Eliziane e Cândido Lima também criticam falta de projeto de Flávio Dino

eliziane

Eliziane: falta projeto

Depois de Miosótis Lúcio (veja) e de Igor Lago (relembre), ontem a deputada estadual Eliziane Gama (PPS) e o ex-pedetista Cândido Lima (sem partido) também dispararam críticas à falta de um projeto definido pela ala da oposição comandada por Flávio Dino.

“É óbvio que há exagero na discussão do nome”, disse Gama, para quem a oposição não tem promovido o debate correto. “A coisa toda tem que girar em torno de um projeto, não de um nome, porque a mudança que se quer é mais que apenas uma pessoa. Tem que ser uma ideia de mudança para o estado e é por isso que a Via Alternativa tem ganhado força; há muitos insatisfeitos”, disse.

Já Cândido Lima diz que sua entrada no Rede, partido que a ex-ministra Marina Silva tenta criar, dá-se também pela falta de discussão de um projeto para o estado. Segundo ele, a base de Flávio Dino alimenta-se de culto personalista.

“Como não temos nenhum projeto, a coisa funciona em torno do nome. Quando o nome desaparece, ou pela morte do líder ou por ter tido problemas, o grupo fica sem um norte. É a situação em que a oposição se encontra hoje: muitos estão com Flávio porque não veem alternativa. Se amanhã o Flávio deixar de ser candidato, a situação fica caótica”, completou”, refletiu.

Pelo visto, o comunista anda longe de ser uma unanimidade mesmo entre os seus…

“Exploração e oportunismo barato”, diz Igor Lago sobre discurso pró-Jackson de Flávio Dino

Igor-LagoO presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), tem se notabilizado nos últimos discursos que fez pelo interior do estado por tentar fazer parecer que tinha uma proximidade que nunca existiu com o ex-governador Jackson Lago (PDT).

Diz que o defendeu durante o processo de cassação porque o pedetista confiava no seu “trabalho”, e na sua “independência”, “coragem” e “seriedade”.

“Na hora mais difícil, em que se movia um processo arbitrário de cassação contra o seu mandato dado pelo povo, eu, o Marco Aurélio, que aqui está, e outros tantos, assumimos a tarefa de advogar pro doutor Jackson, numa prova da confiança que tinha no meu trabalho, na minha independência, na minha coragem e na minha seriedade. E o Marco Aurélio, que tá aqui, junto comigo, lembra do que nós enfrentamos no TRE do Maranhão. Lembra do jogo de cartas marcadas que estava ali colocado”, disse o comunista em Imperatriz.

Pois hoje o filho do ex-governador, médico Igor Lago, resolveu passar a história a limpo. Em carta publicada em sua página pessoal no Facebook, diz que Flávio atuou apenas em duas audiências do processo, “especificamente a que tratou de levantar depoimentos de testemunhos” e que ele nunca moveu uma palha pelo ex-governador na Câmara dos Deputados.

dino“Não consta nos registros do Congresso nenhum discurso do então deputado federal Flávio Dino na Câmara dos Deputados defendendo o governo Jackson Lago durante o processo de cassação, tampouco após o mesmo. Na balaiada, era notável a ausência do PC do B. Alguém o avistara?”, escreveu.

Igor também lembra da campanha de bastidores feita pelos comunistas em 2010, para minar a candidatura de Jackson com a “informação” de que ele era ficha-suja por ter sido cassado um ano antes. Zé Reinaldo, por exemplo, costumava dizer em comícios que Flávio Dino não seria cassado se fosse eleito – dando a entender que Jackson poderia ser novamente.

“Nas eleições de 2010, todos sabemos da atuação dos senhores Zé Reinaldo e o seu então pupilo Flávio Dino, para inviabilizar e, depois, ultrapassar a candidatura Jackson Lago. Reuniões, comícios, propaganda eleitoral em rádios e televisões tratavam a candidatura Jackson Lago como ficha-suja, que seria cassada pelo TSE, num processo habilmente guardado até a última noite de propaganda antes da eleição. Mesmo assim, nos últimos dois dias e no dia da eleição, os partidários dessa candidatura espalhavam mentiras a respeito do resultado do julgamento”, relatou.

Para o médico filho do pedetista, até o discurso atual de que Jackson Lago ligou para Flávio Dino reconhecendo a derrota e oferecendo apoio num (àquela hora) provável 2º turno, está distorcido para apresentar ao grande público um comunista com imagem de grande líder da oposição.

