DESESPERO! Mulher se joga de ônibus para fugir de assalto em SLZ

Uma mulher desesperou-se hoje (13), ao ser vítima de assalto em um ônibus, e se jogou do veiculo, no Olho d’Água, em São Luís.

Segundo as primeiras informações, dois homens entraram no coletivo e anunciaram o assalto.

O ônibus seguia no sentido Olho d’Água-Centro, quando, ainda na Avenida dos Holandeses, nas proximidades do Condomínio Jardim dos Faraós, a vítima atirou-se, sendo atingida pela roda traseira.

O motoeista parou e um PM que presenciou a ação acabou entrando e efetuando a prisão dos dois assaltantes.

Polícia Civil decide entrar em greve

19h12 – A Polícia Civil do Maranhão acaba de decidir por nova greve da categoria em todo o estado.

A deliberação ocorreu após assembleia geral, convocada pelo Sindicado da Polícia Civil do Maranhão (Sinpol-MA) e realizada no auditório do Sindicato dos Bancários. A informação foi confirmada pelo presidente do Sinpol, Heleudo Moreira.

Segundo a entidade, o Governo do Estado não apresentou nenhuma proposta de reajuste mais de um mês depois de a classe encerrar, no dia 10 de agosto, movimento paredista por melhorias salariais e de trabalho.

Na ocasião, o Executivo afirmou que só retomaria o diálogo se a greve fosse encerrada.

A maioria dos policiais votou, na ocasião, por suspender a paralisação, mas mantendo “estado de greve”, e ameaçando retomar o movimento se o governo não cumprisse sua parte do acordo (reveja).

Como não houve mais negociações, decidiu-se pelo retorno da greve, por tempo indeterminado.

PGJ opina pela inconstitucionalidade de MP que aposentou coronéis da PM

dino_oficiaisA procuradora-geral de Justiça do Estado do Maranhão, Regina Rocha, emitiu parecer pela declaração de inconstitucionalidade do artigo 11 da Medida Provisória nº 195/2015, editada em março pelo governador Flávio Dino (PCdoB), que transferiu compulsoriamente para a reserva remunerada coronéis da Polícia Militar do Maranhão (PMMA).

O dispositivo determina a aposentadoria de oficiais com 35 anos de serviços prestados – ao alterar o artigo 120 da Lei n° 6.513 de 30 de novembro de 1995 -, mas estava embutido em uma MP que trata de mobilidade urbana.

O caso foi levado ao Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) por um grupo de 15 oficiais. Eles questionam o que consideram fraude do Executivo – ao incluir na MP sobre mobilidade a mudança de regras para a aposentadoria compulsória na PMMA – e a constitucionalidade da medida, que deveria, segundo os impetrantes, ter sido adotada por meio de lei ordinária.

Para a procuradora Regina Rocha, os coronéis têm razão quanto ao excesso cometido pelo Governo do Estado ao definir o caso lançando mão de uma MP. Segundo ela, ao longo do processo não restou comprovada urgência, nem relevância, que justificasse o ato.

“Em hipótese alguma restou configurado que os trâmites do processo legislativo ordinário pudessem ocasionar qualquer prejuízo ao interesse público e legitimar a imediata adoção dessa espécie de ato normativo com vistas a alterar de forma imediata os critérios de transferência compulsória para a reserva remunerada”, opinou.

Em sua defesa, o Executivo alega que a MP já virou lei, o que garantiria sua constitucionalidade. Para a procuradora-geral, isso é “irrelevante”, porque a inconstitucionalidade fora verificada no “nascedouro”.

Ela recomenda intervenção do Tribunal de Justiça contra o que classifica de “excessou ou abuso de poder” do governador Flávio Dino.

“O Poder Judiciário deve intervir para evitar que o chefe do Poder Executivo incorra em excesso ou abuso de poder”, destacou.

Alegado não haver “qualquer justificativa formal para a adoção de medida provisória sobre a matéria”, Regina Rocha finaliza seu parecer pedindo que o TJ não apenas declare a inconstitucionalidade da MP – e da lei originária desta -, mas também o cancelamento de todos os atos administrativos decorrentes da sua edição, o que garantiria aos oficiais aposentados a reintegração aos quadros da PMMA.

