O ex-deputado Ricardo Murad (PMDB) protocolou na semana passada denúncia formal à Auditoria Geral do Estado e à Secretaria de Estado da Transparência e Controle (STC) acusando o governador Flávio Dino (PCdoB) e sua equipe de perseguição política.
Segundo o peemedebista, o Executivo tem-se ocupado de formular denúncias e processos judiciais com o objetivo de imputar irregularidades a sua gestão à frente da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Ele questiona o fato de que denúncias de corrupção já feitas na atual gestão são ignoradas pelos órgão de controle do Governo do Estado.
“Há por parte do gestor da pasta [da Transparência] total inércia quanto aos escândalos já protagonizados pelo governo Flávio Dino, como as irregularidades do contrato da BR Construções com o Detran, a cobrança de propina a lideranças indígenas e os inúmeros casos de nepotismo, por exemplo”, relatou.
Recomendação
Na notificação, o ex-deputado ressalta que Flávio Dino teria feito uma “recomendação especial”ao secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela, para que sua gestão na SES fosse devassada.
Ricardo Murad acrescenta que o comunista que “usurpar as atribuições dos tribunais e das esferas judiciais”, mas diz acreditar na seriedade da Justiça.
“Não acredito que esse objetivo seja alcançado. No Maranhão, temos instituições sérias e com imparcialidade para julgar contas e atos de gestores e ex-gestores públicos.”, concluiu ele.
Mais um
Esse é o segundo ex-secretário da gestão Roseana Sarney (PMDB) que acusa a STC de promover perseguição política.
No meio da semana, o ex-secretário de Estado da Gestão e Previdência, Fábio Gondim (PT), classificou como “perseguição política” auditoria do governo contra a gestão da peemedebista.
“Isso é uma verdadeira ‘caça às bruxas’ instituída pela atual gestão. Tudo não passa de perseguição política”, declarou (reveja)
Ao Blog do Gilberto Léda, o secretário Rodrigo Lago disse que a pasta cumpre o “mandamento constitucional”
“A Secretaria de Trasnparência apenas exerceu a sua função como órgão central de controle interno. Constatada a irregularidade, instaurou-se procedimento com base na Lei nº 8.429/92 para apurar as responsabilidades, sem qualquer conotação política, mas simplesmente em cumprimento do mandamento constitucional”, declarou.