Ricardo Murad classifica Flávio Dino de oportunista político

Ricardo_Murad1O ex-deputado estadual e ex-secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad (PMDB), utilizou o seu perfil em rede social para fazer uma análise do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), na Câmara Federal, e a postura adotada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) diante do fato.

Dino tem se mobilizado em favor de Dilma e acusa o presidente do legislativo de tentativa de golpe contra a democracia.

Abaixo, a íntegra do comentário de Ricardo Murad sobre o tema.

Crise econômica, crise política, impeachment e o oportunismo de Flávio Dino

Ricardo Murad

Para infelicidade do povo maranhense, o governador Flávio Dino dá provas a cada dia que sua única meta é o poder. Independente do custo e fazendo o que for necessário para alcançá-lo. Não existem barreiras éticas ou morais suficientes que contenham os anseios totalitários do governador. E quem diz isso não sou eu, são os fatos.

Como não teve apoio do PT nas eleições do ano passado, Flávio Dino apoiou o senador Aécio Neves para presidente como forma de obter o apoio do PSDB. Jurou por várias vezes trazer para seu governo a experiência exitosa dos tucanos em Minas Gerais. Por não confiar em Flávio, Dilma e Lula preferiram apoiar Roseana. Minutos após saber do resultado das eleições que o elegeram governador, Flávio Dino sequer esperou o “defunto esfriar” e imediatamente, com a cara mais cínica, vestiu a camisa do PT e disse que iria apoiar Dilma e o PT. Tudo isso como se nada tivesse acontecido. Mesmo assim, a desconfiança de Lula e Dilma impediram que o cinismo triunfasse. E por longos e longos meses Flávio Dino pegou um “chá de cadeira”.

Com a crise, Flávio vestiu a armadura de defensor de Dilma e começou a gritar: “Olhem para mim, eu estou aqui”. Como em momentos de crise não se nega apoio, mesmo que venha de uma pessoa não confiável, Flávio conseguiu o seu “lugar ao sol”. E Aécio, aquele bom administrador que ajudaria a inspirar o governo de Flávio e lhe deu apoio nas eleições de 2014, virou golpista.

Flávio Dino não tem o dom da política, basta ver a insatisfação de suas bases com menos de um ano de governo. Flávio Dino não tem carisma, basta constatar sua fama de prepotente e arrogante. Flávio Dino não tem popularidade, basta que lembremos as vaias recentes em Lago da Pedra. E Flávio Dino também não tem seguidores! Basta verificar que seu governo é baseado na dominação e na subjugação das pessoas pelo aparelhamento estatal comandado por ele. Quem não o conhece e o vê empunhando a Constituição do Brasil, em defesa da presidente Dilma, afirmando que é golpe o impeachment, pode até se enganar por algum tempo. Mas, um olhar aprofundado na história do próprio Flávio Dino destrói qualquer imagem de “bom moço”. Quem é Flávio Dino para falar de golpe? Logo ele que processou e tentou tomar todos os mandatos de pessoas que o derrotaram nas eleições de prefeito e governador que participou? Sempre que era derrotado, recorria aos tribunais.

Na verdade estamos diante de um aproveitador, o homem sem alma e sem moral, um cínico que apenas busca para si todos os instrumentos de poder para viabilizar o seu projeto de hegemonia política. E chega a ser patético o seu devaneio. Sim, meus amigos e amigas, Flávio Dino sonha em ser presidente da República. Pouco importa se o país está em farrapos, se a economia entra em colapso, se a presidente traiu o seu povo, se enganou seus eleitores com promessas matematicamente feitas pelos marqueteiros apenas para ganhar a eleição e logo em seguida abandonadas. Para Flávio Dino a única coisa que importa é o poder. Para ele não interessa a opinião dos maranhenses em relação à presidente Dilma. Não quer sequer ter o trabalho de saber o que pensa a sua gente. Decidiu ser o paladino da “democracia contra o golpe” mesmo que isso signifique massacrar o povo do Maranhão e do Brasil!

Esse é o Flávio Dino que votou no Aécio e a ele jurou amor eterno, e agora está aliançado com Dilma num projeto para afundar o Brasil. Eu não votei nessa Dilma de hoje. Votei em outra que desapareceu logo após a campanha para se transformar numa pessoa completamente diferente daquela que tantas esperanças plantou. Sou como a esmagadora maioria dos brasileiros, mais de 70%, que hoje estão decepcionados, frustrados e querendo novos caminhos.

Por isso, diferentemente de Flávio Dino, eu opto por permanecer ao lado do povo, lutando com ele e longe daqueles que quando assumem o governo viram as costas para quem os elegeu como é o caso de Dilma e Flávio.

