Josimar de Maranhãozinho é declarado inelegível pela Justiça Eleitoral

José Auricélio com o Moral da BR
José Auricélio com o Moral da BR

A juíza Cynara Elisa Gama Freire, da 101º Zona Eleitoral, de Governador Nunes Freire, condenou o deputado estadual Josimar de Maranhãozinho (PR), o Moral da BR, à perda dos direitos políticos por 8 anos.

A decisão, tomada no dia 14 de julho, é válida a partir das eleições de 2012, o que torna o parlamentar inelegível até 2020.

Josimar foi denunciado à Justiça Eleitoral pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) junto com o atual prefeito de Maranhãozinho, José Auricélio de Moraes Leandro, e o vice, Raimundo Tarcísio de Lima – todos são do PR. Eles são acusados de compra de votos e de abuso de poder político na eleição de 2012.

decisaoNa ocasião, o atual deputado era o prefeito do Municípios, e elegeu os aliados.

No seu despacho (clique na imagem ao lado para ampliar), a magistrada relatou que durante as investigações foi encontrado um caderno de anotações, com a relação de eleitores que seriam beneficiados com a entrega de material de construção, em troca de votos.

Ela ainda cassou os mandatos do prefeito e do vice – também inelegíveis até 2020. Ambos, no entanto, podem recorrer no cargo ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão.

Outro lado

Abaixo, a manifestação do deputado Josimar de Maranhãozinho, encaminhada ao blog por meio do seu advogado.

1 – Trata-se de uma Ação de Investigação Eleitoral iniciada a partir de denúncias dos adversários contra o Prefeito de Maranhãozinho Auricélio de Morais Leandro e seu vice Raimundo Tarcisio, na qual se imputou genericamente a Josimar Cunha Rodrigues, então prefeito, conduta ilícita em benefício de Auricélio nas eleições de 2012.

2 – As alegações, como dito, foram totalmente genéricas e sem especificar e, muito menos, provar em que consistiria a conduta ilícita do ex-prefeito, ora deputado. Não foram sequer arroladas testemunhas, mas a Juíza Eleitoral, de ofício, numa inovação processual, resolveu suprir a falha do autor da ação e ouvir pessoas declaradamente partidárias, as quais apenas “ouviram dizer” que Auricélio e vereadores teriam entregue algum material de construção, sem que nada tenha sido corroborado pelos supostos beneficiários ou por qualquer outro meio de prova e sem nenhuma menção à Josimar. O certo é que, ao final da instrução, nenhuma prova restou produzida sobre as simplistas alegações, não havendo decorrência lógica entre o alegado e a conclusão a que chegou a sentença, que se revela completamente desprovida de fundamentos fáticos e jurídicos.

3 – Não restou produzida prova alguma de que Josimar de Maranhãozinho tenha participado de forma direta ou indireta de qualquer ato ilícito ou anuído com sua prática. A Justiça Eleitoral não permite qualquer margem de dúvidas sobre o caráter absoluto da prova de compra de votos, que deve ser irrefutável, cabal, robusta, inequívoca, porque em um estado democrático de direito deve ser protegida a presunção de legitimidade das eleições e do sufrágio popular, não se admitindo jamais ilações desmensuradas para desconstituir mandatos outorgados pelo povo.

4 – A situação é ainda mais grave quando envolve Josimar de Maranhãozinho, em que a manifestação popular a ele e a seu grupo político, na cidade de Maranhãozinho, nas últimas cinco eleições (2006, 2008, 2010, 2012 e 2014) é sempre na faixa de 90% (noventa por cento) dos votos válidos, sendo Auricélio o prefeito mais bem votado do Maranhão, demonstrando que, ao invés de derivar da alegada compra de votos, os resultados destas consecutivas eleições são frutos de uma conjuntura política consolidada com amplo e indiscutível apoio popular, decorrente de muito trabalho, responsabilidade, respeito pelo povo e compromisso com a região.

5 – Josimar de Maranhãozinho e a população da região da BR-316 e de todo o Maranhão esperam a correção dessa infundada decisão e acreditam que a Justiça Eleitoral caminhará sempre ao rumo da valorização dos verdadeiros representantes populares. O poder é do povo e deve ser exercido pelos seus legítimos representantes.

MP vai à Justiça para que Flávio Dino volte a mandar recursos para hospital de Bernardo do Mearim

dinoO Ministério Público do Maranhão, por meio da Promotoria de Igarapé Grande, acionou o Governo Flávio Dino (PCdoB) na Justiça, na quarta-feira (15), requerendo a retomada, o prazo máximo de 72 horas, do repasse de R$ 100 mil ao Município de Bernardo do Mearim, para o restabelecimento dos serviços do hospital de 20 leitos construído na cidade.