“Quando da noite do resultado […] é sugerido por minha irmã Luciana a papai que ligasse para o Flávio Dino, cumprimentá-lo e dizer que o apoiaria no segundo turno. Jackson Lago, cansado e decepcionado com o resultado ligou, mas o outro lado não atendeu. Logo depois, recebeu a ligação do Flávio Dino que ouviu dele os seus parabéns e a intenção de apoiá-lo no segundo turno. Combinaram de se encontrar na manhã seguinte no apartamento de Jackson, fato que não ocorreu. Nada mais houve além disto! Exceto a nota em que se autoconsagrava como o novo líder das oposições dias depois. O resto é pura exploração e oportunismo barato […] Tudo pelo poder!”, completa.

Flávio Dino não quis comentar as declarações de Igor Lago.

“É impossível vencer uma eleição sem o PDT”, diz Flávio Dino

flavioO presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), fez ontem (2), durante encontro regional do PDT em Caxias, uma espécie de previsão sobre o futuro das disputas de 2014.

Segundo ele, o apoio do PDT é imprescindível para que ele vença a eleição para governador do Estado – Dino é o líder disparado nas pesquisas, mas já teve desempenho melhor nas consultas feitas pelo governo e pela oposição.

“É impossível vencer uma eleição e mudar o Maranhão sem o PDT”, declarou.

Para o comunista, a importância do PDT está “enraizada” nas lutas democráticas. “Sempre representou a mudança em nosso estado”, disse.

“Precisamos saber onde se quer chegar, é preciso ter mapa e não se perder pelo caminho. O PDT tem raízes nas lutas democráticas, pela Justiça e pela igualdade social e sempre representou a mudança em nosso estado,” finalizou o pré-candidato, que agora deve estar torcendo pra não dar muito certo a articulação de Carlos Lupi (PDT) com a presidente Dilma Rousseff (PT) para o pedetista retornar ao Ministério do Trabalho.

Depois explica-se por quê.

Incômodo com Luis Fernando gera crise entre petistas do MA e de SC

PTUma tal “Moção sobre o PT Maranhão” de petistas de Santa Catarina acirrou os ânimos entre os “companheiros” dos dois estados – e mostrou o quanto a oposição anda preocupada com a pré-candidatura de Luis Fernando.

No documento, assinado dia 25 de fevereiro, os catarinenses dizem repudiar a possibilidade de o PT maranhense filiar aos seus quadros o secretário de Estado da Infraestrutura – chamado por eles de “o chefe de gabinete da governadora Roseana, senhor Luiz Fernando Silva” – e critica a aliança com o grupo Sarney.

A possibilidade de filiação do auxiliar da governadora Roseana Sarney (PMDB) realmente existe, mas ainda é remota. Ocorrerá de fato apenas se os recentes movimentos de afastamento do PT da base aliada do PMDB no estado mostrarem-se mais fortes nos próximos meses.

De qualquer forma, a atitude provocou forte reação por aqui. Dirigentes do partido no Maranhão dizem que o caso trata-se de intromissão indevida e cogitam até levar o assunto a Brasília.

O ex-presidente Lula, aliado de longa data do grupo Sarney, já sabe do que ocorreu. Vale aguardar os desdobramentos.

Enquanto isso, fiquem com a nota dos catarinenses, que tem nas bordas as digitais do secretário de Edivaldo Jr. (PTC) em Brasília, petista Márcio Jardim.

Moção sobre o PT Maranhão

O sistema político brasileiro, baseado na governabilidade de coalizão, coloca os partidos de situação em contradições herdados pelos vícios históricos da política brasileira.

Isso tem custado para o PT alguns acordos pontuais com resultados políticos nefastos para alguns estados e para a imagem geral do PT. Um dos estados mais prejudicados por essa política tem sido o Maranhão, onde o PT nos últimos pleitos tem sido levado a ser coadjuvante da política do Sarney.

Nas últimas eleições para governador o PT indicou o vice de Roseana Sarney, contra a vontade da maioria da base, sob protestos que chegaram até a greve de fome e que somente que se manteve no partido na condição de “insubordinação combinada”, ou seja, de petistas poderia fazer campanha para o PCdoB.