Padilha: “Michel Temer possui o sentimento do povo brasileiro”

Eliseu Padilha, Roberto Costa e João Alberto na Assembleia Legislativa / Foto: Biné Morais

Eliseu Padilha, Roberto Costa e João Alberto na Assembleia Legislativa / Foto: Biné Morais

O ex-ministro da Aviação Civil do governo Dilma Rousseff (PT), exaltou na tarde de ontem, em São Luís, a figura do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).

Para ele, Temer possui o “sentimento do povo brasileiro” e está preparado para assumir as responsabilidades que lhe forem atribuídas.

Cauteloso em relação a Dilma, Padilha não escondeu a insatisfação com os rumos do governo e fez questão de se solidarizar ao vice-presidente, que tem sido alvo de duras críticas por parte da cúpula nacional do Partido dos Trabalhadores (PT).

“Michel Temer é um homem que tem sentimentos populares, ele abre o coração algumas vezes na intimidade. Fez uma carta que era apenas para a presidente ler e ninguém mais, a intenção era conversar com ela sobre aquilo, infelizmente o Brasil todo leu. Isso tem um aspecto negativo, de ver o presidente Michel Temer com as coisas simples de um cidadão, o que sente alguém quando é deixado de lado, alguém que se sente menosprezado, como todas as pessoas, e isso ficou claro. A outra parte mostrou que ele é um homem popular, é alguém que tem o sentimento do povo brasileiro”, enfatizou.

Eliseu Padilha foi homenageado ontem na Assembleia Legislativa com a Medalha do Mérito Legislativo Manoel Beckman. A homenagem foi indicada pelo deputado estadual Roberto Costa.

STF suspende instalação de comissão do impeachment na Câmara Federal

dilma-pictO ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na noite desta terça-feira (8) suspender a formação e a instalação da comissão especial que irá analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados.

Fachin determinou que os trabalhos sejam interrompidos até que o plenário do Supremo analise o caso, votação que está marcada para a próxima quarta.

Segundo o magistrado, ele suspendeu todo o processo do impeachment para evitar novos atos que, posteriormente, possam ser invalidados pelo Supremo, inclusive prazos.

A decisão liminar (provisória) de Fachin foi tomada no mesmo dia em que a Câmara elegeu, por 272 votos a 199, a chapa alternativa de deputados de oposição e dissidentes da base aliada para a comissão especial que vai analisar o prosseguimento do processo de afastamento da chefe do Executivo federal.

Na tarde desta terça, ao concluir a votação que elegeu parte da comissão especial do impeachment, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), convocou uma nova sessão para a tarde desta quarta-feira (9) para que os líderes dos partidos indiquem os outros 36 membros do colegiado. Com a decisão de Fachin, a nomeação desses outros deputados não deverá ocorrer.

A decisão também impede os demais procedimentos previstos no processo: eleição de presidente e relator do pedido de impeachment, bem como abertura do prazo para Dilma apresentar sua defesa.

Amanhã novos desdobramentos sobre o caso.

Gastão provoca polêmica ao se manifestar sobre o impeachment

Gastão VieiraO ex-ministro do Turismo no governo Dilma Rousseff (PT), Gastão Vieira (PROS), provocou polêmica no facebook após manifestar-se publicamente sobre a abertura do processo de impeachment contra a presidente.

“A economia estava desmanchando, nossa moeda se acabando. […] Vamos resolver! Será melhor para o Brasil. Cada deputado, cada senador terá a oportunidade, individualmente, de mostrar sua coragem e responsabilidade”.

A declaração foi duramente criticada por eleitores e seguidores, que acabaram classificando a atitude como um oportunismo político, uma vez que ele já não integra mais o governo petista.

Foi então que Gastão explicou o que de fato quis passar com a mensagem.

“Não se afobe na interpretação. O que sou é a favor que o assunto seja enfrentado”, disse.

Alguns se mostraram não convencidos…

Em carta a Dilma, Michel Temer aponta desconfiança do governo com o PMDB

TemerO vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff (PT) ontem em que apontou “fatores reveladores da desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB”, segundo informou a assessoria do vice-presidente.

Em mensagens divulgadas no Twitter, a assessoria da Vice-Presidência ressalvou, porém, que ele “não propôs rompimento” com o governo ou entre partidos, mas defendeu a “reunificação do país”.

