Weverton Rocha, o operador

O cacife político dele é quase zero. Mas a habilidade e o jogo de cintura têm feito de Weverton Rocha (PDT) o operador mais eficaz uma semana após a morte do ex-governador Jackson Lago (PDT).

São dele praticamente todas as iniciativas que levaram ao estreitamento dos laços entre o que restou do PDT sem seu principal comandante e o PSDB do prefeito João Castelo.

Mais do que secretarias ou cargos de segundo escalão, o que tem sido debatido é uma composição que viabilize sobrevida ao PDT na capital – e isso só acontecerá se o partido estiver aninhado com os tucanos.

E é pensando no futuro – não com a generosidade dos puros, antes com o foco dos “espertos” – que Weverton tem tomado a frente do processo no lado dos democrático-trabalhistas.

Tem coisa grande vindo por aí…

Executiva Nacional do PDT ainda não sabe que Jackson Lago foi cassado

A Executiva Nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT) parece andar meio desconectada do resto do país.

No site da legenda na Internet, seção “Diretórios Regionais”, o presidente da Executiva no Maranhão ainda é o “governador” Jackson Lago.

Isso mesmo: “governador”.

Jackson Lago foi cassado em abril de 2009, por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2006.

Mas parece que ainda não avisaram isso aos dirigentes nacionais do PDT – que, aliás, vão nomear o “governador” novamente presidente da legenda no Maranhão.

Sobre isso, leia mais no blog do Marco D’Eça.

PDT fortalecido na AL após adesão ao governo

Graça Paz e o PDT no rumo certo

Quanto mais se definem as posições de cada bancada, de cada partido, na Assembléia Legislativa, mais fica claro que a posição dos membros do PDT na Casa, de alinhar-se aos blocos governistas, foi a mais acertada.

Embora membros da esvaziada oposição tentem diminuir o posicionamento dos pedetistas – com o surrado discurso de que “o PDT se apequenou” –, a verdade é que o partido “se engrandeceu”.

Senão vejamos.

Pelo regimento, o partido teria direito a participar de apenas seis comissões técnicas no Legislativo, uma vez que tem apenas quatro deputados.

Mas está em sete, discutindo os assuntos em pé de igualdade com os governistas e, aliás, com muito mais força do que a oposição.

Uma força que não lhe seria dada se resolvesse ficar nas “barbas” de Marcelo Tavares (PSB).

E esse é apenas um exemplo.

Enquanto os oposicionistas se vêem cada vez mais longe dos antigos aliados, o governo vai pavimentando o caminho certo para que o PDT se defina rumo a uma aliança muito mais ampla no futuro.

Com apenas oito assinaturas, CPI do Sistema Carcerário não sai do papel

Marcelo defendeu instalação da CPI

O deputado Marcelo Tavares (PSB) bem que tentou. Colocou a proposta da deputada Eliziane Gama (PPS) debaixo do braço e caiu em campo para conseguir as assinaturas necessárias.

Mas a CPI do Sistema Carcerário não vai sair do papel.

Além dos votos de Marcelo e Eliziane, assinaram o documento de criação da Comissão apenas os deputados Rubens Pereira Jr (PC do B), Cleide Coutinho (PSB), Luciano Leitoa (PSB), Gardênia Castelo (PSDB), Neto Evangelista (PSDB) e Bira do Pindaré (PT).

Oito no total, quando são necessários, no mínimo, 14 para a instalação da CPI.

Na manhã desta quinta (17) Tavares ainda tentou convencer o PDT. Seriam mais quatro votos. Graça Paz deu um gelo.

“Eu não sei se isso [instalação da CPI] seria o mais necessário nesse momento”, ressaltou.

O socialista entregou os pontos.

“Eu não tenho mais esperança de conseguir outras assinaturas”, revelou ao blog.

Ele disse, no entanto, que contava com pelo menos uma assinatura da base governista: a do deputado Raimundo Cutrim (DEM).

“Era dever dele, como ex-secretário, lutar para que as coisas melhorem”, declarou.

Salvo fato inusitado nos próximos dias, a CPI não deu mesmo em nada.

Tempo fechado entre Marcelo Tavares e o PDT

O tempo fechou de vez entre o ex-presidente Marcelo Tavares (PSB) e os deputados do PDT, nesta quinta-feira (10), na Assembléia Legislativa.

