Rubens Júnior: “O bloco de oposição se chama agora bloco de transição”

Deputado Rubens Júnior

Deputado Rubens Júnior

Ronaldo Rocha – O líder do Bloco de Oposição na Assembleia Legislativa, deputado Rubens Júnior (PCdoB), de forma bem-humorada, falou ao blog qual deve ser a postura do bloco oposicionista em relação ao governador em exercício, Arnaldo Melo (PMDB).

“Se pudéssemos brincar hoje em relação ao tema, eu diria que o bloco hoje não é o de oposição, mas sim o bloco de transição. Estamos preocupados somente com a transição. Nada além disso”, afirmou.

Mais cedo, o deputado Marcelo Tavares (PSB) também já havia falado sobre o tema. Na ocasião, ele ponderou que os deputados oposicionistas iriam aguardar a postura de Arnaldo em relação à Casa, para somente então definir de que modo agir.

O socialista, assim como Rubens, no entanto, garantiu que a oposição não tem qualquer interesse em provocar “clima de perseguição” ao governador Arnaldo Melo.

Dutra tenta desqualificar Eliziane Gama em evento que reúne a oposição

Marina Silva e Eliziane em Brasília

Marina Silva e Eliziane em Brasília

Blog do Ronaldo Rocha – O deputado federal Domingos Dutra [de saída do PT], foi mais um ontem a dar corpo ao patrulhamento à deputada estadual Eliziane Gama (PPS), que discorda da candidatura de Flávio Dino (PCdoB) e resolveu disputar – com a legitimidade que carrega enquanto parlamentar de história política própria, não inventada como alguns membros oposicionistas e governistas -, o pleito eleitoral de 2014 para o Governo do Estado.

Dutra defendia um palanque único das oposições no estado a Flávio Dino, quando tentou desqualificar o nome de Eliziane: “Essa candidatura de Eliziane não vale. Temos de chamar ela, assim como o Hilton que fez uma grande administração em Santa Rita e que ainda é do PDT, para que ela se junte ao Flávio Dino. Não podemos permitir que haja essa divisão na oposição. Precisamos derrotar a oligarquia”, afirmou.

Dutra é apenas mais um a criticar a postura de Eliziane Gama, que tem motivos de sobra para não apoiar Flávio Dino e inclusive já se posicionou para ele. Marcelo Tavares (PSB) – que a constrangeu em plenário na Assembleia Legislativa -, Othelino Neto (PPS), Rubens Pereira Júnior (PCdoB) e Bira do Pindaré (PT), são outros que tentam convencer a parlamentar a desistir da candidatura.

E depois tentam passar a ideia de que é no grupo adversário onde acontece a imposição…

O discurso agressivo de Flávio Dino

Flávio Dino "atacou" Luis Fernando

Flávio Dino “atacou” Luis Fernando

O presidente da Embratur e pré-candidato ao Governo do Estado, Flávio Dino (PCdoB), mostrou destempero e despreparo para o debate político com seu adversário Luis Fernando Silva (PMDB) nas eleições 2014.

Como não dispõe de qualificação técnica ou experiência administrativa no Executivo, age apenas num discurso como candidato ao Palácio dos Leões desde 2010, agora resolveu baixar o nível das discussões e partir para ataques pessoais, que beiram a ignorância e que revelam o ódio e o rancor que ele guarda consigo.

Ontem, em seu discurso durante o Encontro do PSB realizado na Assembleia Legislativa, Flávio Dino se referiu a Luis Fernando como “suposto adversário” e o chamou literalmente de “ladrão”, um capítulo certamente lamentável e que não pode fazer parte de um debate democrático, que discute ideias e ideais no campo político. Dino fala em liberdade, defende o respeito ao próximo e diz fazer parte de um partido político que defende o companheirismo, defende o diálogo. Mas parece que tudo isso é apenas conceito, revestido por uma busca inscessante pelo poder.

Os adjetivos utilizados por Dino foram na verdade uma resposta Luis Fernando, que na semana passada afirmou que “mudança verdadeira é a que você olha e aprova”. Falava ele das obras entregues em uma das etapas do Governo Itinerante, ora criticado pelo comunista.