O valor era repassado mensalmente até o fim da gestão passada, mas foi suspenso no início deste ano.

Em junho, durante reunião com deputados federais, em Brasília, o prefeito de Trizidela do Vale, Fred Maia, reclamou da superlotação dos hospitais da sua cidade, justamente em virtude do fechamento da unidade de Bernardo do Mearim (reveja).

Logo depois, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiu nota oficial, confirmando a suspensão e reafirmando que não voltaria a repassar o dinheiro. “O recurso de R$ 100 mil não existe”, dizia o comunicado (leia mais).

Na ação desta semana, a promotora Sandra Soares de Pontes, que responde temporariamente pela Promotoria de Igarapé Grande, requer, ainda, que o Município seja proibido de interromper os atendimentos no hospital.

Outra solicitação é a prestação de contas, pelo Município, de seus serviços na área de saúde ao Estado do Maranhão.

O MPMA apurou que, em 2014, foi transferido o valor total de R$ 1,2 milhão ao município de Bernardo do Mearim. Em 2015, os repasses mensais foram suspensos pela gestão Flávio Dino, provocando o fechamento do estabelecimento de saúde.

Caso Detran: MP mantém aberto inquérito sobre contratação da BR Construções

ZANONYO promotor Zanony Passos Filho, da 31ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, informou ontem que identificou indícios de ilegalidade na contratação da BR Construções pelo Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão (Detran-MA) e que, por isso, manterá aberto o inquérito civil público instaurado no início do mês de junho para apurar o fornecimento de mão de obra terceirizada ao órgão.

O entendimento do representante do Ministério Público difere do expresso pelo juiz Clésio Coelho Cunha, representando a Vara de Direitos Difusos e Coletivos, que, na semana passada, julgou improcedente ação popular movida pela deputada estadual Andrea Murad (PMDB) denunciando o caso e arquivou o processo.

Para o magistrado, o Detran-MA foi obrigado a contratar a BR Construções de forma emergencial, sem processo regular de licitação. O contrato era de R$ 4,8 milhões, mas acabaram sendo pagos, efetivamente, apenas R$ 2,9 milhões até o fim do contrato, em maio,

“A situação de emergência foi causada por práticas administrativas danosas, o que compeliu o ente administrativo em questão a celebrar o pacto com o Ministério Público do Trabalho na Justiça do Trabalho, no qual dentre seus termos estava a rescisão imediata dos contratos administrativos com as empresas que anteriormente locavam mão-de-obra para o órgão. Deste modo, infere-se que a emergência em questão concernia na impossibilidade de interrupção dos serviços do DETRAN no período necessário para a realização do procedimento licitatório”, despachou.

Segundo Zanony Passos, no entanto, a necessidade de contratação emergencial não é discutida, mas sim os indícios de vícios durante o processo.

“Entendo que os indícios de irregularidade existem e merecem apuração. Portanto, manteremos o inquérito civil, concluiremos a investigação, ouvindo, se assim for necessário, membros do Detran e os proprietários da empresa”, declarou.

Favorecimento

Segundo revelou O Estado em uma série de reportagens, há suspeita de favorecimento no processo de contratação, uma vez que uma das fundadoras da BR Construções, Leila Assunção, hoje atua como chefe de gabinete do deputado estadual Fábio Macedo (PDT), filho de um dos doadores de campanha do governador Flávio Dino (PCdoB), o agropecuarista José Wilson Macedo, o “Dedé Macedo”.

No final do mês de abril revelou-se, ainda, que uma BMW X3, avaliada em R$ 200 mil, de propriedade de Leila Assunção, é usada no dia a dia pelo deputado Fábio Macedo e por sua esposa.

Além disso, em junho o Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão confirmou que pode ter havido fraude na documentação apresentada pela empresa para ganhar o contrato com o órgão estadual (reveja).

No processo de dispensa de licitação, a BR Construções apresentou atestado da Prefeitura de Fernando Falcão garantindo “estar realizando satisfatoriamente” serviços semelhantes aos que seriam prestados ao Detran naquele município.

O documento, que leva uma assinatura que seria do prefeito Adailton Cavalcante (PMDB), é do dia 5 de janeiro deste ano, o que pressupunha, pelo menos, licitação e contratação no ano passado.

Segundo o TCE, no entanto, não há qualquer registro disso na prestação de contas do exercício financeiro de 2014 encaminhada pelo peemdebista ao órgão.

