Ex-prefeita de Timbiras foi condenada a 13 anos de prisão por desvio de R$ 2 milhões

dirceA ex-prefeita de Timbiras, Dirce Maria Araújo, presa ontem (16) enquanto participava de um evento do Governo do Estado em Codó (reveja), foi condenada em fevereiro deste ano a 13 anos e 4 meses de detenção em regime-semi aberto por desvio de aproximadamente R$ 2 milhões das contas do Município, e pagar multa de 3% do valor desviado. Ela já está no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

As decisões que culminaram com a condenação da ex-prefeita são da juíza Daniela de Jesus Bonfim Ferreira, titular da Comarca de Timbiras. Ela analisou duas denúncias formuladas pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA) e condenou Dirce Maria em fevereiro deste ano.

Em um dos casos, a ex-gestora desviou R$ 137 mil através da contratação, sem licitação, de dez fornecedores diferentes com recursos da Assistência Social. No segundo, foram desviados R$ 1,8 milhão, também por meio da contratação sem licitação de outros dez fornecedores, com recursos da Infraestrutura e da Educação.

Ambas as denúncias foram embasadas em acórdãos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão. Dirce Maria foi prefeita de Timbiras entre 2005 e 2008, e ainda pode recorrer ao Tribunal de Justiça dessas duas condenações.

OPERAÇÃO RAPINA: Justiça Federal abre prazo para prefeito de Tuntum apresentar defesa

exclusivoO juiz federal Clodomir Sebastião dos Reis, da 3ª Vara da Justiça Federal no Maranhão, despachou no início deste ano uma notificação para que o prefeito de Tuntum, Cleomar Tema (PSB), e outros 26 denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) em Ação Civil por Atos de Improbidade Administrativa apresentem manifestação por escrito contra as acusações que pesam contra eles em virtude do seu envolvimento em uma quadrilha desbaratada pela Polícia Federal no bojo da Operação Rapina, em dezembro de 2007.

Tema foi preso naquela ocasião juntamente com outros sete prefeitos maranhenses e vários empresários e contadores. No caso específico de Tuntum, o MPF diz que o bando desviou R$ 4,1 milhões.

A ação da qual o prefeito precisa se defender foi protocolada na Justiça Federal em novembro do ano passado, depois de quase seis anos de apuração dos ilícitos apontados pela PF e por um relatório de demandas especiais da Controladoria Geral da União (CGU).

operacao-rapina-4No pedido formulado judicialmente, a procuradora da República Thayná de Oliveira afirma que Cleomar Tema além de ser responsável pelos desvios, ainda se beneficiou com dinheiro oriundo do saque de cheques na boca do caixa. Segundo a denúncia, o próprio Tema participava pessoalmente da montagem de licitações e da confecção de notas frias nos escritórios de contabilidade.

“O demandado [Cleomar Tema] é responsável por atos de improbidade que causaram prejuízos ao erário e desrespeito aos princípios da Administração Pública, vez que os recursos federais recebidos foram repassados de forma irregular […] e, ainda, constou como beneficiário de vários cheques de contas públicas sacados na ‘boca do caixa'”, relatou.

Para a procuradora, Tema e os demais denunciados tiveram “desdenho com o dinheiro público”.

Tema, preso em 2007 pela PF

Tema, preso em 2007 pela PF

“Resta evidente a malversação dos recursos públicos e a sua não utilização para os fins que precipuamente se destinavam. […] O desenho com o dinheiro público por parte dos agentes municipais restou cabalmente demonstrado quando da constatação de que houve montagens de processos licitatórios, com falsificação de documentos e assinaturas, realização de despesas sem comprovação, utilizadas empresas de fachada […] e notas fiscais com o fito de ‘encobrir’ desvio de recursos públicos”, asseverou.

De acordo com a representante do MPF, dos mais de R$ 4 milhões desviados, pelo menos R$ 1,1 milhão foram “sacados na boca do caixa”. Na ação ela pede a condenação dos réus, o ressarcimento ao erário dos R$ 4,1 milhões desviados, a perda da função pública do prefeito – ele foi novamente eleito em 2012 -, a suspensão dos direitos políticos por até dez anos, a proibição de contratar com o Poder Público e o pagamento de multa de até R$ 12,3 milhões.

