CRISE! Comunistas “partem pra cima” de Edivaldo Jr. na Câmara

edivaldoEstá cada vez mais “azeda” a relação entre o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), e seus “aliados” do PCdoB.

Depois do afastamento deliberado de Flávio Dino – o comunista está estrategicamente distante para tentar não se deixar “contaminar” pela rejeição do pupilo -, hoje (2) vereadores do partido partiram  para o ataque contra o petecista na Câmara Municipal.

As greves dos professores municipais e dos rodoviários foram os motivos das críticas, que partiram inicialmente da vereadora Rose Sales.

Sobre a greve dos professores ela criticou a falta de interlocução da categoria com a Prefeitura de São Luís. E repreendeu o líder do Governo na Casa, vereador Osmar Filho (PSB), por falar como “mediador” do prefeito.

“Nós não queremos ouvir a sua fala fazendo a mediação em nome do prefeito. Nós queremos ouvir o prefeito, olho a olho, conosco”, disse, interrompendo discurso do socialista (veja acima).

Em outro momento (abaixo), ela deu “vivas” aos grevistas e criticou o percentual de reajuste proposto pela Prefeitura de São Luís.

“A nossa interlocução com o Executivo em favor da educação, em favor dos servidores municipais é legítima e ele nem ninguém pode abortar ou negar isso. Viva os educadores! Viva a educação! Viva os servidores! E não ao percentual de reajuste que chegará nesta casa”, acrescentou.

Protesto

Presente à Câmara Municipal, a professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação, fez duras críticas ao prefeito e ao secretário municipal de Educação, Geraldo Castro, curiosamente também do PCdoB.

Em discurso emocionado ao final da sessão, aos gritos, ela disse que a categoria não pode aceitar que crianças implorem por água nas escolas.

“Nós não aceitamos que o prefeito de São Luís não receba a categoria dos professores. Nós estamos preparados para discutir. Nós estamos preparados para dizer quanto é que a Prefeitura recebe do recurso do Fundeb. Agora, nós não podemos aceitar que crianças de seis e sete anos passem o dia todo pedindo, implorando água, que é obrigação da Prefeitura de São Luís, que é obrigação da Secretaria de Educação. Nós estamos pedindo para esta Casa respeitar, acima de tudo, quem elegeu vocês”, protestou.

Transportes

Quando o tema foi a greve dos rodoviários, o vereador Prof. Lisboa, mais um do PCdoB, foi quem criticou a passividade do prefeito da capital.

Segundo ele, a solução é a efetivação do funcionamento do Conselho Municipal do Transporte Público. No ano passado, em meio às manifestações por transporte público de qualidade em São Luís, o prefeito Edivaldo Júnior assumiu publicamente o compromisso de viabilizar a implantação do Conselho. Mas nada saiu do papel até hoje.

PP declara apoio a Dilma e pode se aproximar do PMDB no MA

ppO Partido Progressista (PP) declarou esta semana que pretende apoiar a candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição.

A aproximação foi confirmada em aliança nesta sexta-feira (30), com a declaração de apoio de Paulo Maluf ao pré-candidato do PT ao Governo de São Paulo, Alexandre Padilha.

No Maranhão, o PP faz parte da coalizão oposicionista que apoia Aécio Neves (PSDB) e Eduardp Campos (PSB), e é comandato pelo deputado federal Waldir Maranhão, que já esteve na oposição, depois no governo, agora na oposição de novo..

E pode acabar terminando na base governista mais uma vez.

Assim que lançou-se pré-candidato a governador, o senador Edison Lobão Filho (PMDB), anunciou que procuraria não apenas o PP, mas também o PR.

Maranhão já declarou que está com Flávio Dino (PCdoB) – e Aécio Neves e Eduardo Campos, claro – e não abre. Mas essa aproximação do PP com o PT em Brasília pode acabar mudando os rumos da legenda no estado.

Vale aguardar…

PT Nacional quer vaga de senador no Maranhão

ptDepois de vetar a indicação do ex-secretário de Estado de Trabalho e Economia Solidária, José Antônio Heluy, como candidato a vice-governador na chapa do senador Edison Lobão Filho, pré-candidato a governador pelo PMDB, a Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) confirmou que quer indicar o candidato ao Senado na chapa, e não um suplente.

A informação está contida em resolução editada pela direção nacional ainda na segunda-feira (26), e divulgada no site do partido.

O documento confirma que a decisão nacional foi pela manutenção da aliança com o PMDB e pela solicitação da vaga de senador.