E da pior forma veio o contra-ponto do comunista que deseja governar o estado:

“O meu suposto adversário, eles de tanto conjugarem o verbo roubar e furtar, roubaram o Patrimônio Público, fazem isso diariamente, resolveram agora roubar o discurso alheio. Eles agora falam que vão mudar o Maranhão e nós sabemos, a nossa gente sabe, o povo sabe, que só tem um jeito de mudar o Maranhão. É botar essa gente de 50 anos para casa, mandar para outro destino, porque eles não servem mais para comandar o destino do Maranhão”, disse.

O duro discurso de Dino constrangeu até aliados. Apenas uma prova de que definitivamente não será por esse caminho que ele conseguirá chegar ao Palácio dos Leões.

Washington sugere a dissidentes que deixem o PT

O vice-governador do Maranhão, Washington Luiz (PT), sugeriu em entrevista concedida a O Estado, que dissidentes e insatisfeitos com os rumos da legenda no Maranhão, devem deixar a sigla. Ele assegurou que essa seria a sua postura caso estivesse em situação semelhante, em discordância com a direção estadual do partido.

As declarações de Washington, provavelmente direcionadas ao grupo do militante Augusto Lobato, que encabeça a chapa “Resistência Petista, Augusto Lobato presidente” e que é aliado do deputado estadual Bira do Pindaré (PT), diziam respeito a sua preferência pela manutenção da aliança PT-PMDB no estado.

Washington e Lula no Maranhão

Washington e Lula no Maranhão

“Essa aliança [com o PMDB] é nacional e aqui no Maranhão o PT não é um partido à parte. Se eu tivesse divergência com a política nacional do PT, eu sairia do partido, assim como fiz em outro momento. Aliás, eu só passei por dois partidos em minha vida. Quando houve divergência, eu saí. Não sou de fazer divergência interna”, afirmou.

“Esse negócio de divergência profunda dentro do PT é histórico. Faz parte do DNA do partido no Maranhão. Mas acredito que devemos buscar a unidade, principalmente de nossas lideranças políticas”, finalizou o vice-goernador.

Bira do Pindaré, que estava próximo a Washington no momento da entrevista, realizada na Assembleia Legislativa, não gostou nada das palavras do correligionário.

“Mudança verdadeira é a que você olha e aprova”, afirma Luis Fernando

Secretário exibe Ordem de Serviço para recuperação de estrada em Pirapemas

Secretário exibe Ordem de Serviço para recuperação de estrada em Pirapemas

Em mais um dia de trabalho, o secretário de Estado da Infraestrutura, Luis Fernando Silva, assinou em dois municípios da regional de Itapecuru-Mirim, ordem de serviço para recuperação de estradas do Maranhão, numa ação que vai beneficiar pelo menos quatro municípios.

Luis Fernando voltou a ressaltar o trabalho que vem sendo desenvolvido no Estado, sobretudo, na área da infraestrutura e que representa, de fato, uma mudança na vida as pessoas.

– É uma mudança verdadeira, uma mudança de trabalho, uma mudança que você olha. Uma mudança que você aprova porque é uma mudança em favor do povo do Maranhão. Essa é a mudança que vocês querem e essa que nós já estamos fazendo – disse o secretário Luis Fernando ao falar para os presentes que participaram da solenidade de ordem de serviço em Anajatuba.

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Raimundo Cutrim e a incoerência da oposição

Raimundo Cutrim no PCdoB

Raimundo Cutrim agora é do PCdoB

Bastou o deputado estadual Raimundo Cutrim resolver romper com o grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB) para passar a ser o “cara”i da oposição na Assembleia Legislativa, o homem mais correto e digno que pertencia ao grupo Sarney.

Ontem, durante o seu discurso no grande expediente, Cutrim concedeu apartes a deputados oposicionistas – em sua maioria – e governistas. E foi justamente do lado da oposição de onde partiu os aflorados elogios.

Há alguns meses, Cutrim jamais serviria para os nobres deputados que se colocam como adversários políticos do grupo governista. Não seria convidado sequer para sentar à mesma mesa. Mas agora é diferente, agora Cutrim serve.

Como secretário de estado da Segurança Pública, segundo a oposição de alguns meses atrás [e não a oposição de ontem], Cutrim era co-responsável pelos “elevados índices de criminalidade dos governos Roseana”. Pelos “elevados índices de homicídios em todas as administrações da governadora”. Por não ter conseguido “combater o crime organizado nos governos Roseana”. Pela “inoperância do sistema de segurança pública em todas as administrações da governadora”, principalmente em casos de “assalto, arrombamento, roubo qualificado e tráfico de drogas”.

