeita de participação no esquema comandado pela ex-gerente do Bradesco Raimunda Célia de Abreu – de culpar apenas a funcionária do banco por toda a trama – cairá por terra quando a apuração chegar a pelo menos três cheques.

Os documentos são da Câmara Municipal. Um deles está em poder de uma empreiteira – depois de haver passado pelas mão de um deputado. O outro, nas mãos de um agiota. E um terceiro foi encontrado com (acreditem!) um taxista.

A posse dos cheques por terceiros é um dos indícios de que o dono (ou donos) deles tomou (ou tomaram) empréstimo a juros no mercado paralelo e os forneceram como garantia de pagamento.

O problema dos vereadores envolvidos é que não há apenas três cheques no mercadão. Falta apenas aos investigadores conseguir por as mãos neles.

Ai, ai, ai…

Ex-gerente do Bradesco é apontada como líder de organização criminosa

Advogado de indiciada deu entrada em habeas corpus no Tribunal de Justiça

bradescoOs investigadores do caso de agiotagem envolvendo recursos da Câmara Municipal de São Luís já não têm mais dúvidas: a ex-gerente do Bradesco Raimunda Célia de Abreu era a líder de uma organização criminosa criada para saquear recursos públicos.

As investigações apontam que ela estava no centro da fraude que pode ter culminado com o desvio de aproximadamente R$ 30 milhões. A ex-funcionária estava em posição de liderança no grupo.

O detalhe sobre as investigações é que, se as autoridades têm certeza de que o esquema comandado por Raimunda Célia tratava-se mesmo de uma organização criminosa, é porque há outros envolvidos.

E deve ser por isso que tem vereador apreensivo com o resultado da apuração.

Habeas corpus

A ex-gerente já teve a prisão preventiva decretada ontem (9) pelo juiz Fernando Cruz, da 7ª Vara Criminal da capital – que saiu de férias após o despacho. Antevendo a possibilidade da prisão, o advogado da indiciada, José de Alencar Jùnior, já havia dado entrada em habeas corpus no Tribunal de Justiça, no final do mês de novembro (veja abaixo).

corpus

COMISSÃO DE MIGUÉ! Vereadores “investigarão” agiotagem na Câmara

Astro: reuniões estratégicas

Astro: reuniões estratégicas

A Câmara Municipal de São Luís aprovou hoje (9) a criação de um comissão para apurar as denúncias de envolvimento de vereadores em um esquema de agiotagem comandado por Raimunda Célia de Abreu, ex-gerente do Bradesco.

O caso é investigado desde novembro deste ano, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

Acuado depois de perceber que os vários movimentos para abafar o caso não surtiriam efeito, o comando da Casa resolveu dar uma resposta, após reuniões no fim de semana convocadas pelo presidente em exercício, Astro de Ogum (PMN).

Juntaram, então, os vereadores Bárbara Soeiro (PMN),  Fábio Câmara (PMDB), Honorato Fernandes (PT), José Joaquim (PSDB), Marlon Garcia (PTdoB) e Rose Sales (PCdoB) numa comissão para “apurar” o caso.

Uma verdadeira “comissão de migué”.

Ou alguém aí acredita que essa turma tocará na “ferida” dos colegas?

Melhor aguardar o resultado dos levantamentos da PF e do MP.

pavao

Pavão: emenda pior que o soneto

Requerimento

Por falar no assunto, ninguém entendeu por que o líder do governo Edivaldo Holanda Júnior (PTC) na Câmara, vereador Honorato Fernandes (PT), pediu vistas do requerimento de autoria do vereador Marquinhos Silva (PRB), que pede a quebra do contrato com o banco. A matéria deveria ser votada hoje.

Muito “esperto”, o vereador Pavão Filho (PDT) sugeriu uma emenda: aprovar a quebra do contrato apenas em março do ano que vem.

Mas como? Se em março do ano que vem o atual contrato chega ao fim.

Me engana que eu gosto, Pavão…

AGIOTAGEM NA CÂMARA! Vereadores preparam estratégia contra denúncia de ex-gerente

cmslEstá cada vez mais clara a estratégia dos vereadores no caso das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público sobre a existência de um suposto esquema de agiotagem envolvendo recursos da Câmara Municipal de São Luís.

O caso é investigado desde novembro deste ano – mas a “bomba” estourou em setembro – e tem como principal envolvida a ex-gerente do Bradesco Raimunda Célia de Abreu. Ela foi indiciada por estelionato e apropriação indébita. Um requerimento do vereador Marquinho Silva (PRB) pedindo a quebra do contrato com a instituição financeira deve ser votado hoje.

Para se defender das acusações – pelo menos enquanto a ex-agente do banco não fala -, o plano dos vereadores é tentar passar-se por vítimas. E usarão para isso as ações de Raimunda Célia contra ela própria.

Uma reunião na casa do presidente licenciado da Casa, Isaías Pereirinha (PSL), ocorreu no fim da semana passada para que o assunto fosse discutido. Quem tem acompanhado o dia-a-dia do vereador relata que ele está irreconhecível.

