Busca e apreensão também em Pinheiro

Documentos encontrados na casa do ex-secretário de Educação

O juiz titular da 1ª. Vara da Comarca de Pinheiro, Anderson Sobral de Azevedo, concedeu liminar em Ação de  Busca e Apreensão de documentos pertencentes ao Município de Pinheiro, que foram levados para uma residência no centro da cidade. A ação foi realizada, na manhã desta quinta-feira (10), na rua Albino Paiva.s/n, um imóvel de propriedade do ex-secretário de Educação, Ribamar Ribeiro Dias.

Um total de quase mil volumes foi apreendido na casa. O ex-prefeito de Pinheiro, Zé Arlindo (PSB), chegou a encaminhar ofício ao juiz, alegando que os documentos relativos aos anos 2010, 2011 e 2012 foram retirados da Prefeitura para que fosse realizada a prestação de contas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Mas o juiz considerou: “documentos são bens públicos de propriedade do Ente Federativo Municipal, não podendo, então, permanecerem na posse de particular, mesmo que sob fundamento da necessidade da prestação de contas”.

Os documentos apreendidos são das Secretarias de Saúde, Educação e Administração e da Comissão de Licitação, além de farta documentação referente a prestações de contas, do Fundeb, processos de licitações, notas de empenho, ofícios, extratos bancários, extratos de repasses do Fundo de Participação, ordens de pagamento, editais, processos já concluídos e alguns sendo ‘montados’, além de um aparelho de ar condicionado, bebedouro elétrico e calculadoras. Só da Comissão Permanente de Licitação foram apreendidas 406 pastas do tipo AZ. Da Administração são 242 pastas. E da Saúde, uma média de 150 por ano.

Com mais este escândalo, o ex-prefeito de Pinheiro, Zé Arlindo (PSB), aumenta a lista de irregularidades cometidas no cargo, demonstrando que fez da Prefeitura do município uma verdadeira “casa da Mãe Joana”.

Desde que tomou posse, o atual prefeito, Filuca Mendes (PMDB), vem enfrentando uma série de problemas. Contas de energia no valor de 300 mil reais, que não foram pagas na gestão do antecessor, sumiço e aparelhos celulares e ar condicionado, transferências bancárias agendadas até no último dia do ano, beneficiando aliados políticos do ex-prefeito Zé Arlindo, parentes do suplente de deputado Luciano Genésio (PSB) e outras falcatruas contabilizam o prejuízo milionário ao Erário Municipal.

No primeiro dia útil, a nova administração não encontrou sequer o servidor municipal, contendo todos os dados relativos ao funcionalismo público. A velha prática de confundir o público com o privado, em Pinheiro ganhou uma nova modalidade, a de levar para casa os bens públicos. Enquanto prefeitos que agem assim, continuam a solta, se refestelando com os recursos públicos, os ladrões de galinha lotam as penitenciárias.

Escuta é encontrada no gabinete de Edivaldo Jr.

Auxiliar do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC),  informou nesta quinta-feira (10) que foi encontrado no gabinete do petecista, no Palácio de La Ravardière, um equipamento parecido com uma escuta.

Segundo nosso interlocutor, devido à semelhança com um “grampo”, técnicos foram chamados para remover o material do local.

Ninguém na Prefeitura quis se pronunciar formalmente sobre o assunto, mesmo diante da insistência do titular do blog durante toda a tarde.

Preferem que o caso seja apurado minuciosamente antes de  um comunicado oficial. “Quanto mais sigilosa a investigação, mais chances de encontrarmos os culpados”, declarou uma das fontes.

A quem interessaria saber o que se conversa no gabinete do prefeito?

MP investigará não pagamento de salários dos servidores de SLZ

O Ministério Público instituiu hoje (10) – só hoje –  comissão especial para apurar por que o ex-prefeito João Castelo (PSDB) não pagou os salários dos servidores municipais de São Luís no mês de dezembro de 2012. A medida é a primeira ação concreta desencadeada por uma força-tarefa criada pelo MP com o objetivo de investigar atos de improbidade administrativa no município de São Luís.

O grupo é formado pelos promotores Justino da Silva Guimarães, da 6ª Promotoria Criminal, que está respondendo pela 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa e preside a comissão, Valdenir Cavalcante Lima, da 15ª Promotoria de Justiça Cível, respondendo pela 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, Danilo José de Castro Ferreira, da 28ª Promotoria de Justiça Cível, e ainda pelo promotor João Leonardo Pires Leal, titular da  2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público.

Além da gestão passada, os promotores exigirão da gestão de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) comprovação de que não há dinheiro em caixa para pagamento integral dos salários em janeiro.

 Os membros da comissão irão investigar, ainda, denúncias de desvios de recursos públicos na Prefeitura de São Luís que teriam resultado no não pagamento dos salários, bem como interpor as medidas judiciais cabíveis para reparar os danos sofridos pelo funcionalismo público, pela administração pública e por toda a sociedade.

