Já está no Tribunal de Justiça do Maranhão, desde ontem (25), denúncia formulada pela procuradora-geral de Justiça do Estado, Regina Rocha, contra o deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD), por formação de quadrilha, uso de documento falso e falsidade ideológica.
A denúncia da PGJ acatou termos do relatório de inquérito policial instaurado ainda ano passado. O documento foi encaminhado ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Antônio Guerreiro Júnior, para ser distribuído.
Raimundo Cutrim foi um dos indiciados depois que a Polícia Civil começou a apurar os crimes de grilagem de terras na Ilha de São Luís. As investigações começaram a partir do assassinato do empresário Marggion Lanyere Ferreira Andrade, no final de 2011.
Em agosto do ano passado, o delegado Carlos Alberto Damasceno, chefe da comissão que investiga os crimes, já antecipava ao titular do blog que o deputado poderia ter cometido o crime de falsidade ideológica.
“Todos os que foram ouvidos estão indiciados. Há indícios de crime de falsidade ideológica e o inquérito deverá apontar isso”, declarou à época.
Outro lado
O blog tentou contato com o deputado na sexta-feira (25) à noite e no sábado (26) pela manhã. Sem sucesso.
Em discurso na Assembleia, à época do indiciamento (reveja), ele negou qualquer envolvimento com o caso e disparou: “Eu vou buscar meus direitos aonde quer que seja, e eu sei de muita coisa, eu sei de muita coisa. E eu vou começar a falar por capítulos. Nesta semana farei outro pronunciamento, talvez dois ou três nesta semana. E vou começar a falar, começar a falar e vou esperar alguém vir. Se alguém se sentir ofendido depois, que venha resolver pessoalmente, porque eu não tenho medo de cara feia”, disse.