O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), é hoje um homem totalmente diferente daquele que se elegeu para o comando do Estado em outubro de 2014.
E não se trata apenas de atestar, agora, o abalo de sua popularidade desde que ele conquistou mais de 60% dos votos válidos dos eleitores maranhense.
O novo Flávio Dino vem se mostrando impiedoso justamente com aqueles que o ajudaram a chegar onde chegou: os maranhenses.
Desde que assumiu o Governo do Maranhão, o comunista tem como que se esmerado em praticar atos que reforçam a sua faceta mais ditatorial, fascista mesmo. Suas intervenções de maior repercussão, até agora, são aquelas que, de alguma forma, prejudicam diretamente o cidadão comum.
Um verdadeiro pacote de maldades.
Se não, vejamos: desde que assumiu o comando do Estado, iniciou uma cruzada para cortar o reajuste de 21,7% dado, por decisão judicial, a servidores de nível fundamental e médio do Executivo, do Legislativo, do Judiciário, do Minstério Público e do TCE.
Aliados do governador alegam que a PGE apenas deu continuidade a uma ação proposta no governo Roseana Sarney (PMDB).
Fato!
Eles só não explicam porque o governo foi acusado por diversos sindicatos de promover “pressão indevida” para conseguir decisão favorável no caso em análise no Tribunal de Justiça (reveja). Prova de que o Executivo fazia muito mais do que apenas cumprir o dever protocolar de recorrer de uma decisão que onerava o erário.
O resultado, todos já sabem: o desembargador Ricardo Dualibe deu liminar ao governo Flávio Dino contra o reajuste de 21,7% aos servidores do TCE (aqui) e, dias depois, o TJ cortou o mesmo reajuste dos servidores do Judiciário.
Numa segunda frente, o problema do comunista é com a população de Bernardo do Mearim e região. Lá ele tem travado uma verdadeira batalha judicial para garantir que o Governo não seja obrigado a repassar R$ 100 mil por mês ao hospital de Bernardo do Mearim.
Após ação do MP, a Justiça estadual já deu duas decisões ordenando que o repasse fosse feito. Mas Dino recorreu e, no mais recente despacho, da desembargadora Maria das Graças Duarte Mendes, foi desobrigado a mandar o dinheiro para o custeio da unidade.
Resultado: se quiser, a Prefeitura de Bernardo do Mearim poderá receber, no máximo, R$ 70 mil, desde que faça a adesão a um termo proposto pelo Governo do Estado.
Para completar, Flávio Dino concordou, na segunda-feira (14), em atuar junto com governadores aliados da presidente Dilma Rousseff (PT) para convencer suas bancadas no Congresso a aprovar a volta da CPMF, mas não no percentual de 0,20, e sim de 0,38. A postura foi tão desastrada que ontem (15), dos 19 governadores que toparam a missão, nem metade esteve no congresso conversando com os parlamentares.
Em tempo: isso tudo sem contar a postura pouco democrática do governador do Maranhão no que se refere ao recebimento de críticas nas redes sociais, território no qual ele tanto gosta de atuar. Alem de bloquear seguidores de lhe marcarem no Facebook – temendo críticas pelo corte dos 21,7% -, o comunista conseguiu na Justiça a exclusão, na mesma rede social, de quatro perfis que lhe ironizavam (releia).