“Ele rememorou fatos ocorridos nestes últimos cinco anos, mas somente sob a ótica do debate da confiança que deve permear a relação entre agentes públicos responsáveis pelo país. Não propôs rompimento entre partidos ou com o governo. Exortou, pelo contrário, a reunificação do país, como já o tem feito em pronunciamentos anteriores. E manterá a discussão pessoal privada no campo privado”, completou a assessoria.

Leia a íntegra da carta:

São Paulo, 07 de Dezembro de 2.015.

Senhora Presidente,

“Verba volant, scripta manent”.

Por isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes

últimos dias e de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio.

Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há

muito tempo.

Desde logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a

necessidade da minha lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos.

Lealdade institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei

quais são as funções do Vice.

À minha natural discrição conectei aquela derivada daquele dispositivo constitucional.

Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora

e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível

com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo.

Basta ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança.

E só o fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice.

Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio

político que tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no partido.

Isso tudo não gerou confiança em mim, Gera desconfiança e menosprezo do governo.

Vamos aos fatos. Exemplifico alguns deles.

  1. Passei os quatro primeiros anos de governo como vice

decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que

tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era

chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas.

  1. Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir

formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios,

secundários, subsidiários.

  1. A senhora, no segundo mandato, à última hora, não

renovou o Ministério da Aviação Civil onde o Moreira Franco fez

belíssimo trabalho elogiado durante a Copa do Mundo. Sabia que ele

era uma indicação minha. Quis, portanto, desvalorizar-me. Cheguei a

registrar este fato no dia seguinte, ao telefone.

  1. No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o

Ministério em razão de muitas “desfeitas”, culminando com o que o

governo fez a ele, Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome

com perfil técnico que ele, Ministro da área, indicara para a ANAC.

Alardeou-se a) que fora retaliação a mim; b) que ele saiu porque faz

parte de uma suposta “conspiração”.

  1. Quando a senhora fez um apelo para que eu assumisse a

coordenação política, no momento em que o governo estava muito

desprestigiado, atendi e fizemos, eu e o Padilha, aprovar o ajuste fiscal.

Tema difícil porque dizia respeito aos trabalhadores e aos empresários.

Não titubeamos. Estava em jogo o país. Quando se aprovou o ajuste,

nada mais do que fazíamos tinha sequencia no governo. Os acordos

assumidos no Parlamento não foram cumpridos. Realizamos mais de

60 reuniões de lideres e bancadas ao longo do tempo solicitando apoio

com a nossa credibilidade. Fomos obrigados a deixar aquela

coordenação.

  1. De qualquer forma, sou Presidente do PMDB e a senhora

resolveu ignorar-me chamando o líder Picciani e seu pai para fazer um

acordo sem nenhuma comunicação ao seu Vice e Presidente do Partido.

Os dois ministros, sabe a senhora, foram nomeados por ele. E a senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o

Deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado.

  1. Democrata que sou, converso, sim, senhora Presidente,

com a oposição. Sempre o fiz, pelos 24 anos que passei no Parlamento.

Aliás, a primeira medida provisória do ajuste foi aprovada graças aos 8

(oito) votos do DEM, 6 (seis) do PSB e 3 do PV, recordando que foi

aprovado por apenas 22 votos. Sou criticado por isso, numa visão

equivocada do nosso sistema. E não foi sem razão que em duas

oportunidades ressaltei que deveríamos reunificar o país. O Palácio

resolveu difundir e criticar.

  1. Recordo, ainda, que a senhora, na posse, manteve reunião

de duas horas com o Vice Presidente Joe Biden – com quem construí

boa amizade – sem convidar-me o que gerou em seus assessores a

pergunta: o que é que houve que numa reunião com o Vice Presidente

dos Estados Unidos, o do Brasil não se faz presente?

Antes, no episódio da “espionagem” americana, quando as conversar começaram a ser

retomadas, a senhora mandava o Ministro da Justiça, para conversar

com o Vice Presidente dos Estados Unidos. Tudo isso tem significado

absoluta falta de confiança;

  1. Mais recentemente, conversa nossa (das duas maiores

autoridades do país) foi divulgada e de maneira inverídica sem nenhuma

conexão com o teor da conversa.

  1. Até o programa “Uma Ponte para o Futuro”,

aplaudido pela sociedade, cujas propostas poderiam ser utilizadas para

recuperar a economia e resgatar a confiança foi tido como manobra

desleal.

  1. PMDB tem ciência de que o governo busca

promover a sua divisão, o que já tentou no passado, sem sucesso.

A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo manter

cauteloso silencio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a unidade

partidária.

Passados estes momentos críticos, tenho certeza de que o País terá

tranquilidade para crescer e consolidar as conquistas sociais.

Finalmente, sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã.

