Aderson Lago cada vez mais perto do PDT

Aderson Lago no PDT

O ex-deputado estadual Aderson Lago (PSDB) caminha para uma saída consensual do Partido da Social Democracia Brasileira.

Em rota de colisão com a maioria da cúpula tucana no estado – notadamente com o prefeito de São Luís, João Castelo -, Lago tenta, há dias, forçar uma expulsão da legenda.

Suas últimas declarações em relação ao prefeito da capital faziam parte do plano.

Mas não surtiram efeito.

Como a intenção é deixar o ninho, Aderson deve fazê-lo em breve, mas por iniciativa própria.
E fontes do blog garantem que o destino – “não há outro”, revela um dos nossos interlocutores – é mesmo o Partido Democrático Trabalhista (PDT).

A troca depende apenas de detalhes formais, mas deve ser concretizada ainda este mês.

Mais nomes

Ainda são fortes nos bastidores os comentários sobre o possível ingresso do deputado federal Edivaldo Holanda Junior (PTC) nos quadros do PDT.

Entre a oposição a Castelo o nome do jovem parlamentar é praticamente consenso. Até mesmo setores ligados à governadora Roseana Sarney (PMDB) apóiam a indicação do petecista como adversário direto do tucano nas eleições do ano que vem.

O empecilho continua sendo o presidente do Diretório Estadual, Igor Lago. Ele vê nas eleições do ano que vem a oportunidade ideal – e única, provavelmente – de fazer valer a herança do “espólio político” do pai, o ex-governador Jackson Lago.

Se perder a oportunidade, talvez nunca mais seja sequer lembrado no campo político.

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PDT quer filiar Aderson Lago para compor chapa com Dino

Edivaldo Holanda Jr. e os conflitos internos do PDT

Edivaldo Jr: articulação nacional

O PDT é, sem dúvida, o partido que passa pelo maior número de conflitos internos a um ano das eleições de 2012.

Dono de nada menos que seis secretarias na administração João Castelo (PDT), o partido se vê na iminência de abandonar o projeto tucano se quiser alçar vôos maiores.

No momento, a principal articulação envolve a possível filiação do deputado federal Edivaldo Holanda Jr. (PTC). Ele seria um dos nomes para compor a lista de pré-candidatos da legenda a prefeito de São Luís.

Mas, para isso, tem feito algumas exigências.

A primeira delas é pessoal: sabedor de que o presidente estadual do PDT, Igor Lago, não está lá muito afeito à idéia de sua chegada, Holanda Jr. quer que a sua entrada no partido tenha o aval do presidente nacional, ministro Carlos Lupi (Trabalho e Emprego).

A segunda é institucional: pelo acordo, Edivaldo Holanda, o filho, sai do PTC, mas Edivaldo Holanda, o pai, permanece. E a saída daquele da Câmara dos Deputados enfraqueceria o PTC, que só tem 3 nomes em Brasília – número mínimo de deputados federais para que um partido da base aliada faça parte das reuniões com a presidenta Dilma Roussef (PT).

Sendo assim, para facilitar a saída de Edivaldo Holanda Jr. e não acioná-lo por infidelidade, o PTC requer a filiação de um deputado do PDT.

Graça Paz pode ser empecilho

Problemas

Mas não é apenas com o PTC que Edivaldo Holanda Jr. deve negociar. Segundo apurou o blog, caso seja consolidada a filiação – e a conseqüente ruptura da aliança PDT/PSDB na capital –, a deputada estadual e atual secretária de Articulação Política da Prefeitura, Graça Paz (PDT) estaria disposta a endurecer o jogo.

Renunciaria ao cargo, retomaria seu posto na Assembléia Legislativa e mandaria para casa o suplente de deputado Edivaldo Holanda, que, assim, teria que torcer para dar certo uma outra articulação (veja aqui qual), com vistas a garantir um mandato definitivo na Casa.

Engenharia para dar a Edivaldo Holanda “vaga legítima” na AL

A engenharia é complicada, é verdade, mas já tem gente trabalhando sério para conseguir. Tudo para reforçar a oposição ao prefeito João Castelo (PSDB).