A partir da notificação dos denunciados, o que ocorreu apenas no dia 10 de abril, cada um tinha 15 dias para apresentar sua manifestação.

Prefeitos comemoram comissão que analisará aumento do FPM

DSC_0370Prefeitos e prefeitas que integram a caravana da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) comemoraram a instalação, por parte da Câmara dos Deputados, de uma comissão especial que analisará o aumento de 2% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O ato criando a comissão foi assinado pelo presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), nesta terça-feira (13) durante a abertura da XVII Marcha dos Prefeitos e Prefeitas do Brasil à Brasília, cuja programação está sendo realizada no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília. Mais de quatro mil prefeitos, além de milhares de vereadores, participaram da abertura do evento municipalista.

O aumento do percentual de repasse do FPM é uma das principais reivindicações dos prefeitos e prefeitas e vem sendo amplamente defendido pelos gestores como forma de modificar a triste realidade financeira pela qual passa os municípios brasileiros.

Para o presidente da Famem, prefeito Gil Cutrim (São José de Ribamar), a implantação da comissão é um grande avanço, uma vez que o assunto (aumento do percentual do Fundo) passará a ser formalmente discutido na Câmara Federal.

Cutrim lembrou que o pacto federativo injusto, imposto pela União aos municípios, penalizou as cidades maranhenses com a perda, em 2012, de R$ 69 milhões em repasses ocasionados pela redução do IPI. Em 2013, de acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CN,) este valor ultrapassou a casa dos R$ 75 milhões.

“Agora o assunto está pautado formalmente dentro da Câmara. E iremos cobrar agilidade desta comissão no que diz a emitir um parecer sobre a matéria”, afirmou o presidente da Famem.

Avaliação semelhante fez o prefeito de Códo, Zito Rolim. Segundo ele, o aumento do repasse do FPM é uma medida extremamente importante e que pode estabelecer um novo momento positivo para todas as administrações municipais do Brasil.

Também integram a lista de reivindicações dos prefeitos e prefeitas maranhenses, “Subfinanciamento dos Programas Federais (áreas da Saúde e Educação)”, “Lei Fundeb X Lei do Piso dos Professores”, “Encontro de Contas com a Previdência”, “Necessidade de Consulta aos Municípios antes da Aprovação de Leis e Emendas com Impacto Financeiro aos Entes, sem Definição de Novas Fontes de Custeio”, “Burocratização em Relação a Formalização de Convênios Federais”, “Prorrogação do Prazo para Implementação da Lei nº 12.305/10 – Lei dos Resíduos Sólidos”.

Nesta quarta-feira (14), os gestores públicos estarão reunidos com deputados federais e senadores do Maranhão. O encontro acontece a partir das 17, no Plenário 19 do Senado Federal.

Este ano, a XVII Marcha dos Prefeitos e Prefeitas do Brasil à Brasília tem como tema “A Crise nos Municípios e a Conjuntura Eleitoral”. A programação completa da Marcha está disponível no www.cnm.org.br ou através do link disponível no site da Famem (www.famem.org.br).

Lobão Filho defende parceria Governo/Prefeitura após chuvas em SLZ

lobaoO senador Edison Lobão Filho, pré-candidato do PMDB a governador, defendeu ontem (12), em entrevista à Rádio Mirante AM, o estabelecimento de parceria entre o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís para a solução dos graves problemas enfrentados por conta das fortes chuvas que se abatem sobre a capital desde abril.

“Se a prefeitura de São Luís não tem condições, o governo tem que entrar e resolver. O que não pode é ficar dizendo que nem é de sua responsabilidade. Não podemos deixar que a coisa fique ruim para depois criticarmos. Sou radicalmente contra esse tipo de filosofia, do quanto pior, melhor. Esse tipo de politica eu não concordo”, pontuou.

Segundo ele, nesse momento não há que se pensar em adversários políticos. O peemedebista anunciou que ajudará não só o prefeito de São Luís, mas todos os gestores que forem à Marcha dos Prefeitos a Brasília.

E lembrou que já destinou R$ 40 milhões das suas emendas parlamentares para obras na capital maranhense.

