COLUNA DO SARNEY: O Vale-Transporte

 

No Brasil inteiro, sem exceção, onde se chega, o trânsito é caótico. Em São Luís nem se fala. Na cidade velha é impossível andar e na cidade nova também está tudo congestionado. Lembremos a diferença da velha São Luís de poucos veículos e bondes românticos, lugar de namoro, e nas calçadas pouca gente, todos conhecidos na cidade pequena.
Surpresa mesmo tiveram os moradores quando Nhozinho Santos trouxe o primeiro automóvel, um automobile da marca Speedwell, diferente das carruagens puxadas a cavalo que trafegavam pela cidade.
Era o ano de 1905. Nhozinho Santos era um pioneiro: também chegou com o futebol, quando veio da Inglaterra trazendo chuteiras e equipagem, todo o necessário a introduzir o novo esporte no Maranhão.
Seu nome no estádio é uma grande justiça, uma vez que foi o primeiro futebolista.
Voltemos aos dias atuais e ao trânsito engarrafado. As dificuldades acontecem, em grande parte, pelas falhas do transporte público, que incentivam o uso do automóvel privado, fazendo encher ruas e avenidas.
Quando fui presidente, o grande problema era o aspecto econômico do transporte público. Ele era um empecilho ao desenvolvimento. O trabalhador não tinha como guardar o seu minguado salário para, do primeiro ao último dia do mês, ter o dinheiro da passagem no bolso. Então o empregado faltava ao trabalho, e, já sem dinheiro, perdia ainda o salário dos dias em que faltava. Por outro lado, a loja ou a fábrica em que trabalhava diminuía o faturamento ou a produção.
Então, analisando o grave problema, resolvemos criar o Vale-Transporte, pago pelo empregador, um tíquete diário para sua passagem. Resolvemos a questão.
Você, que me lê, hoje, e usa o Vale-Transporte não sabe que esse grande benefício foi criado naquele tempo do meu governo. Minha preocupação com o trabalhador, com os humildes, se concretizou em muitas medidas. Esse e outros benefícios nasceram da minha visão. Meu slogan de governo era “Tudo pelo Social”. Já na convocação que fiz da Constituinte de 1988 pedi prioridade para esses direitos.
A Constituição brasileira de 1824 deu prioridade a proteger a propriedade; a de 1891, aos direitos civis. Era tempo, em 1988, dos direitos sociais.
Assim nasceu o Vale-Transporte: tenho orgulho de lembrar que ele foi criado no meu governo. Todo dia, quando você pagar sua passagem com o vale recebido com seu salário, pense nisso. Estou ao seu lado.

COLUNA DO SARNEY: Meu amigo, o livro

Há pouco menos de 3 mil anos um cego escreveu dois livros: a Ilíada e a Odisséia. Nos séculos XVII e XVIII surgiu a ideia de que isso não podia ser verdade, que os poemas homéricos eram reuniões de cantos populares muito mais recentes, que Homero não era uma pessoa. Nessa mesma sequência se afirmou que os Evangelhos eram todos apócrifos, obras do segundo e terceiro séculos. Depois veio a correção dos métodos científicos, que demonstraram que a escrita era corrente na Ásia Menor desde os tempos da Guerra de Tróia, e que a unidade dos dois livros fundadores da literatura ocidental era tal que se chegou ao extremo de imaginá-los como obras inteiriças de 12 mil ou 15 mil versos, em vez de coleções de cantos de 300 ou 400 versos.

No caso dos Evangelhos, a descoberta dos documentos do Mar Morto tem recuado sua datação para o primeiro século, nos revelando que o autor do Apocalipse era mesmo o “discípulo amado”. As palavras tinham sido gravadas, não havia somente uma tradição oral, por mais forte que fosse esta.

Quando as expedições de Schliemann descobriram Tróia, não havia uma cidade, mas uma sucessão de cidades. A cidade perecera, não era imortal. Mas a descrição que Homero fizera de sua localização permitiu sua redescoberta. Homero e os livros são imortais.