Lideranças do PSB e do PC DO B, que praticamente já selaram uma aliança com a filiação de Roberto Rocha ao primeiro, lutam com todas as forças para garantir um acordo que traga para a composição dois dos partidos que ainda fazem parte da base de apoio ao prefeito: o PDT e PTC.

No papel, o plano é perfeito.

A turma toda apoiaria a candidatura do deputado estadual Carlinhos Amorim (PDT) à Prefeitura de Imperatriz – ele é um dos nomes que tem aparecido com força na Região Tocantina.

Se ele for eleito, abre uma vaga na Casa. Que seria ocupada justamente por Edivaldo Holanda (PTC), não mais como suplente, mas como deputado em definitivo, com “vaga legítima”, como relatou fonte do blog.

Além disso, o projeto prevê uma vitória contra um candidato do PSDB, o atual prefeito, Sebastião Madeira. O que a turma do PC do B e do PSB também sonha para a capital.

Seria a fatura a pagar pelo apoio das duas legendas e o conseqüente enfraquecimento – maior ainda – do prefeito João Castelo.

No papel, o plano é perfeito…

A história por trás do distanciamento de Pinto Itamaraty e João Castelo

Pinto sentiu-se desprezado por Castelo

Não são de hoje os problemas do deputado federal Pinto Itamaraty (PSDB) com o prefeito João Castelo (PSDB). Tampouco se resumem a diferenças relativas às reuniões do partido.

A verdade é que, desde abril, o parlamentar anda chateado com o prefeito. Tudo por conta da malsucedida investida de Castelo com o intuito de fazer Pinto Itamaraty secretário e levar Weverton Rocha (PDT) para a Câmara dos Deputados.

Seria uma forma de garantir apoio do PDT – que já tem seis secretarias na Prefeitura, mas não garante aliança nas eleições de 2012.

O deputado veio a São Luís, acertou todos os detalhes e deixou tudo encaminhado para o acordo ser selado. Até saber que a idéia de Castelo era entregar-lhe a minúscula Secretaria de Orçamento Participativo – hoje sob o comando do pedetista Pavão Filho.

Pinto pulou fora. Como pode, agora, pular fora do próprio partido.

Othelino Neto prestes a deixar a administração Castelo

Othelino/Castelo: fim da história

O atual secretário de Assuntos Metropolitanos de São Luís, Othelino Neto (PPS), deve ser o próximo a deixar a administração João Castelo (PSDB).

A aliados próximos, Othelino tem reclamado da falta de estrutura para trabalhar. Reclamação, aliás, que marca todas as áreas da Prefeitura.

Aliado a isso, existe uma mudança de rumo do próprio Paulo Matos (PPS), presidente do Diretório Estadual da legenda.

Um dos grandes incentivadores da aliança PPS/PSDB – devaneio no qual foi acompanhado pelo próprio Othelino -, ele já foi convencido pela direção nacional (leia-se deputado federal Roberto Freire) de que o projeto do PPS, em São Luís, é ter candidato próprio.

Se não for assim, não será com o PSDB que o partido comporá.

É mais uma aliança de Castelo com pessoas de uma sigla – e não com a sigla como um todo – que vai para o buraco.

Restam, agora, PDT e PTC.

Castelo “viaja”: “Convidarei mais pessoas do PSB”

Por Carla Lima
De O Estado do MA

O prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), disse ter encarado com normalidade as saídas do então presidente de sua legenda, Roberto Rocha, e do ex-ministro Edson Vidigal. Ele negou que haja desavenças internas no ninho tucano, garantiu que a troca de partido faz parte da democracia e que não vai demitir os integrantes do PSB que ocupam cargos em seu governo por conta da ida de Rocha para a legenda.

“Ele [Roberto Rocha] deve ter feito isso porque tem os interesses políticos dele, assim como eu tenho os meus. A saída de Roberto Rocha do PSDB para o PSB é parte da democracia”, resignou-se Castelo.

