Flávio Dino entre Eliziane Gama e Ester Marques

elizianeNão é nada confortável a situação do governador Flávio Dino (PCdoB) em relação à queda de braço que se estabeleceu entre a deputada federal Eleita Eliziane Gama (PPS) e a secretária de Estado de Cultura Ester Marques.

Ester foi indicada para o posto pela própria Eliziane – embora comunistas insistam que ela é uma “sarneysista”. Mas afastou-se de sua “madrinha” após a nomeação.

Na Secretaria de Cultura, então, Gama passou a contar exclusivamente com a vigilância de Gledson Brito, adjunto de Ester Marques e também indicado da deputada.

Foi ele quem percebeu rápido que a titular já não estava mais rezando na cartilha da popular-socialista.

esterE Eliziane, que apostava no apoio de Marques para realizar trabalhos importantes nos retiros evangélicos de Carnaval para iniciar definitivamente sua corrida pela Prefeitura de São Luís, se viu abandonada.

A deputada pediu a cabeça da secretária, que se antecipou e mandou exonerar Gledson Brito.

Foi o estopim da crise.

Eliziane Gama agora exige a saída de Ester Marques do Governo. Ou ela mesmo rompe.

E Flávio Dino, pelo visto, terá que fazer uma escolha.

Governo não vê irregularidade em dupla função de Bira do Pindaré

bira_secDepois do duro recado do juiz aposentado Jorge Moreno ao secretário Jeferson Portela  (Segurança Pública) – sugerindo a prisão em flagrante do deputado estadual Bira do Pindaré (reveja) – o Governo do Estado finalmente manifestou-se sobre o assunto.

Em entrevista a O Estado, ontem (23), o secretário de Estado de Articulação Política e Assuntos Federativos, Márcio Jerry, disse que “não existe irregularidade porque ele [Bira do Pindaré] não assinou qualquer ato administrativo e todos os eventos do Governo dos quais ele participou foi como deputado e secretário anunciado”.

Sobre a presença do deputado no gabinete do secretário na pasta, Jerry acrescentou  que foram visitas que funcionaram como “uma espécie de transição”.

Apesar de não ver qualquer irregularidade na dupla função do parlamentar, a comunicação do Governo do Estado modificou a forma de se referir a ele em textos oficiais. Antes anunciado como secretário (veja imagem acima), Bira voltou a ser citado apenas como deputado “indicado pelo governador para a Secti” (veja).

“Bem maior”

Atacado pelos comunistas por posicionar-se contra a dupla função do deputado estadual Bira do Pindaré, o juiz aposentado Jorge Moreno criticou a lógica dos comunistas, que, segundo ele, defendem ilegalidades em alguns casos, “para atingir um bem maior”.

“É típico dos cínicos afirmarem que tudo está sendo feito para atingir um bem maior, que ninguém deve preocupar-se com os erros cometidos, pois no final tudo vai dar certo!”, escreveu, em outra postagem no Facebook.

Esposa de Zé Reinaldo é nomeada para a Corregedoria-Geral do Estado

ana karlaA delegada de Polícia Civil Ana Karla Silvestre Fernandes foi nomeada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) como a nova corregedora-geral do Estado.

O ato está publicado no Diário Oficial do Estado do dia 19 de janeiro.

Ana Karla é esposa do ex-governador José Reinaldo (PSB), já indicado secretário de Estado de Minas e Energia.

Ela será subordinada ao secretário de Estado de Transparência, Rodrigo Lago, a quem a Corregedoria-Geral do Estado (CGE) está vinculada.

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Constrangido, governo Flávio Dino transforma empréstimo em “parceria de crédito”

parceria de créditoOs comunistas passaram pelo menos quatro dos últimos seis anos criticando a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) pela contração de empréstimos para investimentos.

Foram ferozes ataques contra as negociações com o BNDES – o que garantiu pelo R$ 2 bilhões de caixa para o governador Flávio Dino (PCdoB), por exemplo – e com o Bank of America.

Agora no governo, já perceberam que esse tipo de operação financeira é importante para conseguir fazer alavancar obras e ações de grande porte no estado.

