César Pires: “folga” para o caixa do estado
A oposição insiste, desde ontem (25), em criticar iniciativa do Governo do Estado de contrair empréstimo de R$ 1,5 bilhão para pagar dívida de igual valor em parcelas menores, mas prazo maior. Segundo Rubens Júnior (PCdoB), por exemplo, o Executivo quer apenas “rolar dívida”.
Nada disso.
A atual dívida foi contraída respaldada pelas leis federais 8.727/93 e 9.496/97, com custos financeiros de 6,0% de juros ao ano mais a variação da inflação medida pelos índices IGP-M e IGP-DI (FGV).
Os juros, altíssimos, e o prazo, curtíssimo, obrigariam o Estado a pagar, só este ano, R$ 312 milhões – e R$ 1,5 bilhão até 2017.
Se aprovado pela AL, o novo contrato possibilitará ao Maranhão quitar o débito até 2023 e serão desembolsados apenas R$ 29,4 milhões este ano – uma “folga” de R$ 283 milhões para o caixa em apenas um ano. Nada mal.
Além disso, com taxa de juros muito mais baixa, o novo contrato gerará uma economia de nada menos que R$ 216 milhões ao estado.
“Onde é que está pecado de o Estado do Maranhão minimizar as suas dívidas? Pouca responsabilidade seria se o Estado tivesse essas condições e não fizesse esse resgate da sua capacidade de crédito”, declarou César Pires (DEM), líder do governo na Casa.
O projeto, encaminhado por mensagem da governadora Roseana Sarney (PMDB), já deveria ter sido votado na segunda-feira, mas a falta de quórum, provocada pela saída da bancada de oposição do plenário, impediu a apreciação da matéria.
De qualquer forma, a proposta volta hoje (26) à pauta, para ser aprovada e dar ainda mais fôlego à economia do estado.
Só não vê quem não quer….
Aos desavisados: os estados de Santa Catarina e Mato Grosso já fizeram o mesmo para sair ganhando com a “rolagem de dívida”, como quer a oposição.