“A CEN reafirma a decisão do Encontro Estadual do PT no Maranhão de apoio ao candidato do PMDB, Edson Lobão Filho, ao Governo do Estado e decide solicitar a composição na chapa majoritária com a candidatura ao Senado”, diz a nota.

Lideranças do PMDB estão em Brasília hoje (27) e devem conversar com a presidente Dilma Rousseff (PT) sobre o assunto.

PCdoB exige que PSDB dê fim à candidatura de Castelo

dino_casteloPressionado pelo PSB do vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha, o PCdoB decidiu dar uma espécie de ultimado ao PSDB: em reunião com os presidente de partidos que apoiam sua pré-candidatura, ontem (23), Flávio Dino (PCdoB) exigiu de Carlos Brandão (PSDB) o fim da pré-candidatura de João Castelo (PSDB) ao Senado.

E deu prazo para isso.

O presidente estadual do PSDB tem até quarta-feira (28) para decidir se vai mesmo lançar Castelo – o líder nas pesquisas – candidato a senador, ou se garante a Roberto Rocha o direito de ser o candidato único.

Caso opte pela primeira opção, os tucanos podem até ser obrigados a sair da coalizão oposicionista. Se a decisão for pela segunda, é o PSB quem provavelmente deixa o grupo.

De qualquer forma, haverá fissuras…

Lupi admite que conversa com PMDB sobre aliança no MA

CarlosLupi620_01O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, admitiu ontem, em entrevista exclusiva a O Estado, que mantém aberto um canal de diálogo com o PMDB sobre a possibilidade de o seu partido integrar a chapa encabeçada pelo senador Edison Lobão Filho, pré-candidato a governador do Maranhão.

Segundo Lupi, as conversas têm sido travadas entre ele e o pai do pré-candidato, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB). Lupi antecipou que foi procurado pelo peemedebista e que já ouviu dele a proposta ao PDT.

“O ministro [Edison Lobão] me ligou e nos ofereceu uma vaga na chapa majoritária”, declarou o pedetista.

A “vaga na chapa majoritária”, acrescentou, seria a indicação de um candidato a suplente de senador – o candidato a senador do grupo governista sairá do PMDB, numa disputa entre o deputado federal Gastão Vieira e o estadual Arnaldo Melo. “A nós foi oferecida uma vaga de suplente de senador”, confirmou.

Lupi relatou que as conversas estão sendo travadas de forma aberta entre os dois partidos, mas garantiu que ainda não há decisão tomada. “Eu ainda não levei a proposta aos meus colegas do partido aí no Maranhão”, completou.

Além disso, o dirigente explicou que, apesar de o pré-candidato do PCdoB, Flávio Dino (PCdoB), já haver garantido ao PSDB a vaga de candidato a vice-governador – que deveria ser do PDT -, há a possibilidade de um entendimento com os comunistas.

“As conversas estão avançando com o Flávio Dino”, ressaltou, sem explicar em que termos tem-se dado o “avanço”, e deixando claro que, caso não sejam atendidos novos pleitos do PDT, não há problemas em o partido fechar com o PMDB.

“Só depois de esgotadas todas as possibilidades com o PCdoB poderemos oficializar algo com o PMDB. Por enquanto, temos conversas, mas elas estão mais adiantadas com o PCdoB”, finalizou.

Raimundo Monteiro quer ser candidato a senador

(Foto: Adorildo Japa)

(Foto: Adorildo Japa)

O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Raimundo Monteiro, confirmou ontem (19) ao titular do blog que registrou no Diretório Estadual sua intenção de ser candidato a senador ou a suplente de senador numa chapa encabeçada pelo PMDB.

Os militantes do PT que tivessem a intenção de disputar o cargo de vice-governador, de senador ou de suplente de senador tinham até este domingo para procurar a direção da legenda e registrar o interesse.

“Eu registrei meu nome como possível candidato a senador ou a suplente de senador”, disse Monteiro. Sua decisão deve abrir mais uma frente de batalha no partido.

Além dele, o ex-secretário de Estado de Trabalho e Economia Solidária, José Antônio Heluy, confirmou o registro como pré-candidato a vice-governador. O ex-secrertário de Estado de Articulação Institucional, Rodrigo Comerciário, também tentou entrar na disputa pela indicação como vice, mas o registro apresentado continha problemas e ele deve mesmo ser candidato a deputado federal.