Agora, visualiza-se a possibilidade da família Sarney filiar no PT seu nome para concorrer ao governo em 2014, ou seja, usar o PT como legenda de aluguel para fortalecer a oligarquia Sarney. Isso ultrapassa qualquer limite da flexibilidade, da tolerância da base partidária e tem limites também do pragmatismo sobre os princípios políticos e partidários, portanto, a executiva estadual do PT de Santa Catarina manifesta seu apoio aos militantes resistentes do PT do Maranhão, a exemplo simbólico do companheiro Manoel da Conceição, e declaramos como “persona non grata no PT” o chefe de gabinete da governadora Roseana, senhor Luiz Fernando Silva.

Florianópolis, 25 de fevereiro de 2013.

Roberto Rocha vai? PDT realiza novo encontro, agora em Caxias

FlavioJuliaoWevertonDepois do tão falado encontro regional do PDT em Imperatriz, sábado passado (23) – quando Flávio Dino (PCdoB) teve um ataque verborrágico contra o TRE e Roberto Rocha (PSB) foi a ausência mais percebida (reveja aqui e aqui) -, a Executiva Estadual do PDT promove amanhã (2), em Caxias, a segunda rodada do Encontro de Organização e Gestão Partidária, que reúne os diretórios da região dos Cocais e Maranhão Central.

O evento acontece no auditório Marcelo Thadeu Assumpção da Câmara Municipal, a partir das 8h.

Novamente está confirmada a presença do presidente de Dino, e o deputado federal Weverton Rocha (PDT) chega ainda na hoje (1º) em Caxias, para participar de encontro estadual com secretários municipais de esporte.

“A exemplo de Imperatriz vamos lotar o auditório com a presença de líderes pedetistas, este ano vamos focar na construção dos núcleos de base, será um salto importante para quem pretende dobrar nosso desempenho eleitoral e prosseguir no enraizamento do partido com a população do Maranhão”, disse.

O que resta saber é se entre os que “lotarão” o auditório estará também Roberto Rocha. Ou se ele será novamente barrado.

Manobra evita que PT deixe o governo Roseana

Uma manobra dos aliados da governadora Roseana Sarney (PMDB) evitou que o PT deixasse, ontem (26), a base de apoio ao Palácio dos Leões.

O assunto era tema de debate na reunião da Executiva Estadual do partido. Havia no encontro 15 dos 17 membros do colegiado. Os dois ausentes são aliados da peemedebista.

Assim, a plenária foi iniciada com 8 petistas de oposição e 7 pró-governo.

Sabedores de que, no voto, perderiam o embate par os que defendem a saída do PT da base governistas, os aliados deixaram a reunião assim que perceberam haver uma movimentação para deliberar sobre a questão.

Com a apenas 8 participando da assmebleia, então, não havia quórum para se decidir sobre isso. E o caso foi dado por encerrado.

Mas foi por pouco.

MAS JÁ?! Antes de nascer, Rede tem crise no MA

Dutra já "se pegou" com Cândido Lima

Dutra já “se pegou” com Cândido Lima

Antes mesmo de nascer, o Rede Sustentabilidade – partido que a ex-senadora Marina Silva tenta criar para candidatar-se a presidente em 2014 – já passa por uma crise interna no Maranhão.

Isso mesmo! O partido ainda nem foi criado, mas já tem crise, entre o deputado federal Domingos Dutra (PT) e Cândido Lima. E começou ontem, durante uma reunião do que pode vir a ser a cúpula da legenda no estado.

Lima, que é uma espécie de pioneiro da futura sigla no Maranhão, defendeu no encontro a tese de que a direção estadual deve contar com quatro coordenadores.

Já Dutra, oito.

Foi o suficiente para  o primeiro explodir e sair da sala, não retornando. Dutra então aproveitou para dizer “cobras e lagartos” do futuro colega de partido. “Ele ficou brabo porque quer ser o presidente do Rede e ser candidato a governador”, disse o deputado, segundo fontes do blog.

“Queremos a manutenção da aliança com o PMDB”, diz Washington

O vice-governador do Maranhão, Washington Oliveira (PT), avaliou ontem como “normais” as cobranças de setores do partido por mais espaço no Governo do Estado e destacou como “estritamente ligada ao Diretório Municipal” a aproximação com o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

roseana

Em entrevista ao titular do blog ontem ele anunciou, ainda, que a decisão do PT municipal de integrar a base petecista deve passar pelo crivo do Diretório Estadual.

