Uma revelação preocupante de Cabo Campos

caboO deputado Cabo Campos (PP) fez uma revelação preocupante na última quinta-feira, na Assembleia Legislativa, e que reforça a tese levantada pela oposição da necessidade de presença da Força Nacional nas ruas de São Luís.

Campos criticava a condução dada pelo Governo no caso de Vitória do Mearim, que resultou na morte do mecânico Irialdo Batalha. Ele isentou os dois policiais militares de culpa e afirmou que a prisão de ambos se tratava apenas de “marketing político”.

Mas a declaração mais preocupante ocorreu em seguida, e passou despercebido por muitos no Legislativo Estadual.

“Quero lhes dizer que os meus companheiros já estão começando a desanimar nas ruas. É necessário que o caso do sargento Miguel e do soldado Gomes seja apurado com mais imparcialidade”, completou.

Ao revelar que a tropa da Polícia Militar “está desanimando nas ruas”, Cabo Campos apenas atesta, na verdade, que há insatisfação dos policiais em relação ao atual governo.

Insatisfação, por exemplo, com as novas regras de escala de trabalho impostas nos batalhões para aqueles policiais que faltarem ao serviço, mesmo mediante a apresentação de atestado médico. Insatisfação pela fragilidade do comando da Secretaria de Segurança Pública.

Insatisfação com o reajuste de seus vencimentos. Insatisfação com a transferência de policiais do interior do estado para suprir o déficit de demanda na capital, e isso sem sequer ter direito ao recebimento de diárias. Insatisfação com a falta de estrutura dada ao policial militar.

Cabo Campos deu o recado. Cabe agora ao governador interpretá-lo…

Irmão de PM morto diz que Jefferson Portela é “mentiroso” e “artista”

erickO supervisor de crédito Erick Rodrigues, irmão do policial militar Max Muller – morto numa troca de tiros no que ficou conhecido como a “Chacina de Panaquatira” (reveja) -, reagiu às recentes declarações do secretário de Estado de Segurança Pública, Jefferson Portela sobre o tiroteiro que culminou com quatro mortes.

Em entrevista no início da semana, o titular da SSP condenou a atitude do PM de haver reagido ao assalto. Para ele, foi a reação o que acabou provocando a chacina (leia mais).

Em postagem na sua página no Facebook, Erick Rodrigues chamou o secretário de “mentiroso” e “artista”.

“Secretário Jefferson Portela, além de mentiroso é artista. Fez um teatro no velório do meu irmão Max Muller avisando que haveria mudança, que bandido não iria mais andar à vontade na cidade”, escreveu.

O irmão do PM criticou o fato de que, após o velório, Portela deu entrevista praticamente culpando o Muller pelo ocorrido.

“Fala pelas costas que meu irmão foi o culpado pelas mortes […] porque ele reagiu aos tiros dos bandidos”, completou.

Na entrevista concedida sobre o assunto, na segunda-feira, o secretário de Segurança disse que o militar deveria ter “evitado o confronto” com os bandidos”.

“Nós devemos sempre, como agentes públicos de segurança, evitar o confronto onde a gente não possa ter uma garantia de supremacia da força estatal sobre a força marginal. A orientação é essa, a reação da gente deve ser pautada na possibilidade de domínio e não numa possibilidade de risco. Se for de risco, o certo é evitar, deixar para fazer a perseguição policial e captura depois. Não devemos expor nossa própria vida e nem a de terceiros em confronto que possa ser evitado”, disse.

Desarmados

Ganhou contornos de revolta a reação de militares e da população em geral após a revelação do Blog do Gilberto Léda de que PMs do do Maranhão podem ser obrigados pelo comando da corporação a andar desarmados em seus dias de folga.

protestoProtesto

Amigos e familiares de Max Muller marcaram para o sábado (30), às 8h da manhã, uma homenagem ao PM.

A concentração ocorrerá no parquinho da Avenida Litorânea.

A ideia é que todos vão de branco e com cartazes pedindo paz e segurança.

2.500 policiais militares, Flávio Dino?

policiaisO governador Flávio Dino (PCdoB) insiste numa farsa.

Nas suas páginas nas redes sociais, à guisa de medidas efetivas para a diminuição dos índices de violência, o comunista mente para fazer parecer que tem agido eficazmente.

Diz o governador em mais uma de suas postagens, que já chamou 1.000 policiais militares. E mais: que chamará mais 1.500.

“Já chamamos 1.000 policiais militares para última etapa do concurso. Os aprovados estão na Academia de Polícia. Agora, chamamos mais 1.500”, escreveu.

Deslavada mentira!

O que o Governo do Estado fez foi chamar 1.000 “excedentes” de concurso. Após o Teste de Aptidão Física (TAF), contudo, apenas 388 passaram e estão agora na Academia de Polícia.

Numa segunda etapa, foram novamente convocados 1.500 novos excedentes (não policiais militares). Estes também vão prestar o TAF e, só depois disso, se aprovados, vão para a Academia.

Portanto, dizer que convocou 1.000 policiais militares e que convocará mais 1.500 não passar disso: mentira.