Sobre a troca de partido de Edson Vidigal, o prefeito garantiu que não há qualquer rusga entre eles, já que são amigos. Os descontentamentos de outros dirigentes do PSDB como o ex-chefe da Casa Civil do governo de Jackson Lago, Aderson Lago, Castelo justificou que nada sabe sobre o assunto, dizendo que Aderson está afastado da política para tratamento de saúde.

Ampliar

Castelo garantiu que, além de permanecer com Othon Bastos à frente da Secretaria Municipal de Educação, ainda vai assegurar mais espaço para os socialistas em sua administração.

“Eu vou convidar mais gente do PSB para compor o governo além do professor Othon, que é um grande secretário de Educação. Eu tenho um bom relacionamento com o presidente do PSB estadual e também com o presidente nacional, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos”, garantiu o prefeito.

Oferecer mais cargos na sua gestão seria, no entender de Castelo, uma prova da amizade para com os ex-tucanos e os socialistas. Ao participar da filiação de Roberto Rocha na quinta-feira, Eduardo Campos afirmou que o objetivo do PSB é fortalecer as alianças à esquerda não só nas eleições de 2012. “O PSB não tem aliança com o governo de São Luís”, ressaltou.

“Tudo pode acontecer nos próximos 60 dias”, diz Pinto Itamaraty

Pinto: "não posso responder por Castelo"

O deputado federal Pinto Itamaraty (PSDB) deu uma resposta nada ortodoxa, na última quinta-feira (28), durante o ato de filiação de Roberto Rocha ao PSB, quando perguntado se ele também pode deixar o tucanato maranhense.

Pinto disse que “tudo pode acontecer nos próximos 60 dias”.

“Eu trabalho para fortalecer o partido, mas tudo pode acontecer nos próximos 60 dias”, declarou.

Por “fortalecer o partido”, entenda-se a articulação de reuniões entre as principais lideranças do PSDB no estado com vistas a preencher a lacuna aberta com a saída de Roberto Rocha, que era presidente do Diretório Estadual.

Um encontro com esse fim já foi agendado para o dia 5 de agosto. Pinto informou que já conversou sobre isso com o presidente do Diretório Nacional, o também deputado federal Sérgio Guerra, com o colega de Câmara dos Deputados Carlos Brandão e com o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira.

Mas, e Castelo?

“Não posso responder por Castelo”, disparou. “Desde a eleição de 2010 o partido não se reúne, mas tem que reunir para discutir as coisas, porque, quem está descontente sai, quem está contente fica. Se eu fosse o Roberto Rocha faria a mesa coisa [deixaria o partido]”, completou.

Vem mais coisa por aí…

Roberto Rocha é do PSB

Campos: convite pessoal a Roberto Rocha

O ex-deputado federal Roberto Rocha assinou, nesta quinta-feira (28), a ficha de filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em evento realizado na Assembléia Legislativa, do qual participaram as principais lideranças do partido no estado, Rocha teve a chegada avalizada pelo presidente nacional da legenda, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

“Eu mudo de partido, mas não mudo de ideal. Sair do PSDB não foi uma decisão fácil, mas eu sabia que era necessária a tomada de uma decisão política neste momento”, afirmou Rocha.

A declaração deixa claro o objetivo no neo-socialista: disputar a Prefeitura de São Luís, o que, no PSDB, seria impossível, já que o candidato natural é o atual prefeito, João Castelo (PSDB).

Desavença

Apesar da festa, o assunto que dominou a filiação foi o “entendimento” que acabou por levar José Reinaldo a “apoiar” a chegada do ex-tucano.

Semana passada, o ex-governador declarou-se publicamente contra a chegada de Rocha, principalmente porque desembarca para comandar o Diretório Municipal do PSB.

Eduardo Campos ponderou não haver desavenças entre Rocha e José Reinaldo, mas deixou claro que o convite ao ex-deputado federal foi feito pessoalmente por ele e que Roberto chega para comandar a legenda.