E devem lançar mão de um desses financiamentos para conseguir realizar obras de melhoria na Barragem do Bacanga.

Mas foram tão veementemente contra a contração de qualquer dívida nos últimos anos, que, agora, se sentem constrangidos de falar em empréstimo. A palavra virou “parceria de crédito” em material oficial do governo sobre encontro com o Banco Mundial (veja acima).

O Macaco Simão diria que tucanaram o empréstimo.

Tesouro Nacional aponta aumento (não queda) de repasse do FPE ao Maranhão

De O Estado 

pesquisa-250x300O Governo do Estado apresentou neste mês dados diferentes dos disponibilizados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) acerca da arrecadação oriunda do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

Em nota emitida no dia 18 de janeiro, o Executivo maranhense informava que por conta da queda de arrecadação do Imposto de Renda e dos Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI), “a segunda parcela do Fundo de Participação dos Estados (FPE), que será liberada nesta terça-feira (20), terá redução de 18,6% em comparação ao valor recebido em janeiro do ano passado”.

De acordo com o comunicado oficial, esse percentual de queda acarretaria numa perda de pelo menos R$ 70 milhões apenas na segunda parcela do FPE, na comparação com o mesmo período do ano de 2014.

Os dados disponibilizados pela STN por meio do Sistema de Informações Banco do Brasil (SisBB), no entanto, apontam para aumento da arrecadação estadual no segundo decênio de janeiro. Não queda.

Em 2014, a segunda parcela do FPE, em valores brutos, foi de R$ 81.101.636,75. Em 2015, a mesma parcela foi de R$ 93.222.272,07 – diferença a maior de mais de R$ 12 milhões.

Os valores líquidos, em 2015, também foram maiores do que os de 2014. No ano passado, o total da segunda parcela do FPE – excluídas deduções da Educação, Saúde e Previdência – foi de R$ 64.070.293,05, contra R$ 72.926.345,19 deste ano. Diferença de R$ mais de R$ 8 milhões.

Números – Apesar dos dados oficiais do Tesouro Nacional, a Secretaria de Estado de Planejamento e Orçamento (Seplan) sustenta os números que apresentou há uma semana.

Em nota a O Estado, a secretaria informou que a suposta queda de R$ 70 milhões explica-se por conta de uma “diferença de dezembro de 2014”.

“A primeira e segunda parcela [do FPE] somaram R$ 359.835.201,00, onde está incluído o valor de R$ 77.024.680,00, referente a uma diferença de dezembro de 2014”, diz a nota.

O comunicado da Seplan, no entanto, não explica por que há discrepância entre os dados do Governo do Estado e os da STN.

Barrada na FMRB, Anna Graziella gravou vídeo que desmente nota do Governo

Um vídeo gravado pela ex-presidente da Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), Anna Graziella Neiva – ela renunciou ontem (21) ao mandato (reveja) -, desmente a versão oficial do Governo do Estado para a determinação de barrá-la na entrada do Convento das Mercês (veja mais).

Segundo nota emitida pela Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) e assinada pela secretária de Estado da Cultura, Ester Marques, “a presidente da FMRB tem total acesso às dependências da sede da Fundação”.

annaNão é o que diz o policial militar designado para barrar a entrada da ex-presidente.

Nas imagens filmadas por Anna Graziella, ele é explícito ao afirma que recebeu do Comando Geral “determinação para que ninguém entrasse até segunda ordem”.

Ele afirma também ter conhecimento de que Anna Graziella era a presidente da FMRB e pede que, para contornar a situação, ela entrasse em contato com seus superiores.

Veja acima o vídeo.