“Houve problemas com o registro do Rodrigo Comérciário e ele ainda precisará ser julgado”, declarou o presidente do PT. A decisão final sobre o rumo da sigla será tomada no próximo sábado (24).

ze_antonio_heluyDivergência

Reunidos em um restaurante logo após a oficialização do registro, aliados de José Antônio Heluy davam a indicação dele como favas contadas. Eles contam que até o próprio Monteiro assinou a ficha de apoio ao pré-candidato, o que inviabilizaria sua pretensão de disputar a suplência do Senado.

“Não existe qualquer outro registro, só o do José Antônio Heluy como candidato a vice-governador. Isso é fato consumado”, declarou Fernando Silva, presidente municipal da sigla.

Joab Jeremias, que tem acompanhado Rodrigo Comerciário em várias disputas internas do PT, também anunciava a candidatura de Heluy como a única registrada.

registro“O registro do Rodrigo Comerciário foi recebido, mas não aceito porque continha erros graves, segundo o próprio presidente Monteiro. E essa história de candidatura de Monteiro é factoide”, declarou.

Entre outras lideranças petistas ouvidas pelo blog, prevalece o entendimento de que, como o partido já decidiu, no dia 26 de abril, pela aliança com o PMDB, não poderia haver ontem registro de qualquer outra pretensão que não a de candidaturas a vice-governador.

Segundo esses militantes, o PT local só pode decidir pela indicação de um companheiro de chapa para o pré-candidato a governador do PMDB, senador Edison Lobão Filho. A indicação de um suplente de senador, avaliam, só pode ser feita se houver intervenção da Executiva Nacional, com base em resolução aprovada no ano passado.

__________________Leia mais

PT confirma aliança com o PMDB no Maranhão

“É uma possibilidade”, diz presidente do PT sobre suplência no Senado

Executiva pressiona para que PT fique com suplência de senador no MA

Com suplente, PT mira o Senado

“Projeto Flavio Dino foi derrotado no PT”, diz petista ao rechaçar suplência

E agora, Trinchão? PSD pode ir para o palanque de Flávio Dino no MA

TRINCHAO 1Aliado da governadora Roseana Sarney (PMDB) e do pré-candidato do PMDB ao Governo do Maranhão, o ex-secretário de Fazenda do Estado, Cláudio Trinchão (PSD), pode acabar sendo obrigado a fazer campanha para o comunista Flávio Dino na eleição deste ano.

Segundo informa acoluna “Painel”, da Folha de S. Paulo (veja aqui), o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab tem-se reaproximado dos tucanos. E isso nao ocorre apenas em São Paulo.

aecio“Começa a ganhar corpo uma articulação para que Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central de Lula, seja vice na chapa de Aécio Neves”, diz a nota da coluna editada pela jornalista Vera Magalhães.

Como se sabe, no Maranhão, o palanque de Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, será garantido por Flávio Dino, o que pode acabar levando Trinchão, nome de proa da base governistas, para uma aliança com os comunas.

Veja abaixo a nota na íntegra

Alerta máximo

A preocupação do PT com a reaproximação entre Gilberto Kassab e o PSDB não se resume a São Paulo. Começa a ganhar corpo uma articulação para que Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central de Lula, seja vice na chapa de Aécio Neves. A possibilidade de o PSD romper o acordo para apoiar Dilma Rousseff e se aliar aos tucanos nas disputas nacional e paulista levou o Planalto a marcar conversa de Kassab com a presidente nesta semana. Lula também entrou no circuito.

“É hora de o PDT mostrar sua força”, diz Hilton Gonçalo após traição do PCdoB

(Foto: Karlos Geromy/OIMP/D.A.Press)

(Foto: Karlos Geromy/OIMP/D.A.Press)

Em nota encaminhada à imprensa neste fim de semana, o ex-prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo, voltou a cobrar do seu partido, o PDT, o cumprimento da promessa de que ele seria lançado candidato a governador caso o pré-candidato do PCdoB, Flávio Dino, rompesse o acordo que garantiria aos pedetistas a indicação do candidato a vice-governador na chapa oposicionista.

O comunista preteriu o empresário Márcio Honaiser (PDT), para conseguir o apoio do PSDB, que acabou indicando o deputado federal Carlos Brandão como companheiro de chapa de Dino.

Para Gonçalo, o PDT “mostrar sua força” a partir de agora. Segundo ele, se permanecer aliado ao PCdoB, o partido estará se desvalorizando.

“Já que o Flávio Dino rompeu o acordo firmado com o partido ainda em 2012, agora é a hora de o PDT mostrar sua força. Temos a maior militância do estado no campo da oposição, não podemos nos desvalorizar dessa forma”, argumentou.

