O secretário de Saúde, Ricardo Murad, criticou, via Facebook, uma nota publicada na coluna Holofote, da Revista Veja desta semana. A publicação questiona a licitação para construção dos 72 hospitais e diz que as unidades serão entregues no fim deste governo, em 2014.
Ricardo contesta: “A revista Veja dessa semana trás uma notícia falsa sobre a construção dos hospitais do Programa Saúde É Vida. Informada por fontes que desconheço – poderia ter nos indagado – desinformaram seus leitores sobre o estágio das obras sabe-se lá a que pretexto. Essa semana vamos publicar em todos os meios de comunicação do Estado a situação atual de cada uma das 103 obras do Programa Saúde É Vida. Aguardem”.
Segundo o secretário, para quem a notícia “é sem fundamento e absurda”, a Construtora Dimensão, uma das citadas na nota, entregará “todos os seus hospitais, à exceção de um, até o próximo mês”.
“Só para vocês terem uma idéia do quanto a notícia é sem fundamento e absurda, a Construtora Dimensão está entregando todos os seus hospitais, à exceção de um, até o próximo mês. Todos prontos, muito bem construídos, de primeira qualidade e prontos pra atender a nossa gente. O Programa Saúde É Vida é único na história do Estado. Nenhum governo teve a coragem de elaborar e por em prática um programa que implanta uma rede de saúde pública de primeiro mundo para todos os maranhenses. Roseana teve. Parabéns a ela”, completou.
Leia a íntegra da nota da Veja
Sobra dinheiro e falta saúde no Maranhão
O carro-chefe da campanha de reeleição da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), foi a promessa de inaugurar 72 hospitais ainda no passado. Roseana repassou 130 milhões de reais para que o secretário de Saúde, Ricardo Murad, tirasse o projeto do papel. Murad, que é cunhado de Roseana, promoveu uma licitação à qual ninguém compareceu. A seguir, repassou metade do projeto a três construtoras que não se sabe como foram escolhidas. O trio formado pelas empreiteiras Dimensão, JNS Canaã e Lastro recebeu 64 milhões de reais. Depois, doou 1,5 milhão de reais à campanha de Roseana, pelo comitê ou por meio do PMDB. De acordo com o Tribunal de Contas do Maranhão, as empreiteiras contratadas pelo estado só concluíram 10% das obras. Roseana diz, agora, que os hospitais estarão prontos até o fim de seu governo, em 2014. Ou seja, quatro anos depois do prometido.