Vitória do Mearim: vídeo mostra que vigilante estava com PMs na hora da execução

SSP mentiu em nota oficial sobre o caso ao afirmar que executor agiu sozinho

Um segundo vídeo da execução ocorrida na cidade de Vitória do Mearim mostra que a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) mentiu em nota oficial sobre o caso.

No comunicado, o governo diz que o vigilante que executa o homem (o blog preferiu suprimir o trecho em que há o tiro na cabeça do suspeito) disparou “sem a presença dos policiais militares”.

“Durante a operação policial, houve troca de tiros entre assaltantes e policiais e um dos suspeitos foi baleado, caiu da moto e bateu a cabeça. Neste momento, conforme vídeo e relato de testemunhas, o vigilante se aproximou do local e disparou contra o suspeito de praticar assalto, sem a presença dos policiais militares, que estavam em perseguição ao outro indivíduo efetuando a prisão”.

É mentira!

As imagens são claras e mostram que durante toda a ação havia uma viatura policial por perto – e ela se aproxima até ficar ao lado da vítima exatamente no momento em que o vigilante Luz Carlos de Almeida dá dois tiros na cabeça do homem.

E mais: o executor não só ajuda a colocar o corpo do morto no carro, como ainda segue com os policiais dentro dele.

É imprescindível que a cúpula da Segurança explique melhor esse caso.

PMs confirmam: operação de desarmamento já começou

ajudanciaO Governo do Estado se esforça para desmentir o Blog do Gilberto Léda, mas simplesmente não consegue.

Na tarde de ontem (28), um dia antes de o secretário de Segurança, Jefferson Portela, declarar a emissários do Executivo que nunca falou em tirar armas dos policiais militares de folga, os próprios PMs revelaram que há, sim, determinação para tal.

E pior: que a ação de desarmamento está em curso.

“O tenente-coronel Quaresma, da Ajudância Geral do Comando Geral, está tomando todas as armas que estão acauteladas pros policiais do QCG”, informou um PM aos colegas de farda por meio de mensagem de texto (veja acima).

Ainda internamente, o coronel Sá, subcomandante da PM, tem informado aos comandados que o procedimento atingirá apenas os que, porventura, estejam respondendo a processo administrativo por perda de armas.

Ocorre que a retirada do acautelamento de armas para quem responde a esse tipo de procedimento já é praxe há muito tempo.

Todos os PMs ouvidos pelo blog garantem que, durante a formatura, no início da semana, o comandante-geral, coronel Alves, foi claro ao informar que a medida é para os militares de folga.

Em tempo: já nem vale mais a pena responder às bobagens que Jefferon Portela tem dito por meio da imprensa alinhada. Mas há que se fazer um reparo quanto a sua declaração de hoje.

Este blog nunca disse que foi o titular da pasta quem “citou” a determinação para o desarmamento. O que dissemos é que “a medida ainda não foi anunciada oficialmente, mas já é discutida abertamente pelos comandantes da PM, como ocorreu na terça-feira (26), em ato de formatura de oficiais” (reveja).

 

Chacina de Panaquatira: bandidos “chegaram atirando”, diz testemunha

Um dos sobrevivente da “Chacina de Panaquatura” revelou ontem (27), em entrevista à TV Mirante, que não foi o policial Max Muller quem deu início ao tiroteio que culminou com a morte de quatro pessoas numa casa, em Ponta Verde, localidade do município de Sãso José de Ribamar.

Segundo a vítima, que ainda tem uma bala alojada na cabeça, “os caras chegaram foi atirando”.

Ele relatou que foi a ação do PM que evitou uma tragédia maior.

“O policial que estava presente, particularmente, foi o herói. Salvou a minha vida e a vida de muito que estavam lá presentes”, completou a testemunha, garantindo que ele apenas reagiu aos tiros dos bandidos.

A versão desse sobrevivente contrapõe declarações recentes do secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferon Portela. No início da semana, ele praticamente culpou Max Muller pelas mortes ao declarar que o tiroteio era apenas entre o PM e os assaltantes, e que estes só se voltaram contra todos os presentes após um dos seus comparas ser abatido.

“Nós devemos sempre, como agentes públicos de segurança, evitar o confronto onde a gente não possa ter uma garantia de supremacia da força estatal sobre a força marginal. A orientação é essa, a reação da gente deve ser pautada na possibilidade de domínio e não numa possibilidade de risco. Se for de risco, o certo é evitar, deixar para fazer a perseguição policial e captura depois. Não devemos expor nossa própria vida e nem a de terceiros em confronto que possa ser evitado”, declarou.

PMs devem ser obrigados a andar desarmados em dias de folga

armaOs policiais militares do Maranhão podem ser obrigados pelo comando da corporação a andar desarmados em seus dias de folga.