“A responsabilidade é de todos os agentes públicos e num momento como esse não se deve pensar em adversário político, em discurso político, em campanha, tem que se ter uma mobilização de forças, pois é a população a principal atingida. Já estou em Brasília e irei a alguns ministérios, inclusive o de Integração Nacional para os problemas emergenciais”, declarou.

Prefeitura informa medidas após temporal em São Luís

Diante da forte chuva que caiu em São Luís desde a tarde deste sábado (10), o prefeito Edivaldo determinou força tarefa das Secretarias de Governo (Semgov), Assistência Social (Semcas), Segurança com Cidadania (Semusc), Saúde (Semus), Obras e Serviços Públicos (Semosp), Trânsito e Transportes (SMTT) e Educação (Semed) para prestar total assistência às famílias dos bairros atingidos por alagamentos.

As Vilas Apaco e Militar foram as mais afetadas. A Prefeitura já providenciou a remoção de quatro famílias da Vila Militar e disponibilizou Unidade de Educação Básica da região para abrigar os moradores da Apaco.

A Secretaria de Assistência Social já providenciou colchonetes, cestas básicas e água para atender os desabrigados.

No Coroadinho e Cohatrac, também houve alagamentos em parte das ruas.

A Defesa Civil Municipal monitora as principais ocorrências e orienta a população residente em áreas de risco a deixar os locais em face da intensidade da chuva.

As ações emergenciais estão sendo adotadas também em parceria com as Secretarias de Segurança e de Assistência Social do Estado.

Tuntum: Tema contrata o irmão por R$ 1,3 milhão para fornecer combustível à Prefeitura

tuntum1 tuntum2 tuntum3O prefeito de Tuntum, Cleomar Tema (PSB), principal representante do dinismo na região central do Maranhão, deu um péssimo exemplo de gestão aos que pregam a mudança no estado.

dino_temaLevantamento do blog no Diário Oficial do Estado, revela que o socialista (?) contratou, em janeiro deste ano, a empresa do irmão para fornecer combustível para a Prefeitura Municipal.

No total, Tema destinará a Kleber Cunha, proprietário do Posto Juliana, nada menos que R$ 1.369.500,00. Os recursos são do orçamento do Município, do Fundo Municipal de Saúde e do Fundo Municipal da Assistência Social.

Todos os contratos foram assinados no dia 24 de janeiro.

Reincidente

O prefeito Cleomar Tema é reincidente nesse tipo de prática. Em fevereiro do ano passado ele já havia contratado, por R$ 1,6 milhão, o posto do primo, o vereador e líder do governo na Câmara Municipal de Tuntum Marcos Henrique da Cunha (PSB) – reveja – para fornecer combustível para a Prefeitura.

Depois, em abril, contratou o mesmo Posto Juliana agora novamente beneficiado, por R$ 1,6 milhão (relembre o caso). Detalhe. Em Tuntum há pelo menos três postos de combustível.

Abre o olho, MP!

Prefeitura inclui vala em imóvel para cobrar IPTU no Sacavém

valaA nora de uma moradora do Sacavém denunciou hoje (6) que a Prefeitura de São Luís incluiu como área construída do imóvel da sogra uma vala que passa ao lado da casa para cobrar o IPTU.

Segundo ela, antes da inclusão da vala, a residência estava avaliada em R$ 37 mil para efeito de cálculo do IPTU. Dessa forma, a moradora era isenta de pagamento.

Após o suposto acréscimo de área, a casa passou a valer (vejam só!) R$ 119 mil, afirma a denunciante. E a sogra agora precisa pagar IPTU, de mais de R$ 1 mil, alega.

“A casa dela valia R$37 mil e passou pra mais de R$ 119 mil, pois alegaram uma construção ao lado que ela FEZ, pois O SATÉLITE MEDIU A VALA AO LADO! O valor do IPTU chegaria há mais de hum mil reais. Ela discutiu na SEMFAZ e pediu que eles viessem pessoalmente medir em vez de um SATÉLITE. Só faltava essa!”, revoltou-se.

Recentemente uma moradora da mesa rua caiu e fraturou o braço ao tentar passar pelo local. Veja no vídeo abaixo.