A leitura e a escrita caminharam. A cópia era uma arte, os livros, as bibliotecas, preciosidades. Até a revolução de Gutemberg. Com a imprensa, começaria a difusão do conhecimento e, pouco a pouco, o ler e o escrever foram se encontrando.

Esse longo passo da difusão da cultura oral para a difusão da cultura escrita levou 25, 30 séculos. De repente, com a televisão e o computador, estamos criando gerações que, no espaço de uma vida, passam da cultural oral diretamente para uma nova forma de cultura, a visual.

Como nos tempos pré-históricos as pinturas representavam a caça, a vida e a morte, cenário de um ritual, a televisão nos mostra imagens abstratas de bombardeios. A morte, a violência são apreendidas como mitos distantes, catarse do quotidiano. É impossível compreender.

A televisão também a toda hora nos mostra a criança que mal sabe falar mas sabe “clicar o mouse” para “navegar na internet”. Dominado pelo efêmero, pelo instantâneo, o computador – e sou um viciado usuário – não fixa conhecimento como a escrita. Não é nova a verificação de que as informações registradas pelos computadores, ante a sucessão de programas e linguagens informáticas, tornam-se ilegíveis em poucos anos, inclusive pelo desaparecimento de equipamentos que tenham a capacidade de ler os “arquivos” armazenados.

Mas o próprio Bill Gates chamou a atenção para que é preciso saber ler e escrever para criar o computador. O caminho para a civilização passa pelo livro. O livro abre a porta do conhecimento, da ciência, da arte. O livro transforma o efêmero em permanente, o humano em imortal.

É preciso garantir o acesso de todos ao livro, viabilizar as bibliotecas e a indústria do livro. Com esta religião apresentei ao Congresso, quando no exercício do mandato de senador, tendo a cultura como a minha causa parlamentar, um projeto que criou uma política nacional do livro, colocando-o no seu altar devido.

Ele deve ser salvo, para que não se torne uma façanha mitológica.

 

COLUNA DO SARNEY: Tenha cuidado com o cartaz

Estamos tendo uma eleição sob a regulamentação de uma nova lei. Esta lei bastante discutida teve – e agora tem – o objetivo de conter o poder econômico nas eleições, proibindo a doação de empresas privadas, limitando o tempo de campanha a 45 dias, encurtando prazos para as muitas exigências legais, registro, campanha, julgamento de recursos, tudo para diminuir gastos eleitorais. Vamos ver se as coisas vão acontecer conforme o objetivo dos legisladores. A notícia é que estamos tendo uma campanha fria, sem a paixão de outros pleitos.

A verdade é que, na história do Brasil, sempre foi uma constante a busca de reformar as leis eleitorais para acabar com as mazelas que cada eleição apontava. Já atravessamos o tempo do combate às fraudes, do bico de pena, da eleição a cacete – como era no Império, criando um paladino de reformas, encarnado no conselheiro Saraiva, tido como entendido em matéria eleitoral. Em 1881 tivemos então a Lei Saraiva, que era esperada há muitos anos pela classe política. Não foi um sucesso e muitos furos deixaram margem a fraudes. O desembargador Trayahu Moreira, que era do Brejo, contava que sua cidade fora citada na Câmara dos Comuns da Inglaterra como exemplo de que as eleições diretas eram vulneráveis, e tinham burlado a Lei Saraiva, que implantava esse sistema.

Eu mesmo, na minha longa vida política, assisti à votação de dezenas de leis eleitorais – e nenhuma funcionou. Dessas a grande batalha foi pela cédula oficial, substituindo as cédulas particulares distribuídas pelos partidos. Com a minha experiência, quando presidente da República chamei o ministro Néri da Silveira ao Palácio do Planalto e propus a informatização das eleições, começando pelo título eleitoral, trilhando assim o longo caminho da urna eletrônica, que possibilitou eleições legítimas, sem fraudes e de apuração rápida. Hoje somos exemplo para o mundo. Ele veio ao Maranhão e no TRE entregou-me o primeiro título eleitoral emitido por esse sistema.