A seguir, a nota oficial do Governo do Estado.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Sobre o acesso da presidente da Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), Ana Graziella Neiva, às dependências do prédio público do Convento das Mercês, a Secretaria de Estado da Cultura esclarece que:

  1. A presidente da FMRB tem total acesso às dependências da sede da Fundação;
  2. A guarda policial adotou medidas de segurança após identificar a presença do senhor Jorge Luís Moura Nascimento Filho (ex-diretor Financeiro da FMRB) nas dependências da fundação, fora do horário de expediente, às 20h, da última terça-feira, manuseando computadores e documentos;
  3. Tal episódio foi relatado pelo tenente da PM, Edmilson, comandante da guarda do prédio, que relatou ainda ter ocorrido movimentação de servidores retirando quadros sem a devida autorização, na noite da última segunda-feira, 19;
  4. Em face destes fatos, as medidas de reforço da segurança foram necessárias. Contudo, o Governo do Estado designou comissão para dialogar com os dirigentes da FMBR para a imediata normalização das atividades da Fundação.

Dino diz que não sabia de indiciamento de adjunta, mas garante apuração

(Foto: Sergio Lima/Folhapress)

(Foto: Sergio Lima/Folhapress)

O governador Flávio Dino (PCdoB) declarou ontem (20) que não sabia do indiciamento de Célia Vitória Neri Silva pela morte de oito estudantes da cidade de Bacuri (releia) e que fora informado sobre o caso pelo titular do blog.

A auxiliar é acusada pelo pelo Ministério Público de fraude em licitação do transporte escolar, o que, segundo o Parquet, culminou com a morte dos alunos – e a lesão corporal de mais oito.

Em entrevista após o anúncio de ações e medidas para a área da educação, Dino disse desconhecer o fato de que a adjunta era ex-secretária de Educação do município de Bacuri e que estava sendo responsabilizada pelo MP pela morte de estudantes.

O comunista acrescentou, contudo, que apurará o caso.

“No caso dessa pessoa de Bacuri, eu estou tomando conhecimento agora. Vou apurar a situação e se, de fato, for esta, claro que nós vamos tomar providências”, declarou.

Dino também falou sobre a indicação de Ageu Barbosa como chefe da Ciretran de Bacabal. Enfermeiro por formação, ele foi denunciado pelo CRM, em 2008, quando tentava obter, com um diploma falso de médico, o registro profissional.

“No caso dos Ciretrans não houve ainda nenhuma designação, não houve ainda nenhuma nomeação. O que deve haver, provavelmente, é que essa pessoa é servidor do Ciretran, já estava lá, e deve estar respondendo, porque eu não fiz nenhuma nomeação para os Ciretrans”, disse.

Dino evita dar prazo para pagamento de prestadores de serviço da Saúde

dinoO governador Flávio Dino (PCdoB) foi evasivo hoje (20), em entrevista ao blog, ao falar sobre o pagamento dos salários de dezembro dos prestadores de serviço da Saúde.

Os trabalhadores ainda não receberam porque, assim que assumiu o governo, o comunista determinou a suspensão de ordens de pagamentos enviadas ao Banco do Brasil pelo ex-governador Arnaldo Melo (PMDB) nos dias 30 e 31 de dezembro do ano passado (reveja).

As OBs suspensas garantiriam o pagamento de R$ 8 milhões às empresas ICN e Bem Viver, contratantes de funcionários que prestam serviços em pelo 21 unidades estaduais de saúde.

Segundo o governador, o problema é que a gestão anterior deixou a conta a ser paga, mas não deixou dinheiro em caixa. Dino, no entanto, evitou dar prazo para o pagamento.

“Aquilo que deveria ter sido pago no dia 15 de dezembro não foi pago, e o dinheiro também não ficou em caixa, descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal. No dia 15 de janeiro venceu outra parcela e também não havia os recursos em caixa. O que nós fizemos? Aquilo que foi retido, porque no meio havia inclusive pagamentos ilegais, foi feita uma análise e aquilo que estava de acordo com a lei foi liberado já. E nós estamos buscando atualizar as dívidas que nós recebemos do mandato passado”, declarou.

O governador garantiu, apenas, que no seu governo não haverá atrasos e prometeu “avançar no pagamento” dos atrasados, ainda em janeiro.

“O que eu posso garantir é que os pagamentos relativos ao nosso período governamental serão feitos em dia e, simultaneamente, ainda no mês de janeiro, nós vamos avançar no pagamento daquilo que se refere ao governo anterior que, infelizmente houve um calote aos profissionais da saúde”, completou.

