Estudantes pedem a promotor que MP garanta volta às aulas

Estudantes exigem fim da greve

Uma comissão de estudantes visitou, na tarde desta segunda-feira (2), a Promotoria Especializada na Defesa da Educação.

A pauta da reunião com o promotor Paulo Avelar foi a volta às aulas no Maranhão. Pais e alunos argumentam que os prejuízos podem chegar, inclusive, à perda do ano letivo nos casos de escolas que ainda estão paradas.

Representantes das escolas Liceu Maranhense, Margarida Pires Leal, Barcelar Portela, Cidade de São Luís, Almirante Tamandaré, CE. Cidade Operaria I, Benedito Leite, Escola Modelo, Deise Galvão e Antonio Ribeiro estiveram na reunião.

“O movimento perdeu a força e agora não tem mais sentido. Queremos que o senhor acione o Sindicato para que acabe essa greve, e assim, possamos voltar em paz para as salas de aulas”, disse João Ricardo, presidente do Grêmio Estudantil do Liceu.

Os professores estão em greve há dois meses. O TJ e o STF já declararam a paralisação ilegal, mas os líderes não admitem o seu fim.

O último ato da categoria foi acampar na sede da Secretaria de Educação. Eles estão lá há uma semana e o clima é tão tenso que há segurança armada e policiamento rondando pelo local.

Apesar disso, fontes do blog garantem que a greve pode estar perto do fim. O impasse, agora, é que os professores só admitem voltar às salas de aula se o Governo do Estado abonar as faltas; o Estado, por outro lado, só admite abonar as faltas se os professores retomarem o trabalho.

Mesa Diretora suspende convocação a Olga Simão

A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa decidiu conceder efeito suspensivo à convocação da secretária de Educação, Olga Simão, para tratar da greve dos professores na Casa.

A aprovação do requerimento, de autoria do deputado Marcelo Tavares (PSB), aconteceu na última segunda-feira (27), mesmo com a presença de vários deputados governistas em plenários.

Os que votaram a favor da convocação alegaram desatenção, mas há quem veja no gesto um ato de rebeldia contra o próprio governo.

Os líderes do governo, Manoel Ribeiro (PTB), e do Bloco Parlamentar Pelo Maranhão (BPM), Stênio Rezende (PMDB), foram os responsáveis por articular a reconsideração.

Marcelo Tavares e Bira do Pindaré (PT) condenaram a posição da Mesa. A oposição, agora, deve recorrer à Justiça para conseguir manter a convocação.

Olga vai falar?

Olga Simão será convocada

A Assembléia Legislativa aprovou, nesta segunda-feira (25) requerimento do deputado Marcelo Tavares (PSB) convocando a secretária de Educação, Olga Simão, para falar sobre a situação da greve dos professores da rede estadual de ensino e as medidas tomadas pelo Governo do Estado para solucionar o impasse.

Ponto para a oposição, que conseguiu aprovar a matéria numa “cochilada” dos deputados governistas.

Em conversa com os jornalistas Marco D’Eça e Jorge Aragão, logo após a aprovação da convocação, o deputado Hélio Soares (PP) mostrou como anda a base aliada.

“Não, nós não aprovamos nada”, disse.

Aprovaram sim. Resta saber se a secretária vai falar.

SEDUC diz que “houve equívoco” de gestor de Barra do Corda

Em nota encaminhada à imprensa no início da noite desta terça-feira (12), a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) diz que “houve um equívoco por parte do gestor” da Unidade Regional de Barra do Corda, José Benones Lopes de Souza.

Na última segunda-feira (11), ele exonerou todos os professores grevistas que já têm acumulados mais de 30 dias de faltas.

Segundo a nota, “não houve nenhuma orientação às Unidades Regionais de Educação (UREs) para proceder exoneração de professores”.

Veja a íntegra do documento.

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GOVERNO DO MARANHÃO

SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

12/04/2011

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NOTA – SEDUC

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) esclarece que não houve nenhuma orientação às Unidades Regionais de Educação (UREs) para proceder exoneração de professores.

Em relação à URE Barra do Corda, a Seduc informa que houve um equívoco por parte do gestor da Unidade e que o ato já  foi revogado.

 

SINPROESEMMA diz que vai recorrer de decisão do STF e que Governo toma “atitudes terroristas”

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) informa em seu site na Internet que vai manter a paralisação dos professores “mesmo diante das pressões, atitudes terroristas e ameaças que estão sendo feitas pelo governo do Estado”.

A direção da entidade diz que vai recorrer da decisão STF que confirmou a ilegalidade da greve. Um agravo regimental deve ser impetrado nos próximos dias.

Caso a greve continue sendo considerada ilegal pela Justiça, o sindicato será obrigado a pagar mais de R$ 1 milhão por descumprimento das decisões.

Além disso, o Governo do Estado já anunciou que os salários de quem está parado serão descontados e que pode haver, inclusive, demissões por abandono de emprego.

Enquanto SINPROESEMMA não se decide, SEDUC nomeia mais professores

Enquanto o SINPROESEMMA não decide pelo fim da greve – e já deve R$ 1 milhão por descumprir a decisão do desembargador Marcelo Carvalho –, a Governadora Roseana Sarney nomeou mais 39 professores aprovados no concurso público realizado em 2009.

