Confirmado: Olga Simão vai para a SECTEC

Olga vai para a SECTEC

O PT já pode dizer adeus à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECTEC). A governadora Roseana Sarney (PMDB) já bateu o martelo e, conforme antecipado pelo blog há duas semanas, deixará a pasta a cargo de Olga Simão.

Ainda secretária de Educação, ela está licenciada para tratamento de Saúde.

Com a mudança de pasta, Bernardo Bringel será mesmo efetivado no comando da Educação. Um simples “troca-troca”, que agrada a todos, menos o PT.

O partido do vice-governador Washington Oliveira, por sinal, já está de olho é na Secretaria de Turismo. E, segundo apurou o blog, tem boas chances de abocanhar mais essa.

Ainda a questão do Fundo Partidário

Ribamar Alves, do PSB

Mais do que as acusações que cada um dos grupos se fazem mutuamente no PSB e no PT, no que diz respeito à questão da gestão do Fundo Partidário, o que importa discutir, também, é a malversação de um recurso que, em primeira análise, é público.

Ora, a Lei dos Partidos Políticos diz que o Fundo Partidário é formado pela arrecadação de multas eleitorais e outras penas pecuniárias; recursos financeiros destinados por lei; doações de pessoas físicas ou jurídicas; dotações orçamentárias da União (n. de eleitores x R$ 0,35).

Marcelo Tavares, do PSB

E mais: que as verbas do fundo devem ser aplicadas na manutenção das sedes e serviços do partido (máximo de 20% para pagamento de pessoal), na propaganda doutrinária e política, no alistamento de filiados e em campanhas eleitorais, sendo pelo menos 20% aplicado em instituto ou fundação de pesquisa de doutrinação e educação política.

Raimundo Monteiro, do PT

Portanto, são recursos públicos e isso é ponto pacífico.

Então, está mais do que claro que, para além das disputas entre os grupos dos Tavares e de Ribamar Alves, no PSB, e de Domingos Dutra e Raimundo Monteiro, no PT, está o que deve ser feito quando está em xeque a malversação de um dinheiro que saiu, sim, do bolso do contribuinte.

A se aplicar a regra geral de punição para malversação do dinheiro público – também nesse caso as contas estão sujeitas a análise, inclusive do Tribunal de Contas da União (TCU) –, não há dúvidas de que, quem quer que tenha metido a mão no Fundo Partidário, nos dois casos, deve ser punido por improbidade administrativa e tornado inelegível – se detentor de caro eletivo, deve, ainda, ser cassado.

Domingos Dutra, do PT

Os partidos podem – e devem – também expulsar os culpados.

E para que tudo isso aconteça, basta que o Ministério Público seja provocado.

PT X PSDB, via PMDB

A rivalidade PT X PSDB estende-se em nível nacional há mais de 20 anos. No Maranhão – por uma dessas razões que tornam o nosso estado diferenciado politicamente –, as legendas caminham juntas desde o fim do governo José Reinaldo (PSB).

Ano passado, entretanto, a ala que mantém a tradição nacional conseguiu desvencilhar-se dos tucanos e elegeu o vice-governador Washingotn Oliveira (PT) numa composição com a governadora Roseana Sarney (PMDB).

Imaginavam ter conseguido o prestígio de que precisavam para entrar com força nas eleições de 2012 em São Luís.

Mas estão preocupados.

A aproximação da governadora com o prefeito João Castelo (PSDB) durante o carnaval, por mais que seja puramente institucional – ou ainda que não vingue na prática no restante do ano –, acendeu uma luz amarela no bunker petista, que teme uma “traição”.

Entre os caciques da corrente roseanista do PT – representados, majoritariamente, pelo coletivo Sempre PT – a lógica é clara: uma parceria institucional pode muito bem acabar como um acordo político eleitoral.

E um acordo Roseana X Castelo – ou PMDB X PSDB – praticamente selaria as chances de o Partido dos Trabalhadores entrar compondo uma chapa forte para a Prefeitura.

Principalmente quando se avaliam nomes. Também há quase 20 anos, os mandatários da legenda são os mesmos: Washington, Monteiro, Augusto Lobato, Fernando Magalhães…

O único nome novo e forte dos últimos tempos é o deputado estadual Bira do Pindaré. Mas este está sumariamente descartado de uma possível composição PMDB-PT por conta do seu posicionamento anti-roseanista claro.

Surge então o também deputado estadual Zé Carlos. É ainda um sonho, mas já ventilado entre o coletivo. O problema é que, afora a sua eleição – sua maior proeza política até hoje -, o deputado tem pouco cacife eleitoral na capital. E isso conta ponto contra, quando o assunto é uma disputa contra Castelo.