“Restando configurada situação de abuso de poder de legislar por parte do governador do Estado do Maranhão, no que se refere à adoção da Medida Provisória nº 195/2015, sem observância dos pressupostos constitucionais que regem a matéria (relevância e urgência) deve ser declarada incidentalmente a inconstitucionalidade desse ato normativo, com efeitos retroativos, anulando-se os atos administrativos de transferência compulsória para a reserva remunerada dos impetrantes”, concluiu.

aspas2“A adoção da referida medida provisória configura uma evidente mácula aos pressupostos constitucionais que disciplinam a outorga extraordinária do poder legiferante ao Executivo”, Regina Rocha, procuradora-geral de Justiça do Maranhão

Oficiais tiveram liminar derrubada no TJ

Os oficiais da PMMA aposentados compulsoriamente após a edição da MP 195/2015 chegaram a obter uma liminar derrubando seus efeitos. No final do mês de março, o desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho considerou inconstitucional o artigo 11 da medida e tornou sem efeito o ato assinado pelo governador Flávio Dino (PCdoB).

Na sentença, o magistrado questionou o fato de o Executivo haver incluindo em uma MP sobre mobilidade urbana a mudança na regra de aposentadoria dos oficiais da PM.

“[…] A referida medida provisória tem como objeto fixar regras sobre mobilidade urbana, consolidando e atualizando a legislação pertinente ao assunto. Assim, não há qualquer motivação que justifique a presença dos pressupostos constitucionais para se tratar num único artigo matéria completamente diversa (transferência de oficiais militares para a reserva remunerada), daí porque deve ser declarada, incidente tantum [analisar a questão como fundamento pedido], a inconstitucionalidade do artigo 11 da Medida Provisória 195/2015”, disse.

A liminar, contudo, foi derrubada pelo desembargador Antonio Guerreiro Júnior, pouco mais de uma semana depois. Ele julgou procedente agravo regimental impetrado pelo Governo do Estado por considerar que o Mandado de Segurança impetrado pelos coronéis não era o “remédio” correto para o caso.

“Não cabe mandado de segurança contra ato do poder público de efeitos abstratos, cujo exemplo paradigmático é a lei”, despachou.

Após o mais recente parecer do Ministério Público, o processo está pronto para ser levado a julgamento no TJ.

Caso Fagner: civis armados foram identificados durante reintegração

IMG_1834.JPGOs jornalistas Jorge Aragão e Marco D’eça apresentaram hoje (21) fatos novos que apontam para uma reviravolta no caso do assassinato do jovem Fagner Barros, durante uma reintegração de posse na Vila Luizão, na semana passada (reveja).

armaSegundo revelou D’eça, o laudo pericial feito nas armas que eram portadas pelo soldado Janilson dos Santos e pelo cabo Marcelo Monteiro apontou que não partiram de nenhuma delas as balas que perfuraram o corpo da vítima (leia aqui).

Já Jorge Aragão (veja mais) revela que a Polícia Civil já tem imagens mostrando que havia civis armados no local da reintegração.

Seriam efetivamente fatos novos? Ou cortinas de fumaça para encobrir suposta culpa da PMs no caso?

Operação Cayenne: polícia apreende jet ski de empresário em Barreirinhas

cayenne2A Polícia Civil do Maranhão deflagrou hoje (14) a segunda fase da Operação Cayenne.

Nessa nova etapa, o foco da ação policial é a busca e apreensão de bens de suspeitos de envolvimento em desvios da ordem de R$ 34 milhões na Universidade Virtual do Maranhão (Univima).

chicoHoje cedo equipe policiais apreenderam um jet ski do empresário Francisco Ferreira, o Chico Tricolor, em Barreirinhas. Uma caminhonete, dois quadriciclos, computadores e documentos também foram levados.

Ele é acusado de ter estreitas ligações com o ex-servidor estadual Paulo Giovanni Aires Lima, tido como cabeça do esquema de corrupção e preso na primeira fase da operação, em maio (reveja).

Também preso na primeira fase da operação, Chico Tricolor teria movimentado nada menos que R$ 21 milhões dos R$ 34 milhões desviados da Univima, por meio da empresa FJS Ferreiria Comércio (veja abaixo).

empresasempresas2As operações financeiras irregulares foram descobertas depois de o Coaf identificar pagamentos suspeitos a três empresas: FJS Ferreira Comércio, Valmir Neves Filho Comércio e ID Correa Filho Comércio e Representações.

