“Agora mais isso… Tá danado!”, desabafa Ribamar Alves após denúncia de assédio

ribamarO prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves (PSB), segue negando que tenha assediado sexualmente a juíza Larissa Tupinambá, titular da 2ª Vara da Comarca instalada na cidade, como o acusa a magistrada (reveja o caso).

Em nota, a Associação dos Magistrados do Maranhão considerou, ontem (19), a “atitude reprovável, sob todos os aspectos” (leia a íntegra).

Em mensagem encaminhada ao titular do blog, Alves compara a situação a uma outra, segundo ele inventada por um perfil falso criado no Facebook para lhe “achincalhar”. Ele disse que não houve nada com a juíza. Larissa o acusa de ter forçado um beijo em seu gabinete, após uma audiência.

“De verdade, não houve nada… Aqui tem um fake que todo dia me achincalha, agora partiu pra baixaria, falando que tem um vídeo meu com 4 menores numa piscina de motel em Santa Inês. Pegaram uma foto minha num aniversário próximo a uma moça e publicaram dizendo q ela é minha amante. E agora mais isso… Tá danado!”, escreveu.

Apesar da negativa do prefeito, o caso foi denunciado à polícia, que instaurou procedimento para apuração do fato, com a consequente adoção das demais medidas legais caso confirmado o assédio.

Edivaldo Jr. e um ano perdido dentro de uma “bolha”

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(Foto: Agência Klamt)

No dia 9 de julho deste ano, critiquei aqui o fato de que auxiliares do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) o haviam metido em uma “bolha” ilusória dentro da qual a cidade de São Luís era vista quase como uma Zurich (reveja).

Àquela altura, enquanto assessores e aliados “pintavam” uma São Luís de mentira e tentavam fazer crer que o simples fato de o prefeito receber lideranças para “dialogar” – termo usado à exaustão pelos oposicionistas – estava surtindo resultados na sociedade, pesquisas mostravam que 47% da população rejeitavam a gestão municipal.

O quadro não mudou muito cinco meses depois.

Chega o fim do ano e os mesmos assessores e aliados continuam usando os mesmos meios para tentar dar uma “cara” a esse primeiro ano de administração.

Mas simplesmente não conseguem.

Mais uma vez são apenas percentuais pra cá, números pra lá, diálogos e mais diálogos…

Enquanto nas ruas urge a presença efetiva da Prefeitura para acabar com a buraqueira, melhorar o trânsito, garantir melhores condições às escolas, resolver o problema dos famigerados Socorrões.

Em nenhuma dessas áreas houve qualquer avanço em relação à administração João Castelo (PSDB). Um desavisado pode achar que ela nunca sequer terminou de fato e que o tucano segue sendo nosso prefeito.

Menos dentro da “bolha”, onde ninguém parece ver que 51,2% do eleitorado da capital consideram esse primeiro ano do prefeito  Edivaldo Júnior “ruim” ou “péssimo”.

Quando é que vão deixar o petecista sair de lá?

AMMA repudia assédio de Ribamar Alves contra juíza

A Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA) emitiu nota, na noite desta quinta-feira (19), por meio da qual repudia o assédio sexual praticado pelo prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves (PSB), contra a juíza Larissa Tupinambá, titular da 2ª Vara da Comarca instalada na cidade. O caso é tratado  pela entidade como “atitude reprovável, sob todos os aspectos”.

A nota confirma que o socialista primeiro assediou a magistrada e, depois, agarrou-lhe, forçando um beijo.

“Após a intervenção dos funcionários, alertados pelo pedido de socorro da magistrada, o fato foi levado imediatamente ao conhecimento da autoridade policial, que já instaurou o procedimento para apuração da conduta delituosa, com a consequente adoção das demais medidas legais”, diz o comunicado da entidade.

Ao titular do blog, mais cedo, Alves negou o assédio contra a juíza. Ele disse que esteve com ela rapidamente pela manhã para tratar de sua quitação eleitoral e que desconhece a denúncia.

Veja abaixo a íntegra da nota:

NOTA PÚBLICA

A ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DO MARANHÃO – AMMA vem a público repudiar a atitude reprovável, sob todos os aspectos, do Prefeito Municipal de Santa Inês, José Ribamar Alves, que, nesta quinta-feira (19), a pretexto de tratar de assuntos relacionados à municipalidade, procurou a Juíza da 2ª Vara daquela Comarca, Larissa Tupinambá Castro, sendo por ela recebido no seu gabinete, oportunidade em que, ultrapassando todos os limites da ética e da moralidade, assediou a magistrada e, em seguida, segurando-a, à força, desferiu-lhe um beijo, tendo sido imediatamente repelido.

