Protestos são legítimos, mas excessos devem ser evitados, diz Othelino

othelinoO deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) disse, na sessão desta quarta-feira (21), que os protestos que se intensificam em avenidas de São Luís e em BRs do Estado são legítimos e os manifestantes têm todo o direito de reivindicar, mas devem evitar os excessos nas ações para que o restante da população não seja prejudicado, principalmente com as interdições.

“Não se pode considerar interditar uma avenida, uma rua como um ato normal, corriqueiro, porque, ao passo que se faz uma reivindicação e se consegue chamar a atenção da sociedade, isso diz respeito a direitos de milhares de pessoas que não conseguem ir ao seu trabalho, as suas casas, buscar seus filhos na escola, porque as avenidas, BRs e ruas estão interditadas”, disse Othelino Neto.

Othelino Neto reiterou que todos têm o direito de se manifestar livremente e que a sociedade quanto mais estiver mobilizada, quanto mais não aceitar calada determinadas situações, tem que se manifestar de forma democrática, mas sem excessos e banalização.

“Nós precisamos ter responsabilidade. As manifestações são legítimas e aqueles que se sentem incomodados por falta de políticas públicas devem se manifestar, mas não se deve banalizar isso, com interdições diárias de avenidas e até mesmo de BR’s”, destacou Othelino.

O deputado citou o que aconteceu na semana passada, quando milhares de pessoas não conseguiam entrar e nem sair de São Luís, porque a BR-135 estava interditada e ressaltou que está fazendo uma avaliação sobre os excessos que estão gerando incômodos mais diversos à população. “Eu vi um motorista de van, no município de Zé Doca, na sexta-feira passada, dizer que veio a São Luís trazer passageiros e que ficou oito horas parado na entrada da cidade com crianças no carro e mães muito aperreadas porque não conseguiam entrar na capital”, relatou.

O deputado destacou ainda que a procuradora-geral de Justiça, Regina Lúcia de Almeida Rocha, também vem manifestando preocupação com as consequências dos excessos nos protestos. Ela está exigindo dos gestores públicos estaduais e municipais, em São Luís, medidas que garantam a mobilidade da população e a integridade do patrimônio público, mesmo em dias de manifestação.

“Quero frisar que a análise que faço nem de longe é desestimulando as manifestações de rua que, repito, acho todas legítimas. Mas temos que chamar a atenção das autoridades, porque não se deve vulgarizar, não se deve banalizar a interdição de estradas, de BRs porque,  ao reivindicar um direito, tira-se o direito de outros cidadãos que querem ir e vir”, frisou Othelino Neto.

Um dia após chuvas, cidade pára com protestos

Protesto no Ipase com bloqueio da avenida

Protesto no Ipase com bloqueio da avenida

A cidade de São Luís amanheceu “parada” nesta terça-feira (20), um dia depois de já haver enfrentado inúmeros problemas em virtude da chuva de ontem (19).

Desde as primeiros horas da manhã de hoje, pelo menos três protestos foram responsáveis por dar um verdadeiro “nós” no trânsito da capital.

Logo cedo, motoristas que trabalham fazendo o transporte de trabalhadores para a Vale pararam seus ônibus na Avenida dos Portugueses, no Bacanga, e iniciaram a primeira manifestação do dia.

No Ipase, a avenida Daniel de LaTouche foi bloqueada no sentido Cohama-Centro por moradores que reclamavam do alagamento de casas ocorrido na tarde de segunda-feira. Segundo eles, o problema é reflexo das obras da Via Expressa, que tem um viaduto sendo construído na área.

Em entrevista à rádio Mirante AM, o secretário de Estado da Infraestrutura, José Raimundo Frazão, disse que está dialogando com a comunidade.

“A equipe da Secretaria de Infraestrutura está no local. O nosso engenheiro está em contato com a comunidade para que não haja nenhum outro prejuízo. Vamos fazer a limpeza necessária. A obra não foi concluída por causa das fortes chuvas, assim que for concluída nenhum problema acontecerá mais. Até lá, vamos investigar para ver se existe alguma providência para evitar esse transtorno”, declarou.

enfermeirasEnfermagem

Na Beira-Mar, na cabeceira da ponte José Sarney, os problemas foram causados por uma manifestação de estudantes de enfermagem do instituto Florence.

Elas exigem a aprovação de carga horária de 30 horas semanais e melhorias salariais.