“Não foram identificados processos de licitação ou dispensa, contratos ou possíveis pagamentos de serviços prestados pela empresa ‘BR Construções, Comércio e Serviços LTDA’ […] nos documentos enviados pelos gestores do município de Fernando Falcão”, atesta o ofício, assinado pelo secretário de Controle Externo, Bruno de Almeida.

MAIS

Em sucessivas notas sobre o caso, o Detran-MA negou qualquer tipo de favorecimento e alegou, sempre, que a empresa vencedora assinou contrato com o órgão por haver apresentado a melhor proposta. O órgão defende-se, ainda, argumentando que o novo contrato gerou economia ao Estado.

Pedreiras: MP instaura novo Inquérito Civil contra Totonho Chicote

FullSizeRenderA promotora Sandra Soares de Pontes, titular da Primeira Promotoria da Comarca de Pedreiras, informou em ofício à Câmara de Vereadores da cidade que instaurou Inquérito Civil Público para apurar denúncias de improbidade administrativa na gestão do prefeito Totonho Chicote contidas no Dossiê da Corrupção-2014, protocolado no Ministério Público pelo Movimento Fóruns e Redes de Cidadania.

No ofício, a promotora relata que investigará todos os processos licitatórios que envolvem a empresa Revil Construções Ltda, que não se encontra nos endereços informados em notas fiscais e procedimentos licitatórios, mas já recebeu grandes somas em dinheiro para construir postos de saúde que se encontram inacabados e com obras paradas (leia mais).

As investigações devem se estender, ainda, à empresa Topázio Comércio e Serviços Ltda, que venceu licitações suspeitas no município, tem sede oficial em Codó e São Luís, mas também não se encontra nos endereços informados.

Segundo o dossiê do Fóruns e Redes de Cidadania, há indícios de superfaturamento dos contratos entre a Prefeitura de Pedreiras e a Topázio Comércio. No documentok relatam-se caso de  produtos fornecidos com valor até seis vezes maior que no mercado

Já a empresa MK3 Comércio e Serviços Ltda, com sede em Mirinzal, também vende produtos supostamente superfaturados, como toneladas de peixes para o hospital municipal (reveja). No endereço informado também não existe empresa, mas sim uma tapera, onde mora uma senhora de nome Santinha há longos anos.

Essas e outras irregularidades estão sendo investigadas e devem gerar mais ações civis públicas contra a gestão do prefeito Totonho Chicote, que já se encontra em situação delicada perante a justiça e na iminência de perder seu cargo.

Decisões sobre os casos estão nas mãos do juiz Marco Adriano Fonseca, que já determinou a indisponibilidade de bens do gestor emdespacho recentemente mantido pelo TJ – que indeferiu recurso do prefeito (releia).

Pedreiras: Prefeitura é acusada de usar empresa fantasma para desviar recursos

ubs ubs1 ubs2O prefeito de Pedreiras, Totonho Chicote, é acusado de haver usado uma empresa fantasma para desviar recursos do PAC, do Governo Federal, que deveriam ter sido aplicados na construção de postos de saúde.

As Unidades Básicas de Saúde (UBS) deveriam ser erguidas nos bairros do Mutirão, Parque das Palmeiras, Seringal, Diogo e reforma do Posto de Saúde no povoado São Raimundo. A obras estão paradas (e inacabadas) e os recursos jáforam gastos.

A empresa vencedora das licitações para executar as obras é Revil Construções Ltda. Num dos endereços fornecido nos processos licitatórios e nas notas fiscais, o que existe é uma residência habitada por uma família sem relação com a construtora. Em outro, funciona uma oficina mecânica de motocicletas.

O caso faz parte de uma série de denúncias do Dossiê da Corrupção/2014 que o Movimento Fóruns e Redes de Cidadania protocolou no Ministério Público no mês de junho.

Os dados devem reforçar a ação da Justiça contra o prefeito, que já teve bens bloqueados (reveja) e pode ser cassado a qualquer momento.

Outro lado

Ao blog, o proprietário da Revil Construções garante que a empresa existe e efetivamente entregou obras em Pedreirias.

Veja abaixo o que diz Andreson Revil.