A medida ainda não foi anunciada oficialmente, mas já é discutida abertamente pelos comandantes da PM, como ocorreu na terça-feira (26), em ato de formatura de oficiais.

A ideia é acabar com o que se chama de acautelamento, que permite aos policiais portar armas do Estado mesmo quando estão de folga. Assim, eles seriam obrigados a deixar as armas no quartel ao fim do turno.

O anúncio oficial ainda está sendo protelado porque só a notícia da possibilidade do fim do acautelamento já gerou fortes reações no meio policial.

A atitude, contudo, corrobora o pensamento do secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela, que condenou a atitude do policial militar Max Muller, de haver reagido ao assalto em uma casa alugada em Panaquatira, no sábado (23).

Para o titular da SSP, foi essa reação, de um PM armado, o que deu início ao tiroteio que culminou com a morte de quatro pessoas no local.

“Nós devemos sempre, como agentes públicos de segurança, evitar o confronto onde a gente não possa ter uma garantia de supremacia da força estatal sobre a força marginal. A orientação é essa, a reação da gente deve ser pautada na possibilidade de domínio e não numa possibilidade de risco. Se for de risco, o certo é evitar, deixar para fazer a perseguição policial e captura depois. Não devemos expor nossa própria vida e nem a de terceiros em confronto que possa ser evitado”, disse Portela, no início da semana.

E a bandidagem agradece…

Adriano Sarney pede intervenção federal na segurança do Maranhão

adrianoO deputado estadual Adriano Sarney (PV) criticou duramente o Governo do Estado e o Sistema de Segurança Pública do Maranhão, na sessão desta segunda-feira (25), e anunciou um pedido de intervenção federal no sistema de segurança estadual.

Ele apresentou requerimento à Mesa Diretora da Casa. A matéria deve ser apreciada pelo plenário antes de ser encaminhada à Presidência da República.

“Estamos vivendo um caos na segurança pública do Estado. Há um sentimento enorme de insegurança em toda a sociedade”, afirmou Adriano.

Segundo o deputado, o governador Flávio Dino disse que convocou mil policiais, mas o que se vê são policiais ainda em curso de formação e os que estão nas ruas morrendo.

“Estamos presenciando no nosso Estado a morte de policiais. Só nos últimos dias, tivemos quatro. Armas perdidas e roubadas, fugas em presídios, 285 mortes violentas só na grande ilha. E o governador e o secretário de Segurança afirmando que a nossa força policial não é o bastante. O Governador do Estado e o secretário de segurança afirmaram publicamente que o Maranhão tem poucos policiais e a situação está fora de controle. Tudo que eu falei agora é motivo sim para uma intervenção federal, por isso estou entrando com requerimento à Presidente da República, depois da aprovação!”, destacou o parlamentar verde.

Para Adriano Sarney, mais uma vez, o governo do Estado e o Sistema de Segurança Pública não respondem aos anseios da sociedade. “Precisamos do Exército e da Força Nacional nas ruas para garantir a segurança da sociedade que se sente hoje fragilizada e ajudar no enfrentamento à criminalidade.

Segundo o parlamentar o governo não tem tempo para colocar mil, mil e quinhentos, dois mil policiais nas ruas.

“O que o governador fala, que está convocando mil e quinhentos policiais, na verdade são excedentes do concurso para fazer o TAF, e que no final das contas, vão sobrar no máximo trezentos a quatrocentos policiais, que não estarão aptos para ir para a rua ainda neste ano. Então, a necessidade de uma intervenção federal no nosso Estado para que a Força Nacional chegue maciçamente e o Exército com 3 mil, 4 mil, 5 mil homens na rua para fazer o policiamento ostensivo na nossa capital e no nosso interior. Nós precisamos ter paz, precisamos sair de casa e ter paz! A única forma de sairmos desse buraco que nós estamos é, a curto prazo, a intervenção militar e a intervenção federal.”, finalizou o deputado que foi propositivo em seu pronunciamento.

Pressionado, governo anuncia chamada de mais excedentes da PM

dino_pmsApós dois dias de pressões de candidatos e da imprensa, o Governo do Estado anunciou, segundo o blog do jornalista Jorge Aragão, a convocação de mais excedentes do concurso da Polícia Militar do Maranhão.

Até o momento, apenas 388 dos mil convocados estão aptos a iniciar o curso de formação – 162 em São Luís.

A convocação de mais candidatos é uma tentativa de melhorar a imagem do governador Flávio Dino (PCdoB).

No início do ano, ao anunciar que chamaria excedentes, o comunista deu a entender que o objetivo era garantir 1 mil novos policiais militares na ruas.

E reforçou isso em entrevista ao programa de Fernando Gabeira, na Globo News.

“Já tomei providências e chamei mil policiais para reforçar a segurança, por que o Maranhão tem a menor relação policial/população do país”, declarou.