Para auxiliar a comissão na apuração dos fatos, a procuradora-geral designou, também, os promotores de justiça Marco Aurélio Cordeiro Rodrigues e Gladston Fernandes de Araújo, que integram o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), e os servidores da Assessoria Técnica da Procuradoria Geral de Justiça.

Vejamos se isso dá em alguma coisa.

Coroatá: juiz manda Luís da Amovelar devolver documentos da prefeitura

Em decisão datada da última terça-feira (8), o juiz Francisco Ferreira de Lima, titular da 2ª Vara respondendo pela 1ª Vara da Comarca de Coroatá, determina que o ex-prefeito do município, Luis Mendes Ferreira, o Luís da Amovelar (foto), e mais nove ex-integrantes da administração do município entreguem à administração municipal, no prazo de 24 horas, “documentos de sua competência administrativa da época em que exerciam função ou cargo na esfera administrativa do Município de Coroatá.”

A determinação atende à Medida de Cautelar de Exibição de Documentos, com Pedido Liminar de Busca e Apreensão, proposta pela atual prefeita do município, Maria Teresa Trovão Murad.

O prazo para o cumprimento do Mandado de Exibição encerra-se às 16h desta quinta-feira (10). Em caso de desobediência da decisão, será cumprido o Mandado de Busca e Apreensão (já expedido pelo juiz) nos escritórios e residências dos requeridos.

A busca deve-se limitar aos documentos arrolados e deve ser cumprida, com a máxima cautela, por dois oficiais de Justiça, acompanhados de força policial, reza a decisão.

Entre os documentos requeridos, o cadastro dos servidores municipais, termos contratuais e convênios celebrados junto a órgãos estaduais e federais, montante da dívida ativa tributária e não tributária cobrada na esfera judicial, lista dos bens móveis e imóveis da prefeitura e outros.

Extraviados – Na Medida Cautelar impetrada pela atual prefeita, Teresa Murad se diz impedida de administrar o município em face da recusa da administração anterior em atender às solicitações de entrega dos documentos demonstrativos da atual situação administrativa e financeira da Prefeitura de Coroatá, “a fim de elaborar seu plano de governo com base nos dados fornecidos”.

Teresa diz ainda que, diante da recusa, impetrou “Mandado de Segurança, obtendo a liminar, tendo, porém, o ex-gestor lhe entregue documentos insatisfatórios”.

A prefeita informa também que, após sua posse, “busca nos arquivos da sede da Prefeitura de Coroatá não encontrou os documentos da administração municipal, suspeitando-se que tenham sido extraviados”.

Moralidade administrativa – Em suas alegações, o juiz Francisco Ferreira de Lima destaca: “estamos tratando de documentos da Prefeitura de Coroatá, os quais, por serem públicos, são de livre acesso não só da atual gestora, como da população em geral”.

Francisco Ferreira de Lima alerta ainda que “os requeridos não podem esconder da requerente qualquer documento que diga respeito à gestão anterior, pois tais papéis são do município e não podem ser apropriados por quem quer que seja”.

Na visão do magistrado, “agindo assim, os ex-gestores ferem vários dispositivos da Constituição Federal, dentre eles os princípios da legalidade, moralidade, publicidade e moralidade administrativa”.

“Minha disposição é a de construir parcerias institucionais”, diz Roseana em ofício a Edivaldo Jr.

Edivaldo Jr. e Roseana Sarney em conversa no Palácio dos Leões (Foto: Geraldo Furtado/Secom)

Um dia após a reunião que marcou o início das tratativas entre o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís por uma parceria institucional, a governadora Roseana Sarney (PMDB) reafirmou, em ofício encaminhado ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), a disposição pela efetivação do trabalho em conjunto.

No documento, a governadora reafirma “a convicção de que a articulação institucional entre a União, os Estados e os Municípios, constitui pressuposto para a governança exitosa no âmbito das três esferas de governo, notadamente em relação à formulação e implementação de políticas públicas sociais”.

Segundo a peemedebista, o apoio a municípios, por meio de obras e serviços de mútuo interesse, tem sido o foco da administração estadual. No caso de São Luís, ressaltou, o Governo do Estado tem realizado importantes obras estruturantes.

“Minha disposição é a de construir com a Prefeitura de São Luís parcerias institucionais que contemplem ações proveitosas aos legítimos interesses da comunidade, observado o arcabouço jurídico que rege as relações entre os entes federados”, disse a governadora no documento.

No ofício, Roseana Sarney assinalou que o Governo do Estado “examinará à luz do interesse público, proposições que forem formuladas por Vossa Excelência, no intuito de contribuir para a materialização de projetos, programas e ações que se revistam das condições de exequibilidade orçamentário-financeira, justeza e oportunidade”.

“Briga de foice” por Superintendência de Obras na Semosp

É de foice no escuro a briga pela indicação do titular da Superintendência de Obras na Secretaria Municipal da Obras e Serviços Públicos (Semosp) da Prefeitura de São Luís.