Agora é a vez de baratear eleições e evitar abuso do poder econômico. Resta conter a influência e os gastos dos governos com seus candidatos.

Tenho recebido queixas de que até mandar fazer cartazes tem sido difícil, com os pequenos tetos para os gastos nesta eleição. Ora, o cartaz era o instrumento mais visível das eleições: colar cartazes, rasgar cartazes era uma saga que ensejava brigas imensas entre candidatos e partidos. Eu tive um grande amigo e chefe político de Araioses, junto com Leônidas Quaresma, Sebastião Furtado, que desvendava nos cartazes com a cara dos candidatos suas possiblidades eleitorais. Assim, uma vez, levei os cartazes do brigadeiro Cunha Machado, nosso candidato a governador. Fiz uma grande apologia de suas qualidades e das possibilidades de nossa vitória, pedindo seu engajamento na campanha. Ele me disse: “Deixe eu ver o cartaz dele.” Eu mostrei. Sebastião olhou aquele cartaz bonito e disse-me: “Olhe, deputado Sarney, com essa cara não ganha não. Tem os olhos com jeito de ervado (!).” Eu respondi: “Não, Sebastião, olhe bem que a vitória está em seu rosto.” Ele me disse: “Deputado, com minha longa vida política eu conheço candidato que ganha pelo cartaz.” Eu não esqueci e sempre tomei cuidado com meus cartazes!

Bem, com as eleições está vindo a festa do nosso padroeiro, São José de Ribamar: que ele proteja nosso Maranhão e evite essa tragédia que também leio: temos 22 assassinatos por semana. Homicídios brutais.

Valei-me mãe das almas!, como as rezadeiras cantam nas incelências de defuntos do interior.

José Sarney

“Fizeram uma armadilha”, diz Sarney sobre delação de Sérgio Machado

Que seja o leiteiro

Da Coluna do Sarney

Quarta-feira tomei conhecimento da íntegra da delação do senhor Sérgio Machado. Posso assegurar ao povo maranhense – que já conhece do que ele é capaz – que nela, em relação a mim, não há nenhuma afirmação verdadeira. Nunca recebi das mãos desse senhor nenhum centavo. Nunca discuti com os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá questão relativa a recursos financeiros. Não conheço nem nunca tive qualquer contato com os filhos do senhor Sérgio Machado nem com a pessoa por ele citada.

Fico reconfortado por a Constituição que ajudei a fazer ser sábia ao entregar ao Supremo Tribunal Federal a sua guarda, e não à Procuradoria Geral da República.

Todo mundo conhece minha vida, dedicada à busca da justiça social. Nunca estive envolvido com corrupção, a não ser para combatê-la. Os que me conhecem sabem que levo uma vida discreta, para alguém que exerceu os maiores cargos da República.

Fizeram uma armadilha. Um indivíduo, que conheci – pensava conhecer – por muitos anos, que tinha acesso à minha casa, a meu convívio, a minha mesa, depois de flagrado passou a me visitar para gravar nossas conversas. Chorava a injustiça de que estaria sendo alvo, lançava iscas, comentários longos que me induziam, procurando ser solidário, a dizer as frases que queriam ouvir e que desejavam que fossem ouvidas.

Já tinham pronta a ideia de me acusar de obstrução à Justiça. Não importava se as gravações não mostravam isso.

Estou processando Sérgio Machado, para esclarecer a verdade e punir o delator. O seu objetivo foi utilizar minha biografia para dar amplitude a sua delação. O das ações cautelares humilhar-me e desrespeitar-me. As raízes desse procedimento estão na política do Maranhão.

Mas não sou somente eu que devo ser objeto de preocupação. O Brasil está em crise. A economia se desfaz. O Executivo vive seu drama maior, o processo de impeachment. O Legislativo é atacado por todos os lados. O Judiciário parece refém da opinião pública. A confiança nas instituições acabou.