“Bom dia jovem blogueiro Gilberto Léda, meu nome é Anderson Revil e sou o proprietário da empresa Revil Construções, sediada na rua santo Antônio, bairro loteamento São Jose, número 54 na cidade de Trizidela do vale, onde gostaria de expressar minha indignação com referência as denúncias feitas sobre minha empresa de que a mesma seria uma empresa “fantasma” do senhor excelentíssimo Prefeito de Pedreiras o sr. Totonho Chicote, algo absurdo e lamentável, minha empresa está respaldada documentalmente que desde 2012 vem prestando serviços de construção, reforma, e ampliação de unidades básicas de saúde, escolas quadras em cidades de toda a região com excelência, pois bem, sobre as denúncias, as mesmas são claramente infundadas, e sem cunho legal, pois no total de unidades de saúde são 06 e já temos entregue ao município 03 unidades de saúde […] Portanto, peço aos “denunciantes” tais como a imprensa e demais órgão que continue tendo o dever de denunciar, mas que faça com prudência e a real certeza dos fatos”

Vazamento de informações impediu prisões em Anajatuba

Prefeito Helder Aragão

Prefeito Helder Aragão

A ação criminal na qual figuram o prefeito de Anajatuba, Helder Lopes Aragão (PMDB), vários de seus secretários, vereadores e empresários deveria ter sido reforçada há duas semanas com o cumprimento de pelo menos sete mandados de prisão.

A ação policial, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial no Combate a Organizações Criminosas (Gaeco), órgão do Ministério Público, estava pronta para acontecer.

Mas, dias antes, um vazamento de informação provocou um corre-corre de advogados dos denunciados ao Tribunal de Justiça (TJ), tentando evitar as prisões dos seus clientes.

Por conta disso, além de se precisar abortar a missão, o desembargador Raimundo Melo, que vinha acompanhando o caso de perto há meses – além de vários outros envolvendo desvios de recursos públicos em prefeituras – deu-se por impedido.

O novo relator da ação é o decano do TJ, desembargador Antonio Bayma.

Há ainda pelo menos 27 mandados a serem cumpridos. No total, estima-se que foram desviados mais de R$ 10 milhões da prefeitura.

A ação criminal é ainda decorrente do trabalho de apuração desencadeado após a Operação Geist.

STF arquiva recurso do governo contra reajuste de 21,7% a servidores

dinoO ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou hoje (1º) o agravo regimental interposto pelo Governo do Estado e manteve sua decisão, proferida em dezembro do ano passado, garantindo reajuste de 21,7% a servidores de níveis médio e fundamental do Executivo, do Judiciário e do Ministério Público do Maranhão.

O aumento foi dado aos funcionários não alcançados pela Lei nº 8.369/2006, que dispõe sobre a revisão geral anual dos servidores do Estado, garantindo 30% a mais nos salários dos servidores de nível superior, mas apenas 8,3% nos de nível médio.

A lei foi considerada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça, que determinou, em ações isoladas protocoladas por sindicatos e trabalhadores, a implantação da diferença de 21,7% nos salários.

Recursos

No ano passado, o governo Roseana Sarney (PMDB) já havia tentado barrar o reajuste linear, por meio da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 317.

Nela, o Governo alegou que, apesar de ter adotado índices de reajuste diferenciados, a Lei nº 8.369/2006 tem sido invocada por servidores que se dizem prejudicados e que, por isso, pleiteiam a aplicação do percentual de 21,7%.

Sustentou que as decisões judiciais favoráveis a esses servidores “estão a causar sérios danos de impacto orçamentário ao Estado”, e violam os princípios da legalidade, moralidade administrativa e da separação de Poderes.

O caso foi julgado pelo ministro do STF Celso de Mello, que rejeitou o trâmite da ação em dezembro de 2014.

No dia 3 de fevereiro deste ano, o governo Flávio Dino, por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), protocolou o agravo regimental hoje arquivado (reveja).

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ainda emitiu parecer favorável ao agravo (leia mais). O que não foi o suficiente para que o relator mudasse seu entendimento sobre o caso.

Caso Detran: ofício do TCE será encaminhado ao Ministério Público

edilazioO deputado estadual Edilázio Júnior (PV) informou ontem (22) que encaminhará ao Ministério Público o ofício do TCE confirmando que pode ter havido fraude no processo de contratação da BR Construções pelo Detran-MA

No documento, a Corte de Contas afirma que não há qualquer registro de contratação ou pagamento feito pela Prefeitura de Fernando Falcão à BR Construções no ano de 2014, como ambas disseram que havia em atestado anexado ao processo de contratação no Detran (leia mais).

“Está aqui em nossas mãos a prova da forma fraudulenta como o diretor do Detran [Antônio Nunes] contratou a BR Construções. Está aqui em nossas mãos a forma como foi forjada essa licitação”, disse.

O parlamentar anunciou que o ofício será encaminhado ao promotor Zanoni Passos Filho, da 31ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, que acatou termos de uma representação formulada pelos deputados de oposição e agora investiga o contrato.