“Eu desconheço que haja desavença. Nós somos de um partido democrático, um partido que tem vida interna, vida ativa, onde nem todo mundo avalia as circunstâncias políticas da mesma forma, isso é natural”, disse.

E completou: “A chegada de Roberto anima a todos os quadros responsáveis do partido, porque faz o partido crescer. Sob a liderança dele, outras pessoas virão do Maranhão afora para disputar mandatos de vereadores, de prefeitos, de vice-prefeitos. Isso só vai fazer bem ao partido”.

Campos também argumentou que, quando não há entendimento, a direção vota e a maioria vence. “As diferenças quando se tem no partido se resolve com conversas, com diálogo, com a arte do entendimento. E quando a arte do entendimento não resolve, as direções partidárias votam e tomam a decisão. E a maioria vence e a minoria trabalha para, um dia, ser maioria”, ressaltou.

Ele só não conseguiu explicar por que, nesse caso, a maioria não prevaleceu, já que é o grupo do ex-governador José Reinaldo quem atualmente comanda o partido em todo o estado.

 

Rocha diz que o “PSDB se enrolou” e evita polêmica com José Reinaldo

Rocha: candidato a prefeito ou a vice

O ex-deputado federal Roberto Rocha parece ter dois objetivos claros na formação do seu discurso para a chegada ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). A filiação ocorre hoje (28) à tarde, na Assembléia Legislativa.

O primeiro deles é conseguir descolar, de vez, sua imagem do PSDB, hoje tido como espécie de cartório do prefeito João Castelo. O segundo é garantir um ambiente tranqüilo para seu ingresso no novo partido.

Prova disso foram duas declarações de Rocha, em entrevista na Rádio Capital AM, de sua propriedade, na manhã desta quinta-feira.

Sobre o PSDB, ele disse que o partido “se enrolou”, a partir das eleições de 2008 – culminando com erros de estratégia em 2010 – e que pode pagar o preço ficando “reduzido a projetos municipais”.

“Lamento o PSDB ter-se enrolado num momento crucial [referindo-se às eleições de 2010]. O PSDB pode pagar muito caro por isso, pode ficar reduzido a projetos municipais”, declarou.

Respondendo a pergunta do titular deste blog sobre as declarações de José Reinaldo (PSB) contra a sua entrada na legende, Roberto Rocha fez-se de desentendido.

“Não tenho tomado conhecimento de divergências no PSB a meu respeito”, completou.

Flávio Dino

Além do PSDB, Rocha mandou recado, também, aos oposicionistas que não vêem com bons olhos sua aproximação do presidente da Embratur, Flávio Dino. Ambos já foram acusados, pelos próprios colegas de oposição – em momentos diferentes – de ter sido cooptados pelo sarneysismo.

“Tenho muito mais convergências do que divergências com o Flávio Dino, para desgosto de alguns”, disparou.

A “fera” está domada

José Reinaldo: acalmado

Fonte do blog ligada aos Tavares no PSB garante que José Reinaldo não criará mais empecilhos ou resistências à entrada de Roberto Rocha no partido.

Um acordo nesse sentido foi firmado na tarde desta quarta-feira (27), em Recife, durante reunião convocada pelo governador pernambucano, Eduardo Campos (PSB).

No encontro, além de pedir ao ex-governdor do Maranhão garantias de que ele não deixará a sigla – como informou mais cedo o blog do marco D’Eça -, Campos recomendou moderação no trato da questão “filiação de Roberto Rocha”.

E mais: deixou claro que quer Rocha comandando o PSB em São Luís porque “o partido tem planos maiores para ele”.

Ainda de acordo com nosso interlocutor, José Reinaldo e José Antônio Almeida – que também participou da reunião – aceitaram de bom termo os conselhos de Eduardo Campos, que confirmou presença no evento de filiação desta quinta-feira (28), às 17h.

A “fera” parece estar mesmo domada. Melhor para ele próprio.

Nota: Post alterado às 0h44 para correção do nome do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Eduardo Paes (PMDB) – como havia escrito antes – é o prefeito da cidade do Rio de Janeiro. Ato falho.