Após a intervenção dos funcionários, alertados pelo pedido de socorro da magistrada, o fato foi levado imediatamente ao conhecimento da autoridade policial, que já instaurou o procedimento para apuração da conduta delituosa, com a consequente adoção das demais medidas legais.

Trata-se de questão de gênero, onde a  magistrada foi atingida em sua dignidade, merecendo, a exemplo de situações assemelhadas de que são vítimas inúmeras mulheres, rigorosa punição .

A AMMA se solidariaza com a sua associada Larissa Tupinambá Castro, a quem prestará a assistência jurídica necessária e acompanhará o caso no âmbito da esfera competente.

São Luís, 19 de dezembro de 2013

GERVÁSIO PROTÁSIO DOS SANTOS JÚNIOR

PRESIDENTE DA AMMA

Alento de Edivaldo Jr. é ter avaliação menos pior que a de prefeitos da ilha

edivaldoÉ sintomática a avaliação que aliados do prefeito São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), fazem sobre seu primeiro ano da gestão.

Depois de quase 12 meses em que a Prefeiutra da capital mais frustrou os pouco mais de 30% dos ludovicenses que elegeram o petecista do que arregimentou novos admiradores, o alento de Edivaldo Júnior, segundo um dos jornalistas aliados, é que a avaliação dele é menos pior que as dos prefeitos de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.

“Basta verificar como avaliam seus gestores as populações de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. A avaliação negativa é muito maior do que a da capital”,  escreveu o colega Clodoaldo Correa em seu blog.

A análise é corroborada pelo secretário municipal de Comunicação, Márcio Jerry (PCdoB). Ele, no entanto, amplia mais o espectro de comparação.

“Nenhum prefeito de nenhuma cidade do Brasil está fazendo avaliação de que atravessou um ano bom. Dificuldades!”, manifestou-se.

Ou seja: o ano de 2013 foi mesmo perdido em São Luís…

Agora é esperar melhores dias para 2014.

Câmara medeia acordo entre Semed e cooperados

O vereador Fábio Câmara (PMDB) mediou hoje (18) um acordo entre a o secretário Municipal de Educação de São Luís (Semed), Geraldo Castro (PCdoB), e cooperados e terceirizados que prestaram serviços para a Prefeitura na gestão João Castelo (PSDB) mas ainda não receberam seus salários.

Castro conversou pessoalmente com cooperados

Castro conversou com cooperados

Após reuniões individualizadas com o titular da pasta, os reclamantes fecharam acordos que devem lhes garantir pagamento a partir de janeiros. Castro esteve pessoalmente com cada um dos cooperados que optaram pela assinatura do acordo, acompanhado também pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Segundo a secretaria de comunicação da Semed, durante toda a manhã os trabalhadores conversaram com o secretário “e obtiveram o reforço do compromisso da Prefeitura em cumprir as decisões jurídicas, dentro da capacidade financeira do município”.

Os vereadores Dr. Damasceno (PSL) e Rose Sales (PCdoB) também participaram da reunião.

“Um prefeito não pode tudo, mas pode muito”, diz Luis Fernando

luis_fernandoO secretário de estado de Infraestrutura, Luis Fernando (PMDB), mandou um recado aos prefeitos que vivem reclamando da falta de recursos e usam esse discurso como muleta para não fazer nada – principalmente no primeiro ano de gestão.

Durante evento realizado em Balsas, o peemedebista lembrou que, na condição de prefeito de Ribamar – cidade que tem praticamente o dobro da população balsense, por exemplo -, realizou profundas transformações na educação, na saúde e na infraestrutura, mesmo sem o apoio dos governos estaduais da época.

“Um prefeito não pode tudo, mas pode muito, no sentido de tornar a cidade mais bonita e mais agradável de se viver”, disse.

O secretário de Infraestrutura frisou que, apesar de o prefeito de Balsas, Rochinha (PSB), ser de ser de oposição, o governo Roseana Sarney (PMDB) tem realizado importantes obras no município.

Ele citou como exemplo os investimentos do Executivo Estadual na construção de um hospital marco regional; na implantação do distrito agroindustrial; na pavimentação da avenida Luiz Gomes; na construção do anel da soja, já em fase de licitação; e na implantação de outros sete quilômetros de pavimentação no município pela Sinfra, entre outras ações.