“A nossa posição em nível estadual é bem clara: queremos a manutenção da aliança com o PMDB. Faz parte da nossa visão estratégica nacional. Em relação a essa decisão municipal, é uma situação específica que ainda será discutida pela direção estadual”, declarou.

Para o vice-governador, a busca por espaços políticos é a tônica “em qualquer partido que se pretenda grande”, mas, segundo ele, o PT tem assumido importantes responsabilidades no Executivo Estadual. “O PT está encarregado de ações importantes no Governo do Estado”.

Washington revelou, ainda, que na próxima semana terá mais uma reunião com Roseana para tratar do assunto – esta semana eles já se encontraram no Palácio dos Leões para discutir o mesmo tema. “Vamos fazer um balanço da relação PT /PMDB. De nossa parte, deixaremos claro que temos noção de que essa é uma boa aliança e temos a intenção de mantê-la. Ela é uma aliança natural, tendo em vista a conjuntura nacional, e a discussão de suas bases é normal, principalmente agora que o país inteiro já discute 2014”, completou.

PT avaliza indicação de Honorato como líder de Edivaldo Jr. na Câmara

honoratoA Executiva Municipal de São Luís do Partido dos Trabalhadores avalizou ontem (20), a indicação do vereador petista Honorato Fernandes como líder do Governo na Câmara Municipal da capital.

O convite foi feito há duas semanas pelo próprio prefeito Edivaldo Júnior (PTC) ao parlamentar. Depois de confirmar que aceitava, Honorato precisava desse aval da cúpula da legenda.

Na votação que definiu, também, a participação do PT no administração de São Luís e a formação de uma comissão para negociar cargos com o PTC, o direcionamento da sigla foi decidido por 6 votos a 2. Houve ainda uma abstenção.

Agora, portanto, é oficial: o PT pode chegar de mala e cuia na base de apoio a Flávio Dino (PCdoB), principal patrono da eleição de Edivaldo.

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Ainda o PSB, e o distanciamento de Flávio Dino

Um dia depois de o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), fazer um gesto de aproximação da deputada estadual Eliziane Gama (PPS), pré-candidata ao Governo do Estado pela “Via Alternativa” (reveja), ontem foi a vez de Ribamar Alves (PSB) reforçar a tese dos que vêem nos últimos movimentos um distanciamento entre os socialistas e o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB).

Na mesma entrevista concedida ao titular deste blog e na qual atribuiu a si a responsabilidade pela eleição de Edivaldo Júnior (veja post abaixo), o socialista também denota que o apoio ao comunista depende de muita conversa e de muita articulação nacional.

A proximidade que houve entre os socialistas e o grupo mais ligado a Dino nas eleições de 2012 não pressupõe uma aliança. “Nós não podemos nos atrelar a nenhuma candidatura”, defende Ribamar Alves.

Segundo ele, o “momento de 2014” será decisivo para a escolha dos rumos do PSB. “O Flávio Dino é um bom quadro, mas toda eleição é uma eleição. O momento hoje é de Flávio Dino, precisamos ver como é que vai ser o momento de 2014. Temos tido contato com ele, mas temos tido contato também com outras lideranças do Maranhão, porque o PSB é um partido que está hoje como um charme no Brasil inteiro. O apoio a Flávio Dino ou a qualquer candidato ainda não foi discutido internamente, portanto nenhum membro do partido pode se atrever a dizer que o partido vai com A, B, ou C porque isso não é verdade”, completou.

O próprio Dino já afirmou que considera “normal” as reuniões “entre lideranças políticas”, mas os últimos gestos dos aliados do ano passado pressupõem um afastamento.

Rocha e Eliziane

No caso da reunião entre Roberto Rocha e Eliziane Gama alguns analistas entendem o ato como um recado do vice-prefeito – aparentemente isolado na Prefeitura – a Flávio Dino.

Roberto Rocha nega, e diz que o fato de um possível afastamento agora não significa que a oposição não esteja unida. “É possível que daqui para as próximas convenções, que se darão apenas em junho de 2014, a gente esteja caminhando no mesmo caminho. Mas é da política que as forças partidárias encontrem o momento para se juntar. Se não acontece muitas vezes no primeiro turno, seguramente acontece no segundo turno”, completou.