José Maria da Silva Fontinele, o homem que quer cassar Roseana

fontineleO homem da foto ao lado é José Maria da Silva Fontinele. Ele foi candidato a deputado estadual em 2010 pelo PRTB, na coligação “Unidos pelo Maranhão”.

É dele um segundo Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED) da governadora Roseana Sarney (PMDB) e do seu vice, Washington Oliveira (PT).

No processo, ele pede a cassação da peemedebista por suposto abuso de poder político e econômico, além de captação ilícita de sufrágio.

Como revelado em post logo abaixo, o parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, foi pelo provimento da ação, desde que ele junte aos autos uma procuração correta dando poderes ao advogado que ele diz ser seu representante na causa, Igor da Silva Oliveira.

O blog ainda não os encontrou, mas segue procurando ambos, recorrente e advogado.

Gurgel deu parecer pela cassação de Roseana em outra ação; processo depende de procuração

gurgelO procurador-geral da República, Roberto Gurgel, emitiu, também no dia 30 de julho, outro parecer pela cassação da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e do seu vice, Washington Oliveira (PT), numa ação distinta da protocolada pelo ex-governador José Reinaldo (PSB).

Trata-se de um segundo Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED), de autoria de José Maria da Silva Fontinele, candidato a deputado estadual em 2010 pelo PRTB.

Após analisar os autos, Gurgel opinou pelo provimento da ação com base nos mesmos argumentos do parecer emitido no RCED nº 809 (de José Reinaldo), desde que seja corrigido um erro formal apontado pela defesa da governadora.

Segundo o procurador, o recorrente não anexou no processo uma procuração correta dando poderes ao advogado que ele diz ser seu representante na causa, Igor da Silva Oliveira.

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“A preliminar suscitada pelos recorridos, de defeito da representação, na verdade, parece procedente. A procuração de fls. 14, ao se referir ao outorgado Igor da Silva Oliveira, diz apenas que ele é ‘advogado, brasileiro,\, portador da OAB-MA 8.822, residente e domiciliado […]. A procuração não confere nenhum poder ao advogado, nem mesmo para o foro em geral”, relatou Gurgel, para despachar pelo provimento do recurso, “caso superada a preliminar”.

Especialistas consultados pelo blog afirmam que a procuração correta pode ser juntada aos autos a qualquer tempo. O advogado Igor Oliveira foi acionado através telefone fornecido pelo site da OAB para esclarecer se essa pendência já foi resolvida, mas não atendeu às ligações.

“Procurador não vota”, diz deputado sobre parecer contra Roseana

Magno insinuou que CEF bancou campanha de petista

O vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Magno Bacelar (PV), minimizou hoje (8) os efeitos do parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pela cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB) por abuso de poder político.

“Procurador não vota. Quem vai votar serão os juízes” , disse o parlamentar.

Segundo ele, todos os convênios apontados pelo ex-governador José Reinaldo (PSB) no Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED) da peemedebista foram firmados dentro do prazo legal.

“O Governo do Estado fez todos os convênios de maneira legítima, dentro do prazo legal. Pode ter sido no último dia, mas foi feito dentro do prazo legal. Então, fica uma questão muito subjetiva, e o procurador da República está analisando a questão subjetivamente. Agora, quando forem analisados corretamente os fatos, vão ver que são totalmente diferentes da maneira como aconteceu no passado, quando foram feitos convênios fora dos prazos”, completou.

Na ação, José Reinaldo não questiona as datas de assinatura dos convênios, mas alega que o fato de eles terem sido firmados às vésperas do início do período vedado caracterizariam o abuso de poder político.  E Gurgel também entendeu assim.

A diferença entre o processo de Jackson Lago e o de Roseana Sarney

Jackson passou agora, mas ainda não está livre de vez

Desde que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, emitiu parecer pela cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB) e do vice-governador Washington Oliveira (PT) membros da oposição repetem como um mantra: as provas que levaram à cassação de Jackson Lago (PDT) são muito menos robustas que as anexadas ao processo da peemedebista.

E por que, então, dois anos e quatro meses depois de eleito Jackson estava cassado e Roseana ainda aguarda julgamento pelo TSE quase três anos após eleita?

A diferença não é a robustez das provas, meus caros, mas a importância que cada um dos grupos deu (ou dá) aos processos.

No caso do pedetista, os aliados – principalmente Aziz Santos – o fizeram crer que o processo de cassação não passava de um devaneio de Chiquinho Escórcio. O resultado todos conhecem.

roseana sarneyJá o grupo ligado à governadora Roseana atua fortemente na defesa da peemedebista, usando todos os meios legais à disposição para garantir o mandato, desde que a ação foi protocolada na Justiça Eleitoral.

É que o garante à governadora que, mesmo que o caso venha a ser julgado no Pleno do TSE, isso só ocorra muito perto do fim do mandato, ou mesmo após ele. Principalmente porque no ano que vem a Justiça Eleitoral já começa a se concentrar justamente no processo eleitoral.

