“Se rolar caos, pra população cobrar do Flávio Dino”, diz suposto detento após resgate

Um áudio divulgado hoje (7) pelo jornalista Silvan Alves mostra até onde pode ir a audácia de detentos de Pedrinhas.

Dois dias após o resgate de quatro detentos do Centro de Detenção Provisória (CDP), no Complexo Penitenciário de Pedrinhas (reveja), o suposto detento que gravou a mensagem divulgada pelo jornalista se dirige às autoridades estaduais, comenta medidas do Governo do Estado no sistema penitenciário e reclama de “opressão”.

Ele faz uma ameaça: “vai rolar caos”.

“Vou mandar um recado pra população, pros Direitos Humanos e pros órgãos competentes, para vir olhar aqui pelos encarcerados. Vai rolar caos na rua se não derem um jeito de resolver esses problemas. Aqui tá cheio de problemas, cheio de opressão, muita opressão em cima da gente. E nós não sabe até quando nós vamos aguaentar isso calado. Tá demais o desrespeito aqui, com nossas visitas, com a gente. Tá rolando muito desrespeito aqui”, diz o detento.

Após anunciar que até ônibus podem voltar a ser queimados, ele revela, ainda, a quem a população deve cobrar: “Se rolar caos, pra população cobrar do governo de Flávio Dino”.

É bom que as autoridades de segurança redobrem a atenção.

Clique no link acima e ouça o áudio completo, com mais de oito minutos.

Vergonha nacional

Da coluna Estado Maior

Não houve até agora qualquer explicação plausível do governo Flávio Dino (PCdoB) para o que aconteceu domingo, no sistema penitenciário do Maranhão, e ganhou repercussão nacional pelo inusitado da situação.

Quatro presos foram resgatados de forma espetacular de um dos presídios do complexo, em uma ação digna de cinema, e com um detalhe a mais: a cúpula do Sistema de Segurança soube, pelo menos duas horas antes, que o resgate aconteceria, mas não tomou as providências necessárias para evitá-lo.

Não soube ou não quis agir como devia. E foi exatamente isso que levou a um comentário duro do jornalista Evaristo Costa, editor e apresentador do Jornal Hoje, da Rede Globo: “Das duas, uma: ou a polícia foi incompetente ou conivente”.

A mesma opinião de Evaristo já havia sido emitida logo cedo, na mesma emissora, pela jornalista Ana Paula Araújo, do Bom Dia Brasil. E foi a opinião comum na mídia – local e nacional – pelo fato de que ninguém consegue compreender como um sistema de segurança que tinha a informação deixou que o crime fosse levado a cabo, pondo em risco a vida de pais de família, que deixaram a paz de suas famílias, em pleno feriado de Páscoa, para fazer a segurança no complexo de Pedrinhas na madrugada de domingo.

Até agora, a justificativa do governo, de que houve “falha operacional”, admitida pelo secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, é o de menos no caso. Uma “falha operacional” que poderia ter levado a uma tragédia em Pedrinhas.

Por incompetência ou conivência? – perguntaria o editor do Jornal Hoje.

Pedrinhas: para Flávio Dino, está tudo bem porque antes também era ruim

dinoO Governo Flávio Dino (PCdoB) segue usando uma lógica torta para justificar os erros da atual gestão.

Depois de tentar justificar a fraude com a qual se pretendia modificar regras de aposentadoria de oficias da PM por conta de fraudes no governo anterior (relembre), os atuais mandatários do Estado pretendem justificar a vergonha nacional que foi o resgate de quatro presos de Pedrinhas – quando todo o sistema de segurança já sabia que a ação ocorreria – acusando a gestão anterior de também ter vivenciado problemas no sistema penitenciário.

Desta vez, foi o próprio governador quem usou o frágil argumento.

“Do jeito que a oligarquia fala, até parece que a Penitenciária de Pedrinhas era uma maravilha, organizada e pacífica. So que todos lembram”, escreveu nas redes sociais.

Ou seja: na visão do comunista, o “erro operacional” de domingo (5) é justificável porque no passado Pedrinhas não era lá essa maravilha.

Curioso é que o novo discurso dos governistas só apareceu um dia depois de eles mesmos admitirem “falha grave” e “erro operacional” e garantirem que vão apurar com rigor as responsabilidades pelo resgate dos detentos.