Isso é consequência de uma democracia imperfeita, que há muito denuncio. Há 28 anos, fui atacado quando falei que havia pontos na nova Constituição que tornariam o país ingovernável. Desde então venho pedindo reformas do Estado, do sistema eleitoral, tantas outras.

O Brasil não pode se reconstruir na divisão. Precisamos de conciliação, a velha fórmula que dominou os momentos felizes de nossa história.

Espero a resposta da Justiça às acusações sem qualquer fundamento que me fazem. A decisão do ministro Teori Zavascki desmanchou a primeira calúnia. O Supremo Tribunal Federal é a proteção de todo cidadão contra a calúnia e a injustiça.

Mas espero, sobretudo, que possamos viver o que Churchill explicava ser democracia: quando, de madrugada, ao ouvirmos o toque da campainha, sabemos que é o leiteiro, não a polícia.

José Sarney

COLUNA DO SARNEY: Língua Preta

manchaAbro os jornais do Maranhão e vejo uma manchete falando que Língua Preta tinha custado à Caema 45 milhões de reais. Como estão acontecendo todo dia coisas incríveis, que despertam a imaginação da gente, sem saber o que era fiquei logo intrigado e vieram à minha cabeça esses seres estranhos que deram para surgir, suscitando mistérios. Pensei em alguma língua que a Caema tinha comprado e que tinha poderes mágicos. Logo em seguida pensei que podia ser outro Chupa Cabra, aquele que apareceu há uns anos e atemorizou o Brasil todo, surgindo ora aqui, ora acolá. Quando li a matéria tranquilizei logo meu espírito: a tal Língua Preta fora a imaginação jornalística para designar uma descarga de chorume (?) que a Caema tinha jogado no Rio Calhau. Era mais uma dessas agressões quotidianas que vão sofrendo a nossa natureza e principalmente o mar. Graças a Deus a Caema não produz petróleo, pois pior seria uma Língua Petrolífera a sujar a praia do Calhau.

Nossa água já não é de boa cor. Nessa faina diária de afastar-se das terras do Maranhão, sente saudades e volta enchendo; e na vazante leva detritos e areia sujando nosso mar. Mas o Maranhão é tão bonito que nem olhamos a cor do mar para ver a beleza de nossas águas que continuam bonitas mesmo no seu marrom de Alcione. Agora a Caema quer escurecê-lo ainda mais com coisas que não cheiram bem. Esse negócio de não cheirar bem parece que está pegando também na Lagoa da Jansen, pela falta das chuvas e pelas marés de quarto minguante. Ainda bem que a Secretaria do Meio Ambiente aplicou à Caema uma correção para valer, ela que já não anda bem das pernas.

Mas esse é um episódio local, daqueles que Eça de Queiroz, nas Cartas de Inglaterra, diz que só são conhecidos pela proximidade, enquanto os maiores passam sem que a gente saiba. O genial antropólogo Lévi-Strauss, que morreu em 2009, diz que o maior poluidor do planeta é o homem. Foi ele que correu a morar na beira dos rios e mares, despejando milênios após milênios toda espécie de sujeira, desde aquelas que saem de dentro da gente até aquelas que entram para a gente – como a atmosfera poluída de gás carbônico.

Li, há um mês, um livro delicioso que tem o título “O Discreto Charme do Intestino”, um best-seller mundial, escrito, com muito com humor, por Giulia Enders. Ela afirma que o dito cujo faz o trabalho sujo do nosso organismo, mas deixa o resultado de sua ação para o homem limpar. E nessa limpeza querem incluir o mar como um dos intestinos do Planeta.

Logo, essa língua que apareceu no Rio Calhau é um contrassenso, porque em geral a língua ajuda a limpar a boca e a Língua Preta da Caema é mais descarga do que língua.