Prefeitura assina termo para construção de nove creches

recheO prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior, e o ministro da Educação, José Henrique Paim, assinaram na manhã desta segunda-feira (5), termos de compromisso para a construção de mais nove creches na capital. O ato foi realizado no gabinete do prefeito, no Palácio La Ravardière, com a presença de uma comitiva do governo federal, dentre os quais o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Romeu Caputo, e a secretária de Educação Básica do MEC, Beatriz Luci, além de autoridades locais relacionadas à educação.

O prefeito Edivaldo Júnior ressaltou que a ação faz parte de uma gama de investimentos concretos no setor da Educação Infantil, que visam à execução do maior programa de construção de creches já implementado em São Luís. “Consolidamos aqui a forte parceria que a Prefeitura de São Luís mantém com o governo federal, para oferecermos uma educação de qualidade às nossas crianças, tranquilizarmos os pais enquanto trabalham e, assim, avançarmos cada vez mais nesse aspecto”, disse Edivaldo Júnior.

O ministro Henrique Paim anunciou que, ao todo, são 38 creches previstas para São Luís, sendo que 25 já foram contratadas, 13 delas já têm terrenos destinados a essa finalidade e quatro unidades começarão a ser executadas nos próximos dias, tão logo sejam assinadas as ordens de serviço.

“São Luís se insere num grande esforço de governo que objetiva ampliar em todo o país o atendimento na Educação Infantil, por entendermos que a raiz da desigualdade da educação está exatamente centrada nessa fase do ensino. E nesse aspecto, São Luís começa a dar respostas consistentes para a melhoria da sua Educação”, afirmou Paim.

Os termos de compromisso assinados nesta segunda-feira contemplam a construção de creches na Cohab IV, Bequimão, Quebra Pote, Cajupari, Pontal da Ilha, Arraial, Caracoeira, Residencial Ribeira I e Residencial Ribeira II.

O secretário municipal de Educação, Geraldo Castro, disse que a parceria entre Prefeitura e governo federal fortalece o processo estruturante pelo qual passa a Educação no município. “O objetivo é que tenhamos unidades de ensino infantil que atendam verdadeiramente aos anseios da população, que dêem tranquilidade aos pais e que não apenas acolham as crianças, mas que estejam plenamente aptas a desenvolverem nos alunos todos os aspectos pedagógicos, cognitivos e socais essenciais ao seu crescimento”, disse ele.

Participaram também do ato de assinatura dos termos o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), José Fernandes Lima; o reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Natalino Salgado; o deputado federal Gastão Vieira (PMDB); o conselheiro da Câmara de Educação Básica do CNE, Moacir Feitosa; a secretária de Relações Institucionais, Ana Paula Moura, entre outras autoridades.

A ação de expansão da Educação Infantil integra o Programa Avança São Luís, planejamento estratégico para a cidade, que inclui a criação de 25 novas creches para a cidade.

(As informações são da Prefeitura de São Luís)

Para evitar derrota, aliados do prefeito esvaziam sessão na Câmara de SLZ

Sob ameaça de ser derrotado por sua própria base aliada, o governo conseguiu adiar nesta segunda-feira (5) a votação do veto do prefeito Edivaldo de Holanda Júnior (PTC) ao projeto de lei que torna obrigatória a realização de audiências públicas pelo Poder Executivo antes da concessão de aumento nas tarifas ou preços praticados pelas empresas prestadoras de serviços públicos no município.

O Palácio de La Ravardière deflagrou ontem (4) operação para vereadores aliados esvaziarem a sessão, o que impediu a análise do veto. A principal preocupação do prefeito é que a Câmara revalide a proposta por meio de promulgação. A apreciação do veto foi adiada para esta terça-feira (6) às 9h.

osmaO líder do governo, vereador Osmar Filho (PSB) – foto ao lado -, passou a manhã em negociações na Câmara para manter o veto. O vereador Pavão Filho (PDT) também disparou telefonemas aos governistas para fechar o acordo, que chegou a ser firmado com vereadores.

A articulação dos dois parlamentares deu certo, pois dos vinte cinco vereadores presentes, apenas quinze ficaram em plenário. Seis não compareceram à sessão e tiveram as ausências justificadas.