Lamento, mas esta é a minha convicção.

Respeitosamente, \ L TEMER

A Sua Excelência a Senhora

Doutora DILMA ROUSSEFF

Presidente da República do Brasil

Palácio do Planalto

Hildo Rocha explica por que mudou de opinião sobre o impeachment

hildoO deputado federal Hildo Rocha explicou a mudança de opinião em relação ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT)

No fim semana, o blog mostrou que em setembro Hildo havia rechaçado o impeachment e pedido, na mesma ocasião, “respeito às leis vigentes”. Em entrevista a O Estado, na edição de domingo, contudo, ele afirmou que o fato de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), ter aceitado o pedido de abertura do processo de cassação “fortalece a democracia”.

O parlamentar explicou, contudo, que até o mês de setembro, não havia qualquer argumento jurídico que sustentasse o pedido. Mas agora, diante da rejeição das contas da presidente pelo TCU e da constatação abertura de créditos orçamentários sem a autorização legislativa, é necessário que se avalie o caso.

Abaixo, a íntegra do posicionamento de Hildo.

Nota

Com relação a uma postagem do seu conceituado blog, na qual o estimado jornalista afirma que eu estaria sendo incoerente por, supostamente, ter mudado de opinião acerca da possibilidade do impeachment da Presidente da República, Dilma Rousseff, cumpro o dever de esclarecer que:

1)  Até o mês de setembro não havia argumentos jurídicos com consistência suficiente para a aceitação dos diversos pedidos de impeachment que foram protocolados na Câmara Federal. Portanto, até aquela data, não havia razões para a aceitação dos pedidos de impeachment da Presidente Dilma Rousseff.

2)  No dia 21 de outubro, um novo pedido foi formulado pelos respeitados juristas Hélio Bicudo (fundador do PT); Miguel Reale Jr, (ex-ministro da justiça) e a advogada e professora de direito da USP, Janaína Pascoal. Desta vez, a peça teve como base a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que rejeitou, no dia sete de outubro rejeitou, por unanimidade, as contas da Presidente Dilma Rousseff, referentes ao ano de 2014.

3)  Entre os atos realizados em desconformidade com as leis, que motivaram a rejeição, costa a abertura de oito créditos orçamentários sem autorização legislativa, ao longo do ano passado. O procedimento caracteriza crime de responsabilidade previsto na nossa Constituição Federal, no seu artigo 85, inciso VI.

4)  Portanto, até setembro havia apenas especulações. Em outubro, a partir da rejeição das contas, passamos a lidar com argumentos jurídicos com potencial para sustentar o recebimento do pedido.

5)    Na ausência de fatos jurídicos capazes de sustentar a aceitação dos pedidos, eu jamais poderia defender tal procedimento. Agora, diante da rejeição das contas a realidade é outra. Estamos diante de novos e gravíssimos fatos que precisam ser avaliados à luz das leis e das normas técnicas vigentes;

6)  Na primeira declaração, feita ainda em setembro, levei em consideração a inexistência de fatos concretos que pudessem motivar a aceitação do pedido. A declaração posterior, na qual eu admito que a Câmara deve cumprir o seu dever constitucional de se manifestar, foi feita após o surgimento de fatos consistentes.

7)  A aceitação do pedido, por parte da Câmara Federal, é apenas uma etapa. Hoje será formada uma comissão especial que irá avaliar se o pedido terá prosseguimento. Caso o colegiado aceite, a Presidente Dilma Rousseff terá um prazo para formular a sua defesa. Em seguida, os 513 deputados irão decidir se o caso será levado adiante. Caso a decisão seja pela continuidade, a palavra final será por votação no senado. Dessa forma, percebe-se que a tramitação é longa e cercada de todos os cuidados para que a presidente tenha amplo e irrestrito direito à defesa.

8)  Portanto, as minhas declarações não são incoerentes. Ao contrário. São coerentes com os fatos. Ao admitir que agora dispomos de argumentos suficientes para levar o caso ao plenário estou cumprindo o dever a mim confiado por 125.521 eleitores.

9)  Ressalto que com relação ao impeachment, ainda não formulei uma opinião definitiva. Para isso, irei aprofundar a leitura da denuncia formulada pelos juristas acima citados e também irei avaliar os argumentos da defesa da Presidente Dilma Rousseff.

Hildo Rocha, deputado federal pelo PMDB

Sem apoio do PT, Flávio Dino “força a barra” por Dilma

dilmaO pré-candidato do PCdoB ao Governo do Maranhão, Flávio Dino, anda cada vez mais confuso sobre quem quer apoiar na eleição deste ano para presidente – ou de quem quer o apoio.

