O presidente da Comissão Provisória Estadual do PSDB, deputado federal Carlos Brandão – ele assumiu o posto em substituição a Roberto Rocha, que ingressou nos quadro do PSB -, disse em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (12), que ainda vai tentar conversas com membros do PDT e do PPS para viabilizar uma aliança formal em 2012.
Os dois partidos, apesar de bem aquinhoados na administração municipal, não estão fechados com o prefeito e, nos dois, fala-se no lançamento de candidaturas próprias no ano que vem, o que tem incomodado Castelo.
“O PDT, boa parte dele, está afinada com a administração João Castelo, outra parte não está afinada e o que precisa é diálogo. Hoje, 25% da Prefeitura de São Luís está nas mãos do PDT. O que falta são outros acertos. E, agora, nós vamos trabalhar em cima desses acertos, dessas negociações, para que haja uma interação melhor”, declarou.
Em relação ao PPS, Brandão reconhece que um acordo é mais difícil. Além de o partido ter apenas uma secretaria no Município – contra seis do PDT -, direcionamento nacional dos popular-socialistas é ter candidatos próprios em todas as capitais.
“A mesma coisa é o PPS. Boa parte dos membros do PPS está participando da administração municipal, mas existem algumas divergências. E há o interesse, a nível nacional, de lançar candidatos próprios em algumas capitais. Isso deve ser levado em consideração”, pontuou.
Sobre as divergências internas, o novo presidente do partido acha normal que as diferenças sejam externadas e afirmou que vai buscar um entendimento. Segundo ele, a falta de reuniões – ele confirmou declarações do deputado federal Pinto Itamaraty, de que o partido não se reunia desde as eleições de 2010 – possibilitou um distanciamento maior das lideranças partidárias.
“O partido estava há muito tempo sem se reunir, tem algumas divergências, como todo partido tem. Essa disputa, essa divergência é normal, é da democracia. Então, a nossa grande missão é criar uma harmonia, unificar o discurso e fazer o partido crescer”, completou.
Brandão disse também entender as circunstâncias que levaram Roberto Rocha e Edson Vidigal a deixar a legenda. Segundo ele, os projetos pessoais dos dois colidiam com o direito do prefeito João Castelo de lutar por sua reeleição.
Na avaliação do deputado, é “contornável” a situação de Aderson Lago, que já declarou a auxiliares próximos a intenção de deixar o partido e rumar, possivelmente, para o PDT. “Tudo depende do diálogo”, repetiu.
Via Expressa
Carlos Brandão (PSDB) ainda se posicionou sobre o principal tema que tem movimentado a agenda político local nos últimos dias – o embargo da Prefeitura de São Luís à obra de construção da Via Expressa. Oo tucano disse esperar que haja entendimento entre o Governo do Estado e a Prefeitura.
“O melhor caminho para se resolver essas questões é o entendimento, porque só quem perde com esse distanciamento [entre Governo e Prefeitura] é a população”, disse.