Pressionados por usuários do transporte que lotaram a galeria da Câmara, muitos governistas passaram a defender a derrubada do veto. Sem a segurança da vitória, a base achou melhor adiar a votação.

“Com a realização das audiências a população vai ser consultada e será informada sobre o que está pagando, e nós também trabalhamos para que o usuário passe a ter mais conscientização sobre como funciona o trabalho governamental e das empresas concessionárias no reajuste de tarifas nos serviços públicos”, disse o vereador Honorato Fernandes (PT), principal aliado de Edivaldo na Câmara.

Empresa de fiscalização eletrônica de trânsito em SLZ é denunciada ao TCE

Arco-Íris Sinalização Viária Ltda., que já iniciou instalação de fotossensores e barreiras eletrônicas na capital por R$ 8 milhões, é apontada como integrante de “máfia de multas” por concorrente

A empresa Arco-Íris Sinalização Viária Ltda., vencedora do Pregão organizado pela Prefeitura de São Luís para a instalação, por R$ 8 milhões, de 36 fotossensores e 15 barreiras eletrônicas na capital foi formalmente denunciada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão por supostamente haver vencido uma licitação “eivada de vícios”.

fotossensoresA denúncia é da Trana Construções Ltda., que formalizou representação ao TCE ainda em dezembro do ano passado, na qual aponta o que considera diversos vícios do edital e lembra que a empresa vencedora do certame pertence ao que ela chama de “Grupo Econômico Consladel” – empresa que também atua no ramo de fiscalização eletrônica de trânsito e já foi denunciada em vários municípios brasileiros pelo que ficou conhecido como “máfia das multas”.

Depois de passar pelo presidente da Corte, conselheiro Edmar Cutrim, que negou pedido liminar para suspender o edital, o caso está sob a responsabilidade do conselheiro Jorge Pavão, que também já negou liminar em pedido de reconsideração e deve apresentar voto sobre o mérito da ação em breve.

“Após análise rigorosa nos termos e condições do edital em tela, observamos que o mesmo se encontra eivado de vícios que afetam diretamente sua própria validade”, diz a representante.

Uma das principais críticas diz respeito à modalidade da licitação. A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), então sob a gestão do engenheiro Carlos Rogério, escolheu o “Pregão”. A Trana alega que o caso exigia “Melhor Técnica e Preço”.

Além disso, a denunciante sustenta outros problemas. “Não consta no edital planilha de itens de serviço destacando a unidade de medida e quantidade a ser executada”, explica. E diz que “o presente edital é totalmente confuso, contraditório e incoerente” quando afirma inicialmente que empresas não podem participar do certame em forma de consórcio, mas admite essa associação em outro ponto.

“Para o licitante sagrar-se vencedor do presente certame ele sequer necessita comprovar experiência anterior em instalação/implantação dos equipamentos de fiscalização de tráfego, o que é um absurdo”, acrescenta.

A empresa sustentou que, por conta dos vício, foi impedida de praticar do Pregão, mesmo havendo retirado o edital com esse objetivo.

“Todos os vícios apontados impossibilitaram a Trana e tantas outras empresas idôneas e experientes de apresentar proposta no procedimento licitatório em referencia, restringindo a possibilidade de uma maior economia ao erário, visto que o preço ‘vencedor’ foi praticamente idêntico ao valor orçado pela Administração”, alegou.

Em resposta assinada pelo ex-secretário Carlos Rogério, a SMTT defendeu-se. “Claro se evidencia que o edital […] está de acordo com os princípios que regem os mandamentos da licitação, não existindo o mínimo vício no certame realizado que possa macular a sua segurança jurídica”, argumentou.

Em tempo: Numa rápida pesquisa na Internet, descobre-se que tanto a Arco-Íris Sinalização Viária Ltda., vencedora da licitação em São Luís, quanto a Consladel, operadora do “Grupo Econômico” denunciado pela Trana Ltda., respondem por suspeitas de irregularidades em contratos parecidos com o firmado em São Luís.

Em Pouso Alegre (MG), um contrato da Arco-Íris com a prefeitura local foi alvo de CPI. Em Jaú (SP) contratos as duas empresas, que operaram entre 2010 e 2012, tiveram contratos investigados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).