________________Leia mais

Marco d’Eça: Flávio Dino insiste em mentir sobre os mil policiais…

Jorge Aragão: É preciso explicar melhor Flávio Dino, para o seu próprio bem

Delegados podem deliberar por greve no Maranhão nesta segunda-feira

Delegados de Polícia do Maranhão podem deliberar por greve geral da categoria, após assembleia geral marcada para a manhã de hoje (13).

Os servidores tentam pressionar o Governo Flávio Dino (PCdoB) a cumprir decisões judiciais referentes a precatórios, à retirada de presos de Justiça das delegacias e, principalmente, à equiparação salarial entre delegados e procuradores do Estado.

No caso desta reivindicação, o ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento, em fevereiro(reveja), a uma ação da Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (Anape) e manteve a equiparação salarial entre os procuradores e delegados de polícia nos termos dos artigos 1º e 2º da lei estadual nº 4.983/89, recepcionada pela Constituição Estadual.

Por meio de uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), a associação dos procuradores tentava barrar a validade da norma. Para o ministro Marco Aurélio, no entanto, a Associação de Procuradores sequer tinha legitimidade para contestar o ato. Segundo ele, não se vislumbra em quê a equiparação salarial das duas categorias pode ferir os interesses dos procuradores.

A categoria exige, ainda, o cumprimento de decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão reconhecendo o direito de aposentadoria dos delegados nos termos da Lei Complementar nº 51/1985 (leia aqui o teor da lei).

Eles aguardam aguardam posicionamento do Governo do Estado sobre todas as reivindicações até o transcorrer da assembleia. Caso não haja a deliberação será por greve.

“Se rolar caos, pra população cobrar do Flávio Dino”, diz suposto detento após resgate

Um áudio divulgado hoje (7) pelo jornalista Silvan Alves mostra até onde pode ir a audácia de detentos de Pedrinhas.

Dois dias após o resgate de quatro detentos do Centro de Detenção Provisória (CDP), no Complexo Penitenciário de Pedrinhas (reveja), o suposto detento que gravou a mensagem divulgada pelo jornalista se dirige às autoridades estaduais, comenta medidas do Governo do Estado no sistema penitenciário e reclama de “opressão”.

Ele faz uma ameaça: “vai rolar caos”.

“Vou mandar um recado pra população, pros Direitos Humanos e pros órgãos competentes, para vir olhar aqui pelos encarcerados. Vai rolar caos na rua se não derem um jeito de resolver esses problemas. Aqui tá cheio de problemas, cheio de opressão, muita opressão em cima da gente. E nós não sabe até quando nós vamos aguaentar isso calado. Tá demais o desrespeito aqui, com nossas visitas, com a gente. Tá rolando muito desrespeito aqui”, diz o detento.

Após anunciar que até ônibus podem voltar a ser queimados, ele revela, ainda, a quem a população deve cobrar: “Se rolar caos, pra população cobrar do governo de Flávio Dino”.

É bom que as autoridades de segurança redobrem a atenção.

Clique no link acima e ouça o áudio completo, com mais de oito minutos.

John Lennon entre os detentos resgatados em Pedrinhas

guaritaA Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Sejap) e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmaram hoje (5), por meio de nota que por volta das 4h da madrugada, o Complexo Penitenciário de Pedrinhas foi alvo de “forte ataque externo de oito bandidos” usando veículos, fuzis e pistolas, o que resultou no resgate de quatro detentos do Centro de Detenção Provisória.

Os detentos resgatados são Adeilton Alves Nunes, Ilton Carlos Martins, John Lennon da Silva Lima e John Carlos Campos Silva.

“Meia hora depois da operação, um dos veículos usados pelos bandidos já havia sido localizado e apreendido pela Policia Militar com apoio do GTA e da Polícia Rodoviária Federal”, diz a nota, que completa informando que as das secretarias seguem “com o empenho integral” para a captura dos fugitivos e dos criminosos que possibilitaram a fuga.

Força Nacional permanecerá por mais 3 meses em Pedrinhas

Homens da Força Nacional estão no Complexo Penitenciário de Pedrinhas desde o ano passado

Homens da Força Nacional estão no Complexo Penitenciário de Pedrinhas desde o ano passado

O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo prorrogou por mais 90 dias o período de permanência das tropas da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) no sistema prisional de São Luís, aumentando para um ano e três meses o tempo de estada dos agentes federais no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A medida foi aprovada por meio da portaria n.º 2.323 publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 31 de dezembro de 2014, disponibilizado ontem.

A portaria prorroga o prazo de atuação da FNSP a contar da última quarta-­feira, data de publicação do documento no DOU. Segundo o texto assinado pelo ministro, o objetivo é manter a “atuação em ações de manutenção da ordem em estabelecimentos prisionais na Região Metropolitana de São Luís”.

O documento também prevê apoio logístico e supervisão dos órgãos de segurança pública do governo maranhense no que diz respeito à cooperação entre as partes e permissão de acesso aos sistemas de informações.