O ex-prefeito ainda se diz otimista quanto ao lançamento de sua candidatura. “Eu não trabalho com a hipótese de descumprimento do acordo. Esse anúncio do PSDB como componente da chapa ainda foi recente. Estamos em período de negociações. Quero apenas o cumprimento do que foi acordado. Eu quero lançar minha pré-candidatura ao governo”, reiterou.

“Projeto Flavio Dino foi derrotado no PT”, diz petista ao rechaçar suplência no Senado

evandroO petista Evandro Souza, membro da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB) e ex-coordenador das campanhas de Lula e Dilma, rechaçou hoje (15), em entrevista ao titular do blog, a possibilidade de o Partido dos Trabalhadores no Maranhão abdicar de indicar o candidato a vice-governador na chapa do senador Edison Lobão Filho (PMDB), para garantir uma vaga de primeiro suplente de senador.

A tese é defendida pelo presidente nacional da legenda, Rui Falcão, e já conta com a simpatia do presidente estadual, Raimundo Monteiro (reveja aqui e aqui).

Para Souza, “esse é um movimento artificial que surgiu fora do PT”, com o apoio de aliados de Flávio Dino (PCdoB), que ainda se ressentem da derrota de sua tese na disputa interna. Ele considera um “equívoco” que alguns petistas aliados do PMDB no estado tenham embarcado na discussão.

“Esse é um movimento artificial que surgiu fora do PT e que alguns companheiros compraram de forma equivocada. É preciso dizer que o projeto Flavio Dino foi derrotado no PT. Então essa turma, não vendo mais perspectivas por lá, pois o comunista fez uma aliança com o PSDB, maior adversário dos petistas, tenta tumultuar o processo aqui”, declarou.

Segundo ele, a posição já foi tomada no encontro de tática eleitoral. “Qualquer coisa diferente disso é factoide para nos dividir e gerar crises desnecessárias”, completou.

Veja abaixo a íntegra da entrevista.

No Encontro Estadual de Tática Eleitoral, o PT definiu aliança com o PMDB e indicação para o cargo de vice-governador. Qual a sua avaliação do encontro?

Entendo que o partido já definiu sua posição no encontro que legitimou a tática, quando estabelecendo a aliança e com a indicação do vice na chapa para governo. Qualquer coisa diferente disso é factoide para nos dividir e gerar crises desnecessárias.

Qual a importância para o PT e para campanha da Dima no Maranhão a continuidade da aliança com o PMDB da  governadora Roseana Sarney?

O PMDB é um dos principais partidos do Brasil, portanto tem um grande espaço na política nacional e local. Da mesma forma, não podemos desconsiderar a força eleitoral do PT no Brasil e no Maranhão. Essa aliança reflete os avanços que o país tem obtido ao longo dos governos Lula e Dilma. Basta ver que o Maranhão é o estado que, proporcionalmente, é o mais contemplado com as políticas sociais do governo federal. Não podemos abrir mão disso. A governadora Roseana e o PMDB só têm Dilma como candidata a presidente.

Quais são as perspectivas para o encontro de  Definição de candidatura do PT/MA que acontecerá no  próximo dia 24 de maio?

A reafirmação do que já foi aprovado pelos delegados do PT no encontro anterior de definição de tática, onde por uma imensa maioria aprovou a candidatura de vice. Agora é o objeto do debate será a apresentação dos nomes para candidaturas a deputado estadual e federal. Quanto a vice, o nosso já tem um nome de consenso que é do companheiro Zé Antonio Heluy, ex-secretário do Trabalho.

Comenta-se que pode haver uma mudança na tática  eleitoral abdicando o cargo de vice-governador pela segunda  suplência de senador. Isso é possível?

Esse é um movimento artificial que surgiu fora do PT e que alguns companheiros compraram de forma equivocada. Como disse, já fizemos um encontro e as bases do partido tomaram posicionamento quando fizeram opção pela aliança e indicação do vice. No PT as instancias tem sua autonomia política e as bases são respeitadas, isso é um principio partidário. Quanto a quem interessa esse ‘cavalo de pau’, penso que é algum esperto fora do PT que quer chegar ao Senado Federal nas costas do PT e para isso oferece essa piada de segunda suplência. Claro que as forças internas derrotadas no encontro de abril vão tentar tumultuar o processo fortalecendo uma tese que não é de quem claramente defende a reedição local da aliança PT/PMDB. Ou seja, quem defende essa esquisitice de suplente de senador é porque está trabalhando contra o PT. É preciso dizer que o projeto Flavio Dino foi derrotado no PT, então essa turma, não vendo mais perspectivas por lá, pois o comunista fez uma aliança com o PSDB, maior adversário dos petistas, tenta tumultuar o processo aqui. Tenho certeza que as bases não vão aceitar deixar se levar pela condução de dissidentes “tucanos vermelhos. De forma que as decisões já tomadas em encontro. E para finalizar, quero afirmar que essa turma que diz defender a “mudança” não participou do encontro, como vamos respeitar essa alteração se eles não foram democráticos o suficiente nem para fazer o debate e agora conspiram contra os filiados e delegados? Que pariu tucanos que os embalem.

