(Com informações de O Estado)
Um clima de terror foi instalado pelos integrantes de facções criminosas da noite de segunda-feira até o começo da tarde de ontem, na Região Metropolitana de São Luís. Criminosos participaram de tiroteios em vários pontos da cidade e trocaram tiros com policiais militares, ameaçaram pessoas, invadiram residências e são suspeitos de, pelo menos, cinco assassinatos. Um total de 22 homicídios dolosos já ocorreu durante este mês na Ilha, segundo informes da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).
A polícia informou que existe a possibilidade da onda de violência e criminalidade ter ligação com a morte do ex-presidiário e líder de uma facção criminosa, Yuri de Paula Silva, Chacal, de 26 anos, que ocorreu na tarde de domingo, 12, na Estrada da Maioba, em Paço do Lumiar. Também foi assassinado na ocasião, o cabo da Polícia Militar (PM), Josélio Rocha Sousa, de 45 anos, que era padrasto de Chacal. Há informações de que o Serviço de Inteligência da PM teria ciência dessa ação criminosa, mas não conseguiu prender os acusados antecipadamente.
Ameaça e mortes
Mensagens de ameaças a população feitas por criminosos são vistas em diversos pontos da capital. Uma delas está grafada na parede de uma residência no Recanto dos Vinhais, que avisa que os motoristas devem baixar o vidro do veículo ao entrar na comunidade, caso contrário podem ser penalizados.
Uma nova onda de assassinatos começou na noite da última segunda-feira,13, tendo como vítima um adolescente, de 16 anos. De acordo com a polícia, dois integrantes de uma facção criminosa teriam matado a tiros o adolescente, na Vila Cascavel, área do São Raimundo. Há informações de que a vítima também era integrante de facção criminosa e tinha passagem pela Delegacia do Adolescente Infrator (DAI).
O corpo do adolescente foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, para ser periciado e liberado na manhã de ontem para os familiares. A equipe da Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção (SHPP) está investigando o caso, mas até a noite d ontem não havia registro da prisão dos acusados.