Vazamento

Outra mudança na estratégia do governo foi quanto à publicação do relatório do Batalhão de Choque dando conta de que, duas horas antes do fato, toda a cúpula da SSP e da Sejap já sabia que o resgate ocorreria. Mesmo assim nada foi feito.

Numa nova ofensiva nas redes, o objetivo dos comunistas é tentar criminalizar o vazamento da informação.

Como se isso fosse mais importante que apurar as responsabilidades pelo problema central em debate: o resgate e quatro perigosos detentos.

Murilo Andrade seria titular da Sejap no governo Roseana Sarney

exclusivoEm maio do ano passado, este blog publicou um post intitulado “Roseana deve fazer mudança também na Sejap“, no qual informava que um sujeito de Minas Gerais desembarcaria no Maranhão para assumir o sistema prisional do Estado.

Aliados do então secretário Sebastião Uchôa desacreditaram da informação.

Pois bem. Hoje, quase um ano depois, o blog revela o que ficou esse tempo inteiro apenas nos bastidores.

O sujeito era Murilo Andrade.

Sim, ele mesmo: o atual secretário de Justiça e Administração Penitenciárias do Governo Flávio Dino (PCdoB).

Murilo esteve em São Luís – acompanhado de um senhor de quem quase ninguém lembra o nome – e discutiu diretamente com a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) os termos da sua nomeação.

???????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????Um pessoa de sua confiança chegou a ser nomeada no sistema prisional do estado.

Mas algo fez Roseana mudar de ideia.

Apenas poucas semanas depois de praticamente garantir que Murilo Andrade seria seu novo auxiliar, ela desistiu e, após uma reunião com aliados e auxiliares mais próximos, comunicou a decisão ao mineiro.

Há no governo quem advogue a tese de que a ex-governadora ficou assustada ao ser informada de que Murilo Andrade, então subsecretário de Administração Prisional, subordinado à Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais (Seds), respondia pelo sumiço de 39 pistolas .40 e seis submetralhadoras foram roubadas da Central de Escoltas, na penitenciária de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Mas há também quem garanta que ela fora informada de algo muito mais grave.

Pedrinhas: para Flávio Dino, culpa do resgate de presos é de Roseana

dinoEssa é daquelas de fazer rolar de rir.

O governador Flávio Dino (PCdoB) teve a coragem de insinuar, hoje (6), em suas páginas nas redes sociais, que é da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) a culpa pelo resgate de quatro quatro detentos do CDP de Pedrinhas, em São Luís, na madrugada de ontem (5) – reveja.

Segundo o comunista, o problema é que faltou combate ao crime organizado no Maranhão.

“Durante anos essas quadrilhas foram crescendo no Maranhão, sem combate adequado. Hoje têm imenso poderio, que usam diariamente”, escreveu.

Mais uma das tentativas do governador de lançar cortina de fumaça sobre um problema do seu governo.

Ou os secretários Jefferson Portela (Segurança) e Murilo Andrade (Justiça e Administração Penitenciária) foram nomeados pelos seus adversários?

São estes, Flávio Dino, em última análise, os culpados. Porque são eles que comandam um sistema que soube da ação com duas horas de antecedência e, mesmo assim, não tomaram nenhuma atitude para impedir o resgate.

Oscip acionará a Justiça contra edital de licitação na Saúde

hospitalO Centro Integrado de Fomento à Educação e à Tecnologia (Cifet) protocolará hoje (6) ação na Justiça estadual contestando pontos do edital da Secretaria de Estado da Saúde (SES) para o processo seletivo de contrato de gestão das unidades de saúde do Maranhão.

Esta Oscip – juntamente com o Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (Idac) – já apresentou impugnações administrativas nos mesmos termos do que será protocolado na Justiça (reveja).

Na ação, o Cifet faz uma série de questionamentos acerca do edital, ressaltando que nos anexos e na minuta do contrato não há previsão de quantitativos, metas, custos e responsabilidade pelos pagamentos dos serviços de limpeza, higienização, coleta de lixo, gerador, sistema de informática, vigilância, lavanderia, insumos em geral, gases medicinais, alimentação para pacientes e acompanhantes em cada unidade.

Para os dirigentes da organização, o edital contém vícios e omissões que agridem diretamente vários princípios e dispositivos da Constituição Federal e da Lei Federal 8.666/93. Para eles, não há razões fáticas e jurídicas para fixação de prazo tão curto para os trâmites do processo licitatório, “a considerar a alta complexidade da licitação e a quantidade de unidades hospitalares a ser geridas”.