PDT e PSB silenciam diante de rompimento de acordos pelo PCdoB

Partidos tinham garantidas vagas na chapa majoritária desde 2012; de olho no tempo de TV do PSDB, comunistas deram vaga de vice aos tucanos e não se opõem a candidatura de João Castelo ao Senado

De O Estado

(Foto: Hilton Franco)

Dino e Castelo: aproximação em nome do tempo de TV (Foto: Hilton Franco)

Lideranças do PDT e do PSB resolveram silenciar, nos últimos dias, diante do rompimento de acordos firmados entre as legendas e o pré-candidato a governador pelo PCdoB, Flávio Dino, para as eleições de 2012.

O PSB ainda vive em uma espécie de compasso de espera. O partido indicou o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha, como pré-candidato a senador. Ele chegou a ser aclamado como candidato único da oposição na disputa pelo Senado, em evento realizado há pouco mais de um mês, com a participação do próprio pré-candidato comunista.

O cenário, no entanto, pode mudar com a chegada do PSDB para a coalizão oposicionista. Em evento realizado na semana passada, o presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves, confirmou que os tucanos integrarão a chapa majoritária dinista com o deputado federal Carlos Brandão como candidato a vice-governador.

pdt

PDT comemora indicação de Honaiser (de vermelho) como candidato a vice

E lideranças locais trataram de informar que o acordo visa tão-somente à coligação para governador.  Para o Senado, a intenção dos tucanos é lançar o ex-prefeito João Castelo como candidato. O PCdoB não deu qualquer mostra de que tentará impedir.

Em abril, quando surgiu a possibilidade de mais uma candidatura pela oposição, Roberto Rocha foi firme. “O PSB tem candidato presidente da República, e com muitas chances de ser eleito. Desta forma, o partido não está obrigado a seguir numa aliança, percebendo a falta de reciprocidade. Neste caso [de descumprimento do acordo], o caminho natural será a candidatura própria ao governo”, declarou.

Atualmente ele prefere negar que o PSDB queira a vaga que ele julga ser dele (daqui a pouco mais sobre este assunto específico).

Consumado

Se no caso do PSB ainda há a expectativa de que o acordo seja cumprido, para o PDT essa possibilidade já não existe. “Acertado” com o PCdoB desde 2012, o partido viu o PSDB chegar por último na aliança oposicionista e tomar-lhe o lugar que estava prometido desde a eleição do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

Até pelo menos uma semana antes da confirmação de Brandão na chapa de Flávio Dino, os pedetistas ainda simulavam uma insatisfação com a já anunciada traição. “Repito aquilo que eu já falei: o que foi combinado não é caro. O combinado é que a vice é do PDT e eu não vou abrir mão disso, porque não vale a pena a gente não cumprir compromissos assumidos”, disse o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

Ele esteve em São Luís para participar da cerimônia de entrega do título de cidadão maranhense ao empresário Márcio Honaiser, justamente o escolhido pela sigla como indicado para ser o candidato a vice-governador pela oposição.

No mesmo dia, o secretário-geral da legenda no Maranhão, deputado federal Weverton Rocha, também tentou mostrar firmeza. “Se vierem o PSDB e o PPS eu sou a favor que se pare tudo e se recomece a discussão, inclusive do senador, porque a gente precisa montar uma equação em que ganhem as oposições”, avaliou.

Os dois partidos chegaram – o PPS sem nenhuma vaga na chapa -, o PSDB acabou “tomando” a vaga de vice e, desde então, só Lupi voltou a se pronunciar, mas já em tom bem mais ameno que o de um mês atrás.

“Esse é um fato novo pra mim [a indicação de Carlos Brandão como vice de Flávio Dino]. Eu tenho que reunir o partido para decidir o que a gente vai fazer. Eu não tenho ainda uma definição, por isso mesmo que temos que reunir o partido. Vou avaliar com meus companheiros o que eles acham o melhor caminho a seguir”, disse.