Tudo porque Tavares continua criticando o posicionamento dos pedetistas em relação ao Governo.

Durante as eleições para a Presidência da Casa, o partido articulou-se com Ricardo Murad (PMDB) e hoje compõe a base de apoio ao Palácio dos Leões no Legislativo.

Marcelo Tavares não aceita e tenta patrulhá-los.

Em discurso inflamado, Graça Paz (PDT), líder da bancada democrático-trabalhista, insurgiu-se contra o colega.

“Eu acho que o meu partido não deu nenhuma procuração para nenhum deputado vir para cá cobrar, que nós não somos criança. Nós sabemos o que queremos, nós temos atitude e temos posição. Então, que este problema aqui dentro da Casa acabe de uma vez por todas, porque eu não aceito. Vou conversar com o meu Partido e dizer que se eles deram procuração para alguém para vir aqui cobrar postura, cobrar atitude dos deputados do PDT, isso está errado, porque nós não aceitamos”, disse, referindo-se à cobranças do socialista.

Mas o ex-presidente reagiu.

“Acho estranho o PDT ter articulado com Ricardo Murad, durante a candidatura dele à Presidência da Assembléia sabendo que ele foi um dos grandes articuladores do processo de cassação de Jackson. Isso me constrange”, declarou a líder.

No fim das contas, até Carlinhos Amorim (PDT), que já havia rebatido as críticas segundo as quais o PDT virou governo, disparou contra Marcelo Tavares.

“O PDT, deputado Marcelo, entende que para cobrar do Governo do Estado, para exigir que o Governo do Estado leve benefícios a sua população, não se faz necessário uma postura de agressão. O PDT tem lado, seguramente, que não é o lado do ‘quanto pior, melhor’. Não nos interessa, como pessoas públicas, desejar que a Governadora Roseana Sarney faça o pior governo de sua vida, pelo contrário, queremos é ajudá-la a fazer o melhor governo da vida dos maranhenses e, a nós parlamentares que aqui estamos, devemos estar indicando, sugerindo, propondo ajudando para que isto aconteça”, completou.

Marcelo se viu acuado.

Carlinhos Amorim rebate críticas da oposição sobre posicionamento do PDT na Assembléia

Carlinhos: todos votaram com o governo

O deputado Carlinhos Amorim (PDT), rebateu, nesta quinta-feira (3), as críticas que o partido vem recebendo pelo fato de a bancada pedetista na Assembléia Legislativa ter fechado questão com o deputado Ricardo Murad (PMDB) em torno do apoio ao Governo do Estado.

Segundo Amorim, todos os partidos de oposição declararam apoio ao Governo, no momento em que escolheram Ricardo Murad, ou Arnaldo Melo, ambos peemedebistas.

“Tanto Ricardo Murad, quanto Arnaldo Melo são do PMDB, são roseanistas. Se é para questionar o PDT, porque votou com Ricardo Murad, vamos questionar o PSDB, o PC do B e o PPS, que votaram com Arnaldo Melo, portanto, votaram com o governo”, afirmou.

A verdade é que, após a eleição de Arnaldo Melo presidente da Casa, a oposição murchou.

Resolução de Marcelo Tavares pode ser um tiro no pé

Marcelo Tavares: erro de estratégia?

A resolução proposta pelo deputado Marcelo Tavares (PSB) e aprovada no fim do ano passado, garantindo a formação de blocos parlamentares com apenas quatro membros, pode acabar se revelando um empecilho nas intenções do ainda presidente de unir a oposição num grupo mais forte.

Ocorre o seguinte: o PDT tem quatro deputados – Camilo Figueiredo, Graça Paz, Carlinos Amorim e Valéria Macedo.

Em cenários normais, o mais correto seria imaginar uma composição com o PSDB de Gardeninha, Fufuquinha e Neto Evangelista. Mas a filha do prefeito está isolada pelos dois novatos, que podem pender, inclusive, para algum bloco do governo.

O PDT não vai junto, apesar de o blog ter apurado que Ricardo Murad (PMDB) já teria conversado sobre o assunto com Graça Paz (PDT). A negociação não evoluiu.

Do lado da oposição, o grupo do atual presidente, Marcelo Tavares, tem cinco deputados. Se compuser com PPS, PSB e PC do B, o PDT acaba formando um bloco de 9 deputados, o que lhe garantiria uma vaga na Mesa que não seria disputada com ninguém. Já seria automaticamente do PDT e de Graça Paz. Bom negócio.