O pedido de prorrogação havia sido feito pelo ex­-governador Arnaldo Melo (PMDB) no dia 17 de dezembro de 2014. O reforço na segurança foi solicitado pela primeira vez em outubro do ano passado, pela ex­-governadora Roseana Sarney (PMDB), após uma briga entre facções criminosas rivais que deixou nove mortos e 20 feridos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Desde então, a permanência das tropas vem sendo renovada a cada 90 dias.

Nas ruas ­ – Em setembro de 2014, o Ministério da Justiça aprovou novo envio de tropas federais, desta vez, para reforçar a segurança pública na Região Metropolitana de São Luís. O pedido do governo estadual foi atendido depois que 17 veículos, incluindo ônibus, micro­ônibus, viaturas da polícia e carros particulares, foram incendiados em apenas um fim de semana.

No documento, o Ministério da Justiça afirma que a aprovação se deu por causa dos “momentos de tensão e terror em face de atos de violência e vandalismo praticados por facções criminosas”.

Na época, o reforço foi autorizado pelo período de 30 dias com o objetivo de “preservar a ordem pública, a incolumidade das pessoas e do patrimônio na cidade de São Luís e Região Metropolitana”.

Informações de O Estado

Cinco tocam o terror em assalto a residência na Cohama

ladrao1 ladrao2Um assalto a uma residência na Cohama, na tarde de ontem (5), acabou virando um pandemônio por toda a vizinhança, depois que os bandidos foram cercados pela polícia e tentaram fugir pulando muros de casas vizinhas.

Segundo relatos de moradores, a ação criminosa começou quando a empregada de uma das residências varria a calçada. Entraram com ela, colocaram o carro na garagem e fecharam o portão, mantendo reféns cinco mulheres.

Mas uma delas conseguiu se esconder num banheiro e deu tempo de ligar para uma vizinha, que chamou a polícia.

“Um dos moradores da rua, que é policial federal, estava em casa e começou a agir. Foi quando ao perceberem a movimentação um deles saiu na sacada, e ouviu a voz de prisão. Desesperados, fugiram pelos fundos. Um pulou cinco casas laterais, quebrando telhados, até chegar na rua lateral. A polícia militar chega. Quatro pularam o muro dos fundos para uma segunda residência. Lá deram de cara com o dono da casa que se rendeu, roubaram o carro que estava em sua posse e era do seu trabalho, mas isso depois de ameaçar o pobre homem de morte novamente”, reatou uma moradora.

A polícia não conseguiu alcançar os assaltantes, que deixaram o carro no qual chegaram para a ação para a trás – o veículo era provavelmente roubado. O carro que eles tomaram de assalto foi encontrado na Ilhinha.

Segundo a moradora que relatou a ocorrência ao blog, os próprios policiais reconheciam os assaltantes. “Já foram presos diversas vezes, mas a ‘Justiça’ sempre dá um jeito de deixá-los em liberdade”, disse. Dois deles foram identificados (veja imagens acima).

“Vamos matar vocês”, diz traficante em mensagem via rádio à polícia

ondaUm membro de uma facção criminosa de São Luís invadiu hoje a frequência de rádio da Polícia Militar do Maranhão e fez uma ameaça à corporação.

“Vamos matar vocês. A irmandade é forte”, disse o criminoso que usava um rádio comunicador modelo HT, também utilizado por traficantes do Rio de Janeiro.

Para a cúpula da Segurança Pública do Estado, a mensagem é mais uma reação do crime às medidas adotadas para debelar a crise carcerária no Maranhão.

Marcelo Tavares é contra impeachment de Roseana Sarney e intervenção federal

marcelo-tavaresO deputado Marcelo Tavares (PSB), um dos  signatários do recurso da oposição contra o arquivamento do pedido de impeachment protocolado pelo Coletivo de Advogados em Direitos Humanos (Cadhu) em desfavor da governadora Roseana Sarney (PMDB), declarou ontem (21) ao blog que não é favorável ao impedimento da peemdebista.

Segundo o parlamentar, esse posicionamento já foi exposto por ele até a uma jornalista da revista IstoÉ, que, por sinal, não usou a declaração.

Tavares explicou que assinou o recurso apenas para proporcionar o debate na Casa. Ele diz entender que, antes de arquivar a ação, a Assembleia deveria formar uma comissão para discutir o assunto, mas revela que, no mérito, não apoia o impeachment.

“Eu não acho que seja caso de impedimento da governadora. Bem ou mal, não se pode dizer que o governo não tem tentado contornar a situação. A omissão é algo muito subjetivo”, afirmou.

Tavares também se posicionou contra a intervenção federal. “Penso que não seja o caso do afastamento da governador. Uma intervenção pontual no sistema penitenciário me parece suficiente”, completou.

Para o ex-líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO) na AL, o impeachment, ou uma intervenção federal, dariam à crise no sistema penitenciário maranhense o desfecho de golpe, o que não seria bom para os oposicionistas.

“Quem entende de golpe é o grupo Sarney. Nós vamos conquistar o comando do estado é no voto”, alfinetou, com a confiança que lhe é peculiar.