Ou Marcelo Tavares (PSB), Bira do Pindaré (PT), Rubens Pereira Júnior (PCdoB) e Othelino Neto (PPS) jamais apontaram o dedo para o sistema de segurança pública “de todos os governos Roseana”?

Afinal, não foi Raimundo Cutrim secretário de Roseana Sarney em três mandatos oportunidades? E o que mudou agora?

E porque essa mesma oposição não o acompanhou e assinou a CPI da Agiotagem há três meses quando o parlamentar a propôs na Assembleia? Não acreditavam nele? Ou ele apenas não servia para a oposição naquele momento?

E a velha incoerência oposicionista se faz novamente presente…

“Sou pré-candidata ao Governo”, diz Eliziane após almoço com dinistas

Eliziane foi "enquadrada" ontem pela oposição

Eliziane foi “enquadrada” ontem pela oposição que defende Flávio Dino

A deputada estadual Eliziane Gama (PPS), “enquadrada” pela oposição por causa de sua pré-candidatura ao Governo do Estado, continua firme com o seu projeto de sucessão ao Palácio dos Leões, mesmo com as intimidações diárias de colegas da oposição na Assembleia Legislativa.

Ontem, logo após o almoço com os deputados Marcelo Tavares (PSB), Othelino Neto (PPS), Bira do Pindaré (PT), Cleide Coutinho (PSB) e Rubens Pereira Júnior (PCdoB), que defendem a “união” oposicionista em torno apenas do nome de Flávio Dino (PCdoB) e se posicionam de forma contrária à candidatura de Eliziane Gama, a parlamentar declarou que continua no jogo da sucessão de Roseana Sarney (PMDB).

“Sou pré-candidata ao Governo! Meu nome está à disposição do PPS!”, garantiu ontem a O Estado.

Eliziane, como bem colocou o deputado Roberto Costa, tem enfrentado o chicote da oposição, desde que o PPS optou pela candidatura própria ao Governo do Estado.
Ela enfrenta críticas diárias da oposição na Assembleia Legislativa, inclusive da tribuna, como fez Marcelo Tavares; é classificada de sarneysta nas redes sociais por aliados de Dino e também enfrenta forte articulação dentro do próprio PPS, liderada pelo deputado federal Simplício Araújo, que quer que o partido se reúna novamente para decidir sobre os rumos para 2014.

Mesmo diante de todo esse cenário de patrulha, continua com um só objetivo. E a oposição sabe qual é…

A oposição sem Jackson Lago

Com a morte do ex-governador Jackson lago (PDT), deve orbitar basicamente em torno de três nomes o centro legitimado de liderança da oposição no Maranhão.

Flávio Dino (PC do B), Marcelo Tavares (PSB) e José Reinaldo (PSB), nessa ordem, devem empunhar a bandeira de esquerda e comandar o contraponto ao grupo Sarney no estado daqui pra frente.

Flávio Dino pela própria “musculatura” eleitoral que adquiriu a partir das eleições de 2008, quando perdeu para João Castelo (PSDB) a disputa pela Prefeitura de São Luís, mas saiu fortalecido ao chegar ao 2º turno, à frente de nomes como Gastão Vieira (PMDB), Raimundo Cutrim (DEM) e Clodomir Paz (PDT).

O cacife do comunista só fez aumentar desde então e o resultado das eleições de 2010, quando ele desbancou o próprio Lago, lhe confere, status de liderança natural após o falecimento do pedetista.

Marcelo Tavares dá cada vez mais mostras de que soube capitalizar bem a sua passagem pela Presidência da Assembléia Legislativa. Sereno, mas incisivo quando precisa ser contra o governo Roseana Sarney, tem assumido o papel que já foi de Edivaldo Holanda (PTC). Com bem mais tato, é verdade.

José Reinaldo não chega a fazer tanta força assim para assumir essa liderança.

Afora o artigo semanal que continua assinando no Jornal Pequeno, tem participado pouco do cotidiano oposicionista no Maranhão.

Mas é um ex-governador e já deu mostras (leia-se 2006) de que conhece o caminho das pedras. Pode reivindicar o posto.