O cargo ainda está vago e o superintendente é o principal tocador das obras na capital.

Na disputa estão os principais empreiteiros que financiaram a campanha do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC). Querem indicar apadrinhados seus. Na Semosp, funcionários mais antigos ressentem-se do fato de que, historicamente, o cargo é ocupado por técnicos da área de engenharia.

O próprio secretário de Obras, José Silveira, é engenheiro civil de formação.

Abre o olho, Edivaldo!

Prefeitura vai aproveitar VLT

O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) revelou hoje (9), ao anunciar o plano de ações para os próximos 120 dias de gestão, que vai aproveitar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), comprado por R$ 7 milhões na administração João Castelo (PSDB) e abandonado antes mesmo do final do ano passado.

Segundo o petecista, uma comissão da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) estudará uma alternativa para que o trem – com dois vagões – que já se encontra na cidade não seja perdido.

A ideia, explicou, é encontrar um traçado que atenda à demanda pelo serviço.

Segundo Miram Aguiar, titular da SMTT, a primeira medida, é encontrar o projeto do VLT, para revisá-lo. “Primeiro precisamos saber se existe o projeto que gerou a obra, porque, até agora, não o encontramos”, disse.

CPI dos R$ 73 mi: Telma Pinheiro com as “barbas de molho”

Telma Pinheiro: medo da CPI

É de apreensão o estado da ex-deputada estadual e ex-secretária de Infraestrutura Telma Pinheiro.

Vários dos R$ 73 milhões que sumiram das contas dos convênios assinados entre o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís em 2008 foram destinados ao Executivo Municipal após canetadas da líder evangélica.

Hoje à frente de uma papelaria, Pinheiro tem demonstrado preocupação.

Garante a aliados próximos que tem toda a documentação que comprova a legalidade dos seus atos – caso seja chamada para depor na “CPI dos R$ 73 milhões” -, mas, na verdade, está com as “barbas de molho”, como se diz no popular.

Já acionou vários interlocutores para conseguir algum acesso ao relator da Comissão, o deputado estadual Roberto Costa (PMDB), e conversar sobre uma possível convocação.

É melhor se apressar, porque, a essas alturas, o documento que a intima a prestar depoimento já deve estar pronto.

Bia Venâncio é cassada de novo, mas pode recorrer no cargo

Bia deve recorrer

A prefeita de Paço do Lumiar, Bia Venâncio, foi cassada, de novo, por improbidade administrativa. A decisão é da juíza Jaqueline Caracas.

O caso foi revelado em primeira mão pelo blog do Jorge Aragão.

Na decisão, a magistrada condena Bia a suspensão dos direitos políticos por cinco anos, perda da função de gestora pública municipal e pagamento de multa equivalente a 100 vezes o valor da remuneração recebida pela prefeita  tomando como parâmetro o salário do mês de novembro de 2011.

Ela foi acusada pelo Ministério Público de ter falsificado a assinatura do contador Alexandre Santos Costa para validar a apresentação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) da prestação de contas da Prefeitura Municipal referente ao exercício 2009.

A decisão da juíza Jaqueline Caracas foi tomada na quarta-feira (16) e é proveninete do Processo Administrativo nº 1.489/2010.

Apesar disso, Bia Venâncio não sai do cargo. Ela poderá recorrer da decisão como prefeita. “Após o trânsito em julgado, comunique-se esta decisão à Justiça Eleitoral, para fins de anotação da suspensão dos direitos políticos e cumprimento da perda da função pública”, destaca a magistrada.

Ou seja: apesar do revés, nada muda no Paço.

Ô novela sem fim…

Para quem ainda tem dúvidas sobre a decisão da juíza Jaqueline Caracas, aí vai, em negrito, o trecho final do despacho.

ISTO POSTO, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO INICIAL, para condenar a ré Glorismar Rosa Venâncio pelo ato de improbidade administrativa previsto no art. 11, caput e inc. I da Lei º 8.429/92, incidindo assim nas sanções do art. 12, inc. III da mesma lei.

 […]

Assim, de acordo com o art. 12, inc. III da Lei nº 8.429/92, aplico as seguintes sanções:

a) Perda da função pública de Prefeita de Paço do Lumiar;

b) Suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 05 anos;

c) Pagamento de multa civil de 100 vezes o valor da remuneração recebida pela demandada, tomando como parâmetro o salário do mês de novembro de 2011, acrescida de correção monetária pelo INPC do IBGE e juros de 1% ao mês, a incidirem a partir deste mês, que será revertida em prol do Município de Paço do Lumiar;

d) Proibição de contratar com o Poder Público, por qualquer de seus entes federados, incluindo a administração direta e indireta, ou receber benefícios e incentivos fiscais e creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica do qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 03 anos.

Clique aqui e veja a íntegra da decisão.