COLUNA DO SARNEY: Louvado seja

Francisco é um papa diferente. Como São João Paulo II, já ingressou na vida sacerdotal com uma vivência deste mundo de virtudes e pecados. Francisco teve um juventude de militância política e, com certo humor, diz que foi o primeiro papa jesuíta, o primeiro latinoamericano, o primeiro argentino e o primeiro peronista. Ele viveu o populismo que assolou a Argentina com uma doutrina que até hoje ninguém sabe o que é, a não ser que foi o modo de fazer política do general Perón. Francisco saiu do mundo dilacerado da política e partiu para a paixão do futebol, tornando-se fanático do clube San Lorenzo.

Com experiência de vida, da realidade dos bairros miseráveis de Buenos Aires e, pela mão de Deus, tocado pela fé, cumpriu o destino de entrar num seminário jesuíta. Fez uma carreira brilhante de pastor e, chegando a arcebispo e cardeal de Buenos Aires, não esqueceu suas vivências e continuou um homem simples, que andava de ônibus, fazia sua comida. Praticava uma vida de ascetismo, carregando, como dom Pedro II, sua pasta na mão, recusando as pompas. Para defender os excluídos, bateu de frente com Cristina Kirchner. Depois de quase ser eleito papa na sucessão de João Paulo II, foi consagrado no Concílio que que escolheu o substituto de Bento XVI.

Pope Francis gives his thumb up as he leaves at the end of his weekly general audience in St. Peter's square at the Vatican, Wednesday, Sept. 4, 2013. (AP Photo/Riccardo De Luca)

(AP Photo/Riccardo De Luca)

Ele já firmou seu estilo, com seu jeito bom, sua simplicidade e a quebra de tabus do Vaticano, abandonando a residência papal e celebrando em outras igrejas, misturado ao povo e sem separações de hierarquia. Com habilidade está renovando a Cúria. Já modificou o banco do Vaticano, que estava mergulhado nas práticas nada católicas dos outros bancos.

Marcou presença internacional e, verdadeiro milagre, acabou com os 50 anos de isolamento de Cuba pelos Estados Unidos, resolvendo um problema que afetava a vida da América Latina e quase tinha sido pivô de uma catástrofe, quando Kruschev resolveu instalar mísseis em Cuba, ameaçando o mundo da destruição de uma guerra nuclear.

Encíclica era um documento papal restrito aos assuntos da Igreja, distribuído aos bispos e ao clero com a orientação suprema. Depois estendeu-se a problemas da humanidade e passou a ser dirigida a todos os fiéis e ao mundo em geral, firmando a posição da Igreja. Algumas tornaram-se históricas, como a Rerum novarum, de Leão XIII, que na Revolução Industrial abordou a questão operária, e foi completada por João Paulo II com outra, a Laborem exercens, sobre o trabalho humano. O papa Francisco, com sua humildade, fez a sua primeira encíclica, Lumen fidei (A luz da fé), com texto quase todo esboçado e escrito por Bento XVI, abordando a questão da fé, na linha do Evangelista São João – ”Deus é a luz do Mundo.”

Agora, Francisco, com humildade, ouviu cientistas e ecologistas de todo o mundo para fazer uma encíclica sobre a Terra, que está ameaçada de destruição, com o meio ambiente tratado como objeto de ganância e explorado para gerar lucros.

Li toda. É muito bem escrita, didática, e aborda todos os aspectos da questão: poluição, mudanças climáticas, perda da biodiversidade, a disponibilidade da água, a degradação social e a fraqueza das reações. Muita coisa serve de reflexão ao Brasil.

Francisco adverte: “A política e a economia tendem a culpar-se reciprocamente a respeito da pobreza e da degradação ambiental. Mas o que se espera é que reconheçam os seus próprios erros e encontrem formas de interação orientadas para o bem comum.”

O título da encíclica é Laudato si, Seja louvada a Terra, morada que Deus nos deu e que deve ser preservada e respeitada.