De O Globo
Após ouvir um rosário de queixas em reunião de cerca de três horas com os líderes da base aliada, nesta segunda-feira no Palácio do Planalto, os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) decidiram organizar um mutirão de ministros na Câmara para atender os parlamentares e encaminhar seus pleitos, para evitar surpresas desagradáveis nas votações de interesse do governo. O calendário de reuniões será organizado por Mercadante e começará a ser executado depois do carnaval. A lista inclui doze ministros, além de Ideli. Mesmo após a reunião, líderes governistas ainda tinham queixas do governo.
— Nós sabemos de manifestação dos líderes, que reproduz um sentimento por mais diálogo com o governo. O Executivo manifestou intenção de intensificar esse diálogo. Caberá à ministra Ideli essa coordenação com os ministros para que não fique um mal entendido que vai se acumulando e gera um certo mau humor — disse o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Serão escalados para atender os parlamentares os ministros da Educação, José Henrique Paim; da Saúde, Arthur Chioro; da Integração Nacional, Francisco Teixeira; das Cidades, Aguinaldo Ribeiro; do Turismo, Gastão Vieira; do Trabalho, Manoel Dias; da Agricultura, Antônio Andrade; do Desenvolvimento Social, Tereza Campello; do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas; dos Transportes, Cesar Borges; da Cultura, Marta Suplicy; e do Esporte, Aldo Rebelo. Ministérios com muitos projetos atendidos por emendas de parlamentares.
Apesar da promessa dos ministros palacianos, os líderes ainda saíram descontentes da reunião do Planalto. Alguns chegaram a dizer, após o encontro, que o ministro Mercadante “foi hábil como um elefante”, ao comentar a redução em R$ 2 bilhões, por meio de um ajuste técnico e previsto em lei, do montante de emendas individuais ao Orçamento de 2014.
— Foi uma discussão dura, contundente, que mostrou uma insatisfação latente na base. Eles prometeram soluções. Mas essas soluções têm que ser a curto prazo, porque a eleição está aí — disse o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), ao final da reunião.
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