O advogado Rafael Silva Júnior encaminhou a seguinte nota de esclarecimento ao blog sobre o post “OAB-MA: advogado afasta-se da Comissão de Direitos Humanos, após ser denunciado por agressão a mulher”.
No texto, ele diz que a acusação é “injusta” e que comprovará isso no curso do processo judicial.
Leia abaixo a nota.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Diante do texto veiculado pelo BLOG do Gilberto Léda, no último dia 12 de março de 2015, sob o título: “OAB-MA: advogado afasta-se da Comissão de Direitos Humanos, após ser denunciado por agressão a mulher”, venho a público registrar algumas observações:
1. A acusação contra mim é injusta e o processo judicial será a oportunidade de comprovação disso. Somente agora terei o direito à defesa e ao contraditório, que no nosso sistema penal não são possíveis na fase de Inquérito, preliminar ao processo. Terei, enfim, oportunidade de apresentar as provas que demonstrarão a injustiça de tal acusação.
2. O pedido de afastamento da Comissão de Direitos Humanos não foi feito agora, mas em fevereiro do ano passado, quando protocolei um documento na OAB, no qual apresentei minhas razões. Apesar de não haver qualquer óbice legal para um advogado (sem qualquer condenação) participar das instâncias representativas da Ordem, considerei que meu afastamento temporário seria uma decisão ética. Isso porque jamais utilizaria um espaço de poder para me defender. Além disso, considerei importante preservar a Instituição de qualquer possível ataque. Tal decisão foi motivada pelo meu respeito à Ordem e aos defensores de direitos humanos.
3. Em 06 de março de 2014, eu mesmo protocolei um Requerimento na Delegacia Especial da Mulher solicitando a abertura do Inquérito Policial. Fiz isso porque sempre desejei o esclarecimento dos fatos, pois minha reputação sempre esteve a serviço dos grupos vulneráveis. Para conhecimento público, disponibilizo o inteiro teor do Requerimento.
4. O Ministério Público sempre contou com meu respeito e não seria agora que isso mudaria. Sei respeitar as instituições democráticas, assim como sei que acusações injustas por vezes ocorrem.
5. Aprendi na advocacia popular a enfrentar dificuldades com trabalho e luta. As responsabilidades que assumo com os grupos vulneráveis exigem isso. Fique claro que jamais deixarei de denunciar casos de corrupção sempre que me deparar com tais situações. 6. Destaco que não fui contatado previamente pelo blog a respeito da notícia. Contudo, friso o respeito que tenho pela imprensa e pelo papel que os blogs exercem na democratização da informação e no exercício da liberdade de expressão.
7. Retifico que a denúncia que fiz sobre o caso de fraude no sistema de emplacamento veicular no DETRAN não foi contra Dom Xavier Gilles, pessoa que estimo. A meu ver, a APAC de São Luís (presidida por ele) teve sua credibilidade social utilizada por grupos interessados na fraude.
8. Envio para o jornalista Gilberto Léda a íntegra do documento protocolado por mim na Delegacia Especial da Mulher, em 06 de março de 2014, solicitando que abra um link que permita a leitura para quem desejar fazê-lo (clique aqui para ler).
9. Ressalto ainda que nada tenho contra a veiculação de fatos de interesse público. Reafirmo que esse é o papel da imprensa: permitir o debate público, contribuindo para o aprofundamento da democracia. Ademais, considero que a matéria foi escrita com responsabilidade. Portanto, nada tenho a declarar contra a atitude do jornalista, que apenas cumpriu seu ofício. Fico à disposição para qualquer esclarecimento.
Atenciosamente, Rafael Silva.