“O problema não é falta de verba, é gestão”, diz promotor sobre saúde de São Luís

cesar_felixO titular da Promotoria da Saúde do Maranhão, promotor Herbert Figueiredo, fez duras críticas ontem (16), durante audiência pública na Câmara Municipal, à gestão da saúde pela Prefeitura de São Luís, atualmente comandada por César Félix (foto).

Segundo ele, o Município devolve ao Governo Federal recursos que deveriam ser usados para reestruturar as Unidades Mistas, garantindo aos pacientes novos leitos de retaguarda, simplesmente porque não consegue elaborar projetos.

“A prefeitura possui recursos federais disponíveis que poderiam ser usados na reestruturação das Unidades Mistas, que poderiam garantir aos pacientes novos leitos de retaguarda. Mas sabe por que o município não usa os recursos? Por falta de projeto”, revelou Figueiredo.

Para o promotor, a Prefeitura não tem prioridades na gestão da saúde. “O grande problema da saúde não é falta de verba, é gestão, e vontade política”, disse.

Atenção Básica

O promotor também criticou o que considera “falta de compromisso” da Secretaria de Estado da Saúde (SES) com a Atenção Básica.

“Não existe nenhum compromisso da secretarial estadual de Saúde com a Atenção Básica e isso é fundamental”, disse.

Câmara desmonta discurso de César Félix sobre caos na Saúde de SLZ

camaraO líder da oposição da Câmara Municipal de São Luís, vereador Fábio Câmara (PMDB), desmontou ontem (16), durante audiência pública, o discurso do secretário César Félix, segundo o qual o caso na Saúde de São Luís é culpa do atendimento a pacientes do interior.

O auxiliar do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) disse semana passada – após a exibição de matéria no Globo Repórter e comparou os Socorrõer ao “inferno” – que as unidades estão lotados e praticamente sem atender mais ninguém porque 70% dos pacientes são do interior.

Câmara lembrou que a Prefeitura de São Luís foi quem aceitou receber esses pacientes e recebe recursos a mais do SUS para isso.

“São Luís não atende de graça os pacientes oriundos de outros municípios. Na verdade, além de a gestão ser plena, existe a pactuação feita na Comissão Tripartite que trata da distribuição dos recursos do SUS. Portanto, é competência da Prefeitura de São Luís buscar meios para cumprir o seu papel, ou então voltar à Comissão Tripartite e dizer que não pode mais atender os pacientes e com isso também deixar de receber os recursos que foram pactuados”, declarou.

O peemedebista usou, ainda, declarações do próprio secretário César Felix na audiência pública para criticar situações que considera “um absurdo”.

“Secretário, suas declarações nessa audiência ficaram arquivadas nos anais desta Casa. Concordo com o senhor quando afirmou que a administração municipal precisa evoluir, pois se cobra muito para quem oferece pouco. O secretário [César Felix] foi feliz quando disse que não tinha estrutura de trabalho, afirmando inclusive, que máquina de datilografia era artigo de luxo na Semus, cobrando a informatização do setor. O auxiliar do prefeito declarou ainda que tirou várias vezes dinheiro do seu bolso para comprar água para beber. E jogou por terra o discurso do prefeito ao afirmar que o Hospital Dr. Jackson Lago era sonho. Secretário, eu só posso lhe dizer uma coisa: peça para ser exonerado que esse barco está afundando”, alfinetou.

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Socorrões e a “visita ao inferno”

Socorrões e a “visita ao inferno”

Do Globo Repórter

socorraoHá muitos brasileiros pedindo que suas preces sejam ouvidas. É assim nas emergências de São Luis do Maranhão onde estivemos em 2011.

As duas emergências, conhecidas como Socorrão 1 e Socorrão 2, não podem continuar assim. A equipe do programa volta agora em 2013 para encontrar uma situação ainda pior. Foi como fazer mais uma visita ao inferno. Doentes e acompanhantes padecem, pioram ou adoecem.

Não existe privacidade nesse ambiente de completa degradação.

“Por que se acumulam na emergência? Porque não há leito. Por que não há leito? Porque a política do Governo Federal fechar os leitos, isso é um dos maiores absurdos”, explica Roberto Luiz d’Ávila, presidente do Conselho Federal de Medicina.