A lista dos nomeados foi publicada no Diário Oficial do último dia 31 de março e a posse dos docentes acontecerá a partir desta quinta-feira (7), das 13h às 18h, na sede da Superintendência de Administração de Recursos Humanos da Secretaria de Educação (Sarh/Seduc), no bairro Monte Castelo, em São Luís.

Com isso, já são mais de 1.100 aprovados no concurso nomeados pelo Estado.

STF considera constitucional piso nacional para professores da rede pública

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, declararam a constitucionalidade da Lei 11.738/2008, na parte que regulamenta o piso nacional – vencimento básico – para os professores da educação básica da rede pública. O ministro Marco Aurélio ficou vencido.

A constitucionalidade do parágrafo 4º do artigo 2º, que determina o cumprimento de no máximo 2/3 da carga horária do magistério em atividades de sala de aula, ainda será analisada pela Corte.

Parte dos ministros considerou que há invasão da competência legislativa dos entes federativos (estados e municípios) e, portanto, violação do pacto federativo previsto na Constituição.

Com isso, não se chegou ao quorum necessário de seis votos para a declaração de constitucionalidade ou inconstitucionalidade da norma.

O julgamento, que durou mais de quatro horas, ocorreu na tarde desta quarta-feira (6), durante a análise da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4167, ajuizada na Corte pelos governos dos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará.

(As informações são do STF)

SEDUC AVISA: vai descontar salários de professores parados; faltosos podem ser demitidos por abandono de emprego

O Governo do Estado resolver engrossar o discurso contra os professores que insistem em descumprir as decisões do desembargador Marcelo Carvalho e do ministro Ricardo Lewandowski, que consideraram ilegal a greve da categoria.

Em nota encaminhada à imprensa na noite da última quarta-feira (6), a Secretaria de Educação faz novo apelo para que os docentes voltem às salas de aulas e avisa: vai descontar os salários de quem ficou parado.

“Por força da decisão da Justiça, todos os dias não trabalhados serão descontados – um prejuízo para os professores que poderia ter sido evitado se tivesse havido a devida orientação”, diz a nota.

Além disso, a SEDUC alerta que pode haver demissões por justa causa.

“O Governo do Maranhão lembra ainda que, de acordo com a legislação em vigor, a ausência, por 30 dias, das atividades caracteriza abandono de emprego”.

A greve começou dia 1º de março.

Veja a nota da SEDUC:

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STF confirma: greve dos professores é ilegal

Acompanhamento no site do STF comprova decisão

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, nesta terça-feira (5), decisão do desembargador Marcelo Carvalho, e manteve o entendimento de que é ilegal a greve dos professores do estado do Maranhão.

O relator do processo foi o ministro Ricardo Lewandowski.

Para ele, ao julgar o mandado de injunção, o STF determinou que fosse aplicada a Lei 7.783/1989 relativamente ao exercício do direito de greve dos servidores públicos civis até que sobrevenha a norma que regulamente a matéria.

No entanto, diferente do que alegado pelo reclamante, frisou o ministro, “em nenhum momento cogitou-se da aplicação integral do referido ato normativo, tampouco de se afastar uma das características inerentes à prestação dos serviços públicos, qual seja a continuidade”.

Alegando que a pretensão do sindicato não se enquadra em nenhuma das hipóteses previstas na Constituição – seja preservar a competência do STF ou garantir a autoridade de suas decisões, o ministro negou seguimento à reclamação.

Sendo assim, fica mantida, também, a multa diária de R$ 50 mil por descumprimento da liminar proferida pelo magistrado dia 17 de março.

Atualmente, o SINPROESEMMA já deve R$ 950 mil por descumprimento da decisão.

Negociação

Em seu site, o sindicato informa que “a resolução do impasse entre o Governo do Estado e trabalhadores em educação depende, exclusivamente, da iniciativa do governo em chamar a categoria para negociar”.

Mas não é bem assim: o sindicato quer negociar, mas diz que o fim da greve depende, também, de o Executivo “atender às solicitações de audiência feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (SINPROESEMMA) – que até então continuam sendo negadas, em silêncio, pelo Poder Público – e de apresentar proposta que atenda às reivindicações dos educadores”.

Ou seja, não quer negociar…

Nota do blog: post alterado às 19h09 para acréscimo de informações do STF

Vem mais greve por aí

Rodoviários pedem 16% de reajuste

Além das greves dos professores, ainda em andamento, e da iminente paralisação dos servidores do Judiciário, mais um movimento paredista pode trazer transtornos aos moradores da capital: o dos motoristas e cobradores de ônibus de São Luís.

A categoria pediu reajuste de 16%, aumento do valor do tíquete-alimentação e inclusão de mais dois dependentes nos planos de saúde e odontológico corporativos.

Mas o Sindicato das Empresas de Transporte (SET) rejeitou a proposta e oferece reajuste de 2%.

O sindicato da categoria considera a contraproposta “uma brincadeira”, segundo matéria desta terça-feira (5) de O Estado do Maranhão.

Novas negociações acontecerão a partir da próxima terça-feira (12).