“Vou agora encaminhar esse ofício do TCE ao Ministério Público, para que ele enriqueça a apuração sobre o contrato, e tenho certeza de que o diretor do Detran e a BR Construções vão ter de se explicar à Justiça. Não há dúvida alguma de que esse contrato foi feito de forma fraudulenta. Repito: a BR Construções é uma empresa que foi feita única e exclusivamente para trabalhar para o Detran no Governo Flávio Dino”, completou.

Para a deputada Andrea Murad (PMDB) a resposta do TCE ao questionamento de Edilázio Júnior “ratifica a fraude no processo de contratação da BR Construções”.

Adriano Sarney (PV) diz que a nova prova fortalece a denúncia. “Essa é mais uma prova que fortalece as suspeitas de direcionamento e corrupção no governo”, disse.

Vitória do Mearim: MP apura exercício ilegal da atividade policial por zelador

irialdoA Promotoria de Justiça de Vitória do Mearim instaurou, nesta quarta-feira, 10, inquérito civil para apurar a responsabilidade civil-administrativa pela contratação temporária e cessão do servidor municipal Luís Carlos Machado de Almeida, para atuar, ilegalmente, como policial militar.

O servidor municipal está preso, sob a acusação de ter executado o mecânico Irialdo Batalha, no dia 28 de maio, durante ação policial em que acompanhava dois policiais militares. O crime, cometido na via pública e na presença de muitos populares, teria ocorrido após perseguição policial, decorrente, segundo a versão dos policiais, de um suposto assalto da qual a vítima participara.

Segundo o promotor de justiça José Emanuel da Silva e Sousa, que responde pela Promotoria de Vitória do Mearim, o servidor já responde a outro processo criminal pela prática de homicídio em condições semelhantes.

“Chegaram ao nosso conhecimento informações de que não se tratou de um fato isolado, mas de situação costumeira, na qual Luís Carlos Machado de Almeida exercia funções de policial militar”, relatou.

Para o membro do MP, no caso há indícios da prática de improbidade administrativa. Ele informou à Corregedoria Geral do MPMA que irá elaborar um relatório descrevendo as providências para apurar as responsabilidades dos autores do homicídio contra Irialdo Batalha.

Outros casos

Diante da constatação de outras ocorrências em que servidores municipais cedidos a repartições policiais do interior do estado estão exercendo atividades privativas das polícias civil e militar, a Corregedoria Geral do Ministério Público expediu Recomendação aos promotores de justiça para que tomem providências, a fim de eliminar ou evitar tais ilegalidades.

Na Recomendação, o corregedor-geral do MPMA, Suvamy Vivekananda Meireles, orienta para que sejam responsabilizados, criminal e civilmente, “inclusive por ato de improbidade administrativa, todos os agentes públicos que determinarem ou consentirem essa prática ilegal, notadamente nos casos em que do exercício ilegal da atividade tenha resultado a prática de crimes”.

Pedreiras: povo vai às ruas contra prefeito

movimentoO Movimento Fóruns e Redes de Cidadania promoveu ontem (10), em Pedreiras, uma mobilização de rua contra o que considera escândalos na gestão do atual prefeito, Totonho Chicote.

Centenas de populares participaram de uma grande caminhada pelas principais ruas e avenidas da cidade, munidos de faixas, cartazes e bandeiras, gritando palavras de ordem contra o prefeito e exigindo a saída chefe do Executivo do cargo.

Totonho Chicote já responde a ação por improbidade administrativa, movida pelo Ministério Público. O processo resultou na decretação da indisponibilidade dos seus bens e pode culminar com a cassação.

corrupçãoDurante o protesto, os manifestantes pararam em três pontos: em frente à Câmara de Vereadores – onde pediram providências contra atos de corrupção -, na sede do MP e no Fórum da cidade.

Em frente à sede do Ministério Público pararam, discursaram e entraram para protocolar mais uma representação contra o prefeito de Pedreiras, um documento extenso denominado “Dossiê da Corrupção – 2014” com vasta documentação de corrupção e desvios detectados pela ONG na prestação de contas da Prefeitura Municipal de Pedreiras entregue ao TCE/MA referente ao exercício financeiro de 2014.

No Fórum pediram rapidez do juiz Marco Adriano na ação judicial que pede a cassação do prefeito, de autoria do MP.

José de Sá Barreto, líder do Movimento na cidade, afirma que há elementos para a cassação do prefeito.

“O juiz ainda não afastou o prefeito porque não quis, porque provas no processo tem demais de que há improbidade na gestão. Até quando vamos esperar ser feita justiça ao nosso povo? A sociedade não vai aceitar ser enganada!”, disse.