“A evidente pressa na elaboração do edital e na realização do certame resultou num edital e anexos absolutamente ininteligíveis e incompatíveis para os fins a que se destina uma licitação pública que envolve um valor de mais de R$ 700 milhões. Como consequência, restaram vulnerados os princípios da legalidade, publicidade, eficiência e transparência determinados pela Lei 8.666/93”, afirmam.

Ao se manifestar sobre o assunto ontem (5), o secretário de Estado da Articulação Política, Márcio Jerry (PCdoB), disse que as impugnações representam apenas “contrariedade” das Oscips com as mudanças propostas pelo Governo do Estado.

“Contrariedade com mudanças que beneficiarão a população”, declarou o comunista, por meio de sua conta pessoal no Twitter.

Governo diz que Oscips mostram “contrariedade com mudanças”

O secretário de Estado da Articulação Política, Márcio Jerry (PCdoB), manifestou-se na tarde deste domingo (5) a respeito da reportagem de O Estado mostrando que duas organizações interessadas em participar do processo seletivo impugnaram o edital de contrato de gestão e termo de parceria lançado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para selecionar as instituições que vão assumir a gestão das unidades da rede estadual de saúde (reveja).

Pelo que está sendo proposto, o Governo do Estado vai reduzir de R$ 90,5 milhões para R$ 60,3 milhões o gasto mensal com a manutenção de hospitais, maternidades, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e centros especializados que atendem a população em São Luís e no interior do Maranhão.

Para Jerry, as impugnações representam apenas “contrariedade” das Oscips com as mudanças propostas pelo Governo do Estado.

“Contrariedade com mudanças que beneficiarão a população”, declarou o comunista, por meio de sua conta pessoal no Twitter.

Oscips apontam irregularidades em edital de licitação da SES

De O Estado

uti_carlos macieiraDuas organizações interessadas em participar do processo seletivo impugnaram o edital de contrato de gestão e termo de parceria lançado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para selecionar as instituições que vão assumir a gestão das unidades da rede estadual de saúde. Pelo que está sendo proposto, o Governo do Estado vai reduzir de R$ 90,5 milhões para R$ 60,3 milhões o gasto mensal com a manutenção de hospitais, maternidades, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e centros especializados que atendem a população em São Luís e no interior do Maranhão.

O edital publicado pela SES no último dia 23 de março divide as unidades estaduais de saúde por grupos e indica as que poderão ser administradas por organização social (OS) ou por organização da sociedade civil de interesse público (Oscip), estabelecendo também os serviços que serão ofertados, os quadros de recursos humanos e o valor limite de gasto por unidade. Os que manifestaram interesse em participar do processo seletivo poderão realizar visita técnica às casas de saúde que pretendem gerenciar e deverão entregar suas propostas técnicas e financeiras, assim com os documentos de habilitação, na próxima quarta-feira, 8 de abril. E o resultado do julgamento das propostas está previsto para ser divulgado cinco dias após a abertura dos envelopes.

Mas, para os dirigentes do Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (Idac) e do Centro Integrado de Fomento à Educação e à Tecnologia (Cifet), o edital contém numerosos vícios e omissões que agridem diretamente vários princípios e dispositivos da Constituição Federal e da Lei Federal 8.666/93. Para eles, não há razões fáticas e jurídicas para fixação de prazo tão curto para os trâmites do processo licitatório, “a considerar a alta complexidade da licitação e a quantidade de unidades hospitalares a ser geridas”.

“A evidente pressa na elaboração do edital e na realização do certame resultou num edital e anexos absolutamente ininteligíveis e incompatíveis para os fins a que se destina uma licitação pública que envolve um valor de mais de R$ 700 milhões. Como consequência, restaram vulnerados os princípios da legalidade, publicidade, eficiência e transparência determinados pela Lei 8.666/93”, afirmam os dirigentes das duas organizações.

Questionamentos

O Idac questiona a legalidade dos artigos do edital que restringem a participação no processo seletivo a pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, qualificadas ou que se qualifiquem até a assinatura do contrato, e que impedem as participantes de serem contratadas para gerenciar unidades de mais de dois grupos pré-estabelecidos pela SES. “O prejuízo às melhores propostas e ao erário advém do fato de que, quanto maior o número de unidades administradas por uma entidade, maior o ganho de escala na oferta de serviços”, alega o diretor executivo do instituto, Mauro Serra dos Santos, na impugnação.