COMO É QUE FAZ? População de Pinheiro não quer presídio na Baixada

(Foto: Blog do Vandoval Rodrigues)

(Foto: Blog do Vandoval Rodrigues)

Manifestantes interditaram hoje (28) o trecho da MA-106 entre as cidades de Pinheiro e Santa Helena em protesto contra a construção de um presídio na Baixada Maranhense.

Segundo projeto, uma unidade deve ser instalada na região, com capacidade para 168 presos. Segundo dados da Polícia Militar, a manifestação provocou engarrafamento de aproximadamente 20km nos dois sentidos da via. O trânsito só foi liberado por volta das 11h, após intervenção de policiais.

Os moradores da região garantem que os protestos continuarão até que o Governo do Estado se pronuncie sobre o local da obra. Se a construção for mantida perto das duas cidades, eles prometem cortar a rodovia.

Como em todo o estado, os moradores de Pinheiro e Santa Helena também temem pela construção de presídios perto de suas casas. Alie-se a isso o oportunismo de grupos políticos, que posam de defensores dos direitos desses cidadão, e está formado o palco perfeito para que ele faturem eleitoralmente.

E isso, em ano de eleição, é tudo o que políticos hipócritas querem.

VÍDEO! “Queremos quebra-mola!”, pedem moradores em protesto no interior do Maranhão

Manifestantes interditaram hoje (21) um trecho da BR-222 (ou MA-230) entre as cidades de Chapadinha e Anapurus. Eles protestam por melhor sinalização do trecho e construção de quebra-molas.

anapurusNo domingo (19), um senhor de 85 anos morreu após ser atropelado no loca, próximo ao povoado Barrocas, o que motivou o protesto.

Durante a interdição do tráfego, formou-se um engarrafamento de pelo menos 3km de cada lado da via. Apenas ambulâncias eram liberadas para passar.

Até as 14h o trecho ainda estava fechado pelos manifestantes.

Godofredo Viana: manifestantes liberam estrada para saída de trabalhadores

1506557_572454539508791_1003945099_nOs trabalhadores de uma mineradora instalada há cerca de cinco anos, em Godofredo Viana, na região do alto turí, oeste do Estado, mantidos sem água e sem comida desde o início da semana já estão em casa. Eles deixaram a área de exploração de minério, na zona rural do município, depois que os manifestantes liberaram a estrada bloqueada desde segunda-feira, para a passagem de veículos da mineradora com mantimentos e a retirada dos mineiros do local.

O problema começou depois que a comunidade descobriu que a exploração de ouro permitida pelo governo federal, em uma área de 10 mil hectares, renderia royalties ao município. Tanto que, de acordo com o demonstrativo de distribuição da arrecadação, do Departamento Nacional de Produção Mineral, de 2010, quando a mineradora começou a operar e cumprir com o que determina a legislação brasileira para a atividade e prática da exploração mineral, até 2012, a prefeitura de Godofredo Viana, na gestão da ex-prefeita Conceição Matos embolsou R$ 1.947.896,77 naquele período.

Além desses recursos que foram parar nos cofres da prefeitura o município recebeu ainda, da mesma empresa, por meio de ordem judicial, R$ 1.700.000,00, referentes a pagamentos do ISS – Importo Sobre Serviços. Só foi possível esse recolhimento depois que a ex-prefeita Conceição Matos recorreu à Justiça, requerendo a contribuição tributária.

1475771_568907769858098_1958238549_nNo ano passado, depois que a sociedade civil organizada decidiu pressionar a mineradora, cobrando ações coletivas beneficentes, principalmente para as comunidades de Aurizona, São José do Pirucaua e Barão do Pirucaua, a Mineração Aurizona S.A. informou de forma detalhada, os valores recolhidos, as datas e ainda o resultado do processo judicial que a obrigou a pagar na gestão passada o ISS.

Com essas informações em mãos e sem nenhuma explicação da gestão anterior, sobre o incremento de receita, de 2010 a 2012 e destino dos recursos, moradores da zona rural do município decidiram interditar a estrada MA-201, que liga Godofredo Viana à cidade de Luís Domingues. Essa interdição provocou transtornos aos usuários da estrada e reações de órgãos, como o Ministério Público, por exemplo.