Indiciada por morte de estudantes em Bacuri ganha cargo no governo Flávio Dino

bacuriO Cerimonial do Governo do Estado tem em seus quadros como adjunta, desde o dia 1º de janeiro, um indiciada pela morte de oito estudantes da cidade de Bacuri, no interior do Maranhão.

Célia Vitória Neri Silva era secretária municipal de Educação quando oito estudantes morreram e outros oito ficaram gravemente feridos ao serem transportados da escola para o povoado Madragoa num “pau-de-arara” (reveja).

A nomeação da ex-secretária está publicada no Diário Oficial do dia 15 de janeiro. A informação é do blog Atual 7.

Ela, o prefeito José Baldoíno e outras sete pessoas foram indiciadas e tiveram bens bloqueados pela Justiça Estadual em novembro do ano passado.

O gestor ainda chegou a ser cassado após ação do Ministério Público, alegando que sua permanência no cargo poderia atrapalhar as investigações (leia), mas retornou ao cargo por força de decisão do Tribunal de Justiça (veja aqui).

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Ao blog Atual 7 o secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB), a quem o Cerimonial é subordinado, não soube informar o critério adotado para a contratação de Célia Neri.

Apesar de também assinar a nomeação, Tavares informou apenas que “ainda não teve tempo de ver” o processo e que a nomeação de Neri seria em atendimento à indicação da chefe do Cerimonial do governo, Telma Moura de Oliveira.

TV Mirante, Márcio Jerry e o “vídeo clandestino”

jerryUm festival de sandices foi testemunhado ontem (19) por quem estava online assim que a TV Mirante divulgou vídeo do repórter-fotográfico de O Estado Paulo Soares com uma conversa entre secretários de Estado do Maranhão tratando do destino de uma das salas da Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB).

A proposta, do secretário (ou seria deputado?) Bira do Pindaré (PSB), é transformar uma ala que hoje abriga alguns quadros do senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) em um memorial às vítimas da ditadura.

É uma boa proposta.

Mas o tom de galhofa com que o tema foi tratado pelo secretário de Estado de Articulação Política, Márcio Jerry (PCdoB) – que mandou alguns “porras!” ao elogiar a ideia do socialista -, denota que o objetivo não é mesmo homenagear vítima nenhuma, mas tão somente atingir Sarney, principal alvo das ações do governo Flávio Dino (PCdoB) no que diz respeito à Fundação.

É claro que a postura pequena, deselegante (para dizer o mínimo) do auxiliar governamental, principalmente no horário nobre da TV maranhense, pegou mal. Muito mal, por sinal.

E, então, a patrulha comunista iniciou os ataques.

Criticaram o quanto puderam e quiseram a TV Mirante por exibir um “vídeo clandestino”. Tentaram criminalizar o trabalho jornalístico do repórter Paulo Soares.

Até serem confrontados com o fato de que, não faz muito tempo, eles mesmos passaram uma semana vibrando ante o vazamento de uma conversa de gabinete de vários secretários da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) tratando do panorama eleitoral.

Aquela, sim, uma gravação clandestina. Mas, para eles, aquilo era jornalismo. O que a TV Mirante fez, não.

A conversa de ontem foi captada em espaço aberto, público, durante evento para o qual a imprensa fora convidada.

Ninguém invadiu o Convento das Mercês para flagrar nada. Nem fez tocaia, ou arapongagem. Na verdade, é bem provável que tenha sido exatamente a presença de profissionais “do sistema” o que tenha incentivado Márcio Jerry a agir como agiu.

Para mostrar poder.

Coisa mesmo de quem não está acostumado a ele.

A repercussão, no entanto, foi horrível. A tentativa de desqualificar o trabalho da TV Mirante e de Paulo Soares, pior ainda.

E eles, então, mudaram o discurso, preferindo dar destaque à proposta de Bira, que, repise-se, é uma boa proposta.

Desde que seja encarada como uma legítima forma de homenagear as vítimas da ditadura. Não um subterfúgio para atacar José Sarney.