Parecer de Gurgel abre discussão sobre destino do Governo em caso de cassação de Roseana

plenarioA emissão de parecer do parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pela cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB) e do vice-governador Washington Luiz (PT) reabre no meio político a discussão sobre o que pode acontecer caso os dois efetivamente percam o mandato.

Uma coisa é certa: haverá eleição indireta pela Assembleia Legislativa. E por quê?

Porque Roseana foi eleita no primeiro turno em 2010, com 0,08% a mais de votos que a soma de todos os outros candidatos. Sendo assim, não se pode dar posse ao segundo colocado.

E por que eleição indireta? Porque o mandato já está na sua segunda metade e, para a Justiça Eleitoral, acarretaria custos muito altos fazer nova eleição direta para um mandato tampão de menos de dois anos. Se a cassação ocorresse até dezembro do ao passado, o eleitor voltaria às urnas. Como não ocorreu, os deputados escolhem o novo governador.

Sendo assim, se Roseana for cassada junto com Washington, assume o Governo do Estado o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), com a obrigação de convocar a eleição indireta em 30 dias. Na AL, o processo seria comandado pelo deputado Max Barros (PMDB), que herdaria a Presidência da Casa.

E os candidatos são todos peemedebistas, mesmo partido da governadora: o próprio Arnaldo Melo, que jura de pés juntos trabalhar em 2014 pela eleição do secretário de Estado de Infraestrutura, Luis Fernando, seja o governador-tampão; Max Barros, que terá o comando da Assembleia como trunfo para entrar numa possível disputa; ou Luis Fernando mesmo, que se elegeria agora indiretamente e disputaria a reeleição sentado na cadeira de governador.

Esta última hipótese, a propósito, é que a mais assombra a oposição. Mas é mais aceita entre a base governista para a eventualidade de uma cassação da governadora.

“Todas as minhas ações foram dentro da lei”, diz Roseana Sarney após parecer de Roberto Gurgel

(Foto: Biné Morais /O Estado)

(Foto: Biné Morais /O Estado)

A governadora Roseana Sarney (PMDB) se posicionou ainda na noite desta quarta-feira (7) sobre o parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pela cassação do seu mandato e do vice-governador Washington Oliveira (PT).

Segundo ela, todas as ações contestadas pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) no Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED) protocolado na Justiça Eleitoral foram “transparentes e dentro da lei”.

“Tenho minha consciência tranquila. Não fiz nada de errado. Todas as minhas ações foram transparentes e dentro da lei. Não devo nada”, declarou, de São Paulo, onde acompanha o pai, senador José Sarney (PMDB-AP), em tratamento médico.

A governadora também deu a entender que não deve renunciar, como se especula nos bastidores políticos, caso o processo se dirija para a cassação.

“Não temo nada. Meu mandato é dedicado à causa popular e pretendo exercê-lo até o final”, completou.

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Gurgel emite parecer pela cassação de Roseana Sarney

Roberto Gurgel emite parecer pela cassação de Roseana Sarney

gurgelO procurador-geral da República, Roberto Gurgel, emitiu no dia 30 de julho parecer favorável à cassação dos diplomas da governadora Roseana Sarney (PMDB) e do vice-governador Washington Luiz (PT).

Eles são acusados, em ação proposta pelo ex-governador José Reinaldo (PSB), de angariar apoio político para sua eleição em 2010 mediante a celebração de convênios às vésperas do período vedado pela legislação.

No parecer, encaminhado nesta quarta-feira (7) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gurgel ignora todas as preliminares contestatórias da defesa da governadora e do seu vice, e opina pela cassação. Segundo ele, os convênios foram celebrados com o objetivo de “cooptar apoio” de prefeitos.

“Induvidosa, portanto, a intenção de cooptar, com recursos dos convênios, o apoio dos prefeitos, das lideranças partidárias e comunitárias, não somente dos aliados políticos, mas também daqueles ligados à oposição”, despachou.

ZR nega que vá processar Roberto Gurgel

ze_reinaldoO ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) negou ontem mesmo (28), em conversa com políticos e ex-políticos amigos, que vá acionar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por demora na emissão do parecer no processo de cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB), reeleita em 2010. A informação foi publicada na edição de domingo do Jornal Pequeno (veja).

O processo de cassação da peemedebista resulta de uma ação proposta pelo próprio socialista, e depende do posicionamento do procurador para ser discutida pelo Pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O ex-governador confirmou as críticas ao procurador, mas disse não fazer sentido processa-lo, principalmente depois que ele deixar o cargo. “Não há o menor cabimento”, contou. Gurgel deixa o cargo no dia 15 de agosto.

José Reinaldo então entrou em contato com o jornalista Lourival Bogéa, proprietário e diretor do matutino, e reclamou da publicação. Quem ouviu a conversa diz que o papo foi em tom um pouco mais áspero que o normal.