Em audiência na cidade de Cândido Mendes, no dia 15 de outubro passado,  representantes de associações de moradores de três povoados, da Mineradora Aurizona, da Câmara Municipal, da Prefeitura de Godofredo Viana e da Promotoria de Justiça de Cândido Mendes assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta. Na época ficou acertado que a prefeitura daquele município e a mineradora investiriam recursos em serviços e infraestrutura.

Obrigações

Com o TAC o município que recebe hoje entre R$ 80.000,00 e R$ 110.000,00 por mês, de royalties, ficou responsável por melhorias na área de saúde. Logo a secretaria municipal de saúde estruturou postos e passou a disponibilizar, em Aurizona, médicos as segundas, quartas e sextas-feiras, a tarde e a partir desta semana um profissional já trabalha diariamente, nos dois nos turnos.

A assistência médica foi estendida aos povoados Barão do Pirucaua e São José do Pirucaua, com médico disponível às terças e quintas-feiras, respectivamente.

Os moradores dessas três comunidades da zona rural de Godofredo Viana também passaram a contar com serviços odontológicos.

Já a empresa Mineração Aurizona, que se comprometeu a fazer semanalmente manutenção na estrada vicinal que liga a cidade ao povoado de Aurizona, incluindo raspagem e molhagem da pista, no período de estiagem não fez a parte dela, o que provocou a interdição da estrada pelos moradores da localidade, no início desta semana.

Convênios

No ano passado, antes mesmo da comunidade protestar em Godofredo Viana, por melhorias na região de Aurizona, a prefeitura já tinha manifestado. O prefeito, Marcelo Jorge Torres – PTB havia protocolado junto ao governo do Estado, pedidos de investimentos em infraestrutura, com melhorias de ruas e estradas vicinais.

A solicitação foi aceita. No dia 28 de novembro a prefeitura celebrou convênio com a Secretaria de Estado das Cidades, no valor de R$ 315.000, para a pavimentação asfáltica da avenida principal do povoado Aurizona, cujo trecho é de 1,2 km.

No dia 30 de dezembro passado, como parte da segunda etapa do programa de melhorias na zona rural, foi assinado com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar, outro importante convênio, no valor de R$ 304.168,00, para a recuperação da estrada vicinal, que liga a MA-301 ao povoado Aurizona. De acordo com o convênio, publicado no Diário Oficial do Estado, edição do dia 5 de janeiro do corrente ano, a obra deve começar na segunda quinzena de fevereiro.

Outro convênio com o Governo do Estado está em análise. Trata-se de um alto investimento, na ordem de R$ 600.000,00. Se for celebrado esse convênio, os  recursos vão ser aplicados em obras de pavimentação asfáltica. Segundo o prefeito Marcelo Jorge, esse é um momento importante para o município de Godofredo Viana. “me elegi para cumprir com a responsabilidade de trazer melhores condições de vida à população. Esse trabalho está sendo incansável. Assim vamos concretizar todas as ações em benefício da nossa gente”, disse o prefeito, ao saber que os empregados da mineradora haviam sido liberados pelos manifestantes que participam de ações de cunho político, lideradas por um vereador da bancada da oposição no município.

Manifestação na Tribuzzi e acidente na Beira-Mar param o centro de SLZ

(Foto: @fdanyllo)

(Foto: @fdanyllo)

9h17 – Uma manifestação de moradores do Jaracati – que fecharam a ponte Bandeira Tribuzzi – e um acidente na avenida Beira-Mar deixaram o trânsito na área central de São Luís um caos, na manhã desta segunda-feira (25).

Os engarrafamentos já se estendem até o Cohafuma, no caso do protesto, e até o Renascença, nas proximidades do Tropical Shopping, em virtude do acidente próximo à ponte do São Francisco.

No Jaracati, os moradores exigem a presença do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) para solucionar problemas na área. As reivindicações são a conclusão de uma obra do  do PAC, parada há meses desde que a empreiteira que fazia obras no local faliu, saneamento básico e reforma de uma escola pública.

Na Beira-Mar, o acidente ocorreu depois que um ônibus da empresa Primor colidiu com uma árvore. O motorista teria cochilado ao volante. O trânsito está parado no local nesse momento.

Rodovia

Também hoje pela manhã, a BR-135, na saída de São Luís foi interditada. A manifestação é de moradores da Vila Itamar, para cobrar mais segurança do Governo do Estado.

Eles protestam em virtude da morte de uma criança de oito anos, vítima de bala perdida. Um homem identificado como “Sapão”, teria sido o autor dos disparos, dentro de um comércio.