“Cada vez mais você tem que reduzir em algumas áreas e crescer em outras. Nós devemos ter cerca de 360 mil, nós precisaríamos mais uns 100 mil leitos no SUS nos próximos anos, mas mudando o perfil desse leito para UTI, adulto e neonatal, clínica médica complexa exatamente para idoso e doente crônico, traumato-ortopedia. Esse é o perfil moderno, é o hospital que o SUS tem que mirar”, afirma Helvécio Magalhães, secretário nacional de Atenção à Saúde.

Em 2011, quando o Globo Repórter esteve em Taguatinga, no Distrito Federal, o hospital regional parecia um hospital de campanha em uma zona de guerra.

Agora, a equipe volta ao mesmo local para conferir o que mudou. O diretor recebe a equipe com boa vontade, animado com a informatização, preocupado com o tomógrafo quebrado. Ele explica que a demanda de 20 mil pacientes por mês, vindos de cidades vizinhas, dificulta as mudanças.

Roni Mafra de Lima, diretor do hospital: Quanto mais você trabalha e melhora um serviço, tem uma tendência natural de que as pessoas procurem esse serviço. Eu acredito que a coisa só funcionária bem se todas as pessoas fizerem bem o seu papel.
Globo Repórter: Se todos os serviços melhorarem?
Roni Mafra de Lima: Os serviços melhorassem, todos os estados ajudassem nesse papel da saúde.

A falta de colaboração e organização já está pondo a perder as melhorias da reforma feita no local. As macas estão se multiplicando pelos corredores. São a parte visível da falta de leitos na chamada retaguarda.

Falta lugar para internar quem já passou pela emergência, mas ainda precisa de cuidados. Faltam leitos principalmente para os mais velhos e para a área de psiquiatria.

Os médicos ficam exaustos.

Marcelo Araújo, cardiologista: A gente tem aqui na cardiologia hoje internados 60 pacientes. Para prescrever, para avaliar, para ver exame complementar.
Globo Repórter: Era assim que o senhor queria estar trabalhando?
Marcelo Ferreira de Araújo: De maneira nenhuma. Aqui devia ter no mínimo mais dois cardiologistas trabalhando com a gente, no mínimo.

Difícil dentro, triste do lado de fora. Onde esperar no chão é sina de crianças com febre como Pedro. De mães sem esperança como Maria da Conceição.

“Os filhos da gente adoece se a gente não tem, não tem dinheiro pra pagar uma consulta particular é isso que a gente passa. Você viu aí que a menina caiu com a mulher. Isso é uma falta de vergonha. A capital do Brasil nessa situação que tá aqui?”, desabafa Maria Camelo, dona de casa.

Enquanto isso…

erico

Érico Cantanhede, diretor do Socorrão I, e seus versos no Facebook

Prefeitura de Coelho Neto consegue aprovação de lei inédita de apoio a deficientes

solineyA Câmara Municipal de Coelho Neto aprovou esta semana, por unanimidade, projeto de lei encaminhado por mensagem do prefeito Soliney Silva que cria o programa “Viver Melhor”, iniciativa pioneira no país de apoio ao desenvolvimento de crianças deficientes físicas.

Associado ao esforço do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – “Viver sem Limite”, do Governo Federal, e com o objetivo de proporcionar oportunidades para que a deficiência não seja impedimento da evolução da vida, o programa “Viver Melhor” de Coelho Neto proporcionará às famílias cadastradas uma bolsa mensal de R$ 100 mensais, além de amplo acesso à rede municipal de serviços públicos.

“É uma iniciativa pioneira, por meio da qual pretendemos inaugurar uma nova forma de olhar e de tratas os deficientes. Nós somos também responsáveis por eles e, com o programa ‘Viver Melhor’ pretendemos dar às famílias dessas crianças melhores condições de cuidar delas”, disse Soliney Silva.

A lei aprovada pelo Legislativo Municipal estabelece algumas regras para a concessão do benefício à família que possua deficientes físicos no programa. Uma delas é o regular inclusão no Cadastro Único dos programas sociais do Governo Federal.

Além disso, a renda mensal per capita da família precisa ser inferior a 1\4 do salário mínimo. O programa prevê revisão anual do benefício e o acompanhamento constante da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e da Secretaria Municipal de Assistência Social e Segurança Alimentar.

“Por ser pioneira, é claro que uma iniciativa dessas ainda pode ser melhorada. Mas, com o apoio da Apae e dos nossos técnicos da área de Assistência Social, não temos dúvidas de que conseguiremos dotar as famílias dos deficientes de Coelho Neto de melhores condições para cuidar delas”, completou o prefeito.