No documento apresentado à SES na quinta-feira, 2, o Cifet também faz uma série de questionamentos acerca do edital. E ressalta que nos anexos e na minuta do contrato não há previsão de quantitativos, metas, custos e responsabilidade pelos pagamentos dos serviços de limpeza, higienização, coleta de lixo, gerador, sistema de informática, vigilância, lavanderia, insumos em geral, gases medicinais, alimentação para pacientes e acompanhantes em cada unidade.

Também são solicitadas informações, não incluídas no edital, relativas a servidores efetivos, equipamentos disponíveis, contratos vigentes, ocorrências hospitalares e serviços a serem oferecidos. Para os representantes das duas organizações, não existem elementos mínimos no edital para que se possa apurar custos e formular proposta para custeio e prestação dos serviços.

Eles concluem a argumentação dizendo que o edital violou os princípios da legalidade e da isonomia, bem como restringiu o caráter de competição do certame, e a formulação correta de propostas, podendo as concorrentes serem oneradas com a elaboração de projetos de gestão sem efetividade mínima garantida pela completa ausência de elementos do concurso ou chamamento em questão. “Por esse motivo, torna-se necessária a completa anulação do Edital ou, pelo menos, a adoção de medidas com fins de saneamento completo das ilegalidades, omissões e contradições”, finalizam.

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Visita de ministros reforça parceria de governos Flávio Dino e Dilma

dilmaEm menos de três meses de gestão, o governador Flávio Dino recebeu a visita de cinco ministros da presidenta Dilma Rousseff, no Palácio dos Leões. A intensa movimentação na ponte aérea ministerial Brasília/São Luís demonstra a ótima relação e o prestígio político do governador Flávio Dino com a presidenta Dilma. Afasta também um fantasma que rondou a sede do governo estadual durante os governos Zé Reinaldo e Jackson Lago, quando a vinda de ministros ao Maranhão era vetada pelo ex-senador José Sarney junto ao governo federal.

Neste ano, desembarcaram em São Luís os ministros George Hilton (Esporte), Arthur Chioro (Saúde), Eleonora Menicucci (Mulher), Valdir Simão (Controladoria Geral da União) e Juca Ferreira (Cultura). Todos anunciaram parcerias entre os governos do Estado e federal.

No ano passado, quando a ex-governadora Roseana Sarney cumpria seu último ano de mandato apenas o ministro Eduardo Cardozo (Justiça) veio ao Maranhão, durante a crise no sistema penitenciário de Pedrinhas.

Além de recepcionar os ministros, o governador Flávio Dino já esteve por duas vezes, neste ano, em audiência com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, além de ser recebido, na Esplanda dos Ministérios, pelos ministros do Turismo, da Educação, da Justiça, da Casa Civil, da Integração Nacional, das Cidades, do Desenvolvimento Social, da Articulação Política, da Ciência e Tecnologia e do Planejamento.

(As informações são do Governo do Estado)

Dino diz que denúncia não repercute no dia em que o UOL publica matéria sobre a Copiar

dinoO governador Flávio Dino (PCdoB) tentou lançar ontem (1º) uma cortina de fumaça sobre as mas recentes revelações de O Estado sobre o seu governo, mas acabou sendo desmentido pelo site de notícias UOL – até bem pouco tempo atrás venerado por ele e por seus aliados.

Por meio de uma postagem genérica nas redes sociais, o comunista disse que não é ladrão, que o governo dele é honrado e que as reportagens são “plantações”.

Dino se referia ao caso Copiar (veja mais) e ao caso da mudança de regras para aposentadoria de oficias da PM, incluída em uma MP sobre mobilidade urbana (relembre).

uol“As ‘plantações’ são tão destituídas de consistência que em nada resultam. Nem repercussão conseguem ter. E assim continuará”, declarou.

Curiosamente, no mesmo dia em que Dino atestou a “falta de repercussão” das críticas ao seu governo, o UOL, um dos maiores sites de notícias do Brasil, reforçou o caso Copiar em matéria praticamente nos mesmos termos daquela produzida por mim e publicada em O Estado (veja ao lado ou clique aqui para ler).

Ai, ai, ai…