“Quem acompanha sabe que iniciativa do TRE é contra Flávio Dino”, diz secretário de Roseana

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Dino: fraude “na calada da noite”

O secretário de Comunicação do Governo do Maranhão, Sérgio Macedo, emitiu nota oficial, na tarde de hoje (15), na qual afirma que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, ao pedir que a Polícia Federal apure as denúncias de que a eleição de 2010 foi fraudada “na calada da noite”, na verdade reagiu contra a acusação do presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB).

Ao comentar notícia publicada no IG, de Brasília (veja aqui), ele alega que o portal criou a imagem de que é a governadora Roseana Sarney (PMDB) quem será investigada por fraude eleitoral.

“Aqui no Maranhão, quem acompanha os fatos políticos sabe perfeitamente que a iniciativa do TRE é contra o Sr. Flávio Dino, candidato derrotado do PC do B ao governo do Maranhão, e não tem nada a ver com a governadora Roseana Sarney”, disse.

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TRE aprova investigação da PF sobre acusação feita por Flávio Dino

Segundo Macedo, “os juízes [do TRE] se sentiram caluniados [pelas declarações de Dino] e decidiram recorrer à polícia”.

“O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão solicitou à Polícia Federal que apurasse declarações feitas pelo Sr. Flávio Dino, acusando os membros do TRE/MA de ter fraudado o pleito ‘na calada da noite'”, completou.

Veja abaixo a íntegra do comunicado.

SOBRE A NOTÍCIA DO IG BRASÍLIA 

Em primeiro lugar, o repórter do IG Brasília contatou a Secretaria de Comunicação do Maranhão exatamente às 15h53 DE ONTEM (está registrado), dizendo que necessitaria das respostas até as 18h00, (com esse prazo, parece-nos que o repórter quis apenas justificar a obrigação ética de dar ao ofendido chance de se defender).

Mas como, a partir daí, a matéria produziu os efeitos danosos a que ela se destinava, esta SECOM foi aos advogados que deveriam ter sido ouvidos pelo repórter IG Brasília e deles extraiu o que se segue:

a) o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão solicitou à Polícia Federal que apurasse declarações feitas pelo Sr. Flávio Dino, acusando os membros do TRE/MA de ter fraudado o pleito “na calada da noite” – os juízes se sentiram caluniados e decidiram recorrer à polícia;

b)   os convênios entre Governo e municípios se dão todos os anos, pautados na previsão orçamentária determinada por Lei, e no caso específico de 2010, o denunciante não foi honesto ao omitir que o município que mais recebeu esses recursos foi o de Imperatriz (segundo maior do Estado), cujo prefeito era de oposição e onde os dois principais candidatos que se opunham a Roseana obtiveram 87% dos votos contra apenas 13% dela – daí a constatação inequívoca de que, de eleitoreiros, tais convênios não tiveram nada;

c)   aqui no Maranhão, quem acompanha os fatos políticos sabe perfeitamente que a iniciativa do TRE é contra o Sr. Flávio Dino, candidato derrotado do PC do B ao governo do Maranhão, e não tem nada a ver com a governadora Roseana Sarney.

Sérgio Macedo

Secretário da SECOM-MA

TRE aprova investigação da PF sobre acusação de fraude feita por Flávio Dino

Decisão foi tomada após pedido do desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, que atuou como corregedor-eleitoral em 2010

treO Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão aprovou hoje (12) pedido formulado pelo desembargador José Joaquim Figeuriedo dos Anjos e autorizou o envio de ofício à Polícia Federal para que se apurem as acusações feitas pelo presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), de que a Corte fraudou as eleições de 2010 “na calada da noite”.

Ao formular o pedido ao TRE, há duas semanas, o magistrado considerou uma “irresponsabilidade” a declaração do comunista. “Depois de três anos, ele vem com essa irresponsabilidade. Eu não posso admitir. Se tinha mácula, ele teria que dizer. Se ele não disse à época, agora terá que provar isso aí. O que não pode é pairar dúvidas”, completou.

A acusação de Flávio Dino foi feita em evento do PDT em Imperatriz. Na ocasião, ele disse que “foi necessário fraudar a eleição” para dar à governadora Roseana Sarney (PMDB), reeleita em 2010, uma diferença de oito centésimos.

“Nós ganhamos a eleição, porque foi necessário fraudar a eleição no Tribunal Regional Eleitoral, na calada da noite, para conseguir uma diferença de oito centésimos. Oito centésimos, que parece coisa de corrida de Fórmula 1. Oito centésimos, que é menos que um décimo, dois mil votos, nos separaram do 2º turno”, acusou (reveja).

O próprio Dino se manifestou via Twitter acerca da decisão de hoje do TRE. “Manifesto meu aplauso à decisão do TRE de apurar as denúncias que fizemos em 2010 sobre as eleições daquele ano. Sempre lutamos por isso e vamos encaminhar à Policia Federal todos os documentos que entregamos ao TRE em 2010.”, declarou.