Moradores interditam duas avenidas em SLZ

protesto

Avenida São Marçal interditada

Moradores da Alemanha, João Paulo e adjacências interditaram na tarde de hoje (23), por volta das 17h, a Avenida dos Franceses e a São Marçal.

O protesto é contra a Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) – alegam que os baisrros estão sem água há 15 dias -, por mais segurança pública e por melhorias no transporte público.

Os protestos causaram grande engarrafamento nas duas vias.

“Acusações são canalhas”, diz Bira sobre envolvimento com invasões

biraO deputado estadual Bira do Pindaré (PT) comentou nesta segunda-feira (26) as novas suspeitas de que ele teria mesmo incentivado a invasão do Residencial Nova Terra, que começou a ser desocupado hoje pela Polícia Federal.

Segundo o petista, as “acusações são canalhas”. “A única vez que eu estive no Nova Terra foi para dizer aos moradores que estavam lá ocupando que eles não permanecessem, que eles se retirassem porque estavam em uma condição de ilegalidade. Então, não fazia nenhum sentido que eles permanecessem ali. Portanto, eu tenho a consciência tranquila. E essas acusações que ainda insistem fazer são tão canalhas que não merecem respostas, não responderei”, declarou.

O assunto surgiu inicialmente em março, quando um morador e um invasor do Nova Terra afirmaram que o deputado petista e o policial civil Arnaldo Colaço (PSB) haviam trabalhando pela invasão das casas (reveja). O deputado negou.

boira_invasaoMas nesta segunda, durante a desocupação, invasores seguraram cartazes em protesto contra o parlamentar. “Bira do Pindaré mentiu e abandonou o povo do Nova Terra. Vamos te dá o troco nas urnas. Deputado mentiroso (sic)”, dizia um deles

Invasores do Residencial Nova Terra protestam contra Bira do Pindaré

boira_invasaoAlguns dos invasores do Residencial Nova Terra, em São José de Ribamar, protestaram hoje (26) contra o deputado estadual Bira do Pindaré (PT).

Os ocupantes estão sendo retirados das casas pela Polícia Federal, que cumpre no local, desde as primeiras horas do dia, mandado de reintegração de posse em ação proposta pela Caixa Econômica Federal. Eles reclamam que foram “abandonados” pelo petista.

“Bira do Pindaré mentiu e abandonou o povo do Nova Terra. Vamos te dá o troco nas urnas. Deputado mentiroso (sic)”, diz o cartaz segurado por uma invasora. Um grupo pretende ir protestar contra o parlamentar na Assembleia Legislativa, hoje à tarde.

Em março, um morador e um invasor do Nova Terra afirmaram que o deputado petista e o policial civil Arnaldo Colaço (PSB) haviam incentivado a invasão das casas (reveja). Na ocasião, Bira disse que a acusação era uma “excrescência”.

“É um excrescência, uma leviandade total. Na verdade, é um cortina de fumaça que tentam criar para esconder os fatos”, reagiu.

Os imóveis do Residencial Nova Terra foram construídos e sorteados pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”. São 4.051 no total, segundo a Caixa, e aproximadamente 2.700 foram invadidos. A desocupação tem sido tensa.

Pelo menos 400 homens das polícias Federal (PF) e Militar (PM), da Caixa, Corpo de Bombeiros, do Samu e oficiais de Justiça participam ação, denominada Operação Zodíaco. Em alguns momentos houve confronto com as forças policiais. Várias casas foram depredadas pelos invasores antes da sua saída.

Quebra-quebra em Timbiras após cancelamento de desfile

Moradores de Timbiras depredaram ontem (21) a sede da Prefeitura Municipal e a casa onde que o prefeito, Fabrízio da Foto, está construindo para morar na cidade. A residência do pai dele, Chico da Foto, também foi alvo dos manifestantes.

O quebra-quebra começou depois que a banda marcial do município foi informada de que não haverá mais desfile de 7 de Setembro.

timbirasA apresentação estava nos ajustes finais para ir às ruas no próximo mês – todo o figurino já havia sido pago – e a frustração pela notícia acabou levando alguns deles às ruas.

Ocorre que depois que perceberam a movimentação da banda, populares insatisfeitos com outros problemas enfrentados pelo município aderiram ao movimento, que cresceu rapidamente na cidade.

Um pouco do resultado pode ser visto no vídeo acima, ou na foto ao lado.