Procurador confirma: Prefeitura pode se habilitar em Adin contra criação de municípios

O procurador do Município de São Luís, Francisco Coelho, confirmou ao blog, em contato telefônico na noite da última quinta-feira (16), que a Prefeitura estuda mesmo habilitar-se como amicus curiae na Ação Direta de Constitucionalidade (Adin) proposta pela Seccional Maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA) contra a Resolução 618/2011, da Assembléia Legislativa, que Regulamenta as competências do Legislativo sobre os estudos de viabilidade para a criação de municípios no Estado do Maranhão.

Segundo ele, o caso “está sendo estudado”.

“Estamos analisando o caso mais detidamente para saber se entramos [na ação] ou não. Estamos concluindo os estudos, foi uma análise bem ampla e é a partir disso que decidiremos que posicionamento tomar”, explicou.

Segundo revelou este blog na manhã de ontem, o prefeito João Castelo (PSDB) solicitou análise da Procuradoria sobre o caso porque teme perder as áreas do Maracanã e Itaqui-Bacanga – que já deram entrada em processos de emancipação – caso a criação de municípios seja levada a cabo. Como esses dois bairros da capital são densamente povoados, as perdas em Fundo de Participação dos Municípios (FPM) seria muito grande para São Luís.

OAB-MA protocola Adin contra criação de municípios

A Seccional Maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA) protocolou, nesta sexta-feira (10), Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Tribunal de Justiça contra a Resolução 618/2011, da Assembléia Legislativa, que Regulamenta as competências do Legislativo no que tange aos estudos de viabilidade para a criação de municípios no Estado do Maranhão.

Na ação, que tem 15 páginas, a OAB lembra que a criação de municípios ainda depende de lei complementar federal e, por isso, sustenta que é inconstitucional a resolução baixada pela AL.

“Apesar de já ultrapassados quase quinze anos da promulgação da EC n° 15/96 à Constituição da República, o Congresso Nacional jamais aprovou a referida lei complementar federal. […] No julgamento de ações contra as leis estaduais que criaram os municípios, o STF também declarou a inconstitucionalidade de tais normas, exatamente porque editadas em momento que faltante a lei complementar federal”, diz o texto da ação.

Além da declaração de inconstitucionalidade, a Ordem pede ao TJ que conceda medida para suspender, imediatamente, os efeito da resolução legislativa.

“Diante do exposto, requer seja concedida medida cautelar na presente ADI, para suspender a eficácia do inteiro conteúdo da Resolução Legislativa n° 618/2011 da ALEMA, o fazendo nos termos do art. 355 do Regimento Interno deste eg. TJ/MA”, conclui a ação (veja a íntegra do documento aqui).

Prazo

Termina às 18h do próximo sábado (11) o prazo dado pela Assembléia Legislativa para que sejam protocolados pedidos de criação de municípios. Segundo o presidente Arnaldo Melo (PMDB), apesar de ser um sábado, o protocolo ficará aberto até expirar o prazo.

“Por se tratar de um sábado, determinei que o protocolo fique aberto até as 18h aguardando os pedidos”, explicou.

Cerca de 117 povoados já haviam dado entrada nos processos de emancipação até o início da tarde de hoje. Se aprovados pela AL, devem, agora, aguardar a decisão judicial sobre o caso.

OAB deve protocolar Adin contra criação de municípios nesta segunda

A Seccional Maranhense da Ordem dos Advogados do Maranhão (OAB-MA) deve protocolar, nesta segunda-feira (6), Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Tribunal de Justiça contra a Resolução 25/2011 da Assembléia Legislativa, que estabelece as regras para a criação de novos municípios no Maranhão.

Ação no mesmo sentido deve ser impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Conselho Federal da OAB.

Segundo apurou o blog, a ação está pronta, dependendo da ata da sessão do Conselho que aprovou a medida.

Recentemente, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), declarou à imprensa que a OAB tem “direito legítimo” de acionar a Justiça e que vai aguardar a manifestação do Judiciário para se pronunciar com mais propriedade.

No total, 44 povoados já apresentaram à AL a documentação necessária para iniciar o processo de emancipação.