Após o Teste de Aptidão Física (TAF), no entanto, menos de 50% dos mil convocados passaram e poderão realizar o curso de formação, preparatório para o ingresso efetivo na carreira.

E o Executivo corre contra o tempo para cumprir, até o fim do ano, uma promessa expressa do governador.

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Veja a relação nominal dos aprovados no TAF

Após testes, PM aprova apenas 162 “excedentes” em São Luís

pmsCandidatos que prestaram o último concurso da Polícia Militar do Maranhão vão se reunir amanhã (12), em audiência na Assembleia Legislativa, a pedido do deputado estadual Wellington do Curso (PPS), para discutir formas de tentar convencer o Governo do Estado a convocar mais “excedentes” para o Teste de Aptidão Física (TAF).

No início do ano, o Executivo anunciou a convocação da 1 mil policiais militares oriundos do certame. Mas, após os testes físicos, apenas 162 foram aprovados para a capital, segundo os “excedentes”.

O objetivo é conseguir fazer com que o Governo do Estado continue chamando candidatos que prestaram o concurso, antes de realizar um novo.

Nomeada comissão que analisará MPs com reajustes a policiais

comissãoA Mesa Diretora da Assembleia Legislativa nomeou nesta segunda-feira (27) comissão que analisará e emitirá pareceres sobre as Medias Provisórias nº 197/2015 e nº 198/2015.

Os textos tratam dos reajustes concedidos pelo Governo do Estado aos servidores do Sistema de Segurança do Maranhão – e que já geraram reações de policiais militares e civis.

A comissão será composta pelos deputados Eduardo Braide (PMN), Levi Pontes (SDD), Marco Aurélio (PCdoB), Ricardo Rios (PEN) e Rogério Cafeteira (PSC).

Diárias: uns com tanto; outros, nem tanto

educacao policiaOs policiais militares têm sofrido nas mãos do Governo do Estado quando o assunto é o pagamento das diárias devidas por operações realizadas nos mais diversos municípios do Maranhão.

Na semana passada, por meio de nota ao blog, a Secretaria de Estado de Comunicação garantiu que não há “qualquer determinação do Governo do Estado no sentido de suspender tal direito [a diárias]”.

Os PMs contam outra história.

E, para completar, ontem (25) o deputado Cabo Campos (PP) garantiu os policiais militares realmente não estão recebendo diárias.

Segundo ele, nem as do carnaval, tampouco as de janeiro foram creditadas nas contas dos militares. “Isso acaba desmotivando”, argumentou.

Sobram diárias

Por outro lado, sobram diárias à Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e à Polícia Civil.

No primeiro caso, o Governo já pagou, segundo dados do Portal da Transparência (veja acima), mais de R$ 400 mil só em 2015.

Para a Polícia Civil, valor menor: “módicos” R$ 286 mil.

Uns com tanto; outros, nem tanto.

Delegado é transferido após prender aliado do Governo em Coroatá

O ex-deputado Ricardo Murad (PMDB) denunciou hoje (23) que o delegado Samuel Morita foi transferido da Comarca de Coroatá depois de efetuar a prisão de Císio Janus, indicado pelo Governo do Estado como diretor do Hospital Macrorregional da cidade.

Janus foi conduzido à delegacia por falta de pagamento de pensão alimentícia, na semana passada. O delegado cumpria decisão judicial.

samuelLogo depois disso, coincidentemente, surgiram as primeiras notícias de que Morita (foto ao lado) seria transferido.

A notícia provocou revolta na população local, o que levou o superintendente de Polícia Civil do Interior, delegado Dicival da Silva, a conceder entrevista garantindo a permanência do colega delegado em Coroatá.

“Ele não será devolvido. Ele ficará à frente da Delegacia de Coroatá. Salvo engano, ele está há um ano, executando um bom trabalho e, nesse primeiro momento, ele continuará fazendo o trabalho dele na Delegacia de Coroatá”, declarou o superintendente (veja vídeo acima).

Mas, segundo Ricardo Murad, a transferência foi oficializada dias depois.

“O delegado Samuel Morita é mais uma vítima dessa vingança sem propósito. Não podemos voltar ao tempo em que delegado de polícia não tinha estabilidade e era um simples pau mandado do chefe político. É inimaginável, mas é o que estamos presenciando”, disse ele, por meios de suas contas pessoais nas redes sociais.

Outro lado

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) confirmou a transferência do delegado, mas garantiu que não se tratou de retaliação.

“O delegado Samuel Antônio Morita, atual titular da Delegacia de Coroatá, assumirá a 2ª Delegacia Regional de Itapecuru. Morita substituirá o delegado Sidney Oliveira de Sousa, que está à disposição da Delegacia Geral, após outra transferência e promoção”, diz o comunicado.