Além dos três, os nomes que se apresentam têm pouca ou nenhuma penetração na esquerda e andam longe de representar o ideal de unidade de que a oposição precisa se ainda sonha em voltar o poder.

Bloco da União Democrática comandará cinco das 12 comissões técnicas da AL

Bancadas ainda não definiram todos os nomes

O Bloco da União Democrática (BUD), liderado pelo deputado Eduardo Braide (PMN), indicará o presidente em cinco das 12 comissões técnicas da Assembléia Legislativa. O Bloco Parlamentar Pelo Maranhão (BPM), liderado por Stênio Rezende (PMDB), comandará seis. Marcelo Tavares (PSB) e a oposição ficarão com a presidência de apenas uma, a Comissão de Direitos Humanos e das Minorias – que deve ser presidida por Eliziane Gama (PPS).

A definição dos nomes ainda passa por acordos internos de cada bancada, mas a divisão entre os blocos foi acertada, como antecipou o blog, por um acordo de cavalheiros.

Ao BUD, caberão as presidências das comissões de Obras e Serviços Públicos, Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional, Saúde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Orçamento, Finanças, Fiscalização e Controle.

As demais ficam com o Blocão.

Nomes

Apesar das indefinições quanto aos presidentes, o blog apurou que Alexandre Almeida (PMN) deve liderar a Comissão de Orçamento; e Dr. Pádua (PP), a Comissão de Saúde – mas André Fufuca (PSDB) também mira a vaga.

Além disso, já ficou acertado que o deputado Stênio Rezende cederá sua vaga na Comissão de Saúde para a deputada Valéria Macedo (PDT). Ela será a vice-líder.

No Blocão, duas definições: Tatá Milhomem (DEM) presidirá a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e Antônio Pereira (DEM) deve ficar com a Comissão de Ética.

Nota: Post alteradop às 18h37, para alterar a informação sobre a comissão de Orçamento. Na verdade, Alexandre Almeida a presidirá no primeiro ano e Rogério Cafeteira só no segundo. Este, pelo menos, é o acordo.

Tempo fechado entre Marcelo Tavares e o PDT

O tempo fechou de vez entre o ex-presidente Marcelo Tavares (PSB) e os deputados do PDT, nesta quinta-feira (10), na Assembléia Legislativa.

Tudo porque Tavares continua criticando o posicionamento dos pedetistas em relação ao Governo.

Durante as eleições para a Presidência da Casa, o partido articulou-se com Ricardo Murad (PMDB) e hoje compõe a base de apoio ao Palácio dos Leões no Legislativo.

Marcelo Tavares não aceita e tenta patrulhá-los.

Em discurso inflamado, Graça Paz (PDT), líder da bancada democrático-trabalhista, insurgiu-se contra o colega.

“Eu acho que o meu partido não deu nenhuma procuração para nenhum deputado vir para cá cobrar, que nós não somos criança. Nós sabemos o que queremos, nós temos atitude e temos posição. Então, que este problema aqui dentro da Casa acabe de uma vez por todas, porque eu não aceito. Vou conversar com o meu Partido e dizer que se eles deram procuração para alguém para vir aqui cobrar postura, cobrar atitude dos deputados do PDT, isso está errado, porque nós não aceitamos”, disse, referindo-se à cobranças do socialista.

Mas o ex-presidente reagiu.

“Acho estranho o PDT ter articulado com Ricardo Murad, durante a candidatura dele à Presidência da Assembléia sabendo que ele foi um dos grandes articuladores do processo de cassação de Jackson. Isso me constrange”, declarou a líder.

No fim das contas, até Carlinhos Amorim (PDT), que já havia rebatido as críticas segundo as quais o PDT virou governo, disparou contra Marcelo Tavares.

“O PDT, deputado Marcelo, entende que para cobrar do Governo do Estado, para exigir que o Governo do Estado leve benefícios a sua população, não se faz necessário uma postura de agressão. O PDT tem lado, seguramente, que não é o lado do ‘quanto pior, melhor’. Não nos interessa, como pessoas públicas, desejar que a Governadora Roseana Sarney faça o pior governo de sua vida, pelo contrário, queremos é ajudá-la a fazer o melhor governo da vida dos maranhenses e, a nós parlamentares que aqui estamos, devemos estar indicando, sugerindo, propondo ajudando para que isto aconteça”, completou.

Marcelo se viu acuado.