Ocorre o seguinte: a ex-gerente não fazia negócios apenas com os recursos da Câmara Municipal. Mulher de confiança de muita gente da alta sociedade de São Luís, ela “investiu” no mercado paralelo as economias de muita gente. Em alguns casos, os clientes do Bradesco autorizaram as transações – assim como os vereadores, de acordo com o que apura a polícia.

O problema é que houve ocasiões em que ela fez o movimento à revelia dos clientes. E os parlamentares, sabedores disso ( e espertos que são), usarão o discurso de que também foram vítimas de uma golpista para escapar de um indiciamento e posterior condenação.

Resta saber se a desculpa vai colar para a PF e para o MP. Porque, para as várias fontes do caso ouvidas pelo titular do blog, não cola, não…

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VEREADORES, TREMEI! Ex-gerente do Bradesco pedirá delação premiada

Bradesco diz desconhecer caso de agiotagem na Câmara de SLZ

“Vamos até o fim”, diz vereador sobre quebra de contrato com o Bradesco

Ex-gerente do Bradesco está indiciada por estelionato e apropriação indébita

VOCÊ ACREDITA? Bradesco diz desconhecer caso de agiotagem na Câmara de SLZ

bradescoEssa é difícil de acreditar! O Bradesco afirmou ontem (4) ao titular do blog, por meio de mensagem eletrônica, que desconhece o caso envolvendo duas de suas gerentes – ambas já demitidas – e pelo menos 14 vereadores de São Luís num esquema de agiotagem com recursos públicos.

“Bom dia, Gilberto! As áreas responsáveis, através da assessoria de imprensa, informaram que desconhecem este caso”, diz a instituição financeira no comunicado encaminhado na quarta-feira, não informando, contudo, porque as duas funcionárias foram demitidas, então.

O escândalo estourou depois que a gerente Raimunda Célia Abreu, que controlava as contas da Câmara Municipal no banco, foi demitida por suspeitas de envolvimento com o esquema. Ela já foi indiciada por estelionato e apropriação indébita (reveja). A polícia ainda não conseguiu ouvi-la. Ela chegou a ser rastreada até São Paulo, mas depois “sumiu do mapa”. Há suspeitas de que ela esteja em Portugal.

O advogado de Raimunda Célia, José de Alencar Júnior, garante que a cliente está em São Luís. “Ela está aguardando a intimação para prestar os esclarecimentos necessários. Ela vai colaborar com as investigações”, disse.

O presidente da Câmara em exercício, vereador Astro de Ogum (PMN), confirmou que esteve ontem à tarde no Bradesco tratando do assunto. Ele nega, no entanto, que exista algum esquema de agiotagem envolvendo os parlamentares.

“O que eu sei é que tem vereador que tira empréstimo para pagar as contas. Tem gente que tirou R$ 10 mil, R$ 20 mil, até R$ 80 mil, mas tudo dentro de uma legalidade, todo mundo pagando normalmente, como qualquer trabalhador que recorre a um empréstimo”, disse.

Contrato

Um requerimento do vereador Marquinhos da Vila Luizão (PRB) pedindo a rescisão do contrato entre a Câmara e o Bradesco deve ser votado na segunda-feira (9). O pedido entrou em pauta na semana passada, mas foi retirado por um pedido de vistas do vereador Alencar Gomes (PDT).

“Nós vamos até o fim. Meu requerimento vai para a pauta na segunda-feira. Não existe recuo, não. Da minha parte, não. A gente vai defender a quebra do contrato com o Bradesco”, afirmou o autor do requerimento, que classifica o caso como “confusão grande”.

“É uma confusão grande, com esse negócio de banco, uma situação bem complicada. Mas já existe uma investigação tramitando e vamos ver no que vai dar. Há suspeita sim de algumas irregularidades, alguns empréstimos que foram feitos. Alguns funcionários da Casa fizeram alguns empréstimos lá e esse empréstimo está sendo descontado do recurso da Câmara direto”, declarou.

Estratégias

Ao que tudo indica, os vereadores envolvidos no escândalo já têm pelo menos duas estratégias definidas para a sua defesa. Em um frente, tentarão culpar a ex-gerente Raimunda Célia por toda a operacionalização do esquema, tentando passar-se, todos eles, por vítimas de uma estelionatária.

Na segunda, a intenção é culpar funcionários pelo negociação com a representante do banco. O problema, neste caso, é encontrar uma forma de culpar servidores “fantasmas”.

Esquema

No total, estima-se que foram desviados pelo menos R$ 26 milhões das contas do Legislativo Municipal.  O dinheiro era desviado por meio de empréstimos consignados. A Câmara Municipal autorizava créditos milionários em nome de vários funcionários da Casa de uma vez só, mas não descontava deles nos contra-cheques.

O apurado era emprestado a terceiros, mediante o pagamento de juros de até 7%. Com o que era arrecadado, pagavam-se as parcelas dos empréstimos e o lucro era dividido entre os participantes da jogada.

Há, ainda, suspeitas de que Raimunda Célia dava cheques da Câmara – ela teria talões do Poder Legislativo assinados e em branco – como garantia em empréstimos tomados de agiotas. Nesse caso, ela operava, ainda de acordo com o que apuram a polícia e o MP, esquemas com clientes privados do banco.