Aliados do PSB e protagonistas de afagos públicos ao governador de Pernambuco, o presidenciável Eduardo Campos – que só pensa dia sim (no outro também) em derrotar Dilma Rousseff (PT) -, os comunistas agora andam espalhando pelo estado que Dino tem o apoio do PT e da presidente.

Camisas com as inscrições “PT com Dilma e Flávio – A Verdadeira Aliança com o povo do MA” estão sendo distribuídas nas principais bases do PT maranhense.

Só não pode deixar Eduardo Campos saber disso.

dilma2Bolada

Enquanto força a barra pelo apoio de Dilma sem sucesso, Dino vai se contentando com uma “dança” com o perfil fake mais famoso da petista, a Dilma Bolada.

No fim de semana os dois bateram o maior papo sobre samba e “novos caminhos” (veja ao lado).

Dilma confunde Maranhão com Amapá em Imperatriz

dilmaA presidente Dilma Rousseff (PT) andou perto de cometer uma gafe daquelas, hoje (20), durante a cerimônia de inauguração do complexo de produção de celulose da Suzano em Imperatriz.

Ao iniciar seu discurso, a petista fez um cumprimento à governadora Roseana Sarney (PMDB), quase disse que ela era uma “grande parceira” no Amapá.

“Eu queria primeiro cumprimentar a governadora Roseana Sarney, grande parceira do Governo Federal aqui no estado do Ama… do Maranhão”, disse, corrigindo-se antes de completar a gafe, talvez motivada pelo fato de que o principal aliado da presidente, o senador José Sarney, pai de Roseana, representa o Amapá.

Dilma elogia atuação de Gastão Vieira no MTur

Gastão: freio de arrumação

O deputado federal Gastão Vieira deixou hoje o Ministério do Turismo com o sentimento de dever cumprido e com o seu trabalho reconhecido pela presidente Dilma Rousseff. Nesta segunda-feira, durante a cerimônia de transmissão de cargo para o novo ministro do Turismo, Vinícius Lage,  a presidente ressaltou o trabalho de Vieira durante os 30 meses em que esteve à frente do MTur.

“O ministro Gastão Vieira deixou o Ministério do Turismo totalmente transformado, graças às bem sucedidas medidas de modernização de gestão que adotou durante o seu mandato.A ele devemos ainda a elaboração e implantação de um Novo Plano Nacional de Turismo e todas as atividades de preparação para receber com qualidade e profissionalismo os turistas que virão ao Brasil por ocasião da Copa do Mundo”, concluiu a presidente.

“Saio com o sentimento de dever cumprido pelo protagonismo que demos ao Ministério do Turismo, por termos modernizado a sua administração. Temos hoje uma máquina que funciona de uma forma muito racional e essas palavras da presidente mostram que o nosso trabalho lá foi um sucesso. Que o trabalho atendeu exatamente as expectativas que a presidente tinha quando nos colocou no cargo”, disse Gastão Vieira.

De acordo com Vieira, o Ministério tem R$ 4 bilhões investidos em obras em 4,6 mil municípios. ”Nossas ações são amplas e de grande capilaridade, todas com objetivo de acolher melhor o turista que viaja pelo país, seja ele brasileiro ou estrangeiro”, finalizou.

(As informações são do MTur)

Tem alguém mentindo (ou fazendo confusão com números)…

presidenciaRecebi ontem (13) da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e-mail informando que o Maranhão receberá do Governo Federal investimentos de R$ 245,1 milhões do Pacto da Mobilidade Urbana para obras em todos o estado.

“Deste total, R$ 155,1 milhões são do Orçamento Geral da União (OGU) e R$ 90 milhões de financiamento público, com juros subsidiados”, diz a nota (veja acima).

Em entrevista ao Geraldo Castro, da Mirante AM, também na quinta-feira, a governadora Roseana Sarney (PMDB) detalhou o destino dos recursos. “Acabamos de ter a notícia do PAC, que a presidente Dilma [Rousseff] assinou e que vai mandar R$ 245 milhões, sendo que para o Estado do Maranhão vão ser mandados R$ 187 milhões, os demais recursos  [cerca de R$ 57 milhões] irão para a Prefeitura [de São Luís]”, disse.

sao_luisOcorre que a Prefeitura de São Luís informa em seu portal de notícias que “o prefeito Edivaldo Holanda Júnior assegurou junto ao governo federal (sic) recursos da ordem de R$ 480 milhões para investimentos em mobilidade urbana em São Luís” (veja aqui ou na imagem ao lado).

Tem alguém mentindo, não?