A verdade é que, ainda sem rumo depois de um duro golpe durante o carnaval, o PT ainda treme…

Bira do Pindaré diz que decisão da Executiva é “pressão desnecessária”

Bira condenou decisão da Executiva

O petista Bira do Pindaré reagiu, nesta segunda-feira (7), à decisão da Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores, que definiu, em reunião durante o dia, que os deputados estaduais da legenda devem compor bloco do Governo.

Segundo o parlamentar, a medida é uma “pressão desnecessária”.

“Essa é uma pressão desnecessária. Não havia necessidade de uma medida como essa. Por isso não fiquei na reunião”, afirmou.

Bira é um dos integrantes do Diretório Estadual, mas pertence à corrente minoritária, que decidiu abster-se da votação.

Além disso, o petista é integrante do Bloco de União Democrática. Para alguns, a decisão do PT é um recado aos novatos.

Confira a íntegra da entrevista de Raimundo Monteiro ao blog

Ainda no âmbito do assunto Raimundo Monteiro (PT) e as supostas declarações ao blogueiro petista Samuel Barroso, publico a seguir a íntegra da entrevista a mim concedida pelo presidente do Diretório Estadual do Partido dos Trablhadores na última terça-feira (4), após a posse do secretário de Saúde, José Márcio Leite, no Palácio Henrique de La Rocque.

Ocorre que alguns leitores, colegas jornalistas e políticos chegaram a cogitar que o petista havia dado a mim declarações com o mesmo teor que as supostamente dadas a Barroso.

Para que não restem dúvidas sobre o que foi conversado entre este blog, o jornalista Matias Marinho e Monteiro, confira a entrevista completa, sem cortes.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=jCfDzqnmduE&fs=1&hl=pt_BR]

Blogueiro que forjou encontro com Monteiro é irmão de Márcio Jerry; comunista nega “motivação política”

Jerry é um dos principais assessores de Dino

Durante todo o dia, recebi ligações de colegas jornalistas e políticos para saber de uma tal entrevista que o presidente do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores, Raimundo Monteiro, teria concedido a mim criticando o grupo Sarney.

De início, não entendi muita coisa, afinal, na última terça-feira (4), após a posse do secretário José Márcio Leite, realmente entrevistei Monteiro, mas, em nenhum momento, ele disparou contra o governo.

Tudo o que conversamos foi objeto do post “A secretaria é do PT, diz Monetiro sobre Educação”.

Mais tarde comecei a entender.

O blogueiro Samuel Barroso publicou no Twitter – e John Cutrim e Marco D’Eça repercutiram em seus blogues – informações sobre um suposto encontro com o petista numa farmácia, quando ele teria desandado a atacar os Sarney.

Muitos pensaram que os ataques também tinham sido objeto da entrevista a mim concedida. Não foram.

Agora, vejo no blog de Marco D’Eça que o tal encontro pode ter sido forjado. E mais, que o blogueiro Samuel Barroso é irmão de Márcio Jerry, principal assessor de Flávio Dino e um dos mais prejudicados com a aliança PT/PMDB.

As declarações teriam o intuito de forçar uma crise interna na aliança. Se foi assim, o tiro saiu pela culatra.

Tentei contato com o próprio Jerry para confirmar o assunto. Por telefone não consegui. No Twitter, ele ainda não respondeu à minha pergunta. Fico aguardando.

Ah… sobre as declarações ofensivas, o próprio Monteiro já desmentiu, segundo o blog do Prof. Caio. Disse que desconhece o blogueiro parente de Jerry e que nunca conversou com ele.

Obs: Post alterado às 21h49 para modificar o título e a informação sobre o parentesco entre Márcio Jerry e Samuel Barroso.

Pelo Twitter, Jerry confirma que Barroso é seu irmão. “Samuel Barroso, editor do blog no qual as declarações de Monteiro foram divulgadas, é meu irmão. Tem 33 anos, prof. universitário, é do PT”, diz ele.

Marcio Jerry nega que haja “motivação política” no post do irmão sobre Monteiro.

Márcio Jardim, veja só, quer comandar o PAC no Maranhão

Jardim tenta usar influência em ministério

Do blog do Marco D’Eça

O petista Márcio Jardim sentou praça em Brasília e se agarra a Deus e o mundo para tentar uma assessoria especial na Secretaria de Relações Institucionais, comandada pelo ministro Luíz Sérgio (PT-RJ).

O petista maranhense – que ignorou a campanha de Dilma no Maranhão – aposta na relação que mantém com o próprio Sérgio e com o senador eleito Lindberg Farias (PT-RJ) para assumir o posto.

O cargo é de alta estatura política.

Os assessores da Secretaria são os responsáveis pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nos estados. “Festeiro”, para dizer o mínimo, Jardim estaria em desacordo com o perfil exigido.

Nomes de maior estatura e peso político – como o “senhor” Flávio Dino (PCdoB), por exemplo – tentaram emplacar no governo e não conseguiram, justamente por terem boicotado a campanha de Dilma Rousseff no Maranhão.