“Ainda não desistimos [de ter o apoio do PDT]”, diz fonte graúda oposição.

O problema é a nova resolução. Se quiserem, os pedetistas formam o bloco de um partido só, também garantem uma vaga na Mesa – também para Graça Paz – e, de lambuja, levam uma liderança, com tempo para falar no grande expediente. Um ótimo negócio!

Um verdadeiro tiro no pé disparado pelo próprio presidente.

Líder do PDT na Câmara defende manutenção da aliança com o PSDB e critica Cândido Lima

Ivaldo acha aliança PDT/PSDB salutar

O líder do PDT na Câmara de São Luís, vereador Ivaldo Rodrigues, declarou, neste domingo (23), que defende a manutenção da aliança com o PSDB e condenou o posicionamento de colegas de partido que chegaram a convidar, esta semana, o tucano Aderson Lago para filiar-se ao partido.

O parlamentar conversou com o titular do blog no fim da manhã.

“Não comungo com as idéias de certos membros quase que insignificantes do partido, que, de forma equivocada, alastram opiniões sobre convites feitos a certos perdedores que foram sepultados nas ultimas urnas no maranhão”, reiterou, referindo-se a Aderson Lago. Ele já havia dado declaração parecida em sua página no Facebook.

Ivaldo também criticou o posicionamento de Cândido Lima, secretário-geral do PDT, nitidamente a favor do rompimento com os tucanos. Para o vereador, o partido está bem posicionado no governo Castelo e deve valorizar isso com vistas a garantir bons resultados nas urnas em 2012.

“Acho o Cândido Lima um equivocado, inexpressivo e sem liderança nenhuma no partido. Ele nem faz pare de nenhuma ala do partido. Não é o substituto interino do Jackson Lago. O Jackson não morreu”, disparou.

E completa: “É preciso que o partido se reorganize. O PDT pode pleitear a vice de Castelo e acho que o Jackson concorda com isso, já que foi o patrono da candidatura dele”.

Sobre a participação na administração municipal, o pedetista acredita que a legenda está bem representada. Ele acusa Cândido Lima de ter “virado as costas para o candidato do PDT” em 2008.

“O Cândido Lima virou as costas para o candidato do PDT na eleição passada [2008] e apostou nessa idéia [de rompimento com o PSDB]. Agora está ai… O PDT tem vário cargos na administração de Castelo, eu sou vice líder do governo, será que podemos romper agora?”, questiona.

PDT quer filiar Aderson Lago para compor chapa com Dino

Aderson Lago no PDT?

A aliança PDT/PSDB acabou de vez! Visando às eleições de 2012, líderes pedetistas já começam a se articular nos bastidores e nem sequer cogitam a possibilidade de manter a proximidade entre os dois partidos.

O namoro, agora, é com o PC do B.

Prova disso foi uma reunião recente entre aliados de alto coturno do ex-governador Jackson Lago (PDT) e o ex-deputado e ex-candidato a governador Aderson Lago (PSDB). O encontro ocorreu no escritório do tucano.

Na ocasião, os pedetistas iniciaram as conversas para que ele deixe o partido e filie-se ao PDT. Está praticamente tudo acertado.

O objetivo: fazer de Aderson Lago o candidato pedetista a vice-prefeito de São Luís, numa chapa com Flávio Dino (PC do B).

Abre o olho, Castelo.

Autofagia: PDT pede a cassação de deputado do PSDB

O PDT deu entrada esta semana em Recurso Contra Expedição de Diploma do deputado federal eleito Hélio Santos (PSDB). Ele é vereador de Açailândia. O curioso é que o tucano foi eleito pela coligação PDT/PSDB/PTC.

Na ação, o partido o acusa de abuso de poder político e econômico e de propaganda vedada. Santos é presidente da Câmara Municipal e está envolvido na suspeita de fraude em distribuição de mais de 40 mil títulos de terra nas vilas Ildemar e Progresso 2.

Além da suposta distribuição fraudulenta, o vereador é acusado de ter feito propaganda irregular do ato. Ele aparece assinando projeto de lei doando os títulos em campanha produzida pela prefeitura e veiculada em rádio, TV e jornais locais. O prefeito Ildemar Gonçalves é tio de Hélio Santos.