As duas primeiras possuem capital social de R$ 120 mil, a terceira, de R$ 10 mil. Mas recebiam somas milionárias da Univima, sem licitação e sem formalização de contrato, o que chamou a atenção das autoridades federais (relembre).

Vila Luizão: “ação isolada” ou falta de comando?

Saltou aos olhos dos observadores mais críticos o fato de o Governo do Estado haver destacado, em nota oficial, que a atitude do cabo PM Marcelo Monteiro dos Santos – que matou um manifestante a tiros em ação na Vila Luizão (reveja) – tratou-se de uma “ação isolada do policial”.

Para começo de conversa, foram vários os tiros durante a ação. Não apenas um policial disparou. Então, não há que se falar em “ação isolada”.

O problema é que essas “ações isoladas” vêm sendo cometidas com frequência maior que o aceitável por membros da PM neste ano. E normalmente, o Executivo exime-se de culpa lançando toda a responsabilidade pelas ações desastrosas sobre os ombros de um único agente.

Em Vitória do Mearim, dois deles deram cobertura a um zelador que atuava como vigilante e matou um suposto assaltante (reveja).

Na semana passada, outro militar disparou uma bomba contra uma mulher com uma criança no colo (veja aqui).

Seriam essas, também, apenas “ações isoladas” dos policiais, ou fruto da falta de um comando mais competente?

O Estado não tem nenhuma parcela de culpa nos recentes episódios?

A aposentadoria de coroneis tarimbados no combate à criminalidade e nas ações de rua – e a consequente promoção de novatos – tem alguma influência sobre isso?

São perguntas que o cidadão maranhense se faz, diante de uma onda de criminalidade que só cresce e de “ações isoladas” que se repetem.

PM mata manifestante com tiro na cabeça na Vila Luizão

Um cabo da PM matou um manifestante a tiros, na manhã de hoje (13) na Vila Luizão, em São Luís (MA).

Os militares foram destacados ao bairro para uma ação de reintegração de um imóvel na Rua da Liberdade.

Durante a ação, houve confronto e o PM atirou, acertando a vítima na cabeça.

Outras duas pessoas ficaram feridas.

Em nota, o Governo do Estado disse lamentar a “ação isolada do policial” e informou que ele já foi preso.

Policiais cedem a pressão e encerram greve no Maranhão

Os policiais civis do Maranhão não suportaram a pressão do Governo do Estado e decidiram encerrar a greve, que já durava uma semana, sem nenhum ganho real para a categoria.

A suspensão do movimento deu-se depois de o Executivo afirmar que só retomaria negociações com o fim do movimento paredista.

A decisão foi tomada após assembleia realizada na noite de hoje (10).

A maioria votou por suspender a paralisação, mas manter “estado de greve”, ameaçando retomar o movimento se o governo não cumprir sua parte do acordo.

Os policiais civis querem recomposição salarial  – reclamam de privilégios a delegados – e mais investimentos nas áreas de tecnologia e inteligência.

Governo readmite oficiais da PM mandados para a reserva

marianociroUm erro no cálculo do tempo de serviço para aposentadoria de oficiais obrigou o Governo do Estado a readmitir três deles ao quadro da Polícia Militar do Maranhão.

Dois dos atos já estão publicados no Diário Oficial do Estado de ontem (7).

O coronel José Mariano Almeida Neto foi aposentado compulsoriamente em abril deste ano, depois de o Executivo mudar as regras para transferência de oficiais para a reserva remunerada.

A atitude do governo gerou revolta entre militares (entenda aqui e aqui).

Já o caso do major Ciro Nunes Alves da Silva é mais antigo. Ele foi para a reserva em 2013 e pelo tempo que passou fora dos quadros, acabou sendo readmitido após decisão judicial e imediatamente promovido a tenente-coronel.

Há informes de que um terceiro oficial, identificado apenas como Major Bernardo, teria conseguido decisão judicial favorável e retornado à PM também como tenente-coronel.

Os três casos devem servir de base para ações de outros oficiais transferidos para a reserva no que muitos na PM classificam de manobra política da cúpula da Segurança Pública do Maranhão.