Mas Jardim insiste.

Vai conseguir?

“A secretaria é do PT”, diz Monteiro sobre Educação

Monteiro: situação resolvida em fevereiro

Não deve mesmo durar muito a passagem de Olga Simão pela Secretaria de Educação.

Nomeada para o cargo depois da saída do professor Anselmo Raposo (PT) por suspeitas de corrupção, a ex-secretária chefe de gabinete da governadora sempre soube que faria apenas uma transição, até o PT – supostamente o dono da cota – indicar alguém para o posto.

Nesta terça-feira (4), o presidente do Diretório Estadual do partido, Raimundo Monteiro, confirmou que há um compromisso da governadora de que a situação seja resolvida até fevereiro.

Trocando em miúdos, o petista acha que, no próximo mês, já deve ter um companheiro de partido no comando da Educação do Maranhão.

“Tem a discussão de a gente resolver essa situação até fevereiro. A secretaria é do PT”, garantiu.

Ele descartou que a filiação de Olga Simão ao Partido dos Trabalhadores – o assunto foi ventilado nos bastidores ainda em dezembro – seja uma forma de contornar o fato de que o partido tem encontrado dificuldades para indicar um nome que agrade Roseana.

“Não tem essa discussão de ela [Olga Simão] se filiar ao Partido dos Trabalhadores. A discussão interna no Governo é que a secretaria é do PT, não existe essa discussão de filiação [de Olga] ao PT”, completou.

PT tem prioridade na indicação para a Secretaria de Educação

Washington: PT tem ótimos quadros

Uma coisa é certa quanto à composição do novo governo do Estado: o Partido dos Trabalhadores ainda detêm prioridade na indicação do nome para a Secretaria de Educação.

O novo secretário só não será da legenda se os seus líderes não forem competentes o suficiente para indicar alguém até o carnaval do ano que vem.

Sim, até o carnaval. Porque a governadora já garantiu que, até lá, quem comanda a pasta é Olga Simão – concomitantemente com a Casa Civil.

Nesta quinta (16), o vice-governador eleito, Washingotn Oliveira, confirmou que o PT não desistiu de indicar o novo comandante do posto. Segundo ele, no entanto, o partido não entende que seja necessário trazer alguém do Ministério da Educação.

“O PT tem ótimos quadros ligados à educação. Historicamente, o partido sempre teve ligação com a causa e temos técnicos com trânsito em Brasília e ligação com o MEC”, defendeu.

Coletivo foi formado terça-feira

As declarações do petista vêm na esteira do encontro que efetivou, na última terça-feira (14), a criação do coletivo “Sempre PT”. Na prática, o grupo deve reforçar as discussões sobre a participação da legenda no governo Roseana Sarney.

Mas tem que correr contra o tempo, pois se ainda existe benevolência quanto à espera pela indicação petista no núcleo decisório do novo governo, também já há articulações bem adiantadas na busca por alternativas.

CRISE NO PT: Valdinar responde a ataques de Marcio Jardim

Estão definitivamente instaladas no braço maranhense do PT duas crises: uma entre aliados e outra, de identidade.

Na manhã desta quinta-feira (4), o deputado Valdinar Barros (PT) rebateu as críticas que o também petista Marcio Jardim direcionou a ele via Twitter, na noite de quarta-feira (3).

“Isso [as declarações de Marcio Jardim] é uma mentira! Nunca almocei com o Washington [Oliveira, vice-governador eleito na chapa de Roseana], nem na Base do Rabelo, nem em lugar nenhum. Marcio Jardim deveria era sair da toca e ir pra rua trabalhar pelo partido”, atacou.

Jardim criticou Valdinar na quarta-feira (3)

A declaração de Valdinar é uma resposta ao comentário de Jardim, que o acusou de ter caído “no canto de Washington” por ter criticado suposto corpo mole de Flávio Dino (PC do B) na campanha da presidenta eleita Dilma Roussef (PT) no 2º Turno.

Identidade

A crise de identidade também ficou evidenciada pelo Twitter, que se transformou num verdadeiro escoadouro das mágoas da oposição maranhense.

O blogueiro Eri Castro, um dos petistas de mais alto coturno, detonou, pasmem!, o Bolsa-Família, carro-chefe da campanha presidencial do PT.

“O Bolsa Família tornou-se, como a previdência pública nos EUA: aquilo que não se pode mexer, sob o risco de morte política”, disparou.

Já o professor Chico Gonçalves, outro representante do alto escalão da intelectualidade maranhense, praticamente anunciou sua saída do partido.

“Capiberibe ganhou no Amapá e expulsou Sarney; vamos ganhar também aqui na luta pela esquerda, ou seja, fora do PT”, disse.

O que uma derrota no 1º Turno não faz.